Sinopse: Na véspera da estreia de sua Nona Sinfonia, Beethoven contrata uma jovem assistente.
Beethoven foi sem sombra de dúvida um dos maiores artistas da música e cuja sua Nona Sinfonia entrou para a história. Porém, todo gênio é um ser humano cheio de falhas, mas que ao mesmo tempo sempre obterá certa ajuda daqueles que admiram a sua obra. "O Segredo de Beethoven" (2006) fala sobre a possível origem de uma de suas maiores obras primas, mas cabe nós tirarmos as nossas próprias conclusões.
Dirigido por Agnieszka Hollhand, do longa "O Terceiro Milagre (1999)", o filme conta sobre os últimos anos de vida de Beethoven (Ed Harris) e cujo mesmo estava se preparando para a realização de sua Nona Sinfonia. Ao mesmo tempo, ele contrata uma jovem assistente chamada Anna (Diane Kruger) que sonha também ser uma compositora. Uma vez que se conhecem um ajuda o outro para adentrar ainda mais em seus principais objetivos.
Antes de mais nada é preciso deixar claro que Anna é uma personagem fictícia, ou inspirada nas várias pessoas que colaboraram para o sucesso de Beethoven no universo da música. Ao meu ver, Agnieszka Hollhand optou pela criação dessa personagem para que ela fosse uma representação de nós mesmos quando adentramos no mundo da arte musical e cuja as letras que conquistaram o mundo só podiam ser emolduradas por pessoas que colocam em prática a sua verdadeira paixão. Beethoven foi um destes casos que procurou ser ele mesmo e se dedicando a sua maior paixão, nem que para isso colocasse a sua saúde, tanto mental como física em risco.
É preciso dar crédito para o ator veterano Ed Harris, que simplesmente desaparece em cena e dando lugar a esse personagem histórico que tem muito a dizer em suas partituras. Harris procura fazer para si um Bethoven que se diferencia das outras versões já levadas para as telas, mas que ao mesmo tempo pudesse manter a real essência de loucura que sempre estava impregnada no artista. É a partir dessa observação que fez dele um verdadeiro gênio e do qual Harris consegue transmitir isso através do seu talento.
Diane Kruger, por sua vez, interpreta uma personagem que tinha tudo para se tornar secundária na medida em que a trama avança. Porém, ela se sobressai ao interpretar uma mulher que busca obter luz própria através de um de vários ramos artísticos em que os homens dominavam, mas que basta uma para fazer a diferença. Talvez Anna nunca tenha existido, mas a sua força e determinação representa várias histórias de mulheres reais que fizeram a diferença no ramo, tanto da música, como também de outras artes através dos séculos.
Com uma reconstituição de época impecável, o filme poderia se sustentar unicamente pelas interpretações do casal principal. porém, Agnieszka Hollhand nos brinda com a reconstituição do que poderia ter sido a primeira apresentação da Nona Sinfonia de Beethoven e que ocupa mais de dez minutos de projeção, mas que desejamos que dure minutos a mais, pois nos conquista na medida em que ela se torna cada vez mais poderosa. Desde já uma das melhores passagens como um todo e cujo os personagens centrais se complementam para moldar o espetáculo.
"O Segredo de Beethoven" foi para mim uma grata surpresa e que fez somente me lamentar por não ter apreciado em sua estreia.
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