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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Cine Especial: Clube de Cinema - 'Terra Deu, Terra Come'

Nota: Filme exibido para os associados no dia 12/11/24.

Sinopse: Memória e ficção se misturam na história do garimpeiro Pedro de Almeida, um dos últimos conhecedores dos vissungos, cantigas em dialeto cantadas durante os rituais fúnebres do interior de Minas Gerais.

Grande vencedor do festival de documentários É Tudo Verdade em 2010, "Terra Deu, Terra Come" nos leva para um sertão mágico, reflexivo e da qual a fé que faz os homens de lá se tornarem firmes perante as adversidades. Rodrigo Siqueira nos leva para um universo romântico e poético, onde Deus e o Diabo podem se cruzar a qualquer momento. O documentário revela os ritos fúnebres prestados a João Batista, homem bom, casado e sem filhos que morreu aos 120 anos.

Seu velho amigo, Pedro de Alexina, é o responsável pelas homenagens. Garimpeiro, ele é uma figura inesquecível e carismática, que domina o documentário do início ao fim e cuja suas histórias transitam entre fatos verossímeis para o folclore. Siqueira se enturma com Pedro e com a sua família de tal forma que parece que esquecem por um momento que há uma câmera filmando esses momentos. Em meio a isso eles se despedem de João Batista em meio a cantos, rezas, velas e crenças.

O longa funciona de tal forma que faz com que nos esqueçamos que estamos diante de um documentário, pois ele é puramente realista mesmo quando se oscila para o lado místico do sertão. A bela fotografia de Pierre de Kerchove nos passa imagens de pessoas que se misturam com as paisagens do cenário principal dos eventos. Já a montagem é realizada pelo próprio diretor, onde consegue acrescentar camadas subliminares que aos poucos revelam uma realidade distante da nossa, porém, sedutora e cheia de vida.

Curiosamente, é um ambiente que nos remete um pouco do Cinema Novo, sendo que em alguns casos o sertão era o palco para o retrato entre disputas entre cangaceiros e pistoleiros como no caso do clássico "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964). Aqui, porém, é um verdadeiro mergulho para um universo peculiar que é destrinchado pela câmera e ganhando luz através de suas pessoas com as suas histórias. "Terra Deu, Terra Come" é um retrato universal sobre o ser humano em meio a natureza cheia de misticismo e ao mesmo tempo cheia de significados a serem explorados.  

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