Sinopse: No reino mágico de Rosas, Asha faz um desejo tão poderoso que é atendido por uma força cósmica.
Wal Disney completou 100 anos em 2023 e fechando um ciclo cuja história obteve diversas conquistas. Entre altos e baixos, o estúdio se renovou, ao ponto de se tornar hoje a toda poderosa e obtendo até mesmo outros estúdios em um piscar de olhos. Portanto, "Wish: O Poder dos Desejos" (2023) veio como uma celebração deste centenário, muito embora não tenha que se comemorar após obter tanto poder.
Dirigido por Jennifer Lee e Allison Moore, o filme conta a história de Asha (Ariana DeBose), uma jovem cheia de vida e que sempre se preocupa em ajudar a sua comunidade. Com o sonho de realizar os seus desejos, ela obtém ajuda de uma pequena, porém, grande força cósmica que lhe ajuda em realizar os seus e os seus próximos. Porém, ela e seus amigos terão que enfrentar o"Magnifico", o rei dessa comunidade e que controla os sonhos das pessoas da sua maneira.
Disney foi responsável por revolucionar as animações para o cinema como um todo, sendo que "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937) foi o primeiro longa-metragem de animação. De lá prá cá, o estúdio foi colecionando feitos e fazendo que as suas revoluções inspirassem outros estúdios. Porém, chegou em um ponto que a situação ficou ao inverso.
Embora "Wish: O Poder dos Desejos" possua uma belíssima animação, é interessante observar que ela foi feita em 2D, ou seja, animação feita a mão e alinhada com o CGI. Porém, isso somente foi alcançado através de um grande feito através de outro estúdio, que foi no caso de "Homem Aranha no Aranhaverso" (2018) e que acabou influenciando diversos animadores pelo mundo. Neste caso a toda poderosa ficou pra trás, mas eu acho que não é exatamente só nesta questão.
O filme como um todo tem o seu valor pela sua mensagem positiva sobre sempre manter os seus sonhos e jamais desvencilhá-los mesmo quando outros dizem ao contrário. Claro, não é algo original, sendo que essa fórmula de contar histórias já foi usada e reaproveitada diversas vezes ao longo das décadas, sendo na maioria das vezes sucesso instantâneo e outras vezes ficando aquém do esperado. Neste caso, o filme se divide nestes dois termos, sendo que é uma aventura mágica visualmente, mas cuja trama parece que já vimos em algum lugar ao longo de nossa vida cinéfila.
Ao comemorar os 100 anos do estúdio, o filme vem recheado de elementos que nos lembre outros clássicos e, portanto, não se surpreenda que quando surgir algum animal fofo e comece a falar irá remetê-lo talvez ao outro longa da toda poderosa. A protagonista Asha, por sua vez, pertence ao seleto recente de protagonistas da Disney que não aguardam o seu Príncipe Encantado para obter os seus desejos, já que ela é sonhadora, aventureira e muito disposta em lutar pelo seu próximo. Mas vamos nos concentrar na questão do vilão Magnifico.
Em alguns momentos ele me lembrou a versão maligna de Doutor Estranho que foi visto na série "at If...?" e com o direito de ele ter um livro poderoso e que não poderia ser aberto. Ao mesmo tempo a sua figura em si parece uma espécie de metáfora com relação a todo poderio do estúdio, já que ele se acha no direito de controlar os sonhos dos outros e que somente ele pode fazer com que se realize. Pelo visto, os animadores sabem com quem estão trabalhando e fazendo, portanto, as suas críticas nas entrelinhas.
O final é aquele típico embate entre o bem e o mal e que tudo acaba bem. Para não dizer que a reta final termine de maneira ainda mais previsível, ao menos o estúdio prestou uma bela homenagem durante os créditos há todos os longas metragens que o estúdio havia criado desde o princípio. Pode ser pouca coisa, mas para cinéfilo como eu que estuda a história cinematográfica essa parte foi mais do que bem-vinda.
"Wish: O Poder dos Desejos" é um bom filme de entretenimento da Disney, mas que teve a tarefa ingrata de carregar o peso da comemoração dos 100 anos do estúdio.
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