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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Cine Especial: Próximo Cine Debate: 'A Senhora da Van'


“A Senhora da Van”

Sinopse: Alan Bennett simpatiza inesperadamente com uma excêntrica mulher que vive em um carro estacionado na frente de sua casa. À medida que a amizade se fortalece, ele descobre a verdadeira história sobre o passado desta misteriosa senhora. 

Ficamos nos perguntando o que leva uma pessoa a viver nas ruas, ou simplesmente pegar o pé na estrada com o seu antigo veículo e com a roupa no corpo. Não foi por motivos quaisquer, mas sim por carregar uma curiosa história, mas que a maioria de nós sempre irá desconhece-la. "A Senhora da Van" (2015) é uma singela comédia dramática que representa essas diversas pessoas pelo globo e que tem mais história para nos contar do que nós imaginamos.

Dirigido por Nicholas Hytner, que dirigiu "As Bruxas de Salen" (1996), e baseado em fatos verídicos, a trama se passa em Camden Town, bairro de Londres, 1970. Mary Shepherd (Maggie Smith) é uma senhora idosa, que mora dentro de uma van. Devido aos seus hábitos pouco higiênicos, os moradores não gostam nem um pouco quando ela decide estacionar o carro próximo à sua casa. O único que a tolera é o escritor Alan Bennett (Alex Jennings), que permite que ela use seu banheiro de vez em quando. Após algum tempo, os moradores conseguem que a prefeitura proíba que qualquer carro fique estacionado no bairro. A intenção era que a sra. Shepherd deixasse o local, mas ela encontra uma saída quando Alan oferece que estacione na vaga existente em sua própria casa.

O prólogo já começa com uma situação bem curiosa, onde vemos a protagonista escapando de um possível acidente da qual ela havia provocado, ou não. Porém, isso acaba ficando em segundo plano, já que o roteiro nos apresenta diversas camadas escondidas sobre a vida dessa pessoa e das quais, gradualmente, são reveladas. Até lá, ficamos apreciando a construção da origem da amizade entre Mary e o escritor Alan, sendo duas figuras de realidades diferentes, mas das quais ambas tiram certo proveito uma da outra.

Se por um lado Mary consegue obter um espaço no pátio de Alan, do outro, Alan vê nesta figura curiosa uma chance de escrever um novo livro ou peça do qual ele está trabalhando. Ao mesmo tempo, o mesmo precisa lidar com o fato de sua mãe estar cada vez mais doente e se distanciando de sua realidade. Falando nisso, é curioso que a realidade e fantasia se entrelaçam de forma simples dentro da história, pois simplesmente testemunhamos Alan falando com o seu duplo, ou se preferir, falando consigo mesmo.

Por conta disso, embora a trama seja baseada em fatos reais, nunca sabemos ao certo se a história narrada é realmente verídica ou se alguns fatos são ficção, já que estamos assistindo uma história narrada por um escritor buscando inspiração. Independente disso, nós nos encantamos com o dia a dia de Mary, já que ela se locomove da sua maneira e adentra o coração de Londres de uma forma bem curiosa. Por conta disso, sua memória se abre para nós e cujo os flashback desvendam uma Mary que tinham um grande talento, mas que foi detido devido uma realidade conservadora vinda do catolicismo.

Em sua reta final, vemos a protagonista aceitar lembranças do seu passado de dor e opressão, mas abraçando o seu verdadeiro dom e do qual sempre guardou. Acima de tudo, é um filme que nos diz que cada um tem o seu talento para desfrutar e transmitir para aqueles que apreciam uma boa cultura. Independente da qualidade do filme, o filme se sustenta principalmente graças ao enorme talento da veterana Maggie Smith e pelo tom sarcástico da interpretação de Alex Jennings como narrador e escritor.

"A Senhora da Van" é uma singela comédia dramática para todas as idades, da qual nos ensina que cada um tem a sua história para contar, mesmo quando as pessoas tem certo receio de nos compartilhar. 

Onde Assistir: Netflix. 

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