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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Viva - A Vida é uma festa

Sinopse: Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos.

Foi-se o tempo em que os estúdios americanos olhavam somente para o seu próprio umbigo e se dando conta finalmente que o mundo não pode ficar isolado mas sim explorado.  Ao se darem conta em que não podem mais dependerem das bilheterias locais, os estúdios Disney/Pixar, por exemplo, decidiram investir pesado na diversidade cultural. Viva  - A Vida é uma festa talvez venha a ser o melhor exemplo dessa investida, mas feita de coração e com o pensamento sempre na elaboração de uma boa história.
A trama se passa numa cidade do México, onde está ocorrendo os preparativos para o Dia dos Mortos, onde os familiares rezam pelos seus entes queridos e dando-lhes oferendas. Porém, o pequeno protagonista Miguel esta mais interessado em ser um grande músico, assim como o seu ídolo da música do passado. Porém, Miguel sofre resistência de sua família, mas isso é apenas o princípio de uma grande aventura cheia de emoções e reviravoltas.
Dirigido por  Lee Unkrich e Adrian Molina, o filme já é para mim um dos que melhor traduz a qualidade do estúdio Pixar. Ao retratar os dois mundos que surgem na tela, tanto dos vivos como dos mortos, o filme possui um requinte sedutor, onde cada cena é cheia de inúmeros detalhes, dos quais sintetizam toda uma cultura do México verdadeira e tão pouco vista no cinema americano. Não há uma caracterização caricata dos personagens mexicanos, como tanto era visto nos filmes de antigamente, mas sim de uma forma honesta, respeitosa e muito bem vinda.
Contudo, o roteiro não possui uma grande originalidade. Para aqueles que esperam algo que supere a obra prima do estúdio que é Divertidamente pode acabar se decepcionando, mas acho que a intenção nem era essa, mas sim unicamente se criar uma boa história. E a boa história é aquela mesma velha fórmula de sucesso, onde vemos o protagonista ir em busca de seus sonhos, nem que para isso tenha que ir além desse mundo.
Se num primeiro momento aventura de Miguel parece que irá se enveredar para um cenário parecido do que foi visto no já clássico A Noiva e o Cadáver de Tim Burton, eis que os cineastas Lee Unkrich e Adrian Molina desconstroem todo esse meu pensamento. Há uma preocupação em querer se discutir sobre questões sobre a vida e a morte dentro da trama, mas tudo contado de uma forma convidativa e da qual não irá assustar as crianças. Aliás, novamente o humor irá fazer alegria dos marmanjos que levam os seus filhos ao cinema, pois desde Toy Story a Pixar gosta de inserir piadas em que os adultos compreendem muito melhor o sentido delas.
Porém, o ato final é onde se encontra todo o coração, coragem e alma do filme. Em sua busca pela realização de seu sonho, Miguel descobre que há valores mais importantes para serem preservados e ao mesmo  tempo o filme toca na ferida com relação ao universo das celebridades, cuja sua beleza se encontra somente nos palcos, mas por detrás da cortina há sempre um lado mais sujo. Em tempos em que celebridades instantâneas ganham os holofotes, é sempre interessante assistir um filme que vai contra essa tendência, mas sim valorizando o que há de melhor nos princípios mais básicos da vida. 
Viva  - A Vida é uma festa, pode até não ser o melhor filme da Pxar, mas é uma deliciosa aventura que transita entre a vida e a morte de uma forma divertida e bem colorida. 


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