FILME
EXPERIMENTAL DE TINTO BRASS É A ATRAÇÃO DO PROJETO RAROS
Nesta sexta-feira, 12
de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras reapresenta a edição do
Projeto Raros com a exibição de O Uivo (1970, 100’), que havia sido programada
para dezembro e acabou cancelada em função de uma queda de luz. O filme
político experimental do italiano Tinto Brass está presente na célebre lista
criada por Carlos Reichenbach com os 60 filmes notáveis da história do cinema.
Com exibição digital e legenda em português, a sessão tem entrada franca.
O UIVO
(L’Urlo)
Itália, 1970, 100’
Direção: Tinto Brass
Uma noiva fugitiva e
um homem excêntrico embarcam em uma jornada surreal em um mundo bizarro que
reflete a cultura pop, o sexo e a política dos anos 1960. Com a musa Tina
Aumont vivendo a protagonista, O Uivo é um dos filmes emblemáticos do período
político experimental de Tinto Brass, realizador mais conhecido na história do
cinema pelos atrevimentos eróticos que excitaram plateias do mundo todo nos
anos 1970 e 80.
Com a palavra, Carlos
Reichenbach: “L´Urlo” nunca foi lançado comercialmente no Brasil. Um dos
últimos filmes da fase “udigrudi” de Brass. Trata-se de um “Os Idiotas” muito
anos à frente. Estranho e belíssimo, sobre uma garota burguesa que abandona o
noivo no dia do casamento e foge com um homem qualquer para uma aventura
onírica e transgressiva, sem obrigações, sem deveres sociais, sem respeito
humano e sem temores. O encontro do “casal” com determinados personagens faz os
dois se confrontarem com as convenções, a morte e a sociedade condicionada ao
sexo, a guerra, a violência, as várias ideologias e ao mundo da cultura. Mundo
este que, conforme o “casal”, “não tolera o amor”.
“Filmes que você
sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a
sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a
intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito
exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas,
procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York
a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas
noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido
pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo
inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as
Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no
Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a
Cinemateca Capitólio Petrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros.
GRADE DE HORÁRIOS
9 a 17 de janeiro de
2018
9 de janeiro (terça)
14h - O Quimono
Escarlate
16h – A Morte num
Beijo
18h – Juventude
Transviada
20h – Zabriskie Point
10 de janeiro
(quarta)
14h – Eles Vivem
16h – Alma em
Suplício
18h – Crepúsculo dos
Deuses
20h – Chinatown
11 de janeiro
(quinta)
14h – Alma no Lodo
15h30 – Jovem Mulher
(em cartaz)
17h30 - O Grande
Lebowski
20h – A Primeira
Noite de um Homem (em cartaz)
12 de janeiro (sexta)
14h – Curva do
Destino
15h30 – Jovem Mulher
(em cartaz)
17h30 - A Morte num
Beijo
20h – Projeto Raros
(O Uivo, Tinto Brass)
13 de janeiro
(sábado)
14h – Alma Torturada
15h30 – Jovem Mulher
(em cartaz)
17h30 - Crepúsculo
dos Deuses
20h – A Primeira
Noite de um Homem (em cartaz)
14 de janeiro
(domingo)
14h – O Quimono
Escarlate
15h30 – Jovem Mulher
(em cartaz)
17h30 - Juventude
Transviada
20h – A Primeira
Noite de um Homem (em cartaz)
16 de Janeiro (terça)
14h – Curva do
Destino
15h30 – Jovem Mulher
(em cartaz)
17h30 - Chinatown
20h – A Primeira
Noite de um Homem (em cartaz)
17 de Janeiro
(quarta)
14h – Alma no Lodo
15h30 – Jovem Mulher
(em cartaz)
17h30 - O Grande
Lebowski
20h – A Primeira Noite de um
Homem (em cartaz)
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