E lá se vão mais de
20 anos desde que o primeiro filme de Jurassic Park invadiu os cinemas e mudou
a cara dos filmes de entretenimento para sempre. Muitos acham que foi graças a
Star Wars (1977) que serviu de ponta pé inicial para o domínio cinema pipoca
norte americano, mas os anos 70 ainda era um tempo que, independente de qual
gênero fosse, ainda era um trabalho que exigia um pouco mais da mão do técnico
de efeitos visuais e não se pensava nenhum pouco no papel do computador que
iria ter anos mais tarde. Jurassic Park se tornou um filme marcante, porque ele
simplesmente jogou nos nossos olhos efeitos de tamanho realismo, que muitos
filmes anteriores acabaram se tornando datados.
Graças à direção
autoral de Steven Spielberg, mais aliada aos efeitos especiais da Industrial
Light & Magic de George Lucas (pai de Star Wars) Jurassic Park foi um filme
revolucionário, atraindo milhares de cinéfilos e fazendo com que outros
estúdios corressem contra o relógio para não ficar pra trás com relação a
efeitos visuais. Duas continuações, venda de brinquedos de todos os gêneros,
Jurassic Park se tornou um produto valioso para os estúdios da Universal e,
portanto era inevitável a chegada de mais um novo capitulo da franquia (Jurassic
Word) que chega agora neste final de semana.
Mas sempre enxerguei
o primeiro filme como único, cuja história não era necessário uma continuação.
Mas estamos falando do cinema americano e tudo por lá é movido pelo dinheiro.
Pensando nisso, decidi rever os três filmes anteriores para vocês terem uma
noção melhor sobre esse meu pensamento.
Jurassic Park -
Parque dos Dinossauros (1993)
Sinopse: Um parque construído por um
milionário (Richard Attenborough) tem como habitantes dinossauros diversos,
extintos a sessenta e cinco milhões de anos. Isto é possível por ter sido
encontrado um inseto fossilizado, que tinha sugado sangue destes dinossauros,
de onde pôde-se isolar o DNA, o código químico da vida, e, a partir deste
ponto, recriá-los em laboratório. Mas, o que parecia ser um sonho se torna um
pesadelo, quando a experiência sai do controle de seus criadores.
Baseado na obra
Michael Crichton, o filme dá uma exata sensação de como as pessoas se sentiram
ao ouvirem pela primeira vez uma pessoa falando no cinema mudo, ou quando
encararam pela primeira vez um filme em cores. Quando os personagens Alan Grant
(Sam Neill), Ellie Sattler (Laura Dern) e Ian Malcolm (Jeff Goldblum)
testemunharam espantados a presença de dinossauros vivos, nós sabíamos o que
eles estavam sentindo. Efeitos visuais de puro realismo, dos quais deixaram
cinéfilos do mundo inteiros eufóricos e fazendo com que todos assistissem mais de
uma vez no cinema.
Revisto hoje, talvez
alguns efeitos tenham até envelhecido, mas é graças à direção de Steven
Spielberg que faz com que o filme ainda se torne imperdível. Cineasta como
ninguém, ele criou cenas de suspense das quais não deve nada a Alfred
Hitchcock: a cena em que o T-Rex surge de uma forma gradual (prestem atenção no
copo com água) perante os protagonistas e provocando o maior terror é disparado o melhor
momento do filme.
Com começo, meio fim
bem resolvidos, Jurassic Park revisto hoje é um filme para toda a família, que
agradará a nova geração e sempre irá provocar pura nostalgia para aqueles que
assistiram a obra a mais de vinte anos atrás.
O Mundo Perdido -
Jurassic Park
Sinopse: Quatro anos desde o desastre no Jurassic Oark e agora dois grupos estão numa disputa contra o tempo que irá determinar o destino dos habitantes pré-históricos da remota ilha. Leve para casa este clássico do cinema que irá mantê-lo sentado na beirada da poltrona ...de novo!
Todos esperavam com
maior ansiedade por esse filme, pois afinal de contas, estamos falando de um
filme que é seqüência de uma obra revolucionária. Mas após ter passado todo
aquele ar de novidade do primeiro, a sensação que dá, é que faltou algo na
trama, ou que ela foi muito mal conduzida. Talvez um pouco dos dois, ou até
mesmo a não presença do casal Alan Grant
(Sam Neill), Ellie Sattler (Laura Dern) do filme anterior tenha sido mais
sentida ainda e nem mesmo a presença do personagem Ian Malcolm (Jeff Goldblum) foi o suficiente
para a gente sentir algo de errado no ar.
Porém nem tudo foi
perdido, pois os efeitos especiais na criação dos dinossauros chegam a ser
ainda mais realistas e a cena do precipício em que acompanhamos os heróis
pendurados é disparada o melhor momento. O problema é justamente o seu final
que, vai do previsível, há uma copia descarada de qualquer filme de King Kong
que se preze. Poderia ter nos poupado dessa Sr Spielberg.
Jurassic Park 3
Sinopse: A aventura começa quando o renomado paleontologista Dr. Alan Grant (Sam Neill) decide acompanhar um aventureiro abastado (William H. Macy) e a sua esposa (Téa Leoni) numa visita aérea à Isla Sorna, o território da InGen onde outrora foram criados seres pré-históricos. Eis que, inesperadamente, ficam impossibilitados de sair da Ilha, e o Dr. Grant descobre que os seus anfitriões não são bem o que parecem.
Como algo faltou no
segundo filme, do qual ninguém sabe ao certo, coube o terceiro filme (agora
comandando por Joe Johnston) trazer algo de novo nesse capitulo o
que também não aconteceu. Diferente da aventura anterior, aqui novamente surge personagens Alan
Grant (Sam Neill) que, forcadamente, acaba caindo na ilha Sorna para ajudar um
casal a resgatar o seu filho perdido por lá. E é basicamente isso, numa
aventura de pouco mais de uma hora e meia que, quando você começa a gostar do
filme, ele simplesmente acaba rapidamente.
De algo bom que surge
nessa trama, acontece o embate entre um T-Rex e um gigantesco Espinossauro, que não deve nada em termos de força e perigo se comparado
ao primeiro. Os Velociraptors novamente têm o espaço maior na trama, mas de uma
forma tão forçada com relação à inteligência deles, que não tem como não deixar
de rir de uma determinada situação nos minutos finais do filme.
Era para encerrar a cine série dos Dinossauros por aqui? Jurassic Word
que chega agora aos cinemas é um grande “não” como resposta.
2 comentários:
Eu também gostei mais do 1º depois de todos os outros que vieram depois.
Sem dúvida nenhuma mudou a forma de produzir filmes.
Valeu pelo comentário Bússola
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