A Última Estrada da Praia
Sinopse: Leo, Norberto e Paula são muito mais que amigos. No início de uma viagem para o litoral, conhecem um estranho que não fala. Os quatro partem em uma aventura em que o percurso é vivenciado sem pressa.
Primeiro longa metragem do diretor Gaucho Fabiano Souza. Depois da passagem em curtas como Um Estrangeiro em Porto Alegre (1999) e Cinco Naipes (2004), demonstra total controle em longa metragem, com uma trama simples, mas que tem muito a dizer, mesmo com um dos protagonistas que surge mudo e sai calado, mas que se torna o melhor personagem de toda a trama, interpretado com excelência pelo ator Rafael Sieg. Esse, surge do nada, e sem querer, se une ao trio de amigos “coloridos” (Marcos Contreras, Miriã Possani e Marcelo Adams) e partem para uma viagem, bem ao estilo "road movie", e durante o percurso, curtem ao máximo os lugares que passam, embalado com muita azararão, sexo e bebida.
O passado do quarteto pouco é explorado, principalmente do personagem de Rafael Seg, mesmo tendo afinidade com o personagem de Contreras. Tudo que sabemos é que tem medo de ambulância, e seja o que for algo de muito ruim deve ter acontecido, mas as perguntas jamais são respondidas, e é ai que o filme ganha pontos, ao fazer o espectador tirar suas próprias conclusões.
O melhor fica no terceiro ato do final da trama, onde o foco fica em torno somente de Sieg e Contreras, e como cenário somente a praia, dando a sensação de que chegaram ao nada, e tudo que resta é somente os dois juntos, para preencherem o vazio que ambos sentem perante a solidão que existe no lugar, que pode ser interpretado em muitos sentidos, como o fim do mundo ou o começo de uma nova vida para ambos, mesmo que isso leve a dupla para caminhos diferentes.
Com o resultado tão positivo, Sousa já esta sendo convidado para dirigir novos projetos, e se colocar essa mesma vitalidade e o desejo de criar algo no mínimo original, como foi neste longa, podemos esperar pro ótimos filmes futuros desse ótimo cineasta.
O Veneno esta na mesa
Sinopse: Documentário que revela os males da indústria dos agrotóxicos e quais são as conseqüências em meio aos alimentos.
Pequeno documentário, mas que tem muito a dizer. O que não deixa de ser polemico, já que não é sempre que um filme bate de frente com algo que o próprio governo financia. Dirigido por Silvio Tendler, o filme propõe uma dura reflexão mas que é preciso ser olvida e sentida, já que o Brasil é um dos países que mais usa e abusa do diariamente do agrotóxicos nos alimentos. Atualmente, o brasileiro é o povo que mais consome agrotóxico em todo o mundo, sendo 5,2 litros a cada ano por habitante. A conseqüência como mostra o documentário são preocupantes, principalmente se levarmos em conta a origem do agrotóxico em si, que foi usado em duas épocas de guerra distintas, como a segunda guerra e o conflito do Vietnam, com imagem fortes e desconcertantes.
Indispensável, para aqueles que realmente se preocupam com o que ingere no dia a dia.
Em Cartaz: CineBancários: Rua General Câmara, nº 424 - Centro Porto Alegre / RS
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