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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 23 de junho de 2009

Cine Curiosidades: Em cartaz: Trama Internacional

Filme de Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra) apresenta originalidade no gênero espionagem e apresenta a melhor cena de tiroteio do ano.

(The International) EUA/Alemanha, 2008. Direção: Tom Tykwer. Elenco: Clive Owen, Naomi Watts, Armin Mueller-Stahl. Duração: 119 min.

Sinopse: Louis Sallinger (Clive Owen) é um agente da Interpol que, juntamente com Eleanor Whitman (Naomi Watts), a promotora de justiça de Manhattan, busca levar à justiça um dos bancos mais poderosos do mundo. Para tanto eles investigam diversas atividades ilegais, tendo que rastrear quantias espalhadas ao redor do planeta.

Tom Tykwer se tornou conhecido mundialmente quando lançou o filme alemão Corra, Lola, Corra em 1998. Depois desse bem-sucedido filme, porém, o alarde em torno de seu nome diminuiu com filmes apenas razoáveis, como A Princesa e o Guerreiro. Seu retorno ao sucesso deu-se em 2007 com a boa adaptação do livro
O Perfume. O cineasta alemão agora se arrisca com um thriller passado no mundo da espionagem e altas finanças em Trama Internacional (The International, 2009).
Aqui ele logicamente se inspira nos gêneros de espionagem como 007, 24horas e Bourne, entretanto ele tenta puxar originalidade neste mundo tão explorado no cinema. Como nas séries Bond e Bourne, Trama Internacional cruza o globo várias vezes. Passa por Berlim, Lyon, Milão, Nova York e Istambul. Mais que um recurso de interesse visual (novos cenários, personagens, tom...), a solução funciona a favor da história para mostrar o tamanho do problema que os personagens de Owen e Watts enfrentam. O roteiro de Eric Warren Singer coloca como vilão um banco, não um bancário (ainda que exista um burocrata central que é caçado, interpretado por Ulrich Thomsen), e esse vai e vem mundial exemplifica quão fundo chegam as ramificações da estrutura que a dupla precisa desbaratar.
Clive Owen (Closer- Perto Demais) vive o agente passional com competência e muitos ficam se perguntando porque ele não aceitou ser o novo 007 atualmente. Já a talentosa Naomi Watts (Cidade dos Sonhos) está apenas ok no filme e não exigiu muito fisicamente, talves devido o fato que a recém havia passado por uma gravidez, contudo, a química dos dois funciona como uma jóia na película. Apesar da maioria dos filmes de espionagem exigir atenção do espectador, o filme não cansa em nenhum momento e apresenta ótimas cenas de ação. Ao manter o filme nesse passo, Tykwer evidencia de maneira explosiva o momento que guardava a sete chaves no filme todo. O tiroteiro no Museu Guggenheim, sequência mais intensa da produção, é um excepcional exemplo de boa coreografia, planejamento e edição. A produção foi a primeira a conseguir autorização para filmar dentro no local e aproveitou muito bem essa vantagem. Tykwer mescla com absurda habilidade cenas no local de verdade e gravações realizadas no set construído em Berlim, que replica em escala de 90% a icônica construção espiral de Frank Lloyd Wright.

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