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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 10 A 16 DE JULHO

 "SOBREVIVENTES", ÚLTIMO FILME DE JOSÉ BARAHONA, E “YÕG ÃTAK: MEU PAI, KAIOWÁ" ESTREIAM NO CINEBANCÁRIOS EM 10 DE JULHO. "PEDAÇO DE MIM", filme protagonizado por Laure Calamy, segue em cartaz na sessão das 17h

A coprodução Brasil-Portugal SOBREVIVENTES, último longa-metragem de José Barahona, estreia no CineBancários dia 10 de julho, com distribuição da PANDORA FILMES. O lançamento é também uma homenagem ao cineasta, que faleceu em novembro de 2024, deixando o seu legado no cinema luso-brasileiro. O filme teve sua estreia mundial no IndieLisboa, passou pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e integrou a programação do Festival de Cinema Brasileiro de Paris.

Com história original de José Barahona e roteiro assinado por ele e por José Eduardo Agualusa, SOBREVIVENTES conta a história de um grupo de náufragos, brancos e negros, isolados em uma ilha no século XIX. Sem leis ou estruturas sociais preexistentes, eles enfrentam um dilema: reproduzir as hierarquias do passado ou construir um novo modelo de convivência?

Embora inteiramente ficcional, o filme carrega a marca do diretor, que acreditava que “há muito de documentário na ficção, e muito de ficção no documentário”, já que toda narrativa é também um recorte subjetivo da realidade. SOBREVIVENTES mergulha nas consequências da escravidão e do colonialismo português, dois temas centrais em sua trajetória artística.

Nas palavras do diretor, “o tema da escravatura foi muitas vezes esquecido, escondido atrás de uma ‘gloriosa’ epopeia ultramarina”, e é essa invisibilização histórica que ele busca desconstruir. Em suas notas, Barahona lembra que quase 5 milhões de africanos foram levados para serem escravizados no Brasil, e essa memória precisa ser resgatada para que seja possível pensar em novas formas de sociedade. “Como é possível a harmonia e a instauração de uma sociedade igualitária e democrática depois de um passado de tanta violência? Não sabemos até hoje, mas ela é certamente desejável”, reflete.

O elenco conta com Miguel Damião, Allex Miranda, Anabela Moreira, Paulo Azevedo, Roberto Bomtempo e Zia Soares. A trilha sonora original assinada por Philippe Seabra, vocalista e guitarrista da banda Plebe Rude, traz a voz de Milton Nascimento. A produção é da portuguesa David & Golias dos produtores Fernando Vendrell e Luís Alvarães, e da brasileira Refinaria Filmes, com Carolina Dias e José Barahona, como produtores.


“Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá”: a busca de Sueli Maxakali e Maísa Maxakali pelo pai, Luis Kaiowá

Em fevereiro de 2019, Luiz Kaiowá foi surpreendido por uma vídeo-carta de suas filhas Maxakali. No entanto, apenas três anos depois, em 2022, uma delegação Maxakali pôde percorrer os mais de 1.800 km de distância que separam a Aldeia-Escola-Floresta, em Minas Gerais, das Terras Indígenas Panambi-Lagoa Rica, Panambizinho e Laranjeira Ñanderu, em Mato Grosso do Sul, para descobrir o paradeiro de Luiz – hoje, um dos mais importantes xamãs de seu povo.

O filme acompanha a jornada de reencontro entre Sueli Maxakali e seu pai, Luis Kaiowá, de quem foi separada ainda bebê durante a ditadura militar. No início dos anos 1960, Luis Kaiowá, indígena Guarani Kaiowá, deixou o território tradicional de Ka'aguyrusu, em Mato Grosso do Sul, em uma longa caminhada com outros parentes. Após passarem por São Paulo e Rio de Janeiro, foram levados à força até Minas Gerais por agentes da FUNAI - Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Luis viveu mais de 15 anos entre os Tikmũ’ũn (Maxakali), onde teve duas filhas: Maiza e Sueli. Quando Suelitinha apenas dois meses de idade, Luis foi reconduzido ao Mato Grosso do Sul e nunca mais voltou. Décadas depois, graças a encontros políticos e à chegada da internet nas aldeias, Sueli localizou o pai com a ajuda de duas primas, e pouco depois, iniciou - com apoio de aliados - a construção do filme como forma de concretizar esse reencontro.


PROGRAMAÇÃO DE 10 A 16 DE JULHO


Estreia:

YÕG ÃTAK: MEU PAI, KAIOWÁ

Brasil/ Documentário/ 2024/ 90 min.

Direção: Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero, Luisa Lanna

Sinopse: A busca de Sueli Maxakali e Maísa Maxakali pelo pai, Luis Kaiowá, de quem foram separadas durante a ditadura militar no Brasil. O documentário acompanha a jornada da cineasta para reencontrar o pai, bem como as lutas enfrentadas pelos povos indígenas Tikmũ'ũn e Kaiowá em defesa de seus territórios e modos de vida.

SOBREVIVENTES

Brasil/ Drama/ 20 / 107 min.

Direção: José Barahona

Sinopse: No século 19, sobreviventes de um navio negreiro naufragado chegam a uma ilha deserta. Em busca de sobrevivência, a tripulação enfrenta conflitos que desafiam e invertem valores morais e sociais da época.

Elenco: Miguel Damião, Anabela Moreira, Roberto Bomtempo

Em cartaz:


PEDAÇO DE MIM

França/ Drama/ 2024/ 94 min.

Direção: Anne-Sophie Bailly

Sinopse: Mona, uma mulher divorciada, vive com seu filho Joel, um adulto neurodivergente. Os dois compartilham uma relação profunda, que é abalada quando Mona descobre que a namorada de Joel, também neurodivergente, está grávida.

Elenco: Laure Calamy, Charles Peccia Galletto, Julie Froger




HORÁRIOS DE 10 A 16 DE JULHO

15h: MEU PAI KAIOWÁ

17h: PEDAÇO DE MIM

19h: SOBREVIVENTES


Não há sessões nas segundas-feiras


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Dept. Q'

Sinopse: O detetive Carl foi transferido para outro departamento para organizar casos encerrados.  

Scott Frank surpreendeu ao fazer de uma série que explora o universo do jogo de xadrez em algo dinâmico em "O Gambito da Rainha" (2020). Antes disso, porém, chamou atenção ao fazer um faroeste feminista e corajoso em "Godless" (2017). Contudo, "Dept.Q" (2025) é a sua melhor obra, principalmente ao saber trabalhar com uma trama complexa e ao mesmo tempo construir personagens dos quais a gente se identifica.

Na trama, um detetive brilhante, porém, bastante rabugento e sarcástico, fica responsável por comandar uma unidade de solução de casos arquivados. Por conta de sua arrogância e teimosia lhe traz a antipatia de seus superiores e colegas na Polícia de Edimburgo. Porém, será preciso ele se conter e trabalhar em um caso de desaparecimento arquivado e que é preciso novamente reabri-lo.

Sendo uma série escocesa, mas baseada em um livro norueguês, a produção por si só já é caprichada visualmente ao explorar o visual e os costumes do Reino Unido, mas não se distanciando muito de nossa própria realidade do lado de cá do globo. O que faz da série se tornar universal é os seus ricos personagens, principalmente com relação ao protagonista, interpretado com intensidade pelo ator Matthew Goode e que se torna o coração do programa de cabo a rabo. Sem papas na língua, o personagem é alguém que a gente facilmente se identifica, principalmente pelo fato dele ser uma pessoa sincera com relação ao mundo em que vive e não se limitando perante as regras de boa conduta impostas por um sistema falido que é o criminal.

A série, por vezes, é bastante complexa, exigindo maior atenção para aqueles que assistem, pois há uma teia de eventos envolvendo a investigação em que o protagonista e seus parceiros estão investigando. O resultado é o fato de todos serem suspeitos, não poupando nem aqueles do alto patente, pois no final das contas ambição é o que tornam essas pessoas mais bandidas do que aqueles que simplesmente roubam uma bolsa de uma simples senhora. Por conta disso o protagonista não se intimida perante a nenhuma autoridade, pois a própria somente se esconde através de uma cortina burocrática, porém, já muito debilitada por ser há muito tempo bastante falha.

Com apenas nove episódios, a série é aquele tipo de programa que você começa a maratonar direto, pois cada episódio termina de uma forma que faz a gente querer ver o outro logo em seguida. O ruim disso é quando tudo acaba e fazendo a gente desejar que haja uma segunda temporada logo em seguida. Devido ao sucesso de público e de crítica não me surpreenderia se voltássemos a vermos novamente esse detetive de boca suja, mas que todos acabam caindo na tentação de gostar dele.

"Dept.Q" é uma grata surpresa para aqueles que procuravam uma boa série investigativa, mas que nos prende de tal forma que os nove episódios acabam sendo algo muito pouco e fazendo a gente desejar o quanto antes por novos episódios. 

Onde Assistir: Netflix. 

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Cine Dica: Cinesemana de 10 a 16 de julho de 2025

A cinesemana de 10 a 16 de julho traz duas estreias em nossa programação, ambas assinadas por diretoras mulheres. A italiana Maura Velpero dirige VERMIGLIO – A NOIVA DA MONTANHA, uma história ambientada durante a Segunda Guerra Mundial e indicada pela Itália ao Oscar de filme internacional. O outro filme é uma releitura do clássico erótico EMANUELLE, conduzido pela premiada diretora Audrey Diway e que coloca a protagonista em uma jornada de descobertas por Hong Kong.

A semana ainda traz uma sessão inclusiva de A PRIMEIRA MORTE DE JOANA, da diretora Cristiane Oliveira, e uma mostra especial de rock gaúcho com quatro longas inéditos nos cinemas. Entre os destaques, estão os documentários dedicados à banda Cachorro Grande, ao compositor Julio Reny e ao sempre genial Júpiter Maçã.

Seguem em cartaz DREAMS, o filme ganhador do Festival de Berlim e que completa a elogiada trilogia do norueguês Dag Johan Haugerud, e também O GRANDE GOLPE DO LESTE, com Sandra Hüller, ambientado às vésperas da reunificação da Alemanha. O público pediu e prorrogamos as exibições do longa chinês LEVADOS PELAS MARÉS, e que o diretor Jia Zhang-ke traça um panorama do seu país nas últimas duas décadas, o ENTRE DOIS MUNDOS, protagonizado por Juliette Binoche.

Os longas VIRGÍNIA E ADELAIDE, de Jorge Furtado e Yasmin Thayná, e RITAS, de Oswaldo Santana, têm suas últimas sessões nesta semana.

Confira a programação completa no site oficial da Cinemateca clicando aqui.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Esquema Fenício'

Sinopse: O magnata Zsa-zsa Korda sofre mais um acidente aéreo, mas logo se recupera. Ao voltar para casa, ele decide nomear sua filha, uma freira, como única herdeira de sua fortuna.  

Wes Anderson tem sido duramente criticado até mesmo pela crítica especializada ao ser acusado de exagerar em sua visão autoral na realização dos seus últimos filmes. Tanto "A Crônica Francesa" (2021) como "Asteroid City" (2023), no meu entendimento, são uma espécie de experimento que o cineasta faz ao usar a linguagem do cinema e alinhá-la com o universo do teatro. Se muitos ainda estão irritados com o seu modo de filmar é bom passar longe então de "O Esquema Fenício" (2025) onde ele até volta a fazer um cinema de um jeito mais tradicional, mas não largando de mão a sua visão autoral.

Na trama, conhecemos o magnata Zsa-zsa Korda (Benicio del Toro), que já sobreviveu a seis acidentes de avião e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida saia do papel, o "Korda Land and Sea Phoenician Infrasctructure Scheme". Agora, eles precisarão viajar pelo mundo acompanhados pelo ingênuo tutor Bjorn (Michael Cera) para negociar com empresários, empreiteiros e criminosos.

Como não poderia deixar de ser, o filme é recheado de astros do cinema atual norte americano, que estão sempre dispostos a fugir do convencional e embarcar no universo autoral do diretor. Portanto, será comum no decorrer dos anos vermos em seus filmes novamente nomes como Scarlett Johansson, Benedict Cumberbatch, Michael Sera, Tom Hanks e tantos outros, sendo que alguns fogem das produções milionárias como as da Marvel, já que ela atualmente se encontra cada vez mais presa em sua fórmula de sucesso já muito desgastada nestes últimos anos. Já no universo de Wes Anderson me dá a impressão de que eles estão mais à vontade em fazer personagens genuinamente estranhos, mas que desafiam os seus talentos como um todo.

Para o fã radical, porém, poderão se decepcionar um pouco com esse filme se caso esperam uma expansão ainda maior com relação ao modo de filmar que o realizador estava colocando em prática nos últimos anos, ao fazer uma transição entre o cinema e o teatro e usando as velhas técnicas de como se fazia longas metragens como antigamente. Porém, a meu ver, o realizador optou em retroceder um pouco e revisitar à sua maneira de filmar dos tempos de "O Grande Hotel Budapeste" (2013), ou seja, é o mesmo e bom velho Wes Anderson de sempre, mas não se arriscando em dessa vez em dar um outro passo à frente. Dá minha parte está tudo bem para mim, desde que os velhos e bons ingredientes que sempre usou ainda estejam todos por lá.

E lá estão eles, desde um enquadramento que mais se parece um quadro, como uma fotografia de cores quentes que mais parecem extraídas de uma HQ retro. Além disso, é interessante observar que o realizador tem até um modo curioso de fazer as cenas de ação e até mesmo de luta, sendo tudo muito cartunesco, quase como se fosse um desenho animado, mas que a meu ver é uma forma de satirizar até mesmo a situação em que os personagens se encontram envolvidos. Sendo assim, o realizador não poupa humor ácido nem com relação à igreja ou ao próprio céu, com direito a julgamentos divinos, porém, burocráticos para se dizer o mínimo.

Quem se diverte nesta situação toda é o próprio Guilherme Del Toro, que dentre todos os atores em cena é o que mais se sente a vontade em toda essa brincadeira, principalmente ao já ter pegado o embalo da autoria do cineasta. Curiosamente, muitos personagens que surgem em cena são interpretados por intérpretes queridinhos do realizador, mesmo quando alguns fazem simples pontas, mas que irão dar o que falar. Bill Murray, por exemplo, faz questão de surgir como o próprio Deus em pessoa e mantendo a sua parceria com o diretor desde que se iniciou bem lá atrás no filme "Três É Demais" (1998).

Tendo ganhado recentemente um Oscar de melhor curta por "A Incrível História de Henry Sugar" (2023), Wes Anderson não está preocupado se os seus longas geram lucro ou não e tão pouco se importando o que os críticos irão dizer em seus textos. Acima de tudo, é um dos poucos realizadores norte-americanos de hoje que se atrevem em ir de contramão de uma Hollywood cada vez mais presa em suas franquias, fórmulas desgastadas e pela falta de algo mais original que tanto faz falta. No meu entendimento, Wes Anderson tem mais é que fazer o que bem entender e eu só tenho que agradecer.

"O Esquema Fenício" é o menos corajoso da filmografia recente de Wes Anderson, o que não significa que seja o menor de Wes Anderson. 

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Cine Dica: Tropical SOV na Cinemateca Capitólio

Dia 11 de julho tem exibição do Tropical SOV no Capitólio, o cinema de rua mais emblemático da cidade. Vai rolar até um debate após a exibição. E no dia 10 de julho tem uma festa de aquecimento para a exibição de Tropical SOV, com bandas e projeção de filmes experimentais sobre as bandas.

Tropical SOV é uma antologia brasileira que reúne 23 realizadores independentes e que dão vida a 21 histórias hilárias, estranhas e bizarras que só poderiam acontecer no Brasil. De cérebros que produzem cocaína até o incrível videocassete humano, passando pelos segredos da carne sintética, cura da calvície, castração de estupradores, frutas niilistas, docinhos mágicos e o rei cocô do Evangelistão.

um filme de: Laura Moura de Andrade, Petter Baiestorf, Juliana Hoffmann Bordes, Rebeca Capozzi, Barbi Cauzzi, Braun Ridre Chulaq, Alex Dombrova, Elder Gusmão, Kadu Hammett, Luciano Irrthum, Pedro Henrique Loreto, Luciano de Miranda, Bogomili Ovos, Ted Rafael, Tainá Rei, Jonathan Rodrigues, Edgar Soares, Fabiano Soares, Daniela Távora, E.B. Toniolli, Vini Trash, Judas Vanir e Keisy Yamaki.

Assista ao trailer clicando aqui. 


Criação do Projeto: Petter Baiestorf

Produção Executiva: Petter Baiestorf & Jonathan Rodrigues

Edição Geral: Jonathan Rodrigues

Trilha sonora abertura e encerramento: L. Bórgia Rossetti

Logo & Poster Oficial: Barbarah Canali


FONTE: 

www.tropicalsov.com.br

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'DREAMS'

Sinopse: Johanne se apaixona perdidamente por sua professora de francês, e escreve tudo o que ela vive.  

Dag Johan Haugerud já pode ser apontado como uma das melhores surpresas dos últimos tempos em termos de cinema autoral. Com a sua trilogia recente, incluindo os últimos "Sex" (2024) e "Love" (2024), o realizador faz uma análise madura com relação aos relacionamentos contemporâneos e dos quais nos identificamos facilmente como um todo. "Dreams" (2025) encerra essa trilogia de uma forma singela, reflexiva e de como deve ser lidada o primeiro despertar do amor.

Na trama, conhecemos Johanne (lla Øverbye), uma garota de dezessete anos que experimenta um despertar sexual inesperado ao se apaixonar por sua professora. Para colocar toda a carga emocional dessa paixão para fora, ela utiliza um caderno para documentar essa recente e intensa descoberta, colocando em palavras seus sentimentos mais arrebatadores. Quando mãe e avó têm conhecimento desse diário elas ficam preocupadas, mas aos poucos refletem o quanto é complexo o despertar da paixão e o quanto a jovem tem talento com relação à escrita.

Se nos filmes anteriores Dag Johan Haugerud  explorava a relação madura entre as pessoas nos dias de hoje, aqui nesta terceira parte ele faz uma análise interessante sobre o despertar de um amor precoce, mas do qual a gente se identifica facilmente. Afinal, todos nós nos apaixonamos quando ainda estamos descobrindo e enfrentando os obstáculos da vida e, portanto, a primeira paixão pode servir como um grande aprendizado, mesmo quando ele se torna extremamente doloroso. No filme, por exemplo, várias passagens são tratadas isso de uma forma perfeccionista, desde as sensações de toque, como também determinados olhares que falam mais do que palavras ditas no decorrer da trama.

Ao transitar cinema com a literatura, o filme nos apresenta uma trama em que boa parte de suas passagens nos são apresentadas em narração off pela sua protagonista e sintetizando a proposta principal do longa. Por conta disso o filme se torna o mais dinâmico dos três longas da trilogia, pois desperta em nós uma atenção redobrada com relação ao que ela fala, assim como também o que acontece na tela. Acima de tudo é um filme que nos diz que a maior história de todos os tempos é a nossa própria história, mesmo quando a gente não se dá conta desse importante fato da vida.

Ella Øverbye se sai bem ao interpretar a jovem protagonista, do qual transita na possibilidade estar presenciando o seu conto de fadas, quando na verdade nem sempre a realidade corresponde com as nossas expectativas. Já Ane Dahl Torp e Anne Marit Jacobsen interpretam uma mãe e uma avó que são dois lados da mesma moeda com relação ao papel da mulher dos tempos de ontem e hoje e como as suas visões mudam com relação, tanto ao feminismo, como também os significados da importância da literatura em suas vidas como um todo. Ao final ambas concordam que a protagonista possui um dom pela escrita, mas do qual ela somente obteve através de sua experiência sobre os conflitos internos de uma paixão não declarada.

Acima de tudo, é um filme que fala que os contos de fadas não existem, mas cuja os relacionamentos não correspondidos acontecem para amadurecermos para os próximos que vierem e estarmos preparados quando eles não correspondem com o que a gente esperava deles. A cena final, por exemplo, simboliza o que todos devemos fazer após termos ficado decepcionados com a nossa primeira experiência romântica, de nos reerguermos e seguirmos em frente ao desconhecido, mas do qual ele nos trará novas experiências para serem apreciadas no seu devido tempo. Todo obstáculo serve como aprendizado e sem eles nós nunca amadurecemos.

"Dreams" encerra com dignidade a trilogia autoral de Dag Johan Haugerud com relação aos relacionamentos de ontem e hoje e dos quais nos identificamos desde sempre. 

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Cine Dica: Sessão Ciclo de Animação: AMANHÃ (08/07) “Aya de Yopougon” na SALA REDENÇÃO

AMANHÃ, 08 de julho, às 19h, o Clube de Cinema de Porto Alegre realiza uma sessão especial da animação Aya de Yopougon (2013), em parceria com a Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS, dentro do nosso Ciclo de Cinema de Animação.


A entrada é gratuita e a sessão será aberta ao público!


Baseado na premiada série de quadrinhos homônima criada por Marguerite Abouet e ilustrada por Clément Oubrerie — ambos também diretores do filme —, Aya de Yopougon nos convida a mergulhar na vida de uma jovem mulher na Costa do Marfim dos anos 1970, em meio às transformações sociais, tradições e desejos de emancipação.

Após a exibição, teremos um momento especial com comentários e reflexões feitos por membros do Clube de Cinema de Porto Alegre e convidados, promovendo um espaço de troca com o público presente. O bate-papo será mediado por Kelly Demo Christ, cineasta e diretora de comunicação do Clube, e por Janaína Pinto, docente da UFRGS, com mestrado e doutorado em Letras. Janaína foi coordenadora do evento Cine-Debate Mulheres por Mulheres, voltado à reflexão sobre diversidade, relações sociais e familiares da mulher.  


Confira os detalhes da sessão:


📅 Data: Terça-feira, 08/07/2025, às 19h

📍 Local: Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS

Rua Eng. Luiz Englert, 333 – Campus Central da UFRGS

🎟️ Entrada gratuita

Aya de Yopougon

França/Costa do Marfim, 2013, 84 min, classificação livre

Direção: Marguerite Abouet e Clément Oubrerie

Baseado na HQ “Aya de Yopougon”

Sinopse: Aya vive em Yopougon, bairro popular da capital marfinense Abidjan, e sonha com uma carreira em medicina. Enquanto enfrenta as pressões familiares e sociais, suas amigas se envolvem com festas e namoros. Com leveza e humor, o filme traça um retrato sensível de uma juventude em um país em transformação.

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