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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Chama a Bebel'

Sinopse: Bebel é uma jovem cadeirante que mora com a mãe e o avô no interior. Para continuar seus estudos, ela acaba se mudando para a cidade grande, onde novas adversidades passam a fazer parte de sua vida, começando com sua tia Marieta. 

Em um Brasil atual em que as crises políticas e divisão social de classes se espalhou aos quatro ventos nos lares dos brasileiros nos últimos tempos fica até mesmo difícil como dialogar com os jovens de hoje que se encontram em formação perante o mundo ainda desconhecido. O assunto é, por vezes, tão complexo que é preciso de um pouco de fantasia para saber alinhar fatos verossímeis com a linguagem que o jovem poderá compreendê-la. "Chama a Bebel' (2023) pode soar bem ingênuo em alguns momentos, mas nos passa uma mensagem positiva para se fazer algo de diferente e que possa ajudar o nosso mundo.  

Dirigido por Paulo Nascimento, em "Chama a Bebel", a brilhante e corajosa Bebel (Giulia Benite) é uma jovem cadeirante que mora com sua mãe (Larissa Maciel) e o avô (José Rubens Chachá) nas margens de uma rodovia no interior que vê sua rotina mudar drasticamente quando se muda para a cidade grande para poder estudar em uma nova escola. Babel então entra em uma jornada de amadurecimento entre baixos e altos, onde enfrenta muitos desafios para tentar se adaptar, incluindo sua tia (Flavia Garrafa), estudantes populares do colégio e até um inimigo poderoso – um empresário da cidade que faz testes laboratoriais em animais.  

Pois bem, conheci Paulo Nascimento no curioso "A Oeste do Fim do Mundo" (2012), um filme com requintes e que davam sinais de que ele poderia ser um futuro cineasta autoral. Aqui, porém, ele cria uma realidade dos jovens brasileiros atuais e dos quais os mesmos podem se identificar do lado de cá da tela, mas sendo moldurados através de uma edição de arte e fotografia que mais parece que saíram de uma novela mexicana. Tudo é claro para ser uma forma convidativa e que possa agradar os jovens de hoje tão acostumados a filmes convencionais e que fogem da realidade brasileira.  

Curiosamente, Bebel é a protagonista perfeita, da qual não irá se deter perante as adversidades, mesmo que enfrente um sistema corrupto e do qual se alastra até mesmo na sala de aula em que ela convive. É notório que neste cenário podemos observar que ela enfrentará diversos assuntos espinhosos, que vai desde ao preconceito, divisão de classes, fake news  e até mesmo sobre alienação dos jovens de hoje. Se por um lado temos uma protagonista que deseja fazer algo de diferente, do outro, há jovens que fogem da realidade e buscando cegamente se tornarem celebridades instantâneas.  

Diante disso, a tentativa de ir em busca de cães desaparecidos na cidade em que ela está morando faz uma espécie de alerta para todos debaterem sobre até que ponto é correto usarem animais inocentes para experiências em laboratório. Tudo é claro moldado de uma forma leve, descontraída e que possa ser vista por jovens de todas as idades. Se o discurso cheio de positividade possa parecer um tanto que piegas, ao menos, ele nos soa positivo em tempos em que discursos pesados e cheios de ódio são ouvidos até mesmo por crianças e que precisam ser guiadas para temas em que elas possam compreender e já desde cedo lutar pela vida e pelo meio ambiente.

"Chama a Bebel' é um filme inocente, mas cuja sua mensagem vale ouro em tempos em que o discurso de ódio se alastra pelo mundo. 



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Saltburn'

Sinopse: Felix Catton convida seu amigo Oliver Quick para passar as férias de verão na mansão de sua família, na região de Saltburn. Com a chegada do garoto, uma série de eventos perturbadores atinge os Cattons. 

Emerald Fennell poderia muito bem ter construído uma bela carreira somente como atriz, mas ela optou em fazer barulho na direção em seu primeiro longa, "Bela Vingança" (2021) e o resultado foi o suficiente para a mesma ganhar um Oscar de Roteiro Original. até aqui, se percebe que ela gosta de construir personagens sendo apresentados de forma gradual, onde não temos uma exata certeza sobre até que ponto eles podem irem com os seus objetivos. Eis que "Saltburn" (2023) chega para fazer novamente um grande barulho, pois o filme tem todos os ingredientes para obter a nossa atenção como um todo.

A trama se passa nos anos 2000 e acompanha o estudante universitário Oliver Quick (Barry Keoghan), que tem dificuldades para se encaixar na Universidade de Oxford. Após conhecer Felix Catton (Jacob Elordi), Oliver é imediatamente atraído pelo mundo aristocrático do jovem - que o convida para passar uma temporada na casa de sua família. Mas o que começa como uma amizade aparentemente inocente logo envereda para uma crescente obsessão.

Emerald Fennel já se arrisca em sua abertura, pois obtemos uma informação vinda do protagonista em narração off e fazendo a gente se perguntar como o filme poderá nos surpreender já com essa revelação jogada em nosso colo. Para isso a realizadora apresenta Oliver como alguém deslocado da realidade de Oxford, um peixe fora do mar, mas que busca um meio de se enturmar. Até aí tudo bem, já que até nós meros mortais temos esse desejo de sermos sociáveis, mas aqui a situação não é bem o que aparenta ser.

Uma vez que Oliver se torna amigo de Felix imediatamente conhecemos o universo aristocrático desse último e do qual é um tanto que peculiar para dizer o mínimo. Se no passado o mestre Luís Buñuel tinha certa predileção de satirizar o universo aristocrático vide "O Discreto Charme da Burguesia" (1972), aqui a diretora Emerald Fennel extrapola sem dó, ao apresentar cada um daqueles personagens vistos no castelo de uma forma que a gente duvide da saúde mental deles, ou ao menos tenhamos dúvidas se estão realmente felizes. Vale destacar que todos são interpretados por grandes intérpretes, sendo que Richard E. Grant e principalmente Rosamund Pike roubam a cena sempre quando surgem, sendo que essa última nos assombra com as suas interpretações desde "Garota Exemplar" (2014) de David Fincher.

Tecnicamente o filme é um show de luzes e neon, sendo que a fotografia de cores quentes se alinha nos momentos em que o longa se envereda para situações mais sombrias e peculiares. O ápice disso é quando ocorre uma festa fazendo referência ao poema clássico "Sonhos de Uma Noite de Verão" de William Shakespeare e é quando os ânimos dos personagens se encontram na maior ebulição. Até lá, existe um jogo psicológico entre Oliver e Felix e do qual se torna ainda mais intenso graças a interpretação dos respectivos atores.

Visto recentemente em "The Batman" (2022) e "Os Banshees de Inisherin" (2022) Barry Keoghan vem construindo uma carreira exemplar com personagens excêntricos e, por vezes, imprevisíveis para dizer o mínimo. O seu Oliver parece uma fusão entre Coringa e Talentoso Ripley, onde o mesmo consegue obter cada um daquela família a sua maneira, de um modo que os mesmos acabam ficando nus e revelando as suas principais falhas humanas. Aos poucos ele revela as suas garras e fazendo com que as suas vítimas fiquem na dúvida em recuar ou seguir em frente para conhecer esse Oliver ainda desconhecido diante dos seus olhos.

Porém, Jacob Elordi não fica muito atrás ao nos surpreender com uma atuação digna de nota. Seu Felix é alguém que tem tudo, mas que somente sente isso quando todos se encontram em sua volta, mesmo quando se percebe que a maioria só o deseja por interesse e para ter a chance de entrar no castelo onde mora. Visto recentemente também em "Priscilla", Jacob Elordi parece que aos poucos vai demonstrando que não possui somente uma carinha bonita e relevando um talento que ainda pode ser ainda mais explorado.

Com uma edição de cenas caprichadas, onde cada uma possui algo a ser analisado posteriormente em uma segunda revisão, o filme possui um terceiro ato surpreendente, mesmo quando já tínhamos obtido uma importante informação no início da história. Uma vez que acontece aquela família que sempre possuía a faca e o queijo na mão se veem completamente fora dos trilhos e agindo das formas mais peculiares para dizer o mínimo. É então que Oliver dá a sua jogada de mestre e culminando em uma das cenas finais mais polêmicas do cinema recente.

"Saltburn" é aquele filme que após ser assistido irá incomodar muita gente, mas cuja intenção é exatamente essa e a diretora Emerald Fennell obtêm isso com honras.  

Onde Assistir: Prime Vídeo 

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Sessões Clube de Cinema 13 e 14/01/2024

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana. Teremos sessões sábado no Espaço de Cinema e domingo na Cinemateca Paulo Amorim.


SESSÃO DE SÁBADO CLUBE DE CINEMA 

Local: Espaço de Cinema, Sala 3, Bourbon Shopping Country

Data: 13/01/2024, sábado, às 10:15 da manhã 


"Priscilla" 

EUA / Itália, 2023, 113min, 14 anos 

Direção: Sofia Coppola 

Elenco: Cailee Spaeny, Jacob Elordi 

Sinopse: Priscilla Beaulieu tinha apenas 14 anos quando conheceu Elvis Presley em uma festa – ele, com 24, já era uma estrela meteórica do rock. Do namoro apaixonado até a separação foram 13 anos de convivência, marcados por muita cumplicidade e momentos de fragilidade e desentendimento. O filme é baseado na autobiografia "Elvis e Eu", escrita por Priscilla em 1985, e que detalha, segundo ela, uma história de “amor, fantasia e fama” e oferece um retrato menos glamouroso do rei do rock. O filme rendeu à Cailee Spaeny o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza. 

* * * * *

SESSÃO DE DOMINGO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 14/01/2024, domingo, às 10:15 da manhã


"Propriedade" 

Brasil, 2022, 100min, 16 anos 

Direção: Daniel Bandeira 

Elenco: Malu Galli, Zuleika Ferreira, Tavinho Teixeira 

Sinopse: Tereza ainda se recupera de uma situação de trauma e resolve passar uns dias na fazenda da sua família. Mas, quando chega no lugar, enfrenta a revolta dos trabalhadores, que protestam contra uma provável demissão. O carro blindado acaba sendo o único porto seguro da mulher e a também a única camada que separa estes dois universos tão brasileiros.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Maestro'

Sinopse: O maestro americano Leonard Bernstein se apaixona pela atriz costarriquenha Felicia Montealegre. 

Bradley Cooper vem construindo uma carreira curiosa desde que ganhou o estrelato a partir da comédia "Se Beber Não Case" (2009). De lá pra cá começou atuar em papeis que exigiam da sua pessoa e ao mesmo tempo embarcando na direção, produção e como roteirista no sucesso de público e crítica "Quando Nasce Uma Estrela" (2018). Em "Maestro" (2023) ele novamente entra no universo da música, porém, em um longa que novamente desafia a sua pessoa, seja na atuação ou direção.

O longa conta a história real da vida e carreira do compositor, músico e pianista Leonard Bernstein (interpretado por Cooper), responsável pela composição da trilha sonora de musicais aclamados da Broadway, como West Side Story, Peter Pan e Candice. Natural da cidade de Lawrence, Massachusetts, nos Estados Unidos, Bernstein ocupou o cargo de principal condutor da Orquestra Filarmônica de Nova York durante 18 anos, e se consagrou como um dos músicos mais importantes dos Estados Unidos. A produção também mostra sua complexa relação com a atriz de TV e teatro Felicia Montealegre, que se iniciou quando os dois se conheceram em uma festa, em 1946.

Já na abertura ficamos perplexos com a transformação de Bradley Cooper ao dar vida a Leonard Bernstein, já que a sua maquiagem é impecável e quase se tornando uma imagem perfeita do verdadeiro maestro. Podemos interpretar o filme como obra em duas partes, somando com o prólogo e epílogo, já que a primeira fase retratada no longa é representada por um belíssimo preto e branco, enquanto a segunda parte é moldada por cores quentes e que simbolizam os novos rumos que aqueles personagens vão experimentando. Porém, diferente do que se imagina, o filme não é um retrato do começo ao fim sobre Leonard Bernstein, mas sim sobre sua curiosa relação com a sua esposa Felicia Montealegre.

Por conta disso, a música que dá vida ao protagonista fica um tanto que em segundo plano e fazendo com que a metamorfose sobre o relacionamento do casal central se torne o principal foco. Portanto, vemos o nascimento dessa relação de forma harmoniosa, como se ambos se encaixassem perfeitamente e cuja magia da música, dança e do cinema fizessem com que se completassem. Atenção para a primorosa cena em que ambos assistem a um espetáculo de dança e do qual remete os anos dourados da broadway.

Aliás, quando o protagonista toma a frente em uma orquestra é então que o filme ganha pontos, principalmente quando se parecia que a trama estava se declinando. Seja em um enquadramento em que a câmera está parada, ou em movimento, isso é sinal de que o realizador irá nos brindar com momentos sublimes, principalmente quando o seu protagonista coloca em prática tudo o que ele mais ama e fazendo da arte da música algo sublime para ser vista e ouvida. Vale salientar que esses enquadramentos nos reserva também momentos dramáticos, principalmente quando o casal central está com os nervos à flor da pele.

Tanto Bradley Cooper como Carey Mulligan nos brindam com atuações intensas, cujo olhares de seus respectivos personagens valem mais do que mil palavras. Mulligan, aliás, se sobressai ainda mais, principalmente ao construir para si uma Felicia tendo plena consciência da verdadeira natureza do seu marido, mas suportando essa realidade até certo ponto. Já Cooper nos passa através do seu Leonard alguém que anseia em ser ele mesmo, mas não obtendo isso graças ao preconceito do restante do mundo.

Se o longa se arrasta em alguns momentos, principalmente por não explorar com mais clareza algumas passagens sobre a vida do casal central, ao menos tudo é compensado graças a direção do realizador, de suas atuações primorosas e cujo encerramento se enlaça com facilidade aos minutos iniciais da história.  Bradley Cooper, portanto, dá sinais de se tornar um diretor autoral de grande estilo, mas resta saber se a própria Hollywood dará carta branca para os próximos projetos. Em tempos em que o cinema norte americano anda agonizando por falta de criatividade talvez seja a hora da mesma dar liberdade para aqueles que querem dizer algo a mais do que somente obter lucro.

"Maestro" é um filme poderoso e autoral de Bradley Cooper e do qual sintetiza a paixão daqueles que exercem suas verdadeiras profissões e do anseio em serem verdadeiros para si. 

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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Cine Dica: Streaming - ‘A Sociedade da Neve’

Sinopse: Em 1972, um voo vindo do Uruguai colide com uma geleira nos Andes. Apenas 29 dos seus 45 passageiros sobreviveram ao acidente. Presos em um dos ambientes mais hostis do planeta, eles são forçados a lutar pelas suas vidas. 

Juan Antônio Bayona é um desses muitos realizadores latinos que surgiram na última década e provando o seu lado autoral em abundância. Após sucessos como "O Orfanato" (2007), o realizador desembarcou nos EUA realizando "O Impossível" (2012) e fazendo uma curiosa e sombria continuação dentro da segunda trilogia de Jurassic Park em 2018. Assim como já citado "O Impossível", o filme "A Sociedade da Neve" (2023) nos convida para testemunharmos a força de vontade de um grupo de jovens que desafiaram as leis da natureza e sobreviveram diante de uma grande tragédia.

Inspirado em uma história real e baseado no livro homônimo de Pablo Vierci, "A Sociedade da Neve" fala sobre o caso que ocorreu em 1972, quando o voo 571 da Força Aérea Uruguaia, fretado para levar uma equipe de rugby ao Chile, cai em uma geleira no coração dos Andes. Apenas 29 de seus 45 passageiros sobrevivem ao acidente. Presos em um dos ambientes mais inacessíveis e hostis no planeta, eles são obrigados a recorrer a medidas extremas para se manterem vivos.

Eu sou um de muitos que cresceram assistindo ao filme "Vivos" (1993) e sendo até então o mais próximo com relação a reconstituição dos eventos do acidente. Porém, Juan Antônio Bayona opta por uma visão mais crua com relação aos fatos, onde as consequências que moldaram a vida daqueles jovens se tornaram ainda mais pesadas sendo vista na tela. Com uma fotografia fria, da qual simboliza todo o frio que os personagens estão passando, se percebe que o longa possui um teor quase documental, com direito a narração off e fazendo com que nós adentremos ainda mais naquele inferno gelado.

Aliás, o acidente em si é brutal, fazendo a gente crer que não há como alguém sobreviver aquele tipo de impacto e cuja consequências são carnes expostas, sangue e ferro retorcido. Juan Antônio Bayona também faz questão de ampliar o nosso quadro de visão, onde testemunhamos a grande beleza das montanhas dos Andes, mas que tornam os sobreviventes como se fossem apenas um ponto preto em meio a imensidão daquele mortífero branco infinito. Portanto, é um filme que valeria mais a pena assistir na tela grande, pois toda essa grandeza representa a força brutal vinda da natureza.

O elenco é encabeçado por jovens latinos e cuja caracterizações se comparada aos sobreviventes reais impressiona pela sua verossimilhança. Curiosamente, embora com tantos personagens, cada um tem o seu espaço de destaque e fazendo com que sintamos ainda mais quando alguns deles sucumbem perante aquele cenário isolado do mundo. Já a questão de os sobreviventes terem que comer carne humana retirada dos mortos é um ponto que é discutido desde aqueles tempos.

Talvez em respeito aos mortos é curioso observar a maneira como Juan Antônio Bayona retrata o ato. Nós sabemos o que eles estão cortando e comendo, mas nada de forma explicita, e quando achamos que iremos ver algo próximo do canibalismo, eis que o realizador afasta a sua câmera, pois é algo pessoal e do qual os envolvidos escolheram para continuarem vivendo. Uma escolha difícil, mas que uma vez colocada em prática fizeram que enfrentassem os próximos obstáculos.

Todos, é claro, conhecem o final dessa incrível história, mas não há como não deixar de se emocionar na reta final, onde vemos os personagens mais unidos do que nunca, não importando com o que aconteça, pois no final eles fizeram parte de uma experiência jamais vista."A Sociedade da Neve" é sobre uma das mais impressionantes proezas do homem perante a força da natureza e que até hoje nos fascina pela coragem desses jovens que optaram em preservar as suas vidas. 

Onde Assistir: Netflix  

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Cine Curiosidade: Vencedores do Globo de Ouro 2024

"Oppenheimer", longa de Christopher Nolan, foi o grande vencedor da noite com cinco estatuetas, enquanto "Succession", "Treta" e "The Bear" foram destaques em categorias de séries. Por outro lado, "Barbie", disponível no catálogo da HBO Max, terminou a noite com apenas duas estatuetas - apesar de nove indicações. Inclusive, o longa foi o vencedor de Melhor Bilheteria, categoria inédita da noite.

"Pobres Criaturas", por sua vez, ganhou o prêmio de Melhor Filme de Comédia ou Musical e sua protagonista, interpretada por Emma Stone, levou o troféu de Melhor Atriz de Comédia ou Musical. O Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama foi para Lily Gladstone, que iniciou o discurso de agradecimento falando em língua indígena.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores: 


MELHOR FILME – DRAMA

'Anatomia de uma queda'

'Assassinos da lua das flores'

'Maestro'

'Oppenheimer' (VENCEDOR)

'Vidas passadas'

'Zona de Interesse'


MELHOR ATRIZ EM FILME – DRAMA

Annette Bening - 'Nyad'

Lily Gladstone - 'Assassinos da lua das flores' (VENCEDORA)

Sandra Hüller - 'Anatomia de uma queda'

Greta Lee - Vidas passadas'

Carey Mulligan - 'Maestro'

Cailee Spaeny - 'Priscilla'


MELHOR FILME - COMÉDIA/MUSICAL

'Air: A história por trás do logo'

'American Fiction'

'Barbie'

'Os rejeitados'

'Segredos de um escândalo'

'Pobres criaturas' (VENCEDOR)


MELHOR ATOR EM FILME - COMÉDIA/MUSICAL

Nicolas Cage - 'Dream scenario'

Timothée Chalamet - 'Wonka'

Matt Damon - 'Air: A história por trás do logo'

Paul Giamatti - 'Os rejeitados' (VENCEDOR)

Joaquin Phoenix - 'Beau tem medo'

Jeffrey Wright - 'American fiction'

Assista ao trailer de 'Succession'


MELHOR SÉRIE DE TV - DRAMA

'1923'

'The Crown'

'The diplomat'

'The Last of us'

The morning show'

'Succession' (VENCEDOR)


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE TV - DRAMA

Helen Mirren - '1923'

Bella Ramsey - 'The last of us'

Keri Russel - 'The diplomat'

Sarah Snook - 'Succession' (VENCEDORA)

Imelda Staunton - 'The Crown'

Emma Stone - 'The curse'


MELHOR SÉRIE DE TV - COMÉDIA/MUSICAL

'Abbott Elementary'

'Barry'

'The Bear' (VENCEDOR)

'Jury Duty'

'Only murders in the building'

'Ted Lasso'


MELHOR SÉRIE LIMITADA, SÉRIE ANTOLÓGICA OU TELEFILME

'All the light we cannot see'

'Treta' (VENCEDOR)

'Daisy Jones & The Six'

'Fargo'

'Fellow Travelers'

'Lessons in chemistry'


MAIOR REALIZAÇÃO CINEMATOGRÁFICA E EM BILHETERIA

'Barbie' (VENCEDOR)

'Guardiões da Galáxia Vol. 3'

'John Wick 4: Baba Yaga'

'Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um'

'Oppenheimer'

'Homem-Aranha: Através do Aranhaverso'

'Super Mario Bros. - O Filme'

'Taylor Swift: The Eras Tour'


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL EM FILME

'Addicted to romance' - Bruce Springsteen ('She came to me')

'Dance the night' - Mark Ronson, Andrew Wyatt, Dua Lipa, Caroline Ailin ('Barbie')

'I'm just Ken' - Mark Ronson, Andrew Wyatt ('Barbie')

'Peaches' - Jack Black, Aaron Horvath, Michael Jelenic, Eric Osmond, John Spiker ('Super Mario Bros. - O filme')

'Road to freedom' - Lenny Kravitz ('Rustin')

'What was I made for?' - Billie Eilish, Finneas O'Connell ('Barbie') (VENCEDORES)


MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL EM FILME

Jerskin Fendrix - 'Pobres criaturas'

Ludwig Göransson - 'Oppenheimer' (VENCEDOR)

Joe Hisaishi - 'Kimitachi wa dô ikiru ka'

Mica Levi - 'Zona de interesse'

Daniel Pemberton - 'Homem-Aranha: Através do aranhaverso'

Robbie Robertson - 'Assassinos da lua das flores'


MELHOR ATOR EM FILME – DRAMA

Bradley Cooper – 'Maestro'

Leonardo Dicaprio - 'Assassinos da Lua das Flores'

Colman Domingo - 'Rustin'

Barry Keoghan - 'Saltburn'

Cillian Murphy - 'Oppenheimer' (VENCEDOR)

Andrew Scott - 'Todos Nós Desconhecidos'


MELHOR ATRIZ EM FILME - COMÉDIA/MUSICAL

Fantasia Barrino - 'A cor púrpura'

Jennifer Lawrence - 'Que horas eu te pego?'

Natalie Portman - 'Segredos de um escândalo'

Alma Pöysti - 'Folhas de outono'

Margot Robbie - 'Barbie'

Emma Stone - 'Pobres criaturas' (VENCEDORA)


MELHOR DIREÇÃO

Bradley Cooper - 'Maestro'

Greta Gerwig - 'Barbie'

Yorgos Lanthimos - 'Pobres criaturas'

Christopher Nolan - 'Oppenheimer' (VENCEDOR)

Martin Scorsese - 'Assassinos da lua das flores'

Celine Song - 'Vidas passadas'


MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

'Kimitachi wa dô ikiru ka' (VENCEDOR)

'Elementos'

'Homem-Aranha: Através do Aranhaverso'

'Super Mario Bros. - O filme'

'Suzume'

'Wish: O poder dos desejos'


MELHOR ATOR EM SÉRIE DE TV - DRAMA

Bryan Cox - 'Succession'

Kieran Culkin - 'Succession' (VENCEDOR)

Gary Oldman - 'Slow horses'

Pedro Pascal - 'The last of us'

Jeremy Strong - 'Succession'

Dominc West - 'The Crown'

Ayo Edebiri com seu Globo de Ouro 2024 pela atuação em 'The Bear' — Foto: Robyn Beck/AFP


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE TV - COMÉDIA/MUSICAL

Rachel Brosnahan - 'The marvelous mrs. Maisel'

Quinta Brunson - 'Abbott Elementary'

Ayo Edebiri - 'The Bear' (VENCEDORA)

Elle Fanning - 'The Great'

Selena Gomez - 'Only murders in the building'

Natasha Lyonne - 'Poker face'


MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

'Anatomia de uma queda' - França (VENCEDOR)

'Folhas de outono' - Finlândia

'Io capitano' - Itália

'Vidas passadas' - Estados Unidos

'A sociedade da neve' - Espanha

'Zona de interesse' - Reino Unido/Estados Unidos


MELHOR ESPECIAL DE STAND-UP NA TV

Ricky Gervais – 'Ricky Gervais: Armageddon' (VENCEDOR)

Trevor Noah - 'Trevor Noah: Where Was I'

Chris Rock - 'Chris Rock: Selective Outrage'

Amy Schumer - 'Amy Schumer: Emergency Contact'

Sarah Silverman - 'Sarah Silverman: Someone You Love'

Wanda Sykes - 'Wanda Sykes: I’m An Entertainer'

Jeremy Allen White agradece pelo prêmio por sua atuação em 'The Bear' no Globo de Ouro 2024 — Foto: Sonja Flemming/CBS via AP


MELHOR ATOR EM SÉRIE DE TV - COMÉDIA/MUSICAL

Bill Hader - 'Barry'

Steve Martin - 'Only Murders In The Building'

Jason Segel - 'Shrinking'

Martin Short - 'Only Murders In The Building'

Jason Sudeikis - 'Ted Lasso'

Jeremy Allen White - 'The Bear' (VENCEDOR)


MELHOR ROTEIRO

Greta Gerwig & Noah Baumbach – 'Barbie'

Tony Mcnamara – 'Pobres criaturas'

Christopher Nolan – 'Oppenheimer'

Eric Roth & Martin Scorsese - 'Assassinos da Lua das Flores'

Celine Song - 'Vidas Passadas'

Justine Triet & Arthur Harari – 'Anatomia de Uma Queda' (VENCEDORES)


MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA-MUSICAL OU DRAMA

Billy Crudup - 'The morning show'

Matthew Macfadyen - 'Succession' (VENCEDOR)

James Marsden - 'Jury Duty'

Ebon Moss-Bachrach - 'The Bear'

Alan Ruck - 'Succession'

Alexander Skarsgard - 'Succession'


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA-MUSICAL OU DRAMA

Elizabeth Debicki - 'The Crown' (VENCEDORA)

Abby Elliott - 'The Bear'

Christina Ricci - 'The Yellowjackets'

J. Smith-Cameron - 'Succession'

Meryl Streep - 'Only murders in the building'

Hannah Waddingham - 'Ted Lasso'


MELHOR ATOR EM SÉRIE LIMITADA, SÉRIE ANTOLÓGICA OU FILME PARA A TV

Matt Bomer - 'Fellow travelers'

Sam Clafin - 'Daisy Jones & The Six'

Jon Hamm - 'Fargo'

Woody Harrelson - 'White House plumber'

David Oyelowo - 'Lawmen Bass Reeves'

Steven Yeun - 'Treta' (VENCEDOR)


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE LIMITADA, SÉRIE ANTOLÓGICA OU FILME PARA A TV

Riley Keough - 'Daisy Jones & The Six'

Brie Larson - 'Lessons in chemistry'

Elizabeth Olsen - 'Love & death'

Juno Temple - 'Fargo'

Rachel Weisz - 'Dead Ringers'

Ali Wong - 'Treta' (VENCEDORA)


MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME

Willem Dafoe - 'Pobres criaturas'

Robert De Niro - 'Assassinos da lua das flores'

Robert Downey Jr. - 'Oppenheimer' (VENCEDOR)

Ryan Gosling - 'Barbie'

Charles Melton - 'Segredos de um escândalo'

Mark Ruffalo - 'Pobres criaturas'


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME

Emily Blunt - 'Oppenheimer'

Danielle Brooks - 'A cor púrpura'

Jodie Foster - 'Nyad'

Julianne Moore - 'Segredos de um escândalo'

Rosamund Pike - 'Saltburn'

Da'vine Joy Randolph - 'Os rejeitados' (VENCEDORA)


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domingo, 7 de janeiro de 2024

Cine Curiosidade: Barbie e Assassinos da Lua das Flores são os favoritos do público no Globo de Ouro

 Dados da análise de audiência feita pela Taboola mostram os filmes de Greta Gerwig e Martin Scorsese como os grandes vencedores da noite

A temporada de premiações está prestes a começar com a 81ª edição do Globo de Ouro, no próximo domingo, dia 7. O evento é um farol para reconhecer os talentos do cinema e da televisão, oferecendo um vislumbre das obras que possivelmente serão premiadas ao longo do ano. Destaques notáveis incluem o filme "Barbie" e a série "Succession" da HBO, ambos com o maior número de indicações, 9. Entre as séries, "The Bear" e "Only Murders in the Building" lideram as indicações, cada uma com 5 categorias. Com o intuito de oferecer uma perspectiva antecipada, a  Taboola, líder global em recomendações de conteúdo na open web, mergulhou nos dados de pageviews ao longo de 90 dias em sua rede de publishers para antecipar os prováveis vencedores, revelando os favoritos do público entre as principais categorias.

No cinema, o filme "Barbie", de Greta Gerwig, é o mais popular entre os indicados a Melhor Filme de Comédia ou Musical, com 3.9 milhões de pageviews. Enquanto isso, o emocionante "Assassinos da Lua das Flores" surge como um forte candidato para o prêmio de Melhor Filme de Drama, arrebatando 3 milhões de pageviews. Martin Scorsese, na categoria de direção, mantém-se como o predileto com 2.4 milhões de pageviews.

Na esfera das atuações, a corrida para Melhor Ator em Filme de Drama aponta Bradley Cooper como o líder, com 1.9 milhão de pageviews por sua performance em "Maestro". Já Matt Damon se destaca como a escolha principal para Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical, angariando 407 mil pageviews em "Air: A História Por Trás do Logo". Enquanto isso, Robert De Niro conquista a preferência do público para Melhor Ator Coadjuvante, acumulando 1.7 milhão de pageviews por sua atuação em "Assassinos da Lua das Flores".

No campo das atuações femininas, Lily Gladstone assume a dianteira como Melhor Atriz em Filme de Drama, com 269 mil pageviews em "Assassinos da Lua das Flores". Emma Stone se destaca como a favorita para Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical, com 1.3 milhão de pageviews por "Poor Things". Enquanto Emily Blunt brilha como a principal escolha para Melhor Atriz Coadjuvante, acumulando 549 mil pageviews por sua atuação em "Oppenheimer".

Mudando para o panorama televisivo, "The Crown" assume a dianteira como a série mais popular na categoria de Melhor Série de Drama, desbancando "Succession" com 1,8 milhão de pageviews. Enquanto isso, "Ted Lasso" conquista o coração do público, emergindo como o favorito com 404 mil pageviews na categoria de Melhor Série de Comédia ou Musical.

Explorando as performances masculinas, Pedro Pascal é o favorito para Melhor Ator em Série de Drama, com 362 mil pageviews por "The Last of Us". Jeremy Allen White é o grande destaque para Melhor Ator em Série de Comédia ou Musical, com 673 mil pageviews por "The Bear". Alan Ruck é o favorito para Melhor Ator Coadjuvante em Série, com 331 mil pageviews por "Succession".

Entre as performances femininas, Emma Stone é a favorita para Melhor Atriz em Série Dramática, com 1,3 milhão de pageviews por "The Curse". Selena Gomez é a favorita para Melhor Atriz em Série de Comédia ou Musical, com 1,4 milhão de pageviews por "Only Murders in the Building". Meryl Streep é a favorita para Melhor Atriz Coadjuvante em Série, com 660 mil pageviews, também por "Only Murders in the Building".


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