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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Cine Dica: Próximas Sessões do Clube de Cinema de Porto Alegre

SESSÃO DE SÁBADO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 05/11/2022, sábado, às 10:15 da manhã

"Ensina-Me a Viver" (Harold and Maude)

EUA, 1971, 91 min, 12 anos

Direção: Hal Ashby

Elenco: Bud Cort, Ruth Gordon, Vivian Pickles

Sinopse: O relacionamento entre um rapaz de 20 anos com obsessão pela morte, que passa seu tempo indo a funerais ou simulando suicídios, e uma senhora de 79 anos encantada com a vida.


* * * * * 

SESSÃO DE DOMINGO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 06/11/2022, domingo, às 10:15 da manhã

"Noites de Paris" (Les Passagers de la Nuit)

França, 2022, 110 min, 16 anos

Direção: Mikhaël Hers

Elenco: Charlotte Gainsbourg, Quito Rayon Richter, Noée Abita

Sinopse: No início dos anos 1980, a eleição do socialista François Mitterrand é festejada com esperança pelos franceses - mas Elizabeth acaba de se separar do marido e precisa cuidar sozinha dos dois filhos adolescentes. O emprego noturno em uma rádio surge como fonte de renda alternativa e também como uma possibilidade de recomeçar, principalmente depois que a protagonista decide levar para casa uma jovem problemática chamada Talulah. O filme faz várias citações à obra do cineasta francês Jacques Rivette (1928 - 2016), que Hers considera seu grande mestre.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Cine Curiosidade: Cris Lopes estréia programa de tv

 "Bastidores do Retrô com Cris Lopes" está no ar diariamente na tv aberta no canal 36.1 e na tv cabo Claro 504 e Vivo 11 e ao vivo na internet.

A atriz internacional de cinema Cris Lopes, conhecida por ser uma artista multilingue com vários prêmios no cinema no Brasil e exterior, fechou com a emissora brasileira em ascensão ISTV Brasil, a queridinha dos amantes do cinema e cinéfilos por exibir diariamente diversos filmes clássicos de sucesso de várias décadas, séries e desenhos retrô que marcaram gerações. 

Morando no Guarujá há 3 anos, a atriz cancelou sua agenda internacional de filmes durante a pandemia, apresentou 2 programas de rádios internacionais, dublou 12 personagens para a série "Pablo Escobar" e se tornou influencer nas redes sociais apresentando programas ao vivo interativos em suas redes sociais com altos índices de audiência. Cris Lopes que já passou pelas emissoras nacionais como atriz e apresentadora, entre elas Record, SBT, Band e Rede Tv, retornando para a tv aberta no Brasil com novos projetos a convite do CEO da ISTV Brasil, Claúdio Fernando Aguiar, presidente da emissora há 10 anos que acaba de ter seu canal incluido na Samsung Tv Plus disponibilizando sua programação retrô para o mundo a todos os usuários que possuem televisores Samsung, o aplicativo ISTV já está disponível desde agosto deste ano.

A parceria entre a emissora e a artista Cris Lopes iniciou na inauguração do espaço cinematográfico Marché Les Artistes du Cine no Guarujá Center Shopping, reconhecido como ponto turístico da cidade com coleções de câmeras antigas de cinema de várias décadas, que funcionam, desde 1889 aos anos 70 e antiguidades da sétima arte que foram objetos de cena e figurinos utilizados em filmes premiados produzidos no Brasil e exterior pelo casal Cris Lopes e Rodney Borges, juntos nas produções cinematográficas há 30 anos.  

"Bastidores do Retrô com Cris Lopes" está no ar diariamente na tv aberta no canal 36.1 e na tv cabo Claro 504 e Vivo 11 com 03 exibições ao dia: 15h, 21h e 00h. Com roteiro e apresentação da atriz e direção de Rodney Borges, seu esposo, Cris fala das curiosidades da produção dos filmes hollywoodianos e séries clássicas para o público mundo afora, com novidades e dicas todos dias aos telespectadores e na transmissão a vivo para os internautas no site da emissora https://www.istv.com.br


Cris Lopes nas redes sociais: https://www.instagram.com/crislopes.oficial

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Assistir ao vivo da emissora ISTV Brasil  https://www.istv.com.br


Divulgação: Imprensa CL

Entrevistas: Ane SIlveira (11) 996530651

imprensacl@crislopes.com.br

Cine Dica: Streaming - 'Argentina, 1985'

Sinopse: A história verídica dos promotores públicos Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo que ousaram investigar e processar a ditadura militar mais sangrenta da Argentina em 1985. 

Na reta final do filme "Bacurau" (2019), de Kleber Mendonça Filho, os habitantes daquela cidade cortaram as cabeças dos invasores sem dó, pois eles caçavam as pessoas do local de forma desumana, como se estivessem praticando algum tipo de esporte. Porém, os mesmos habitantes enterraram o líder dos invasores, porém, vivo e o mesmo ameaçando o seu retorno. A cena final simboliza o fato de que o fascismo não pode ser enterrado vivo, pois ele retorna com força e se revitaliza conforme o tempo vai passando.

Após o encerramento da Ditadura Militar e a redemocratização do Brasil, a nossa Justiça foi falha em não julgar e condenar os culpados pelas inúmeras mortes e desaparecimentos na época dos tempos de chumbo. Porém, em 1985 os nossos vizinhos argentinos deram o exemplo de como se corre atrás para se obter justiça em nome daqueles que exigem que os seus entes queridos sejam sempre lembrados mesmo quando os mesmos nunca mais foram encontrados. "Argentina 1985" (2022) é um retrato de uma época em que o país estava redemocratizando, mas ao mesmo tempo buscando justiça e sem se preocupar com as represálias.

Dirigido por Santiago Mitre, o filme é baseado no caso real do Promotor Julio Strassera, interpretado pelo astro Ricardo Darín, Luís Moreno Ocampo, interpretado pelo ator Peter Lanzani, e sua equipe de advogados que processam militares da ditadura argentina, mais conhecida como Julgamento das Juntas. O processo começou pouco tempo antes do começo do julgamento, quando os dois promotores começam a pesquisar e julgar as cabeças da Ditadura Militar Argentina. Começando em 22 de abril de 1985, o julgamento durou muito tempo, cerca de 530 horas de audiência e 850 testemunhas que viram o chamada "causa 13". No final, 709 casos foram julgados e sentenciados pelos juízes León Arslanian, Ricardo Gil Lavedra, Jorge Torlasco, Andrés D'Alessio, Guillermo Ledesma e Jorge Valerga Aráoz.

Em alguns momentos o filme me lembrou "Spotlight - Segredos Revelados" (2015), de Tom McCarthy, já que ambas as obras tratam da busca pela verdade, independente das consequências que irá acontecer posteriormente. Troca-se um grupo de jornalistas por advogados, porém, o resultado acaba se tornando similar e até mesmo a frente daquele filme estrelado por Michael Keaton, pois em nenhum momento o diretor Santiago Mitre permite que a gente vire o rosto para o lado, pois sempre ele nos apresenta uma narrativa dinâmica e obtendo a nossa atenção com total facilidade. Nota-se, por exemplo, a sua trilha sonora, da qual ela remete uma aura investigativa e fazendo de o filme ganhar mais corpo e até mesmo algumas pinceladas de suspense em alguns momentos.

Embora com mais de duas horas de duração o filme não cansa em nenhum momento, principalmente pelo fato de que não demora muito para testemunharmos o julgamento onde ocorre os depoimentos das vítimas e dos familiares dos desaparecidos. É curioso observar como o realizador construiu a sua fotografia, da qual remete uma imagem granulada dos tempos da tv analógica daquela época e nos surpreendendo com a sua autenticidade. Confesso que fiquei na dúvida se em alguns momentos eram uma reconstituição dos fatos, ou se algumas cenas eram realmente autenticas, já que o julgamento foi transmitido pela tv naquele período.

Não tem como não se emocionar com a maioria dos depoimentos exibidos na tela, sendo que eles sintetizam o lado insano do ser humano em tempos em que quase tudo era jogado para debaixo dos panos e menosprezando as vidas daquelas pessoas que lutavam por um país livre das torturas vindas dos porões da Ditadura. Porém, é pelo discurso emocionante do promotor Julio Strassera que ele nos passa a mensagem de não desistirmos da liberdade e tão pouco daquelas pessoas que foram silenciadas, mas que se encontram vivas nas memorias daqueles que seguiram em frente e exigiram por justiça. Vale salientar a interpretação segura de Ricardo Darín, cujo o seu personagem histórico nos passa uma pessoa lucida com relação aos fatos que ocorreram no país em tempos passados e que não descansará até que a Justiça seja para todos.

"Argentina 1985" é uma aula de história coerente sobre uma Justiça que decidiu não se calar perante os algozes dos tempos de chumbo e que serve de exemplo para outros países como nosso que, infelizmente, não seguiram o exemplo. 

Onde Assistir: Prime Vídeo. 

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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃ CINEMATECA CAPITÓLIO 01 a 06 de novembro de 2022

ESPECIAL DIA DAS BRUXAS

A Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial no dia 01/11, véspera de feriado, às 22h, com dois clássicos do cinema de horror: Zumbi, a Legião dos Mortos, de Victor Hugo Halperin, e Sangue de Pantera, de Jacques Tourneur. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5536/especial-dia-das-bruxas-zumbi-a-legiao-dos-mortos-sangue-de-pantera/


GAME SCI-FI GANHA EXIBIÇÃO ESPECIAL

O Esquadrão 51 contra os Discos Voadores, produção gaúcha que mistura jogo de naves e filme de ficção científica em preto e branco, será exibida na Cinemateca Capitólio, dia 1º de novembro (terça-feira), às 19h30min. A entrada é franca. Na trama, inspirada no cinema sci-fi dos anos 1950, a tenente Kaya (Kaya Rodrigues) e sua equipe enfrentam alienígenas, discos voadores em batalhas brutais enquanto o futuro está em jogo. A projeção inclui trechos do gameplay, todas as cenas em live-action e será seguida de debate com a participação de parte da equipe e elenco. O game já está disponível para PCs na plataforma Steam e em breve será lançado para consoles.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5538/esquadrao-51-contra-os-discos-voadores/


AS MUSAS DO CINEMA ITALIANO

A Cinemateca Capitólio e o Consolato Generale d’Italia apresentam a partir de 3 de novembro a mostra As Musas do Cinema Italiano. A programação exibe oito obras-primas da era de ouro do cinema da Itália, de diversos gêneros, protagonizadas por Stefania Sandrelli, Laura Antonelli, Silvana Mangano, Claudia Cardinale, Gina Lollobrigida, Ornella Muti, Monica Vitti e Sophia Loren. As sessões têm entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5540/as-musas-do-cinema-italiano/


DOCUMENTÁRIO PREMIADO EM BERLIM NA SESSÃO PLATAFORMA

A penúltima edição de 2022 da Sessão Plataforma apresenta no dia 05 de Novembro, sábado, às 19h, o vencedor do Prêmio de Melhor Filme da mostra Encontros do Festival de Berlim 2022, Mutzenbacher, o novo longa-metragem da cultuada diretora austríaca Ruth Beckermann. Todas as pessoas podem pagar meia entrada na sessão (R$ 8,00).


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5532/sessao-plataforma-mutzenbacher/


GRADE DE HORÁRIOS

01 a 06 de dezembro de 2022


1 de novembro (terça-feira)

15h – Fome de Viver

17h – Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer

19h30 – Esquadrão 51 contra os Discos Voadores

22h – Especial Dia das Bruxas: Zumbi, a Legião dos Mortos + Sangue de Pantera


2 de novembro (quarta-feira)

15h – Labirinto - A Magia do Tempo 

17h – As Patricinhas de Beverly Hills

19h – Velvet Goldmine


3 de novembro (quinta-feira)

15h – Pão, Amor e Fantasia

17h – A Bela Moleira

19h – O Inocente


4 de novembro (sexta-feira)

15h – A Moça com a Valise

17h – Primeiro Amor

19h – O Conformista


5 de novembro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Sherlock Jr.

17h – Ciúme à Italiana

19h – Sessão Plataforma: Mutzenbacher


6 de novembro (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Sherlock Jr.

17h – Pão, Amor e Fantasia

19h – Violência e Paixão

Cine Especial: Dia das Bruxas - 'Lobisomem Da Noite'

Sinopse: Em um macabro memorial à vida do líder, os participantes são empurrados para uma misteriosa e mortal competição por uma relíquia poderosa — uma caçada que os colocará cara a cara com uma criatura perigosa. 

No início do século vinte, o Expressionismo Alemão foi sem sombra de dúvida um dos grandes movimentos cinematográficos da história do cinema e que fez com que surgissem os primeiros realizadores autorais como Fritz Lang de “Metropolis” (1927) e F. W. Murnau de “Nosferatu” (1922). Na entrada dos anos trinta, por exemplo, diretores desse movimento desembarcaram nos EUA e levando consigo todos os jogos de luz e sombra que usaram ao longo de suas carreiras no cinema alemão. Graças a eles é que surgiram os primeiros filmes de horror norte-americanos, feitos em preto e branco e cujo o expressionismo estava incrustado em quase todas as cenas que nós assistíamos.

Drácula, Frankenstein, Lobisomem e tanto os outros monstros cinematográficos foram responsáveis do que hoje é considerado o primeiro universo compartilhado, já que após terem estrelado os seus respectivos filmes não demorou muito para que essas criaturas lendárias se cruzassem em uma determinada obra. Portanto, a Marvel não foi o primeiro estúdio em obter essa façanha, mas por conta disso fez com que os estúdios atuais tentassem obter a mesma fórmula. Até a pouco tempo, por exemplo, a Universal tentou fazer um universo compartilhado de monstros clássicos a partir do filme "A Múmia" (2017), mas obtendo um retorno desastroso e fazendo com que o projeto fosse engavetado.

Voltando para a Marvel, a mesma é sempre acusada de usar a mesma fórmula de sucesso e jamais se arriscando em quase nunca criar algo novo cinematograficamente falando. Porém, a galeria de personagens obscuros da editora é vasta, ao ponto que com eles se pode criar algo mais ousado e que fuja do padrão convencional. É então que surge do nada "Lobisomem da Noite" (2022), média metragem que não somente foge dessa fórmula, como também pode acertar aonde o estúdio Universal fracassou.

Estrelado por Gael Garcia Bernal, "Lobisomem na Noite" é um filme de terror em preto e branco. Baseado nos quadrinhos do Lobisomem dos anos setenta, seguimos um grupo de pessoas com poderes peculiares e caçadores que irão ir atrás do Lobisomem. O novo longa de terror apresenta Jack Russel, Elsa Bloodstone, Simon Garth e Homem-Coisa.

Sendo o primeiro média metragem do estúdio, a Marvel surpreende ao apresentar a história com uma fotografia em preto e branco caprichada, da qual remete elementos de sucesso, tanto do expressionismo alemão, como também dos filmes de horror dos anos trinta. A homenagem é tamanha que tudo aqui é feito de uma forma simplória, já que os cenários soam um tanto que artificiais, não há quase muito efeitos digitais e dando uma verdadeira aula de como se fazia filmes como antigamente. Só para se ter uma ideia eu fazia tempo que não sentia peso em determinadas cenas dos filmes da Marvel, já que aqui quase não há personagens digitais, mesmo com a presença surpresa do Homem Coisa, mas que diferente das últimas produções do estúdio, essa criatura, ao menos, é bem mais realista.

Para minha surpresa, foi uma novidade ver um ator como Gael García Bernal participar desse tipo de projeto, já que ele sempre foi alguém mais interessado em participar de filmes autorais como os de Pedro Almodóvar e mais recentemente "Tempo" (2021) de M. Night Shyamalan. Porém, ele está mais do que a vontade ao interpretar o personagem Jack, sendo inicialmente apresentado como caçador de monstros, quando na verdade ele é o próprio Lobisomem. Ao vê-lo transformado, por exemplo, não tem como não despertar dentro de mim uma aura de nostalgia pura, já que o seu visual é quase idêntico ao do Lobisomem clássico dos cinemas e que foi interpretado pelo lendário Lon Chaney Jr.

Curiosamente, atriz Laura Donnelly se sobressai na trama, ao interpretar Elsa. uma caçadora de monstros sarcástica, que não vê a hora de adquirir a herança que lhe é por direito e tratando os demais personagens com o maior desprezo. Quanto aos demais personagens pouco eles podem fazer algo em cena, já que eles estão somente ali para mover as pedras desse jogo de xadrez e culminando em lutas até que bem filmadas. Aliás, é preciso destacar um alto grau de sangue nas cenas violentas e que somente são amenizadas graças ao fato de a obra ser em preto e branco.

Com uma pequena homenagem ao grande clássico "O Magico de OZ" na reta final do filme, "Lobisomem da Noite" é uma pequena, porém, bela homenagem que a Marvel faz aos clássicos de horror nos primórdios do cinema e provando que pode ir muito além de sua velha fórmula. 

Onde Assistir: Disney+

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domingo, 30 de outubro de 2022

NOTA: ENQUANTO ISSO EM UMA GALÁXIA DISTANTE...

 POVOS DE VÁRIOS PLANETAS COMEMORANDO A VITÓRIA DA DEMOCRACIA NO BRASIL. 


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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Blonde'

Sinopse: Trama que reimagina a vida de Marilyn Monroe, que discute o preço pago por ela para atingir a fama. 

Marilyn Monroe, assim como foi o mestre Charles Chaplin, se tornou uma espécie de símbolo que representa o cinema como um todo e se caso houvesse uma eleição para que se votasse qual imagem melhor representaria essa arte com certeza ela estaria no páreo. Porém, estamos falando de Marilyn Monroe, o mito que Hollywood criou, mas não a pessoa por detrás da maquiagem, figurino e todo o lado circense que esta indústria do entretenimento havia criado para ela a qualquer custo. Portanto, "Blonde" (2022) não é sobre Monroe que nós conhecemos, mas sim sobre a pessoa por detrás de todo o mito que havia sido criado para ela como um todo.

Dirigido por Andrew Dominik, do filme "O Homem da Máfia" (2012), o filme conta a história de Norma Jeane Mortenson (Ana de Armas) de como ela tornou-se atriz, na Hollywood dos anos 1950 e início dos anos 1960. Ela se transformou em uma figura mundialmente famosa, sob o nome artístico de Marilyn Monroe. Todavia, por trás dos holofotes da fama, a atriz vivia guerras pessoais, e suas aparições na tela contrastam fortemente com os problemas de amor, exploração, abuso de poder e dependência de drogas que ela enfrentava em sua vida privada.

Antes de mais nada é preciso deixar claro que o filme do começo ao seu fim não é uma obra inspirada em faltos realmente verídicos sobre atriz, mas sim baseado no romance escrito por Joyce Carol Oates, que por sua vez escreveu o livro buscando inspiração sobre relatos, notícias e pessoas próximas da atriz naqueles tempos. Contudo, alguns eventos podem ter sido realmente inventados, mas ao meu ver podem não ter se distanciado muito das situações que Monroe tenha enfrentado para alcançar os seus reais objetivos. Se nos últimos dez anos choveu denúncias de escândalos sexuais que as atrizes sofreram ao longo das décadas o que dizer sobre os anos dourados de Hollywood em que tudo era jogado para debaixo do carpete?

Portanto, ao vermos a pequena e futura atriz sofrendo nas mãos de sua debilitada mãe, interpretada de forma poderosa pela atriz Julianne Nicholson, já começamos a nos preparar sobre o que está por vir. Aliás, é interessante observar a maneira como é apresentada pela primeira vez Los Angeles, onde mãe e filha adentram em uma estrada em chamas, como se aquele lugar fosse o verdadeiro inferno na terra e do qual nem todas as riquezas se compra a real felicidade que as pessoas realmente querem na vida. Ao meu ver, a pequena e futura Marilyn Monroe buscou o seu misterioso e desconhecido pai nas entranhas de um sistema em que se fabrica mitos, do qual ela se beneficiou, mas pagando um alto preço.

Com uma fotografia que transita entre as cores quentes e douradas da época para um preto e branco frio e desolador, vemos Norma Jeane Mortenson já caracterizada com a personagem que havia criado para ela, ou seja, Marilyn Monroe, mas não obtendo os papeis que realmente desejada. É aí então que finalmente conhecemos a verdadeira face do mito, ou seja, a sua real pessoa e isso se deve graças atuação extraordinária de Ana de Armas. Tendo se tornado mais conhecida a partir de "Blade Runner 2049" (2017), Ana se transforma de corpo e alma, se entregando no que talvez tenha sido um dia Marilyn Monroe, uma mulher em busca de sucesso, porém, sempre desejando respeito e a felicidade familiar que ela nunca havia alcançado.

Vale destacar a edição do filme como um todo, onde Andrew Dominik capricha em cenas em que sentimos estarmos entrando em uma transição entre sonhos, pesadelos e delírios da atriz enquanto a história vai seguindo o seu curso. Essa sensação sintetiza a forma como ela enxerga a si própria nas telas, uma personagem que ela própria havia construído para o mundo do entretenimento, mas sentindo total desgosto por tudo aquilo que ela estava testemunhando. Além disso, não deixa de ser chocante as passagens em que atriz sofre abortos, seja acidentalmente, ou obrigada a provoca-los para continuar no espetáculo cinematográfico.

Chocante, aliás, é a palavra que melhor define a reta final do filme, onde vemos uma Norma Jeane Mortenson entrando em total desiquilíbrio, abusando por demais de bebidas e drogas e sucumbindo nas mãos daqueles que somente querem explora-la até a sua última gota. A situação se torna ainda mais pesada principalmente pelo fato se alongar um tanto que demais em determinadas passagens e cujo o ápice desse peso se localiza durante o encontro em que ela tem com Presidente John F. Kennedy. A cena é por demais explicita, onde o mito é despedaçado e dando lugar a real mulher que ainda tenta se manter lucida perante o horror vindo do machismo.

Ao final, vemos Norma Jeane Mortenson finalmente descansando, para dar lugar ao mito que se imortalizou ao longo dos anos para entrar para história, porém, jamais experimentando a real felicidade que quase nunca havia abraçado. Um filme que fala sobre tempos dourados do cinemão norte americano, mas que por detrás das cortinas havia muita crueldade contra as mulheres e cuja as diversas histórias de abuso jamais podem ser repetidas em hipótese alguma. "Blonde" não é sobre Marilyn Monroe, mas sim sobre a construção de um mito, modelado pela ambição hollywoodiana e fazendo a gente não ter conhecido ao longo dos anos a verdadeira mulher por detrás da personagem que se tornou mundialmente conhecida.  

Onde Assistir: Netflix. 


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