Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador #Halloween. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Halloween. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Cine Especial: Dia das Bruxas - 'Lobisomem Da Noite'

Sinopse: Em um macabro memorial à vida do líder, os participantes são empurrados para uma misteriosa e mortal competição por uma relíquia poderosa — uma caçada que os colocará cara a cara com uma criatura perigosa. 

No início do século vinte, o Expressionismo Alemão foi sem sombra de dúvida um dos grandes movimentos cinematográficos da história do cinema e que fez com que surgissem os primeiros realizadores autorais como Fritz Lang de “Metropolis” (1927) e F. W. Murnau de “Nosferatu” (1922). Na entrada dos anos trinta, por exemplo, diretores desse movimento desembarcaram nos EUA e levando consigo todos os jogos de luz e sombra que usaram ao longo de suas carreiras no cinema alemão. Graças a eles é que surgiram os primeiros filmes de horror norte-americanos, feitos em preto e branco e cujo o expressionismo estava incrustado em quase todas as cenas que nós assistíamos.

Drácula, Frankenstein, Lobisomem e tanto os outros monstros cinematográficos foram responsáveis do que hoje é considerado o primeiro universo compartilhado, já que após terem estrelado os seus respectivos filmes não demorou muito para que essas criaturas lendárias se cruzassem em uma determinada obra. Portanto, a Marvel não foi o primeiro estúdio em obter essa façanha, mas por conta disso fez com que os estúdios atuais tentassem obter a mesma fórmula. Até a pouco tempo, por exemplo, a Universal tentou fazer um universo compartilhado de monstros clássicos a partir do filme "A Múmia" (2017), mas obtendo um retorno desastroso e fazendo com que o projeto fosse engavetado.

Voltando para a Marvel, a mesma é sempre acusada de usar a mesma fórmula de sucesso e jamais se arriscando em quase nunca criar algo novo cinematograficamente falando. Porém, a galeria de personagens obscuros da editora é vasta, ao ponto que com eles se pode criar algo mais ousado e que fuja do padrão convencional. É então que surge do nada "Lobisomem da Noite" (2022), média metragem que não somente foge dessa fórmula, como também pode acertar aonde o estúdio Universal fracassou.

Estrelado por Gael Garcia Bernal, "Lobisomem na Noite" é um filme de terror em preto e branco. Baseado nos quadrinhos do Lobisomem dos anos setenta, seguimos um grupo de pessoas com poderes peculiares e caçadores que irão ir atrás do Lobisomem. O novo longa de terror apresenta Jack Russel, Elsa Bloodstone, Simon Garth e Homem-Coisa.

Sendo o primeiro média metragem do estúdio, a Marvel surpreende ao apresentar a história com uma fotografia em preto e branco caprichada, da qual remete elementos de sucesso, tanto do expressionismo alemão, como também dos filmes de horror dos anos trinta. A homenagem é tamanha que tudo aqui é feito de uma forma simplória, já que os cenários soam um tanto que artificiais, não há quase muito efeitos digitais e dando uma verdadeira aula de como se fazia filmes como antigamente. Só para se ter uma ideia eu fazia tempo que não sentia peso em determinadas cenas dos filmes da Marvel, já que aqui quase não há personagens digitais, mesmo com a presença surpresa do Homem Coisa, mas que diferente das últimas produções do estúdio, essa criatura, ao menos, é bem mais realista.

Para minha surpresa, foi uma novidade ver um ator como Gael García Bernal participar desse tipo de projeto, já que ele sempre foi alguém mais interessado em participar de filmes autorais como os de Pedro Almodóvar e mais recentemente "Tempo" (2021) de M. Night Shyamalan. Porém, ele está mais do que a vontade ao interpretar o personagem Jack, sendo inicialmente apresentado como caçador de monstros, quando na verdade ele é o próprio Lobisomem. Ao vê-lo transformado, por exemplo, não tem como não despertar dentro de mim uma aura de nostalgia pura, já que o seu visual é quase idêntico ao do Lobisomem clássico dos cinemas e que foi interpretado pelo lendário Lon Chaney Jr.

Curiosamente, atriz Laura Donnelly se sobressai na trama, ao interpretar Elsa. uma caçadora de monstros sarcástica, que não vê a hora de adquirir a herança que lhe é por direito e tratando os demais personagens com o maior desprezo. Quanto aos demais personagens pouco eles podem fazer algo em cena, já que eles estão somente ali para mover as pedras desse jogo de xadrez e culminando em lutas até que bem filmadas. Aliás, é preciso destacar um alto grau de sangue nas cenas violentas e que somente são amenizadas graças ao fato de a obra ser em preto e branco.

Com uma pequena homenagem ao grande clássico "O Magico de OZ" na reta final do filme, "Lobisomem da Noite" é uma pequena, porém, bela homenagem que a Marvel faz aos clássicos de horror nos primórdios do cinema e provando que pode ir muito além de sua velha fórmula. 

Onde Assistir: Disney+

   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Halloween Kills: O Terror Continua'

Sinopse: Laurie Strode acredita que enfim venceu a luta contra Michael Myers, mas é surpreendida pelo seu retorno. Determinada a pôr um ponto final em seus ataques, ela e outros sobreviventes decidem enfrentá-lo e acabar com o ciclo de uma vez por todas. 

"Halloween" (1978) realizado por John Carpenter ainda é hoje um dos filmes de horror mais importantes da história do cinema e um dos pilares do subgênero slasher. Mas estamos falando do cinema americano, onde um ótimo filme não escapa de obter uma continuação, ou até mesmo uma longa franquia. "Halloween" não escapou disso, ao ponto de que cada filme foi piorando ao longo dos anos que vieram.

Além de sete filmes, (de 1981 há 2002), o clássico ainda sofreu com uma refilmagem em 2007 e com a sua continuação em 2009. Coube ao diretor David Gordon Green limar tudo o que já tinha sido feito, reconhecendo somente o filme clássico e criando assim uma nova continuação. O resultado é "Halloween" (2018), filme que não só respeita a sua fonte original, como também revitalizou a figura de Michael Myers, ao transforma-lo em uma figura verossímil, porém, não menos mortífera. Com a intenção de se criar uma nova trilogia eis que chega "Halloween Kills: O Terror Continua", filme que dá continuidade aos eventos do filme anterior, mas retornando também ao cenário do filme original.

Depois de quatro décadas se preparando para enfrentar Michael Myers, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) acredita que enfim venceu. Minutos depois de deixar o assassino queimando, Laurie vai direto para o hospital com ferimentos graves de vida ou morte. Mas quando Michael consegue escapar da armadilha de Laurie, sua vingança e desejo por um banho de sangue continua. Enquanto Laurie luta contra a dor, ela tem que se preparar mais uma vez para se defender de Michael e consegue fazer toda a cidade de Haddonfield se juntar para lutar contra o monstro.

O prólogo se torna interessante ao retornar ao cenário do filme clássico, ao ponto de trazer de volta, mesmo em um curto espaço de tempo, o personagem Dr Sam Loomis e que havia sido vivido por Donald Pleasence. Porém, essa desculpa de retornar ao passado se torna o ponto mais falho do filme, pois ele resgata alguns personagens do filme original para fazer desses mesmos serem os protagonistas, já que a personagem de Jamie Lee Curtis se encontra ferida no hospital e se tornando uma figura quase secundária na trama. Mas nenhum desses personagens se tornam relevantes para o filme, já que todos acabam sendo mera desculpas para se tornarem as próximas vítimas de Myers.

Esse, por sua vez, está mais mortífero do que nunca, sendo que as cenas de assassinato estão entre as mais violentas de toda a franquia. Porém, eu vejo que essa violência explicita serve mais para nos distrair, já que no decorrer do tempo o filme vai se perdendo, principalmente por não saber ao certo o que ele nos quer passar ao longo do percurso. No filme anterior não se perdia tempo em buscar alguma lógica sobre o que é realmente Michael Myers, mas aqui os realizadores optaram em retratar as consequências dos seus atos, com o direito de pessoas se entregarem ao ódio e irem buscar vingança através da pessoa errada. Essa passagem, aliás, é uma das mais interessantes do filme, mesmo quando nos passa a sensação de que poderia ter sido melhor trabalhada.

Mas, como eu disse acima, os realizadores perdem tempo novamente em buscar a raízes do problema sobre o que é esse assassino mascarado, ao ponto da possibilidade de entrarem no terreno do sobrenatural, mas que foi justamente isso que fez das continuações se tornarem tão dispensáveis ao longo da história. O final, por sua vez, nos deixa um gancho que nos faz desejar ir logo para o terceiro filme, mesmo que, na pior das hipóteses, nos decepcione.

"Halloween Kills: O Terror Continua" é inferior se for comparado ao seu perfeito antecessor, mas consegue nos prender na cadeira do começo ao final da trama e fazendo a gente querer ver logo o final dessa nova trilogia.   


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.