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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Cine Especial: Clube De Cinema De Porto Alegre: ‘Em Quem Você Pensa Que Sou’

Sinopse: Claire, de 50 anos, resolve criar um perfil falso em uma rede social para acompanhar seu namorado, que é bem mais jovem. Lá, ela se esconde com a identidade de Clara, uma bela jovem de 24 anos. Neste universo virtual ela cria uma relação com Alex e os dois acabam se apaixonando. 

Em tempos atuais em que os relacionamentos tradicionais andam cada vez mais escassos, é curioso que as pessoas procurem outros meios de se relacionar, mesmo em situações que não lhes dão exatamente o tão desejado amor verdadeiro. No filme "Ela" (2013), por exemplo, testemunhamos uma história de amor absurda, mas que dialoga exatamente sobre esses tempos atuais em que as redes sociais de relacionamentos predominam e nos dominam. Já em "Quem Você Pensa Que Sou" a identificação com a trama se torna imediata e fazendo a gente se colocar no lugar da protagonista.
Dirigido pelo estreante Safy Nebbou, o filme conta a história de Claire (Juliette Binoche), que decide contar os principais eventos recentes de sua vida para uma psicóloga (Nicole Garcia). Durante as consultas, descobrimos que Claire criou um perfil falso pelo Facebook para vigiar um namorado, mas que acabou se apaixonando pelo seu amigo Alex mesmo não se vendo pessoalmente. Não demora muito para esse relacionamento virtual se tornar intenso e até mesmo irreversível.  

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Safy Nebbou cria um belíssimo visual sobre os tempos atuais em que vivemos, cuja a fotografia azulada sintetiza o lado frio dos relacionamentos a distância e que, por vezes, acabam de um modo que não se deveria. Curiosamente, o cineasta faz um paralelo do assunto com os reflexos vistos nos vidros e espelhos que surgem na tela e nos dando a entender que a protagonista gostaria de se ver como uma outra pessoa. É aí que surge a questão dos avatares virtuais, onde as pessoas inventam que são outras e para assim se sentirem mais desejadas.
Juliette Binoche, novamente, nos brinda com uma atuação digna de nota, onde a sua personagem representa uma pessoa que teme pela solidão e que nos faz nos identificarmos facilmente com ela. Por mais absurda que seja a ideia de uma relação amorosa virtual, o que acontece na tela nada mais é do que acontece com a maioria das pessoas do mundo real nos dias de hoje. Curiosamente, mesmo com a trama beirando ao verossímil, ficamos desconcertados com a situação e isso é muito bem representado pelas reações da psicóloga  da trama, que é brilhantemente interpretada por Nicole Gacia.
Além da questão dos relacionamentos virtuais visto na obra, Safy Nebbou faz questão também de explorar o vício atual da população em acreditar em qualquer fake news da vida. No caso do filme, testemunhamos um ato final com diversos pontos de finalização da história e do qual ficamos nos perguntando até o último minuto sobre o que é real ou mentira visto na tela. Se por um lado isso pode parecer um tanto que forçado, do outro, é interessante como isso gera diversos sentimentos conflitantes em nós e fazendo a gente questionar ainda mais sobre os dilemas das relações humanas e das verdades infundadas do nosso mundo real que surgem hoje em dia.
"Quem Você Pensa Que Sou" é uma grata surpresa para quem procura buscar questionamentos sobre os relacionamentos e verdades e mentiras dos nossos tempos contemporâneos. 


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NOTA: Filme exibido para associados e não associados  do Clube De Cinema De Porto Alegre no último domingo (20/10/19) na Casa de Cultura Mario Quintana.    

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Cine Dica: Volência Urbana e Outros Destaques Na Sala Redenção

Moonlight: Sob a Luz do Luar 

Violência urbana, amor imortal e diferenças entre gerações: esses são alguns dos temas que serão contemplados nas três ficções exibidas na Sala Redenção, na próxima semana. Com filmes premiados em festivais que estão entre os mais prestigiados do mundo, como Sundance, Festival de Annecy, Panorama da Berlinale e San Sebastián, a Mostra Recam é uma parceria do Cinema Universitário com a Rede de Salas Digitais do Mercosul. Componente da exibição, a produção chinela de Alejandro Almendras, Matar um Homem (2014), retrata o drama de Jorge – homem de família de classe média, cujo tranquilo bairro foi invadido por estranhos bandidos de rua. Além disso, a obra baseada em fatos reais compartilhará as telas com produções latino-americanas, como História de Amor e Fúria (2012), de Luiz Bolognezi, e Tanta Água (2013), de Ana Guevara. A mostra acontece entre os dias 22 e 25 de outubro. Para mais informações, acompanhe a programação completa ao final da matéria. 
Contemplando, também, produções norte-americanas, o Cinema Universitário exibe, pela primeira vez, a obra vencedora do Oscar de Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante em 2017, Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016), de Barry Jenkins. Dado o cenário político e social no qual enfrentamos hoje, o longa abre espaço para debates sobre as questões raciais e de gênero, tudo isso no cenário da produção hollywoodiana contemporânea, cuja mitologia, criada em cima de um ideal conservador, agora abre espaço para novas perspectivas, afim de construir uma nova história do cinema. Ainda com o ineditismo de Moonlight na Sala, o longa-metragem Escuro Horizonte (2019) estreia dia 23 de outubro, às 19h. Com direção de Pedro Tavares, a produção carioca relaciona imagem, narração e sobreposições com imagens de dispositivos móveis e de arquivos para resultar numa mistura singular e ousada de memória e ficção. 
Em sintonia com o Centro Cultural da UFRGS, a Sala Redenção participa da mostra Ocupação Stockinger, através da exibição do documentário sobre a vida do artista visual, o austríaco Francisco Stockinger (1919-2009). Em homenagem aos 100 anos de trajetória e produção de um dos mais importantes escultores modernos brasileiros, Xico Stockinger (2013), de Frederico Medina, retrata a história de um amante da aviação, que descobriu, por casualidade, seu amor pela arte. O documentário aproximará a realidade stockingeriana, simples e extraordinária como é, nos dias 21 e 22 de outubro, às 19h e 16h, respectivamente. 
Ainda nessa semana, o Cinema dá continuidade ao projeto Inovações nas Telas, em parceria com o Parque Zenit, a encubadora de empreendedorismo da UFRGS. A série visa promover o debate sobre inovação, networking e cinema, com a participação de palestrantes relevantes na área. Nessa edição, a proposta fica por conta do filme A Grande Aposta (2015), de Adam McKay. O longa representa a história de quatro gestores que viram o que os bancos e o governo dos EUA decidiram não ver: o colapso da economia mundial. O desfecho dessa história você acompanha no dia 23 de outubro, às 19h.

Confira a programação completa no site oficial clicando aqui. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Cine Dica: Próximas Atrações Do Clube de Cinema De Porto Alegre

Coringa

Boa tarde. Tudo bem?
Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana:

SESSÃO DE SÁBADO
Local: Espaço Itaú de Cinema, Bourbon Country
Data: 19/10/2019, sábado, às 10:15 da manhã
"Coringa" (Joker)
EUA/Canadá, 2019, 122 min.
Direção: Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz

Sinopse: Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante. Lembramos que os sócios poderão levar seus convidados.
Confira a minha crítica sobre o filme já publicada clicando aqui. 

* * * * *

SESSÃO DE DOMINGO
Local: Sala Eduardo Hirtz, Casa de Cultura Mario Quintana
Data: 20/10/2019, domingo, às 10:15 da manhã
"Quem Você Pensa Que Sou" (Celle que Vous Croyez)
França/Bélgica, 2019, 101 min.
Direção: Safy Nebbou
Elenco: Juliette Binoche, Nicole Garcia, François Civil

Sinopse: Claire, de 50 anos, resolve criar um perfil falso em uma rede social para acompanhar seu namorado, que é bem mais jovem. Lá, ela se esconde com a identidade de Clara, uma bela jovem de 24 anos. Neste universo virtual ela cria uma relação com Alex e os dois acabam se apaixonando. Quando ele propõe um encontro no mundo real, a situação toma um rumo inesperado. O filme integrou a programação do Festival Varilux de Cinema Francês.

Meia entrada para o público em geral: R$ 7,00.
Associados do Clube de Cinema não pagam.


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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Cine Dicas: Estreias Do Final De Semana (18/10/19)

O Enigma da Rosa

Sinopse: Sara Castro, a filha de Oliver e Julia, desaparece sem deixar rastros. Os dias passam sem que tenham nenhuma notícia sobre a garota. Porém, em uma manhã, a família recebe uma carta de alguém que afirma ter capturado Sara.

A Luz No Fim do Tunel 

Sinopse: Depois do mundo ser atingido por uma pandemia, um pai vive recluso na floresta com a filha adolescente. Eles são muito ligados e o homem precisa lutar para proteger a menina depois que um estranho aparece.

Desafio De Um Campeão

Sinopse: Christian é jovem futebolista muito talentoso e bem-sucedido. Depois de uma série de problemas extracampo, ele é aconselhado a procurar ajuda.  



Euforia 

Sinopse: Matteo e Ettore são irmãos com vidas distintas e não muito próximos. Enquanto o primeiro é um empreendedor carismático, o segundo leva uma vida simples na cidade onde nasceram, trabalhando como professor. 

Malévola - A Dona Do Mal 

Sinopse: Malévola e sua afilhada, Aurora, começam a questionar os complexos laços familiares que as prendem. Os anos foram gentis com as duas.

Outras estreias: Meu Nome é Daniel chega ao Cinebancários. Saiba mais aqui.   


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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Cine Dica: MEU NOME É DANIEL” ESTREIA DIA 17 OUTUBRO , ÁS 19H, NO CINEBANCÁRIOS


Primeiro longa brasileiro dirigido por uma pessoa com deficiência, “Meu nome é Daniel” é um documentário em primeira pessoa. Nele, Daniel Gonçalves, jovem cineasta carioca que nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar, percorre o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição.
“Meu nome é Daniel” já passou por 12 festivais nacionais e internacionais em países como Alemanha, Austrália e Holanda e recebeu diversos prêmios como Menção Honrosa Direção de Documentário no Festival do Rio 2018, Melhor longa-metragem na Mostra de Cinema de Gostoso (2018), Melhor longa-metragem pelo Júri popular na Mostra de Cinema de Tiradentes 2019 e o prêmio “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia” do Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias 2019 que qualificou o filme para concorrer ao Oscar de filme documentário 2020.

Ficha técnica

“Meu Nome é Daniel”
2018 | Brasil | Documentário | 83’
Direção: Daniel Gonçalves; Produtores: Daniel Gonçalves, Roberto Berliner, Rodrigo Letier; Roteiro: Daniel Gonçalves, Vinicius Nascimento, Debora Guimarães; Empresas produtoras: SeuFilme Produções Audiovisuais, TvZero Cinema; Produção Executiva: Paulo Macedo, Fabrício Mota, Ricardo Valle, Leo Ribeiro, Sabrina Garcia, Vitor Leite; Direção de Fotografia: Paulo Macedo; Classificação indicativa: a verificar

Sinopse:
Daniel Gonçalves nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar. No documentário pessoal “Meu nome é Daniel”, o jovem cineasta residente no Rio de Janeiro traça o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição. Através de imagens de arquivo da família e de cenas gravadas hoje em dia, vamos passear por momentos, histórias e reflexões de Daniel.


Festivais e prêmios:
Filme de encerramento do 7º Olhar de Cinema; Festival Internacional de Curitiba 2018; Mostra Internacional de Cinema de São Paulo; Festival do Rio 2018 – Menção Honrosa Direção de Documentário; Panorama Internacional Coisa de Cinema 2018; IDFA 2018; Semana de Cinema 2018; Mostra de Cinema de Gostoso 2018 – Melhor longa-metragem; Mostra de Cinema de Tiradentes 2019 – Melhor longa-metragem (Júri popular); Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias 2019 – Premiação “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia”; Mostra do Filme Livre 2019; Dok.fest München 2019; Sydney Film Festival 2019; Festival Assim Vivemos 2019; FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires 2019.

Sobre o diretor
Daniel Gonçalves tem 35 anos e mora na cidade do Rio de Janeiro. Formado em jornalismo pela PUC-Rio e pós-graduado em cinema documentário pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhou durante três na TV Globo e hoje é sócio da produtora SeuFilme. Dirigiu os documentários “Tem bala aí?” (2008); “Luz Guia” (2012); “Como Seria?” (2014); e “Pela Estrada Afora” (2015), documentário para o programa Sala de Notícias do Canal Futura. Para o mesmo programa codirigiu e editou o curta “Cine Rolândia” (2014), e foi roteirista e editor dos curtas “Os Olhos das Ruas” e “Ouvir Com o Coração”. Editou 23 episódios da série “Damas da TV, 13 de Grandes Atores e 10 de Donos da História”, para o Canal Viva. Editou um episódio da série “Eu Sou Assim”, para o GNT. “Meu nome é Daniel” é seu primeiro longa-metragem.

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331205

Cine Dica: Curso Cinema e Moda - Inscrições abertas

Blade Runner

INSCRIÇÕES ABERTAS

Aproveite o valor promocional para os primeiros inscritos

CURSO



Apresentação
Os figurinos são uma categoria de extrema relevância na composição de um filme. Desde cedo produtores e diretores perceberam a importância visual dos trajes para fixar cenas e performances na mente do espectador. Ao criar os figurinos para uma produção cinematográfica os figurinistas vão buscar referências no universo das roupas existentes, e é aí que entra a moda. Seja recorrendo aos trajes do contexto histórico social no qual a trama se desenvolve, seja nas roupas em uso no momento da realização do filme, a moda se fará sentir na elaboração dos figurinos.



Objetivos

O curso Cinema & Moda: Os Figurinos Contam Histórias, ministrado por Laura Ferrazza de Lima, tem como objetivo analisar o impacto e a relação entre moda e figurino em algumas produções cinematográficas icônicas do século XX e que potencializam essas relações. Apresentaremos um panorama geral destacando os filmes que exerceram influência sobre a moda de seu tempo e que dela se utilizaram para compor um figurino que marcou época.



Curso
CINEMA & MODA: OS FIGURINOS CONTAM HISTÓRIAS
de Laura Ferrazza de Lima



Datas: 02 e 03 de Novembro (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Local: Cinemateca Capitólio Petrobras / Sala Décio Andriotti
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento
- Pagamento p/ Cartão de crédito: R$ 95,00
- Pagamento p/ Depósito: R$ 90,00
***
Promoção: R$ 80,00
(Valor para as primeiras 10 inscrições c/ pagamento por depósito)

Formas de pagamento
Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)


Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714

Inscrições:
http://cinemacineum.blogspot.com/2019/10/cinema-moda.html

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Morto Não Fala' - Brasil No Necrotério

Sinopse: Plantonista de um necrotério, Stênio possui um dom paranormal de se comunicar com os mortos. Trabalhando a noite, ele já está acostumado a ouvir relatos do além. 

Desde "Trabalhar Cansa" (2011) que os realizadores do cinema brasileiro se empenham em realizar filmes que vão muito além das fórmulas de sucesso do gênero de terror e nos apresentando tramas em que comprovam que as adversidades do mundo real sendo levados para a tela podem ser sim muito mais assustadoras. Contudo, "Boas Maneiras" (2017) é um exemplo dentro do gênero em que consegue mesclar fórmulas de sucesso já conhecida pelos fãs com as questões do mundo real inseridas dentro de um universo fantástico. É aí que chegamos ao filme "Morto Não Fala", que usa ingredientes reconhecíveis dentro do gênero, mas que também fala um pouco do horror real vindo do nosso mundo.
Dirigido por  Dennison Ramalho, o filme conta a história do plantonista de um necrotério, Stênio (Daniel de Oliveira), que possui um dom paranormal de conseguir falar com os  mortos. Trabalhando a noite, ele já está acostumado a ouvir relatos do além. Porém, quando essas conversas revelam segredos de sua própria esposa (Fabiula Nascimento), o homem toma uma decisão que desencadeará situações irreversíveis em sua vida.

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Os primeiros minutos do filme já nos dão uma dica do que estará  por vir, onde é retratado as consequências da violência suburbana vinda das periferias do Brasil. Stênio recebe em seu necrotério diversas pessoas, onde os mesmos começam a conversar com o protagonista e falando os motivos que os levaram a perderem as suas vidas. É uma pena, portanto, que o filme não explore um pouco mais sobre a questão da violência que ocorre nestas regiões, onde as vítimas se tornam apenas estatísticas, mas cujas as suas dores permanecem mesmo após a morte.
A partir daí, o filme se encaminha gradualmente para o horror gore, sobrenatural, mas sendo introduzido em cenários familiares para quem vive nas periferias e que convivem com o horror real da violência. Além disso, mesmo dentro do universo fantástico, o filme se torna verossímil graças ao desempenho do seu elenco principal. Se por um lado Daniel De Oliveira entrega novamente uma atuação digna de nota, do outro, Fabiula Nascimento rouba a cena no primeiro ato da trama, ao interpretar uma personagem com personalidade fortíssima e se tornando posteriormente assustadora.
Do segundo ato adiante a casa de Stênio se torna o cenário principal dos acontecimentos e onde acontecem situações que todos os fãs do gênero já estão bem familiarizados. Embora já tenhamos uma ideia de como terminará a história, Dennison Ramalho demonstra segurança e criatividade nas cenas em que filmou, nos surpreendendo e não devendo em nada em termos de comparação com relação ao que já foi criado no cinema americano. Pode até não fortalecer o gênero dentro do nosso cinema brasileiro, mas o filme comprova que temos talento para isso.
"Morto Não Fala" é criativo em sua proposta e provando novamente que o gênero de horror pode sim se fortalecer em nossas terras brasileiras.  

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