Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 14 de março de 2019

Cine Dica: Cinema da América Latinal (14 a 24 de março)

DESTAQUES DO CINEMA LATINO-AMERICANO EM EXIBIÇÃO NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
As Filhas do Fogo

A mostra Cinema da América Latina apresenta um panorama da produção latino-americana com doze filmes inéditos em Porto Alegre. De 14 a 24 de março, o público da Cinemateca Capitólio Petrobras tem a chance de conhecer instigantes histórias contemporâneas realizadas em nove países – Brasil, Colômbia, Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru, Chile, México e República Dominicana – de realizadoras e realizadores como Mariano Llinás, Federico Veiroj, Beatriz Seigner, Dominga Sotomayor, Julio Hernández Cordón, Nelson Carlos de Los Santos Ária e Albertina Carri. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
A seleção conta com sessão comentada com a presença da diretora de As Filhas do Fogo, Albertina Carri, no domingo, 17 de março, e com a produção La Flor, do argentino Mariano Llinás, rodada durante dez anos e com duração de 14 horas, que será exibida em três sessões nos dias 23 e 24 de março. A sessão de abertura, na quinta-feira, 14 de março, às 20h, apresenta a produção mexicana Compra-me um Revolver, de Julio Hernández Cordón, exibida com destaque na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes de 2018.
A mostra Cinema da América Latina é a primeira atividade do projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – programação especial 2019.  Durante os meses de março a novembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras promoverá uma programação especial com 26 atividades com patrocínio master da Petrobras através da Lei Rouanet/Governo Federal e cooperação cultural da Fundacine – Fundação Cinema RS e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura.

FILMES

La Flor
Argentina, 2018, 868 minutos
Direção: Mariano Llinás
Seis histórias, quatro delas sem final, uma com final e uma sexta que apresenta desfecho, mas não um começo. Passeando por uma diversidade de gêneros, como horror B, espionagem e romance musical, essas épicas histórias se expandem através de três continentes e acompanham as quatro atrizes Pilar Gamboa, Elisa Carricajo, Laura Paredes e Valeria Correa através de dez anos.

Tarde Para Morrer Jovem
(Tarde para Morir Joven)
Chile/Brasil/Argentina/Holanda/Catar, 2018, 100 minutos
Direção: Dominga Sotomayor
No verão de 1990, a democracia volta ao Chile. Em uma cidade isolada, Sofía, Lucas e Clara se preparam para o Ano Novo, enquanto lidam com seus primeiros medos e amores. Apesar de estarem longe dos perigos da cidade grande, estão perto dos da floresta.

Los Silencios
Colômbia/Brasil/França, 2018, 90 minutos
Direção: Beatriz Seigner
Amparo é mãe de dois filhos pequenos e está fugindo dos conflitos armados da Colômbia. Na tríplice fronteira do país com o Peru e o Brasil, ela e os meninos se abrigam em uma pequena ilha com casas de palafita no Rio Amazonas. No local, eles encontram o pai, que supostamente estava morto.

Compra-me um Revolver
(Cómprame un Revólver)
México, 2018, 84 minutos
Direção: Julio Hernández Cordón
Em um mundo cheio de violência, onde as mulheres se prostituem e são mortas, uma garota usa uma máscara do Hulk para ajudar o pai a cuidar de um campo de beisebol abandonado, onde os traficantes jogam.

Retablo
Peru/Alemanha/Noruega, 2017, 100 minutos
Direção: Alvaro Delgado Aparicio
Segundo Paucar é um menino de 14 anos que quer se tornar o melhor montador de caixas de brinquedo, os “retablos”, como seu pai Noé, para manter o legado da família.

Cocote
República Dominicana/Argentina/Alemanha/Qatar, 2017, 106 minutos
Direção: Nelson Carlos De Los Santos Aria
Christian Alberto é evangélico e trabalha como jardineiro em uma propriedade rica em Santo Domingo. Quando seu pai é assassinado, ele acaba tendo que voltar ao interior, onde passou sua infância, para acompanhar o funeral.

Belmonte
Uruguai/Espanha/México, 2018, 75 minutos
Direção: Federico Veiroj
Javier Belmonte (Gonzalo Delgado) é um pintor cujo trabalho é sensual, fantástico, por vezes repleto de cor, mas sempre com um senso de melancolia. Quando tem que se preparar para uma exposição no Museu Nacional de Montivideo, ele se percebe muito mais interessado em sua pequena filha, Celeste.

Algo Queima
(Algo Quema)
Bolívia, 2018, 77 minutos
Direção: Mauricio Ovano, Bolívia
Um filme sobre as imagens infinitas do meu avô, gravadas durante o seu governo militar na Bolívia, durante a década de 1960. A versão familiar é confrontada com a história familiar: o massacre dos mineiros, a nacionalização do petróleo, o assassinato de Che Guevara. Toda vez que eu paro para olhar uma imagem com mais profundidade, algo queima dentro de mim.

As Filhas do Fogo
(Las Hijas del Fuego)
Argentina, 2018, 110 minutos
Direção: Albertina Carri
Insatisfeitas com suas próprias vidas, três jovens mulheres independentes se encontram por acaso, bem longes de suas casas, e começam a se relacionar de maneira poliamorosa. Quando percebem que estão livres daquilo que acreditam ser regras sociais possessivas, elas decidem formar um grupo cujo propósito é libertar outras mulheres que estejam passando pelos mesmos problemas. O filme contém cenas de sexo e não é recomendado para menores de 18 anos.

Vermelho Sol
(Rojo)
Argentina/Brasil/França/Alemanha/Holanda, 2018, 110 minutos
Direção: Benjamín Naishtat
Claudio é um advogado de meia idade que vive uma vida calma e confortável com sua esposa em uma pequena cidade da Argentina da década de 1970. Quando um detetive particular aparece na sua cidade determinado em localizar um estranho com quem ele brigou meses atrás em um restaurante, seu mundo é virado de cabeça para baixo.

Wiñaypacha
Peru, 2018, 87 minutos
Direção: Óscar Catacora
Enquanto espera ansiosamente por um resgate divino, um casal de idosos com cerca de 80 anos tenta sobreviver em um local remoto nos Andes, no Peru.

O Silêncio é um Corpo que Cai
(El silencio es un cuerpo que cae)
Argentina, 2018, 75 minutos
Direção: Agustina Comedi
Agustina encontra os vídeos que seu pai gravou antes do acidente que lhe tirou a vida. Sua pesquisa revelará uma história repleta de questões sobre desejo, sexualidade, família e liberdade.

GRADE DE HORÁRIOS
CINEMA DA AMÉRICA LATINA

14 de março
20h - COMPRA-ME UM REVOLVER
15 de março
20h – LOS SILENCIOS

16 de março
16h – O SILÊNCIO É UM CORPO QUE CAI
18h – TARDE PARA MORRER JOVEM
20h – VERMELHO SOL

17 de março
16h – ALGO QUEIMA
18h – AS FILHAS DO FOGO + debate com Albertina Carri

19 de março
20h – WIÑAYPACHA
20 de março
20h - RETABLO

21 de março
19h - O SILÊNCIO É UM CORPO QUE CAI
20h30 - BELMONTE

22 de março
19h – ALGO QUEIMA
20h30 - COCOTE

23 de março
14h – LA FLOR – PARTE 1
19h – LA FLOR – PARTE 2
24 de março
14h - BELMONTE
16h - LA FLOR – PARTE 3

A Cinemateca Capitólio Petrobras conta, em 2019, com o projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – programação especial 2019 aprovado na Lei Rouanet/Governo Federal, que será realizado pela FUNDACINE – Fundação Cinema RS e possui patrocínio master da PETROBRAS. O projeto contém 26 diferentes atividades entre mostras, sessões noturnas e de cinema acessível, master classes e exposições.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Raiva" - O Inferno Real

Sinopse:  Nos remotos campos do Baixo Alentejo, no sul de Portugal, a miséria e a fome assolam a população. Quando dois violentos assassinatos acontecem em uma só noite, um mistério toma o lugar: qual poderia ser a origem desses crimes? 

O Cinema Novo dos anos 60 serviu para mostrar a verdadeira cara do Brasil daqueles tempos, onde a realidade plástica dos estúdios ficava em segundo plano. "Vidas Secas" (1963), por exemplo, foi uma das produções mais corajosas da época, ao retratar o inferno na terra dominada pela seca e a fome. Ao assistir ao filme "Raiva" não havia como deixar de me lembrar do clássico de Nelson Pereira dos Santos, mas possuindo também uma identidade própria e bem corajosa.
Dirigido pelo português Sérgio Tréfaut, o filme começa com um verdadeiro massacre, moldada com muita violência e sangue. Aparentemente, duas famílias se digladiam por motivos ainda obscuros para aqueles que assistem e culminando em uma inevitável tragédia. A trama volta no tempo e testemunhamos aos poucos o que levaram ambos os lados ao tal conflito.
As comparações com o clássico “Vidas Secas” é aceitável até certo ponto, pois aqui o inimigo implacável não é somente a seca e a fome, como também as ambições daqueles que almejam possuir lucro daqueles que possuem tão pouco. Há aqui o velho duelo entre as classes, mais precisamente os que são da "Casa Grande" contra aqueles que eles consideram como minorias. Qualquer semelhança com o Brasil atual não é mera coincidência, mesmo quando a trama se passe em outros tempos de Portugal.
Aliás, é preciso reconhecer que o maior inimigo que os protagonistas enfrentam seja também o próprio cenário em que eles moram. Seca, fome, além de um ambiente pessimista e que deixaria qualquer pessoa na maior melancolia. Não me surpreenderia também se o cineasta havia se inspirado no surpreendente "O Cavalo de Turim" (2011), de  Béla Tarr, onde em ambos os casos eles  possuem uma belíssima fotografia em preto e branco e que sintetizam uma realidade opressora e sem nenhum brilho.
Embora todos já saibam como a trama irá se encerrar devido ao seu impactante prólogo, o filme ainda nos reserva inúmeras supressas, seja pelas atitudes imprevisíveis dos protagonistas, ou pelos momentos em que o filme se envereda para o gênero terror psicológico. A realidade, portanto, pode ser muito mais implacável do que qualquer monstro vindo de algum livro de contos de fadas, pois as vezes eles se encontram perto de nós muito mais do que a gente imagina. "Raiva" nos mostra como a realidade pode ser implacável e moldando as formas de comportamento do ser humano perante os horrores do mundo.


Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: ELEIÇÕES, novo documentário de Alice Riff, estreia no CineBancários dia 14 de março na sessão das 17h.


Em ‘Eleições’, secundaristas se organizam para a corrida eleitoral que irá eleger o comando do grêmio da escola. Quatro grupos de estudantes, com opiniões e visões de mundo diferentes, criam propostas, debatem estratégias de campanha e lutam por melhorias na escola. Os conflitos e tensões entre as chapas revelam suas diferenças políticas, e a contundência da realidade cotidiana convive com a resistência do sonho, da amizade e do direito de criar caminhos para o mundo em que se acredita.
“Em um ano de eleições no Brasil, Eleições acompanha uma eleição cujos protagonistas são justamente quem está subrepresentado nas instâncias de decisões políticas, a classe trabalhadora: mulheres, jovens, negros, negras, comunidade LGBT. Além da baixa representatividade desses grupos no congresso nacional, vivemos também um momento em que o jovem apresenta desconexão com o nosso sistema democrático. Entramos em uma escola pública no centro de São Paulo e acompanhamos um processo eleitoral com eles e elas. Para além do filme, essa aproximação vem porque acredito que a construção democrática, o ato de questionar e argumentar, de dizer não, e de coletivamente construir a identidade de cada um, é importante. O desejo do filme foi o de fortalecer o espaço de construção política do jovem dentro da escola, da escola ser cada vez mais este espaço de reflexão crítica” diz a diretora.
As filmagens aconteceram na Escola Estadual Doutor Alarico Silveira, no bairro da Barra Funda em São Paulo. O trabalho da direção do filme com os alunos foi muito intenso. A equipe visitou a escola todos os dias durante três meses, e ficaram totalmente absorvidos pelo ritmo da escola, sua dinâmica de funcionamento e não apenas as questões que todo o processo de eleição do novo grêmio trazia, mas também os conflitos individuais que os adolescentes vivem. “Foi um trabalho de muita troca e conversa, um processo de escuta e de respeitar o caminho que os jovens estavam levando o filme.” explica Alice.
“Acredito na escola pública, seu potencial, e na experiência da escola pública para a formação de um cidadão com reflexão crítica da sociedade. O filme propõe que a escola pública deve ser olhada com carinho. Ela tem inúmeros problemas mas o que ninguém tira dela são as pessoas, alunos e funcionários, que recriam os espaços. A escola é um microcosmos que reflete o macro, e potencializar a experiência da escola é fundamental para construir o país que queremos”, ela complementa.


SOBRE A DIRETORA
Alice Riff é realizadora audiovisual. Formada em Cinema (FAAP) e Ciências Sociais (USP). Eleições é o segundo longa metragem de Alice Riff. Meu corpo é político, seu primeiro longa, esteve em festivais como Visions du Réel, BAFICI, Festival de Havana e ganhou os prêmios de melhor filme brasileiro no Olhar de Cinema

Horários de 14 a 20 de março:
Dia 14 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 15 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 16 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 17 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 19 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

 Dia 20 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331205

terça-feira, 12 de março de 2019

Cine Dica: Curso David Cronenberg

INSCRIÇÕES ABERTAS
Curso: O CINEMA VISCERAL DE DAVID CRONENBERG


APRESENTAÇÃO
A obra cinematográfica do canadense David Cronenberg vem gerando controvérsia e fascínio, desde suas primeiras produções, pela maneira obsessiva e visceral como aborda e apresenta o corpo humano.
Em seus filmes, o corpo está em constante transformação, sendo um devir corpo: híbrido, protético, mutante, eviscerado, abjeto, grotesco, queer – representações que evidenciam as possibilidades contemporâneas do corpo em relação aos adventos da ciência e da tecnologia, ao seu potencial de transformação e à interação com outros corpos por meio da violência ou do sexo.
Essa investigação cinematográfica das possibilidades de transformação do corpo tem sido a marca mais emblemática de sua identidade autoral, sendo frequentemente apontada como viga mestra de sua obra.

OBJETIVOS
O curso O Cinema Visceral de David Cronenberg, ministrado por Rosângela Fachel de Medeiros, propõe uma retrospectiva carnal da obra do cineasta, ícone do body horror que ao transcender os limites do cinema de gênero desvelou as origens filosóficas do horror corporal. Para a análise e discussão de suas obras serão retomados conceitos como: grotesco (Mikhail Bakhtin); abjeto (Julia Kristeva); e queer (Theresa De Lauretis); que ajudam a compreender o processo de configuração do devir-corpo cronenberguiano, pensando a partir da ideia de devir (Gilles Deleuze & Feliz Guattari).

 Curso
O CINEMA VISCERAL DE DAVID CRONENBERG
de Rosângela Fachel de Medeiros

Datas
23 e 24 de Março (sábado e domingo)

 Horário
14h às 17h

Duração
2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento
- Pagamento p/ Cartão de crédito: R$ 95,00
- Pagamento p/ Depósito: R$ 90,00
***
 Promoção: R$ 80,00
(Válido para as primeiras 5 inscrições por depósito bancário)

Material
Certificado de participação e Apostila

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714

Inscrições
www.cinemacineum.blogspot.com.br

Realização
Cine UM Produtora Cultural - 10 Anos

Patrocínio
Total Poker Club
Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras

Cine Dica: “Pastor Cláudio”, de Beth Formaggini, estreia dia 14 de março no CineBancários

“Pastor Cláudio”, de Beth Formaggini, estreia dia 14 de março no CineBancários Documentário revela crimes praticados pelo bispo Cláudio Guerra na Ditadura Militar no Brasil

“Pastor Cláudio” surgiu a partir da investigação de Beth Formaggini na direção do documentário "Memória Para Uso Diário" (2007), sobre os desaparecidos políticos da ditadura. Em 2012, foi lançado o livro "Memórias de Uma Guerra Suja", em que Rogério Medeiros e Marcelo Netto reuniram depoimentos de Cláudio Guerra. A partir deles, Beth conseguiu respostas para casos que permaneciam sem esclarecimento da Operação Radar (1973-1976), que executou integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi então que a diretora partiu para Vitória com objetivo de entrevistar Cláudio Guerra, em companhia de Eduardo Passos.
O longa venceu o prêmio de melhor filme no Festival de Vitória 2018 e participou do Festival Internacional de Cinema Documental (Equador, 2018), Festival Kinoarte de Cinema 2018, da mostra Brasil em Movimento (França, 2018), Festival Internacional de Mulheres no Cinema - FimCine 2018, Festival do Rio 2017, Festival de Havana 2017, Festival Internacional de Filme Documentário do Uruguai - Atlantidoc 2017, Forum Doc BH 2017 e do Festival Internacional Pachamama (Acre, 2017). 
Sinopse:Conversa entre o Bispo evangélico Cláudio Guerra, ex-chefe da polícia civil que assassinou e incinerou militantes que se opunham à Ditadura Militar brasileira e Eduardo Passos, psicólogo militante dos direitos humanos. 


Personagens:
Cláudio Guerra
Eduardo Passos
Ivanilda Veloso
Marival Chaves
Maria Helena Vignoli de Morais

Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção executiva: Beth Formaggini
Pesquisa: Linara Siqueira, Juliana Machado, Beth Formaggini, Marcia Medeiros, Vinicius Noronha

Produção: Valéria Burke e Linara Siqueira
Ano: 2017
Duração: 76'
Classificação: 12 anos

Horários de 14 a 20 de março:
Dia 14 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 15 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 16 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 17 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Dia 19 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

 Dia 20 de março:
15h: O último trago
17h: Eleições
19h: Pastor Claudio

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria
do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes,
bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores
de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam
R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: ‘O Último Trago’ - Do Convencional ao Sensorial

Sinopse: Uma mulher resgatada à beira da estrada incorpora o espírito de uma guerreira indígena desencadeando uma série de eventos que atravessam os tempos e os espaços. Do sertão nordestino ao litoral, séculos de lutas de dominação e resistência. 

Normalmente o cinema convencional nos traz uma trama linear, com começo, meio e fim e fazendo a gente sair do cinema tendo uma total noção sobre o que havíamos testemunhado na tela. Porém, há o caso das sessões se tornarem esquecidas, já que muitos filmes acabam se tornando dispensáveis devido as suas propostas corriqueiras.  Quando um filme se apresenta quebrando essas regras narrativas ele se torna livre para fazer o que bem entender com elas e proporcionar algo até mesmo incomum e nenhum pouco convencional.
É claro que não é de hoje que o cinema quebra as nossas expectativas com relação determinados filmes e fazendo a gente se perguntar o que a gente havia assistido durante uma sessão.  David Lynch, cineasta autoral e responsável por pérolas como, por exemplo, "Cidade dos Sonhos" (2001) costuma criar tramas não lineares e fazer com que o cinéfilo navegue em momentos sensoriais em celuloide. O filme "O Último Trago" segue essa linha de raciocínio e testando a nossa atenção sobre o que nós estamos assistindo.
Dirigido por Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti, o filme começa quando uma mulher ferida (Samya de Lavor) é capturada à beira da estrada por um personagem enigmático (Rodrigo Fischer). Em uma boate, sob os olhares de seu captor e do público, ela dança até chegar a uma espécie de transe ritualístico e primal, evocando uma mulher indígena e levando o espectador a outro tempo e espaço: o sertão nordestino em algum momento do século XX, onde novamente a essa figura indígena será evocada.
Os primeiros minutos já deixam muito claro que não estamos diante de um filme convencional, mas sim experimental e praticamente se tornando uma experiência sensorial. Aqui não há espaço para as regras da verossimilhança, mas sim para algo mais simbolista e com inúmeras mensagens subliminares nas entrelinhas. Os realizadores criam, portanto, uma pequena metáfora sobre o Brasil de ontem e hoje, onde os personagens principais transitam entre o tempo e o espaço e fazendo a gente se perguntar em qual época especifica a gente se localiza dentro da trama.
Se em seu prólogo e epílogo o filme nos lança mais perguntas do que respostas, a trama do meio, por exemplo, onde ela ocorre dentro de um bar em um lugar qualquer, se torna o único ponto especifico da trama onde nos sentimos em uma espécie de porto seguro, pois ali a trama se torna linear, mas até certo ponto. Na realidade é neste cenário que temos uma ligeira ideia sobre o que está acontecendo na tela e fazendo com que a trama transite até mesmo em outros gêneros como o suspense psicológico ou sobrenatural. Porém, não deixa de ser notório que esse momento especifico também exige nossa total atenção, já que a sua fotografia é muito escura e fazendo a gente se perguntar sobre o que está acontecendo na tela.
Se ficamos confusos com a viagem sensorial da trama, ao menos, quando determinados personagens começam a lançar certos discursos subliminares em suas palavras, podemos concluir alguns pontos específicos da obra. Assim como no longa de animação "Amor e Fúria" (2013), o filme nos fala de um Brasil sempre sendo explorado em sua história, onde os verdadeiros donos da terra são sempre massacrados e criando uma expectativa pessimista com relação ao nosso futuro. Embora complexo para alguns, “O Último Trago” tem o porte necessário para nos proporcionar uma experiência incomum e gerar debate sobre o nosso Brasil atual.  

Em Cartaz: Cinebancários. Rua General Câmara, nº 424, Centro de Porto Alegre. Horários: 17h e 19h. 

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Albertina Carri, Sérgio Tréfaut e Sur Frontera (12 a 20 de março)

DIRETORA ARGENTINA ALBERTINA CARRI DEBATE AS FILHAS DO FOGO
DIRETOR PORTUGUÊS SÉRGIO TRÉFAUT PARTICIPA DE SESSÃO COMENTADA DE RAIVA
As Filhas do Fogo

SESSÕES ESPECIAIS DO SUR FRONTERA
No domingo, 17 de março, às 18h, a diretora argentina Albertina Carri participa de uma sessão comentada do longa-metragem As Filhas do Fogo. A mediação será feita pela jornalista e pesquisadora Gabriela Almeida. O filme contém cenas de sexo e não é recomendado para menores de 18 anos.
Albertina Carri ajudou a consolidar o chamado Novo Cinema Argentino. Transitando entre o melodrama pornográfico, o drama familiar e o documentário, a diretora se destaca por sua versatilidade e pela coragem de abordar temas ousados. Albertina também é fundadora do Asterisco, Festival International de Filmes LGBTIQ da Argentina.
A sessão faz parte da mostra Cinema da América Latina, que apresenta outros destaques na primeira semana de programação, como o mexicano Compra-me um Revolver, o brasileiro Los Silencios e o chileno Tarde Para Morrer Jovem.

EM CARTAZ
O diretor português Sérgio Tréfaut participa de um debate do filme Raiva na terça-feira, 12 de março, às 20h. A mediação é da crítica e pesquisadora Ivonete Pinto. Os longas Wajib - Um Convite de Casamento, Raiva e Um Elefante Sentado Quieto seguem em exibição até o dia 20 de março. A partir de quinta-feira, 14 de março, os curtas-metragens Princesa Morta do Jacuí, Catadora de Gente e Um Corpo Feminino passam a ser exibidos às 14h, sempre antes do longa-metragem programado para o horário.  

SUR FRONTERA
Nos dias 14 e 15 de março, a Cinemateca Capitólio Petrobras realiza sessões de dois filmes da realizadora argentina Paula Markovitch. As exibições fazem parte da programação do evento Sur Frontera.

El Premio (2011)
(Méx/Fra/Pol/Ale), de Paula Markovitch - 115min
Ceci, uma garota de sete anos, precisa guardar um grande segredo, mas ela não entende completamente do que se trata. A vida de sua família depende de seu silêncio. Mas sobre o que exatamente ela deve se silenciar? Ceci e sua mãe vivem escondidas de uma repressão militar na Argentina. Ceci se pergunta o que deve dizer. O que ela realmente acredita e faz para merecer o amor de sua mãe e dos outros?

Cuadros en la Oscuridad (2017)
(Arg/Méx/Ale), de Paula Markovitch - 80min
Marco é um artista de 65 anos que nunca pode exibir suas pinturas. Trabalha em um posto de gasolina e tem pensamentos amargos sobre seu destino. Um dia Luis, um jovem ladrão de 13 anos, entra em sua casa, que acreditava estar desabitada. Luis é a única testemunha da obra de Marcos. Entre ambos surge uma rara amizade, que lhes dá respostas sobre a arte e a vida. Elenco: Alvin Astorga, Paula Fernandez Mbarak e Maico Pradal.

INGRESSOS
Raiva (R$ 16,00)
Wajib (R$ 16,00)

Um Elefante Sentado Quieto (R$ 16,00)
Mostra Cinema da América Latina (R$ 10,00)
Sessões Sur Frontera (R$ 10,00)
A mostra Cinema da América Latina é a primeira atividade do projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – programação especial 2019.  Durante os meses de março a novembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras promoverá uma programação especial com 26 atividades com patrocínio master da Petrobras através da Lei Rouanet/Governo Federal e cooperação cultural da Fundacine – Fundação Cinema RS e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura.

GRADE DE HORÁRIOS
12 a 20 de março de 2019

12 de março (terça)
14h - Um Elefante Sentado Quieto
18h – Princesa Morta do Jacuí + Wajib - Um Convite de Casamento
20h - Raiva + debate com Sérgio Tréfaut

13 de março (quarta)
14h - Um Elefante Sentado Quieto
18h - Raiva
20h - Catadora de Gente + Wajib - Um Convite de Casamento

14 de março (quinta-feira)
14h – Catadora de Gente + Wajib - Um Convite de
Casamento
16h – Raiva
18h - Cuadros en la Oscuridad
20h – Compra-me um Revolver (Cinema da América Latina)

15 de março (sexta-feira)
14h – Um Corpo Feminino + Wajib – Um
Convite de Casamento
16h – El Premio
18h – Raiva
20h – Los Silencios (Cinema da América Latina)

16 de março (sábado)
14h - Princesa Morta do Jacuí + Wajib - Um Convite de
Casamento
16h – O Silêncio é um Corpo que Cai (Cinema da América
Latina)
18h – Tarde Para Morrer Jovem (Cinema da América
Latina)
20h – Vermelho Sol (Cinema da América Latina)

17 de março (domingo)
14h - Catadora de Gente + Raiva
16h – Algo Queima (Cinema da América Latina)
18h – As Filhas do Fogo + debate com Albertina
Carri (Cinema da América Latina)

19 de março (terça)
14h – Um Corpo Feminino + Wajib – Um
Convite de Casamento
16h – Um Elefante Sentado Quieto
20h – Wyñaypacha (Cinema da América Latina)

20 de março (quarta)
14h - Princesa Morta do Jacuí + Raiva
16h - Um Elefante Sentado Quieto 
20h – Retablo (Cinema da América Latina)