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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Cine Dica: Mostra CineAfroBH promove abertura do edital para 3ª edição

Primeira mostra audiovisual do estado destinada exclusivamente à exibição de filmes produzidos por diretores afro-brasileiros receberá inscrições de longas e curtas metragens, via edital, até o dia 31/01. Selecionados serão divulgados no dia 17 de fevereiro.

Desde sua criação em 2014, a “Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura” tem dedicado sua atuação à difundir e incentivar a produção audiovisual de realizadores afro-brasileiros, promovendo também a circulação de filmes com temáticas étnicas. Agora, a Mostra está recebendo inscrições para sua 3ª edição, por meio de edital eletrônico que convida cineastas afro-brasileiros de todo o país a participarem da programação.As inscrições ficam abertas até o dia 31 de janeiro.
Após o período de inscrições, serão selecionados 10 filmes dentre os participantes, sendo 6 obras preferencialmente produzidos por realizadores afro-brasileiros mineiros ou que sejam radicados em Minas Gerais há pelo menos dois anos, além de 4 produções de cineastas afro-brasileiros de outros estados do país. Desta forma, a Mostra CineAfroBH reafirma seu compromisso de valorizar o cenário audiovisual mineiro, construído bravamente por realizadores que atuam na transmissão das tradições culturais seculares para as futuras gerações, ao mesmo tempo que ao receber participantes de outras regiões do Brasil, constrói interlocuções e conexões com o cenário nacional.
Podem ser inscritos filmes de curta metragem (até 20 minutos) e média metragem (até 55 minutos), finalizados entre 2010 e 2018, dos gêneros de ficção, documentário e animação, sem restrições de formato de produção. Os filmes selecionados participarão da  3ª Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura, que promoverá 8 (oito) sessões de cinema gratuitas.
CIRCULAÇÃO
 A 3ª Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura realizará até setembro de 2019, 8 (oito) sessões de cinema gratuitas, sendo 4 (quatro) itinerantes de rua nas cidades de Belo Horizonte (MG), Salvador e Valença (BA), e 4 (quatro) de contrapartida nas periferias da capital mineira. As sessões de rua acontecerão próximas às instituições culturais afro-brasileiras de quatro mestres de culturas de raiz de matriz africana, com trabalhos consolidados há mais de 20 anos.
O objetivo é homenagear e promover os mestres da Cultura Popular local com rodas de conversa e sessões de cinema, sempre próximo aos locais onde executam seu fazer cultural, contribuindo para um reposicionamento simbólico dessas atividades na comunidade local. Assim, os mestres recebem o devido positivamente o reconhecimento e a legitimação dos saberes e destes importantes agentes culturais locais, que muitas vezes são pouco reconhecidos pela indústria cultural ou mesmo pela suas próprias comunidades.
Durante toda a programação o público tem a oportunidade de conhecer centros de cultura popular, artistas locais, convidados do CineAfroBH e mestres de cultura popular. Serão realizadas duas sessões em Belo Horizonte e duas sessões na Bahia, em Salvador e em Valença, sendo que em cada uma delas ocorrerão as homenagens aos mestres de cultura que tem atuação nos espaços, comunidades e regiões em que os encontros serão sediados. Os locais em que as sessões serão promovidas ainda serão divulgados.
Sobre a Mostra CineAfroBH (MCABH)

A Mostra CineAfroBH foi idealizada em 2014 pela cineasta Carem Abreu, diretora  e produtora executiva da ATOS Central de Imagens e membro do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais  CEC-MG, desde a década de 90. A MCABH foi criada como objetivo de incentivar e divulgar a produção audiovisual afro-brasileira de Minas Gerais, além de colocar no foco das atenções o trabalho cultural desenvolvido pelos mestres das culturas populares, os verdadeiros representantes da cultura brasileira, que muitas vezes seu fazer cultural é menosprezado, ou são agredidos verbal e fisicamente por aqueles que não os reconhecem como mestres populares, em função de ignorância, intolerância e covardia imposta pelo racismo velado. Promover o conhecimento da contribuição da cultura afro-brasileira para a identidade do brasileiro e respeito pela humanidade são os objetivos primordiais dessa atividade cultural. A Mostra CineAfroBH é realizada pela ATOS Central de Imagens com patrocínio do Fundo de Projetos Culturais da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. (Projeto 0171/2017 - FPC-SMC-PBH).

Serviço
Mostra CineAfroBH promove abertura do edital para 3ª edição
Data: até 31/01
Resultado: 17/02
Realização: ATOS Central de Imagens 
Informações: www.mostracineafrobh.com

Informações para imprensa

Fábio Gomides – (31) 9 9693-2767
João Dicker – (31) 9 8841-9613

Cine Dica: Jupiter Apple em show histórico

FILME DE RENE GOYA FILHO APRESENTA SHOW HISTÓRICO DE JUPITER APPLE NA CINEMATECA CAPITÓLIOPETROBRAS 

No sábado, 26 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta filme de Rene Goya Filho com show histórico de Jupiter Apple realizado em Porto Alegre, em 2001, no período de divulgação do disco Plastic Soda. Após a exibição, o diretor e o músico Ray-Z, integrante da banda que acompanhou Júpiter naquela noite, conversam com o público. Com entrada franca, a sessão acontece no dia em que o saudoso compositor Flavio Basso celebraria seu 51º aniversário.  

CAUSTIC SODA

O show de Jupiter Apple, um dos pseudônimos mais célebres de Flávio Basso, foi gravado durante o projeto Trama ao Vivo, no ano de 2001, no Bar Opinião, em Porto Alegre. Dirigido por Rene Goya Filho e produzido pela Estação Filmes, o material foi feito em co-produção com a gravadora Trama e exibido em parte apenas na extinta TVCOM/RBS TV.

Perdido por quase 18 anos nos arquivos da produtora, o show foi resgatado no final do ano passado graças à sugestão feita pelo programador da Cinemateca Capitólio Petrobras, Leonardo Bomfim, ao diretor, que finalmente reencontrou e preparou o material há tanto tempo parado. Produzido originalmente no formato Betacam SP, o show que será exibido está exatamente como foi captado ao vivo, sem reedições ou inserção de novas cenas. Uma preciosidade para os fãs e amantes do rock gaúcho.

No repertório, Júpiter apresenta versões eletrificadas e barulhentas de canções do bossanovista Plastic Soda, revisita material de seu cultuado disco de estreia, A Sétima Efervescência, e introduz algumas composições inéditas. A resenha do show de Douglas Dickel, publicada no site Scream & Yell, destaca: “Flávio Basso (ex-Cascavelettes e TNT) é tão criativo que vira um terceiro Júpiter no palco. Seu baixo Epiphone é o centro do som (...) o que era plastic virou caustic, mas sem perder o gosto de soda. O que era psicodélico, virou rock inglês de primeira, sem comparação com o som de qualquer grande banda”.

O show marca o retorno de Júpiter a Porto Alegre, já com um novo trio (Ray-Z, guitarra e voz; Clayton Martin, bateria), depois de um bom tempo sem shows na cidade.
  
Rene Goya Filho é cineasta e produtor. Apaixonado por música e imagem, tem em sua trajetória a direção de muitos documentários, shows, séries para TV e DVDs dos mais diversos gêneros. Destaque para os longas Fandango (2007, 90 min.), Europa (2012,100 min) e Gaita na Fábrica (2018,110min), com foco no trabalho do gaiteiro Renato Borghetti e seu grupo. Dirigiu também os curtas Gaúchos Canarinhos (2007, 15 min.), sobre Aldyr Schelle, criador da camisa amarela da seleção brasileira e Um Risco no Céu (2008, 13min.), que resgata a vida e a obra do músico e compositor Carlinhos Hartlieb. Além disso, é diretor do longa Mais uma Canção (2012, 120min), sobre a trajetória de Bebeto Alves, na busca de uma identidade da canção feita no sul do Brasil. Foi indicado em 2018 ao Grammy Latino com a produção do documentário musical Borghetti Yamandu (2018, 114min). É sócio da produtora Estação Filmes, de Porto Alegre, e prepara para 2019 o lançamento de uma plataforma de vídeo e música na internet, a Viv.show.

Cine Dica: Tinta Bruta em debate, Roma e 5 filmes em cartaz (24 a 30 de janeiro)

NOVO DEBATE DE TINTA BRUTA
SESSÕES EXTRA DE ROMA DE CUARÓN
YARA, TEMPORADA, ASAKO I & II e RASGA CORAÇÃO EM CARTAZ

A pedido do público, a Cinemateca Capitólio Petrobras promove uma nova sessão comentada de Tinta Bruta na terça-feira, 29 de janeiro, às 20h, com a presença dos diretores Filipe Matzembacher e Márcio Reolon.

Roma, a obra-prima mundialmente aclamada de Alfonso Cuarón, ganha mais duas sessões extra nos dias 25 e 27 de janeiro.


Os ingressos serão vendidos apenas na internet




Os filmes Asako I & II, de Ryusuke Hamaguchi, Yara, de Abbas Fahdel, Rasga Coração, de Jorge Furtado, eTemporada, de André Novais Oliveira, ganham mais uma semana de exibição.

INGRESSOS (meia entrada para estudantes e idosos)
Asako I & II (R$ 16,00)
Rasga Coração (R$ 16,00)
Yara (R$ 16,00)
Roma (R$ 16,00)
Temporada (R$ 10,00)
Tinta Bruta (R$ 10,00)

GRADE DE HORÁRIOS
24 a 30 de janeiro de 2018

24 de janeiro (quinta)
14h - Asako I & II
16h - Temporada
18h - Rasga Coração
20h - Yara

25 de janeiro (sexta)
14h - Asako I & II
16h - Temporada
18h - Tinta Bruta
20h - Roma

26 de janeiro (sábado)
14h - Asako I & II
16h - Temporada
18h - Rasga Coração
20h – Jupiter Apple ao vivo no Bar Opinião

27 de janeiro (domingo)
14h - Asako I & II
16h - Temporada
18h – Roma
20h30 - Yara

29 de janeiro (terça)
14h - Asako I & II
16h - Temporada
18h - Rasga Coração
20h - Tinta Bruta + debate

30 de janeiro (quarta)
14h - Asako I & II
16h - Temporada
18h - Tinta Bruta
20h - Yara

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: CULPA

Nota: filme exibido aos associados no último sábado (19/01/2019). 
Sinopse: Ao atender uma chamada de emergência, o ex-policial Asger Holm precisa correr contra o tempo para salvar uma mulher sequestrada. 

A ideia principal do filme policial já é mais do que conhecida pelo cinéfilo e imensamente explorada por filmes e séries para tv. Na trama, um crime acontece, agentes especiais aparecem para investigar o caso, para então iniciar o jogo de gato e do rato. Só nos últimos tempos, por exemplo, a Netflix investiu pesado na distribuição de várias séries policiais de diversos cantos do mundo. Todas com tramas diferentes, mas também possuindo uma zona de conforto e do qual fisga o cinéfilo em cheio.
Reformular essa zona de conforto dentro do gênero requer algo original para não conter grande risco e nascer um eventual fracasso.  Pois a tentativa de inovação tende a ser um grande acerto ou um grande passo em falso para os realizadores. Porém, "Culpa", filme dinamarquês de Gustav Möller, definitivamente é uma tentativa bem-sucedida perante aos nossos olhos.
Rompendo com qualquer expectativa nossa em relação ao formato convencional de histórias policiais, "Culpa" dá um chega pra lá nas cenas de perseguição e focando em seu único protagonista, isolado a um único cenário. O filme teria tudo para ser sem sal, mas ao invés disso se tornou uma das gratas surpresas desse início de ano.  
O policial Asger Holm (Jakob Cedergren) é o protagonista dessa pequena produção inspirada. Retirado do seu trabalho das ruas por problemas que num primeiro momento não sabemos, Asger é recolocado em uma central de emergências da polícia. Lá, o personagem passa atendendo telefonemas de denúncias ou pedidos de socorro e ajudando as pessoas dentro do possível.  
Numa noite, faltando poucos minutos para o final de seu trabalho, Asger recebe uma ligação peculiar. Em poucos minutos ele descobre que uma mulher, Iben, está sequestrada pelo ex-marido Michael e que seus dois filhos pequenos foram deixados sozinhos em uma residência. Por alguma razão, o policial sente-se interessado de alguma forma pessoal pelo caso e não consegue transferi-lo para os demais setores. 
Pelo telefone e sem sair do setor, Asger começa usar todos os meios para tentar ajudar a mulher. Gradualmente a investigação avança e revelações imprevisíveis começam a surgir na tela. Seria um simples caso de violência familiar? 
O grande acerto de "Culpa" é conseguir desde o seu primeiro momento saber nos envolver na trama como um todo. Somos colocados lado a lado do protagonista, pois sabemos o que ele sabe, ouvimos o que ele ouve, desconhecemos o que ele não vê e, quando algo imprevisível acontece, somos pegos em cheio também. É como se fosse nos dada a chance de investigar o caso e termos até mesmo a oportunidade de estarmos a frente do protagonista perante os fatos.  
Em seu primeiro trabalho como cineasta, Gustav Möller consegue fundir elementos policiais e de suspense com maestria, criando um clima vertiginoso, tanto para seu protagonista principal, quanto para o cinéfilo que assiste. Sentimos tudo que Asger sente a cada momento. Sentimos sua vontade de resolver a situação, sua revolta com o sistema burocrático da polícia do qual o próprio trabalha, sentimos o peso de sua impotência. Sentimos um desejo de chegarmos ao final, mas não sem antes aproveitarmos de todo essa montanha russa de eventos claustrofóbico.   
O trabalho do ator Jakob Cedergren também merece total atenção. Contracenando com o mundo de fora somente através de um telefone, o interprete transmite as mais diversas sensações de uma forma intensa, garantindo um laço com público com a missão de seu personagem. 
"Culpa" pertence a um dos gêneros mais revisitados do cinema, mas surpreendendo por demonstrar que sabe usar as fórmulas de sucesso, para soar algo original e indispensável aos nossos olhos. 





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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: VIDRO

Sinopse: Após os eventos de Fragmentado (2017), Kevin Crumb (James McAvoy), a pessoa com 23 personalidades diferentes, passa a ser observado por David Dunn (Bruce Willis), o herói de Corpo Fechado (2000). O duelo entre o homem inquebrável e a Fera é influenciado pela presença de Elijah Price (Samuel L. Jackson), que manipula os encontros entre eles e mantém segredos sobre os dois.

 No ano de 2000 nós viviamos em outros tempos, onde o cinema não se sustentava por franquias de super-heróis, sendo que eles somente surgiam em algumas ocasiões na tela do cinema e que, na maioria dos casos, de uma forma desastrosa. Mas quando M. Night Shyamalan  lançou “Corpo Fechado” naquele mesmo ano o filme mais parecia um estranho ninho, ao ponto de o público não reconhecer de imediato que estava diante de um filme de super-heróis, pois o teor adulto e verossímil era algo raro de se ver dentro do gênero. Atualmente, em meio a tantas franquias de heróis estabelecidas no cinema, “Corpo Fechado” é visto hoje com carinho por aqueles que apreciam um filme que vai de contramão das fórmulas de sucessos, mas que são, na maioria dos casos, previsíveis.
Nesse último caso, por exemplo, o próprio M. Night Shyamalan se tornou também um estranho no ninho nos primeiros anos do século 21, pois adaptações de HQ haviam tomado por assalto as salas dos cinemas. Em meio a isso, ele havia lançado títulos duvidosos, como no caso de "Fim dos Tempos" (2008) e "Depois da Terra"(2013). Mas se “A Visita” (2015) serviu para que ele colocasse a carreira de volta aos trilhos, “Fragmentado”(2016), por sua vez, provou que o Shyamalan de “O Sexto Sentido”(1999) ainda estava vivo. Porém, o que ninguém imaginava é que o suspense estrelado por James McAvoy (em sua melhor atuação na carreira) era justamente uma continuação de “Corpo Fechado” e cuja a história culminaria em uma trilogia encerrada agora com o filme “Vidro”.
Vistos hoje, tanto o “Corpo Fechado” como “Fragmentado” são filmes distintos um do outro, mas que o cineasta soube conduzi-los em uma única realidade e conecta-la com total facilidade. O início de “Vidro”, aliás, apresenta os personagens principais com total facilidade, tanto para aqueles que assistiram aos filmes anteriores, como também para o marinheiro de primeira viagem. Curiosamente, se percebe que o cineasta está usando fórmulas já manjadas dentro do gênero para que a gente identifique algo de familiar, mas também servindo como mera distração para o que está por vir.
Uma vez que David (Bruce Willis) e Kevin (James McAvoy) confrontam-se pela primeira vez, parece que iremos presenciar aquele velho embate do bem contra o mal. Porém,  Shyamalan não cai na vala comum, pois além de criar uma luta em que a câmera mais parece estar no meio deles durante o conflito, a sequência termina de uma forma imprevisível e fazendo com que o cenário dos eventos tenha um novo rumo. Estamos agora em um manicômio, onde Ellie Staple (Sarah Paulson, vista recentemente em “Bird Box”) está não só tratando os novos pacientes, como cuida já alguns anos de Elijah (Samuel L. Jackson), codinome Senhor Vidro e que foi pivô de eventos trágicos vistos em “Corpo Fechado”. 
Para Ellie Staple, esses pacientes não passam de doentes mentais que acreditam serem super-heróis para se sentirem especiais e que não aceitam a realidade em que vivem. Shyamalan solta a semente da dúvida com relação as origens e o destino do trio principal da trama, ao ponto de duvidarmos até mesmo dos eventos vistos até aqui. Em contrapartida, os personagens secundários vistos nos filmes anteriores servem para manter a possibilidade do “fantástico” ser verossímil dentro daquele mundo.
Se era óbvio que Joseph (Spencer Treat  Clark) seria pupilo do seu próprio pai na luta contra o crime, Casey (Anya Taylor Joy), a personagem sobrevivente do filme “Fragmentado”, por sua vez, cria uma relação complexa com Kevin, o seu algoz. Porém, a química de ambos em cena é cativante, ao ponto de nos relembrarmos dos velhos clássicos da bela indefesa perante a sua fera. Em contrapartida, a presença da mãe Elijah é um tanto que apagada, porém, essencial para o fechamento de um círculo iniciado em “Corpo Fechado”.
Mas não estamos diante de uma mera adaptação de uma HQ, ou de um filme que esteja simplesmente se inspirando no gênero, mas sim tendo em suas entrelinhas a intenção de desconstrui-lo. Em tempos em que essas adaptações estão cada vez mais se aproximando do seu esgotamento, cabe um filme ou outro reinventa-lo, ou para se lançar a dúvida sobre qual será o próximo passo. Não que M. Night Shyamalan  queira mudar os rumos das adaptações das HQ, mas também não está interessado no óbvio e tendo sempre o desejo de criar boas histórias para serem apresentadas ao público.
O final, aliás, não possui um peso como foi sentido em "O Sexto Sentido", mas sim ele fecha com satisfação e sem pontas soltas com relação ao que o cineasta havia começado em 2000. Se o primeiro julgamento negativo vindo do público impediu que Shyamalan concluísse sua visão sobre os super seres anos antes, ao menos, o tempo serviu para provar o quão ele estava à frente da ideia de heróis e vilões se interagem numa realidade mais pé no chão e próximos ao nosso mundo real. Em tempos em que as adaptações de HQ estão cada vez mais presas em suas velhas fórmulas, essa trilogia vem para nos dizer que essa fonte de ideias ainda pode render algo muito mais além do que mero entretenimento.
"Vidro" é a conclusão de uma visão pessoal vinda de um cineasta autoral, do qual não irá agradar a todos, mas que fará a gente pensar sobre essas pessoas extraordinárias  e como elas se encaixariam no nosso mundo real. 


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2019

O Confeiteiro

PROGRAMAÇÃO DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2019
SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES
SALA 1 / PAULO AMORIM

14h – CHÁ COM AS DAMAS
(Tea with the Dames – Reino Unido, 2018, 85min). Direção de Roger Michell. Supo Mungam Filmes, Livre. Documentário.
SinopseAmigas de longa data e verdadeiros ícones do teatro e do cinema britânicos, as atrizes Maggie Smith, Eileen Atkins, Judi Dench e Joan Plowright se encontram para uma tarde de chá. A reunião é pontuada por lembranças divertidas de suas trajetórias, considerações sobre a vida e imagens de seus trabalhos mais conhecidos.
  
15h40 e 19h40 – PRAÇA PÚBLICA (ESTREIA)
(Place Publique - França, 2018, 100min). Direção de Agnés Jaoui, com Agnés Jaoui, Jean-Pierre Bacri, Léa Drucke. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Várias personalidades da cena cultural de Paris se encontram em uma festa, em uma casa de campo. Entre os destaques da reunião estão Castro, um irônico apresentador de TV que sente falta da fama que tinha no passado, e sua filha Nina, que acaba de lançar um livro inspirado no próprio pai.
  
17h30 – MARIA CALLAS: EM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS
(Maria by Callas - França, 2018, 120min). Direção de Tom Volf. Imovision, 12 anos. Documentário.
SinopsePor meio de uma montagem elogiada com entrevistas e imagens inéditas, o filme apresenta versões da própria Maria Callas (1923 - 1977) sobre sua vida e passagens polêmicas da sua trajetória, que foi marcada por grandes personagens e algumas tragédias pessoais. Uma das estrelas do século XX, Maria Callas é considerada a maior cantora de ópera de todos os tempos.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ
Obs.: A sala Eduardo Hirtz está fechada para manutenção.

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

15h – A NOSSA ESPERA
(Nos Batailles – França-Bélgica, 2018, 100min). Direção de Guillaume Senez, com Romain Duris e Lucie Debay. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.
Sinopse: Olivier é o funcionário politizado de uma fábrica e sempre defende os colegas e os direitos sociais. Mas seus conceitos começam a mudar quando sua mulher vai embora e o deixa sozinho com os dois filhos pequenos.

17h – TINTA BRUTA
(Brasil, 2018, 120min). Direção de Filipe Matzembacher e Marcio Reolom, com Shico Menegat. Sessão Vitrine Petrobras, 18 anos. Drama.
SinopsePedro é um jovem solitário que enfrenta um processo judicial e acaba de perder a companhia da irmã, em mudança para outra cidade. É à noite, em frente ao computador, que Pedro busca um sentido para sua vida assumindo a identidade do performer Garoto Neon. O filme foi o vencedor do Festival do Rio 2018 e do Teddy Awards no Festival de Berlim, que premia filmes com temática LGBT.

19h15 – O CONFEITEIRO
(The Cakemaker - Alemanha/Israel, 2018, 105min). Direção de Ofir Raul Graizer, com Tim Kalkhof, Sarah Adler e Roy Mille. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Tomas leva uma vida solitária como confeiteiro de um café em Berlim, até se apaixonar por Oren, um empresário israelense casado. Preocupado com o sumiço do amante, Tomas busca por ele em sua cidade natal, Jerusalém, e acaba aceitando trabalhar no café da esposa de Oren.

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PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.
*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.
A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.
Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelo telefone (51) 3226-5787.

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Cine Dicas: Estreias do final de semana (17/01/19)

Vidro 

Sinopse: Kevin Crumb, dono de 24 personalidades diferentes, passa a ser perseguido por David Dunn, um homem que não tem como se machucar. 

Temporada 

Sinopse: Juliana está se mudando de Itaúna, no interior do estado, para a periferia de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, para trabalhar no combate a endemias na região.


COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 3

Sinopse: Em sua terceira aventura, o viking Soluço está perto da realização de seu grande sonho: encontrar um lar pacífico onde os dragões possam viver em segurança. 

Cafarnaum

Sinopse: Zain é um menino de 12 anos que se comporta como adulto devido ao sofrimento que passou.

Normandia Nua

Sinopse: Georges Balbuzard é o prefeito da pequena cidade de Mêle sur Sarthe, na Normandia, onde os agricultores vêm sofrendo cada vez mais por conta de uma crise econômica.
Praça Pública

Sinopse: Castro é um apresentador de TV que se reúne com velhos amigos, incluindo sua ex-esposa, em uma grande festa nos arredores de Paris.

Amigos para sempre 

Sinopse: Phillip é um homem rico que fica tetraplégico após sofrer um acidente. A situação o deixa desgostoso com a vida.Até que um dia, durante a seleção de um assistente, simpatiza com Dell, um jovem com registro criminal que não tem a menor experiência na função. 


O peso do passado 

Erin Bell é uma detetive  do Departamento de Polícia de Los Angeles. Há muitos anos, a jovem Erin infiltrou-se em uma gangue no deserto da Califórnia e a história terminou muito mal, causando danos psicológicos ao longo do tempo.