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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Cine Dica: Estreias do final de semana (14/06/18)



A Baronesa

Sinopse: O dia a dia de duas vizinhas e amigas que moram na periferia de Belo Horizonte. De um lado, Andreia começa a construir sua casa para se mudar. Do outro, Leid e os filhos estão à espera do marido, que está preso. Em comum, a necessidade de se desviar dos perigos da guerra do tráfico e a estratégia para evitar as tragédias trazidas como consequência.



Do Jeito que Elas Querem

Sinopse: Nos arredores da Califórnia, quatro amigas de longa data estão na casa dos 60 anos e decidem ler no clube do livro mensal o romance "Cinquenta Tons de Cinza". Isso faz com que a vida dessas mulheres bem-sucedidas e inteligentes mude completamente.
 

Em 97 era assim

Sinopse: Quatro amigos de 15 anos querem perder a virgindade. Eles pensam em pagar uma prostituta, mas nenhum deles tem dinheiro. Os garotos fazem de tudo para conseguir economizar enquanto encaram os compromissos do colégio.



Entre laços 



Sinopse: Tomo (Rinka Kakihara), de apenas 11 anos, passou por uma situação traumática: foi abandonada pela mãe, Hiromi, que decidiu sair de casa. Agora, ela passou a viver com seu tio, Makio (Kenta Kiritani), e sua namorada, Rinko (Toma Ikuta). Inicialmente com pensamentos confusos, após descobrir que Rinko é uma mulher transexual, Tomo vai acabar descobrindo o verdadeiro sentido de família.



O Nó do Diabo

Sinopse: Há dois séculos atrás, no período da escravidão, uma fazenda canavieira era palco de horrores. Anos depois, o passado cruel permanece marcado nas paredes do local, mesmo que ninguém perceba. Eventos estranhos começam a se desenvolver e a morte torna-se evidente. Cinco contos de horror ilustram a narrativa.



Safari

Sinopse: Nas extensões selvagens, onde gazelas, antílopes, zebras e outras criaturas pastam aos milhares, turistas caçadores atravessam os arbustos, esperam e perseguem suas presas. Um filme sobre matar e também sobre a natureza humana.



Sol da Meia noite

Sinopse: Nikolai é um bailarino soviético radicado nos Estados Unidos que fugiu do seu país para escapar do regime comunista. Durante uma viagem, e devido a uma falha mecânica do avião em que voa, é obrigado a permanecer na União Soviética. Ali conhecerá um bailarino de sapateado, desertor da guerra do Vietnã, que o governo soviético utilizará para conseguir que Nikolai não volte a sair do país.



Talvez uma História de Amor


Sinopse: Ao chegar em casa após mais um dia corriqueiro no trabalho, Virgílio liga a secretária eletrônica e ouve um recado perturbador. É uma mensagem de Clara, comunicando o término do relacionamento dos dois. Virgílio, então, entra em choque e ouve repetidamente a mensagem, buscando algum sentido. O término não é o problema, pois Virgílio, solteiro, não faz a menor ideia de quem seja Clara.



Vingança

Sinopse:Três homens casados e ricos fazem anualmente uma espécie de caçada no deserto. Desta vez, um dos empresários decide trazer sua amante (Matilda Lutz). Quando ela é abandonada para morrer devido a uma série de acontecimentos, eles terão que lidar com as consequências de uma mulher que busca vingança.


quarta-feira, 13 de junho de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Híbridos – Os Espíritos do Brasil



Sinopse: Híbridos é uma pesquisa etnográfica sobre a multiplicidade do mundo das cerimônias sagradas brasileiras e também sobre a linguagem cinematográfica e seu potencial poético. Composto de diferentes formatos, um complementar ao outro, o projeto ambiciona questionar nossa relação com as imagens nos dias de hoje.


No Brasil pós golpe 2016 há uma política retrógrada, onde se prega que o nosso país é formado por Cristãos e que qualquer outra religião seria uma abominação. Porém, a realidade é outra, principalmente para pessoa de bom juízo, que se prezam a pegar um bom livro e descobrir que as nossas raízes são mais diversificadas do que se imagina. Híbridos – Os Espíritos do Brasil é um mosaico de inúmeras cores e formas, onde as culturas e crenças diferentes uma das outras podem sim conviver de uma maneira pacifica.
Coprodução entre o Brasil e a França, o filme é dirigido Priscilla Telmon, Vincent Moon e produzido pela brasileira Fernanda Abreu. Não havendo depoimentos, mas sim somente uma câmera que observa os fatos, se vê aqui inúmeras cerimônias, que vão desde as criadas pelos índios á procissões evangélicas. Gradualmente percebemos que tudo é interligado e formando um mosaico de cores quentes e ricas em conteúdo.
Embora seja um documentário do qual somente se registra os principais rituais do Brasil, os realizadores se propõem a fazer uma espécie de reconstituição da formação do País, mesmo não havendo, por exemplo, uma chegada dos portugueses nas praias brasileiras, mas sim usando simples imagens do cotidiano de pessoas que pregam no que acreditam. O filme começa com o nascer de um belo sol vermelho, onde abre caminho para os índios fazerem suas danças cerimoniais e sintetizando alvorecer de nosso país. Já nesses primeiros minutos somos atingidos por uma fotografia poderosa, da qual pode ser interpretada como uma representação de tempos mais dourados de nossas terras e que ainda não sucumbia pela ambição do homem branco.
O filme avança e as imagens dos verdadeiros donos da terra dão lugar à chegada do cristianismo, onde uma enorme cruz se destaca, além de testemunharmos pessoas rezando em volta dela. É uma representação dos então conquistadores portugueses, que trazem consigo a sua fé, mas não escondendo a ambição pela exploração. Num dos momentos mais tensos do documentário, por exemplo, vemos pessoas aglomeradas, onde se mantém firmes no que acreditam, mesmo que essa fé os deixe cegos.
É aí que há o surgimento dos rituais do Candomblé, Ogum, Iemanjá e dentre outras. Algumas delas, por exemplo, são de origens africanas, das quais vieram do passado junto com os escravos que, mesmo arrancados de suas terras, mantiveram suas raízes intactas. Há, então, o desencadeamento cada vez maior de rituais em cena, onde pessoas não se intimidam em abraçar a sua fé e fazendo nos tornar testemunhas das mais diversas situações que, embora chocantes, nos impressionam pelas suas ricas imagens.
O final da obra é ainda mais simbólico, ao vermos o papel do índio surgir novamente em cena, onde recorre em suas crenças, mas, aparentando, estar sendo sufocado por alguma coisa. No meu entendimento, ao ver o índio com problemas em respirar, uma representação em recorrer aos velhos recursos que a natureza nos deu, mas sendo sufocado pelos males de uma sociedade contemporânea cada vez mais corrupta e cuja sua única ambição é a devastação e riquezas. 
Híbridos – Os Espíritos do Brasil é um criativo documentário, onde se fala pouco, mas diz tudo e provando o quão é vasta a nossa cultura e de tudo que acreditamos vindo dela. 

Onde assistir: Cinebancários: Rua General Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horário: 19horas. 


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Cine Curiosidade: Atriz Cris Lopes "a la francesa" em jantar com diretores de cine na Argentina



 esquerda à direita: Silvia G. Romero, Fabian Sancho, Alberto Herrera, Rodney Borges, Cris Lopes

Com presença do ator Alberto Herrera do filme do Papa "Pode ma chamar de Francisco" e dos Diretores Silvia G. Romero e Fabian Sancho do Festival de Cine Inusual, comemoram aniversário do diretor Rodney Borges na famosa La Continental em Buenos Aires.
A atriz brasileira de cinema Cris Lopes esteve na Argentina nas últimas semanas encontrando amigos da sétima arte. O portal de noticias argentino "Pantallas y Escenarios" registrou o jantar de diretores de cine durante comemoração do aniversário "Cumpleaños" como se diz em espanhol, do Diretor Rodney Borges no famoso restaurante pizzaria La Continental em Buenos Aires.
Estiveram presentes também: os Diretores Silvia G. Romero e Fabian Sancho do Festival de Cine Inusual de Buenos Aires e o ator Alberto Herrera do filme do Papa "Pode ma chamar de Francisco", série de televisão já na Netflix brasileira.
Atriz internacional fluente em vários idiomas, Cris Lopes que já estreou na telona na Argentina no Cine Cosmos Buenos Aires com o super premiado filme AGS - Agence Generale du Suicide em que a atriz ganhou 2 prêmios (Prêmio Melhor Atriz e Direção de Arte), vai atuar em filmes em espanhol que já recebeu convites.
Cris já filmou em inglês no filme canadense FREER, e em Pinewood Studios na Inglaterra (estúdios do filme 007) e rodou cenas em Paris na França. Em breve nos cinemas no Brasil no filme Meio-Irmão da cineasta Eliane Coster, a atriz aparecerá como delegada.


Para seguir a atriz Cris Lopes: Fan Page Facebook @crislopesoficial  

Youtube Cris Lopes Oficial: Cine, Tv, Trailers, Entrevistas (português, inglês, espanhol):
Crédito Foto: PANTALLAS Y ESCENARIOS - ARGENTINA - Carlos Herrera  (Restaurante La Continental - Buenos Aires)
esquerda à direita: Silvia G. Romero, Fabian Sancho, Alberto Herrera, Rodney Borges, Cris Lopes
Divulgación:Brasil/Portugal/Espanha/Argentina/Uruguai/México/Perú/USA/Canada/Japan : 
Imprensa CL: Brasil/SP: (5511) 3835.7205  - Entrevistas (5511) 996530651   - correo electronico: imprensacl

terça-feira, 12 de junho de 2018

Cine Especial: Ciclo de Cine debate 50 anos do Maio de 68: Parte 1



Desde o dia 04/06 o SindBancários promove um ciclo de cinema sobre os 50 anos das revoltas de Maio de 1968. Em parceria com Departamento de História da UFRGS, através do Luppa (Laboratório de Estudos sobre os Usos Políticos do Passado) e com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e do Institut Français, serão exibidos no CineBancários quatro filmes que abordam o tema, seguidos de debates abertos a plateia. Participam como debatedores e palestrantes os historiadores Erick Kayser, Pericles Gomide, Nilo Piana de Castro e Raul Pont, ex-prefeito de Porto Alegre e líder estudantil em 1968.
Atividade foi criada para quatro encontros sempre as segundas feiras às 19h no Cinebancários. Vejam abaixo quais foram os filme assistidos e debatidos até aqui:   

 Uma Estranha Primavera – Parte 1 (exibido no dia 04/06)

Sinopse: Maio de 68, uma estranha primavera” é um filme que relata os acontecimentos do mês de maio de 1968 na França do ponto de vista daqueles que foram contestados em maio de 68.
 
Dirigido pelo historiador e cineasta Dominique Beaux, a produção foi lançada em março deste ano e busca oferecer uma ótica diferenciada dos eventos de Maio de 68, tendo como principais entrevistados figuras geralmente pouco procuradas para dar seus depoimentos, dentre elas pessoas ligadas ao meio sindical, político, policial e funcionários públicos, todas as testemunhas dos eventos ocorridos em Paris há 50 anos. A partir desses diversos pontos de vista, Beaux almeja que o cinéfilo tenha um novo olhar sobre os protestos na capital francesa.
É impressionante, por exemplo, observarmos aqueles jovens estudantes e trabalhadores protestando nas ruas de Paris e fazermos um paralelo com o protesto de 2013 que ocorreram aqui no Brasil e que se iniciou devido os aumentos das passagens de ônibus. Se por um lado o nosso grande protesto acabou dando em nada (a não ser o golpe orquestrado pela toga), os protestos de Maio de 68, ao menos, se fez sentir não somente em território francês, como também desencadeando protestos semelhantes por todo o globo na época.
A obra transita com seriedade, mas ao mesmo tempo com momentos de humor, principalmente quando os entrevistados revêm pelo computador eles mesmos quando jovens em situações que ficaram icônicas na história. Mas isso tudo é somente a primeira parte desse documentário de quase quatro horas e, portanto aguardem para a minha opinião final sobre a obra como um todo após eu assistir a segunda parte.

Loucuras de uma primavera (exibido no dia 11/06)

Sinopse: As manifestações de maio de 68, na França, levam inquietação não apenas a Paris. Pega também de surpresa os parentes de uma velha proprietária de terras que acaba de morrer, abrindo caminho para uma luta pela herança.
 
De todos os títulos que eu já assisti, onde os eventos sobre Maio de 68 se encontram num segundo plano, esse é bastante curioso, simbólico e divertido. Dirigido pelo francês Louis Malle (Os Amantes), a trama, aliás, não se passa no cenário de Paris onde ocorriam os protestos, mas sim num ensolarado campo e onde se encontra uma mansão com uma família burguesa. Porém, com eventos daquele mês cada vez mais sendo noticiado e se alastrando pelo país, a situação faz com isso afete aquele universo da burguesia que se encontra em pleno funeral da matriarca.
Uma complicação a mais é que o enterro não pode ser efetuado, já que as mortuárias também estão em greve, e, lá adiante a família precisará decidir que medida tomar. Nisso, o protagonista principal Milou (Michel Piccoli), vencerá, ao sugerir que a mãe seja enterrada nas terras da propriedade, como se fazia nos velhos tempos. O fato é que os efeitos da Revolução vão se fazendo cada vez mais presentes e mais fortes na mansão dos Vieuzac, ao ponto de serem todos obrigados a fugir. Mas antes da fuga o encontro da família é mais ou menos eufórico e vira piquenique bucólico, com direito a insinuações eróticas, inspiradas pelos boatos que se ouviam sobre os acontecimentos parisienses.
Após o termino dos eventos de Maio de 68, alguns historiadores acreditam que aquilo tudo se tornou uma revolução da qual não se mudou nada. Assistindo ao filme, se dá a impressão de que esse pensamento faça sim algum sentido, pois temos, por exemplo, a morte da matriarca dessa família burguesa, da qual poderia sugerir ao cinéfilo um símbolo da suposta derrocada da burguesia pela Revolução. Porém, a imagem da matriarca viva (ou em espírito) simboliza a classe burguesa que teima em não morrer.
Com já cinco décadas após os eventos de Maio de 68, esse pensamento, infelizmente, faz então todo o sentido.
  
Próximas sessões com debates:
* 18/6: “Maio de 68: uma estranha primavera – Parte 2” (França, 2018) Dir: Dominique Beaux Debatedores: Erick Kayser & Péricles Gomide (Historiadores)
* 25/6: “Utopia e barbárie” – (Brasil, 2005). Dir.: Silvio Tendler. Debatedor: Raul Pont (ex-prefeito de POA e lider estudantíl em 1968).

 Saibam mais sobre o  Ciclo de Cine debate 50 anos do Maio de 68 clicando aqui e participem.


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