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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Cine Dica: Grande vencedor do Festival de Brasília de 2017, “Arábia”’ estreia no CineBancários dia 5 de abril




A vida comum de um trabalhador, com frustrações, sofrimento e felicidade, revela uma realidade obscura do desenvolvimento social e econômico no Brasil dos últimos dez anos. Com estreia em 5 de abril no CineBancários, com sessões às 15:00 e 19:00, “ARÁBIA”, de Affonso Uchôa e João Dumans, narra esta história através da trajetória de Cristiano (Aristides de Sousa), um operário de uma velha fábrica de alumínio, que sofre um acidente no trabalho e desperta a curiosidade de André (Murilo Caliari), um jovem morador do bairro vizinho.
André é quem ajuda a tia enfermeira Marcia a prestar os primeiros socorros a Cristiano. E, atendendo a um pedido da tia, ele vai à casa do trabalho para pegar roupas e documentos. Lá, encontra um misterioso caderno e não resiste à curiosidade de lê-lo. “Desde o começo queríamos dizer algo sobre a nossa própria realidade, sobre as vidas e histórias dos jovens e dos trabalhadores do nosso país. Mas queríamos contar essas histórias de uma maneira mais literária, como numa narrativa épica... ou talvez como uma peça teatral. Nesse sentido, fomos muito inspirados por autores que conseguiram representar em narrativas fortes e sensíveis a vida dos trabalhadores e pessoas comuns de seu tempo, como James Joyce, Joseph Conrad, John dos Passos, Brecht. Mas também, e especialmente, alguns autores brasileiros”, conta Dumans.

Ingressos: R$ 12,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$6,00. Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com . Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.

Narrado em primeira pessoa, ou seja, é o personagem Cristiano que conta a própria história, o longa é um retrato político da vida de pessoas marginalizadas. “Essa decisão de ter a história do protagonista contada através de seu próprio caderno foi determinante para a estrutura do filme. Para nós, pessoas como Cristiano – e claro, Aristides de Souza, o ator – são como os heróis da literatura do passado: suas vidas são simplesmente incríveis na sua grandeza e na sua força. Queríamos dar à história de Cristiano essa qualidade literária, mas ao mesmo tempo, o caderno parecia ser um tipo de escrita mais plausível, e também menos nobre: não é um livro, não é uma novela, é uma espécie de diário. É o trabalho de um sujeito normal, não de um intelectual”, revela um dos diretores, Affonso Uchôa.
Ganhador de cinco prêmios na última edição do Festival de Brasília, entre eles, Melhor Filme e Melhor Ator, o longa circulou por mais de 50 festivais no mundo, entre eles, o de Roterdã, New Films/ New Directors (Nova York), BFI London Film Festival e o Viennale. Ao todo, foram mais de dez prêmios conquistados lá fora. Com distribuição da Embaúba Filmes e da Pique Bandeira, “ARÁBIA” é uma produção das mineiras Katásia Filmes e Vasto Mundo.

 Arábia [ Brasil, 2017, Drama, 96', Direção e roteiro: Affonso Uchôa, João Dumans]



GRADE DE HORÁRIOS:

5 de abril (quinta-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

6 de abril (sexta-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h – Arabia

7 de abril (sábado)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

8 de abril (domingo)
15h - Arabia
17h - Zama
19h – Arabia

10 de abril (terça-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

11 de abril (quarta-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

C i n e B a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre | RS | CEP 90010-230
cinebancarios.blogspot.com.br
Fone: (51) 34331204

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Uma Espécie de Família



Sinopse: A médica Malena (Bárbara Lennie) decide adotar um bebê. Ela encontra uma mulher grávida, com dificuldades financeiras, disposta a entregar o bebê para uma família adotiva. Chegado o dia do parto, Malena está presente para acolher o novo filho, mas ela se surpreende quando a família da mãe biológica exige uma grande quantia de dinheiro para concluir o processo de adoção. A médica deve ceder à chantagem?
 

O interessante ao assistir a esse filme argentino do cineasta Diego Lerman é ter o prazer de presenciarmos algo um tanto que incomum na apresentação da história. Os primeiros minutos o cinéfilo não tem exatamente uma base do que está presenciando, principalmente sobre quão o peso a protagonista está vivendo. Têm-se então inúmeras interpretações surgindo em nossas cabeças, mas nenhuma corresponde de uma forma correta com o que iremos testemunhar em seguida.
Malena, interpretada com intensidade pela atriz Barbara Lennie, está dirigindo numa noite chuvosa. No raiar do dia, ela chega a um hospital de uma vila do interior da Argentina, onde é recebida pelo médico Dr Costa (Daniel Aráoz) e a leva até a paciente Marcela, vivida por Yanina Avila e que está prestes a dar a luz. Gradualmente descobrimos que Malena é médica, já conhecendo algum tempo Marcela, sendo que a primeira tem como objetivo adotar a criança que está prestes a nascer, mas terá que enfrentar adversidades desse local que é uma clínica clandestina e sofrendo até mesmo extorsão.
Numa coprodução Argentina, Brasil, França, Polônia e Dinamarca, o roteiro (uma parceria do diretor com Maria Meira) é criado com o objetivo de não haver muitas palavras, tanto entre a verdadeira mãe como também da protagonista que deseja adotar a criança. Se por um lado a médica, que aceitou se submeter a uma situação informal de adoção, mas não esperando ser extorquida em troca de obter uma vida, Marcela, mesmo não tendo nenhuma condição para criar mais um filho, se sente humilhada, principalmente pelo fato de estar consciente que não obterá nenhum dinheiro durante todo esse percurso.
Como essa situação não se segue de uma forma legal, tudo então é feito de uma forma errônea, onde as ações dos personagens se encontram na corda bamba: quem é vilão, vítima e quem são as pessoas envolvidas na venda clandestina de bebês?
Essas e outras questões atormentam a mente do cinéfilo durante a projeção, já que as motivações de inúmeros personagens envolta da protagonista são sempre apresentadas de uma forma ambígua, como se estivesse sempre havendo segundas intenções contra ela. O resultado é apresentação de situações imprevisíveis e dos quais testam a própria sanidade de Malena. 
O filme, então, se envereda em momentos de drama, suspense e denúncia social. Sem julgamentos aos atos das duas mulheres, tanto Malena como Marcela tem justificativas mais do que claras ao se envolverem nessa situação, culminando num final surpreendente e fazendo com que o cinéfilo tenha a sua própria interpretação com o destino de ambas em cena.
Tanto Barbara Lennie como Yanina Ávila enchem a tela com incríveis interpretações, onde as palavras nem precisam ser ditas, pois basta as suas expressões para compreendermos o que as suas personagens passam internamente. Destaque também para a brasileira Paula Cohen faz uma participação na pele de uma advogada de caráter um tanto duvidoso. Um filme que vale a pena ser descoberto.  

Onde assistir: Casa de Cultura Mario Quintana. Rua das Andradas 736, Porto Alegre. Hórário: 19h.  




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Cine Dica: Sessão Abraccine exibe Quarto Camarim na Cinemateca Capitólio Petrobras




Como parte da terceira edição da Sessão Abraccine, evento promovido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o longa metragem Quarto Camarim, de Fabricio Ramos e Camele Queiroz, contemplada pelo Rumos Itaú Cultural 2015-2016, terá sua  exibição no dia 04 de abril, na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, às 19h30. A sessão tem entrada franca.
Após participação em três festivais internacionais, com sessões ocorrendo na Venezuela, na República Dominicana e no Canadá, o filme fará parte de um ciclo de exibições que serão realizadas em diversas capitais brasileiras. Como parte dos eventos, debates com a presença de importantes nomes da crítica e o público presente serão realizados ao final de cada sessão.
Em Porto Alegre, o debate será mediado pela crítica de cinema, filiada à Abraccine, Adriana Androvandi, e contará com a presença da também crítica e mestre em Educação pela UFRS, com pesquisa em Cinema e Educação, Juliana Costa.
Para o presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Paulo Henrique Silva, a Sessão Abraccine busca apresentar um olhar diversificado sobre os filmes. “A produção no país continua forte, mas a reflexão cinematográfica, fundamental para a construção de uma identidade brasileira nas telas, vem sofrendo um grande déficit, com filmes entrando e saindo de cartaz sem o devido debate”, afirma Paulo Henrique.

Sobre o filme

Quarto Camarim é o primeiro longa-metragem dos diretores Camele Queiroz e Fabricio Ramos. O filme, por meio de uma abordagem documental, mostra o reencontro, depois de vinte e sete anos, entre uma sobrinha, que é a própria diretora, e a sua tia, com quem não manteve nenhum contato desde a sua infância. Sua tia se chama Luma, é travesti, trabalha como cabeleireira e vive em São Paulo.
Narrativamente, o filme assume contornos dramáticos e estéticos que partem de uma relação corpo a corpo entre duas individualidades, cujas tensões são mediadas pelo próprio cinema. O resultado, segundo a dupla de cineastas, é uma obra de mise-en-scène compartilhada entre a diretora e a tia, que protagonizam o longa. Sem abrir mão da abordagem temática sensível de impacto político e social, Quarto Camarim elabora cinematograficamente um testemunho de vivência pessoal e íntima.
Para a dupla de cineastas, a iniciativa da Sessão Abraccine tem um impacto de mudança de paradigma, num cenário no qual são conhecidas as imensas dificuldades que um longa independente enfrenta para obter visibilidade no cenário cultural. “Há uma dupla importância na ação da entidade que, além de promover o acesso a um público variado, de diferentes cidades em diferentes salas (um público provavelmente mais diversificado do aquele predominante nos festivais),valoriza o estatuto da crítica (eventualmente diminuído nos festivais pelas pressões naturais de curadorias e júris), aproximando a perspectiva da crítica à intervenção aberta do público, já que o evento estimula a participação do público nas conversas após cada sessão,com a presença de outros debatedores e mediadores além do próprio crítico de cinema”, afirmam Camele e Fabrício.

Sobre o Rumos Itaú Cultural

O Itaú Cultural mantém o programa Rumos desde 1997. Este que é um dos primeiros editais do Brasil para a produção e a difusão de trabalhos de artistas, produtores e pesquisadores brasileiros, já ultrapassou os 52 mil projetos inscritos vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,3 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.
Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 6 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados.
Nesta edição de 2017-2018, os 12.616 projetos inscritos serão examinados, em uma primeira fase seletiva, por uma comissão composta por 40 avaliadores contratados pelo instituto entre as mais diversas áreas de atuação e regiões do país.
Em seguida, passarão por um profundo processo de avaliação e análise por uma Comissão de Seleção multidisciplinar, formada por 22 profissionais que se inter-relacionam com a cultura brasileira, incluindo gestores da própria instituição.

Sobre a mediadora e crítica de cinema convidadas:

Adriana Androvandi reside em Porto Alegre. É formada em Publicidade e Propaganda e em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Trabalha na editoria de Cultura do jornal diário Correio do Povo desde 1998. Integrante da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) e da Abraccine desde a sua fundação.
Juliana Costa é mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pesquisa em Cinema e Educação e produtora do Programa de Alfabetização Audiovisual, projeto educativo em cinema. É editora e colaboradora do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema e apresenta programa de rádio homônimo na Rádioweb Barril. Fundadora do Cineclube Academia das Musas, dedicado a pesquisar e difundir a cinematografia de diretoras mulheres e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul.

SERVIÇO

O QUE: SESSÃO ABRACCINE: QUARTO CAMARIM, DE FABRICIO RAMOS E CAMELE QUEIROZ
QUANDO:  04 DE ABRIL DE 2018
HORÁRIO:  19h30
ONDE: CINEMATECA CAPITÓLIO – RUA DEMÉTRIO RIBEIRO, 1085 – CENTRO HISTÓRICO – PORTO ALEGRE - RS
Contato para Assessoria de Imprensa:
Conteúdo Comunicação
Rumos Itaú Cultural
Carina Bordalo:
Fone: 11.2168-1906

Cine Curiosidade: ELO COMPANY lança selo ELAS, de olho na demanda do público mundial por narrativas femininas



Principal agente de vendas e distribuidora de conteúdo brasileiro audiovisual, empresa passa a oferecer mentoria com reconhecidas profissionais do mercado para projetos dirigidos por mulheres.  Selo estreia com nove longas contratados, entre ficções e documentários, e já recebe novos projetos para análise. 


Pode parecer uma grande coincidência, mas em 2017 diversos conteúdos audiovisuais [séries e longas-metragens] dirigidos ou protagonizados por mulheres quebraram recordes, surpreenderam o público e abocanharam as principais premiações globais. Para a ELO COMPANY essa é uma tendência de interesse do público mundial e por isso, na quinta-feira [05.04], às 16h30, no stand Be Brazil no Rio2C, a empresa lança o selo ELAS. Diretoras interessadas em fazer parte do selo devem enviar os projetos para o e-mail seloelas@elocompany.com.
“A ELO atua há 15 anos na vanguarda do audiovisual. Buscamos sempre criar pontes que amplifiquem o potencial comercial do conteúdo de nossos clientes - produtores e diretores de audiovisual. O selo ELAS busca aumentar o potencial artístico e comercial de longas-metragens para atender a essa demanda crescente do público”, afirma Sabrina Nudeliman Wagon, sócia-fundadora da empresa ao lado de Ruben Feffer e Flavia Prats.
As principais referências femininas no mercado brasileiro estão sendo convidadas a fazer parte desta rede, que vai atuar como mentora dos projetos. Atrizes, diretoras, produtoras, roteiristas, advogadas vão doar, a convite do selo ELAS, horas de trabalho para projetos em diferentes fases de produção.
A atriz Camila Pitanga é a madrinha da iniciativa. “Isso é uma grande conquista para as artistas brasileiras que vem se dedicando a produção audiovisual”, diz.
O selo é lançado com nove filmes contratados. Entre as ficções estão AMORES DE CHUMBO, de Tuca Siqueira; A CHAVE DE CASA, de Simone Elias; AOS OLHOS DE ERNESTO, de Ana Luiza Azevedo; É TEMPO DE AMORAS, de Anahí Borges; FAIRPLAY, de Malu Schroeder e RIR PARA NÃO CHORAR, de Cibele Amaral. Três documentários também estão selecionados para a primeira fase do projeto: MEU QUERIDO SUPERMERCADO, de Tali Yankelevich; SOLDADO SEM ARMA, de Maria Carolina Telles e TORRE DAS DONZELAS, de Susanna Lira. A expectativa é que esses filmes cheguem ao público até 2020.
“O selo ELAS vem complementar o line up de lançamentos da ELO, que segue com toda a diversidade de narrativas, diretores e produtores trabalhados ao longo dos últimos 15 anos”, explica Barbara Sturm, diretora de conteúdo da empresa. A ELO COMPANY é responsável pelas estratégias internacionais de O Menino e o Mundo, Espaço Além – Marina Abramovic e o Brasil, e Tropicália, entre mais de 300 títulos.
Seleção – os projetos selecionados deverão já ter roteiro e orçamento desenvolvidos.  Critério de seleção é o potencial comercial do projeto no Brasil e no mundo, para cinema, televisão e video on demand. O selo ELAS foi pensado para a indústria, com foco na demanda do espectador.