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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cine Especial: Mestres & Dragões: FINAL

Por fim, chego ao final de mais um especial que eu sempre escrevo aqui, com relacionado aos cursos que eu participo pelo CENA UM. Durante duas semanas, me dediquei há dissecar um pouco os melhores momentos do gênero filme de ação chinês, onde os protagonistas dão um verdadeiro show de artes marciais e que conquistaram uma geração inteira. Mas para encerrar aqui essas postagens ficava me perguntando, qual filme para encerrar esse especial com relação a esse gênero?
Eis que me lembrei do ano 2000, quando O Tigre e o Dragão aterrissou em nossos cinemas e dos EUA e que pessoalmente, acho que com ele se encerrou um ciclo de tentativas em que o cinema Chinês, seja de ação ou de outro gênero, conseguisse o seu espaço definitivo no ocidente. Com isso, o texto abaixo é dedicado com carinho para esse incrível filme dirigido pelo cineasta Ang Lee. Lembrando que o curso começa amanhã, no Santander Cultural de Porto Alegre, das 13h30 as 16horas e ministrado pelo escritor e editor César Almeida.

Quem já se inscreveu, participem comigo nessa empreitada desse final de semana e até lá.      
O Tigre e o Dragão 

Sinopse: história de duas mulheres, ambas exímias lutadoras, cujos destinos se tocam em meio Dinastia Ching. Uma tenta se ver livre do constrangimento imposto pela sociedade local, mesmo que isso a obrigue a deixar uma vida aristocrática por outra de crimes e paixão. A outra, em sua cruzada de honra e justiça, apenas descobre as consequências do amor tarde demais. Os destinos de ambas as conduzirão uma violenta e surpreendente jornada, que irá forçá-las a fazer uma escolha que poderá mudar suas vidas.
  
Foi preciso um diretor de Taiwan para devolver aos fãs de cinema a magia com que a sétima arte sempre brindou seu público. Depois de bem sucedidas incursões ao cinema de Hollywood - em especial os belos "Razão e sensibilidade" e "Tempestade de gelo", que captaram com inteligência as culturas inglesa e americana, respectivamente - o cineasta Ang Lee não foi feliz com o pouco visto e muito criticado "Cavalgada com o diabo" e resolveu retornar às origens. Para isso, assumiu as rédeas da adaptação do quarto volume de uma pentalogia chamada Crane/Iron, escrita por Du Lu Wang, um conhecido mestre chinês de kung-fu. Tendo seu habitual parceiro James Schamus entre os roteiristas, Lee construiu uma fábula majestosa e emocionante que recebeu o título ocidental de "Crouching tiger, hidden dragon", ou, como conhecido no Brasil, "O tigre e o dragão".
Não é difícil compreender o porquê da comoção em torno do filme de Lee desde sua estréia, no Festival de Cannes de 2000, quando foi ovacionado por uma legião de críticos deslumbrados. Sua obra simplesmente tira o espectador de sua zona de conforto, jogando-o em um universo particular, em que personagens ignoram a lei da gravidade e onde todas as excepcionalmente bem coreografadas lutas não são apenas desnecessários desvios da ação e sim parte integrante e indispensável da narrativa, repleta de poesia visual - cortesia da magnífica fotografia de Peter Pau, vencedor do Oscar da categoria. Não foi à toa que "O tigre e o dragão" tornou-se o primeiro filme de língua não-inglesa a ultrapassar a barreira dos 100 milhões de dólares de arrecadação em território americano, além de sair vitorioso em 4 categorias na festa do Oscar de 2001. O filme de Ang Lee é uma festa para os olhos e um admirável espetáculo para todos que consideram o cinema como um refúgio.
Dirigido com maestria por um Ang Lee extremamente à vontade e no auge de sua criatividade como cineasta, "O tigre e o dragão" tem a seu favor, além de tudo, uma equipe que transmite paixão a cada polegada de celulóide. O elenco é impecável - com destaque para Michelle Yeoh, cujo rosto expressivo casa com naturalidade com uma força física impressionante - e é impossível não admirar a belíssima trilha sonora (composta em apenas duas semanas por Tin Dau, que acabou com uma estatueta do Oscar), a fotografia etérea e a direção de arte caprichada. No fundo uma bela história de amor emoldurada por uma trama que envolve sentimentos como honra, lealdade e amizade à toda prova - e um discreto discurso feminista - "O tigre e o dragão" é uma obra-prima incontestável e um dos melhores filmes já produzidos fora de Hollywood.

Leia mais: Mestres e Dragões: Partes 1,2,3,4,5,6,7,8 e 9.


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Cine Dicas: Estreias no final de semana (06/09/13)

Jobs 

Sinopse: De hippie sem foco nos estudos a líder de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Este é Steve Jobs (Ashton Kutcher), um sujeito de personalidade forte e dedicado, que não se incomoda de passar por cima dos outros para atingir suas metas, o que faz com que tenha dificuldades em manter relações amorosas e de amizade.

Boa Sorte, Meu Amor 

Sinopse: Recife, Pernambuco. Dirceu (Vinícius Zinn) tem 30 anos e vem de uma família aristocrata do sertão nordestino. Ele trabalha em uma empresa de demolição, ajudando nas diversas transformações que a cidade tem passado nos últimos anos. Ao encontrar Maria (Christiana Ubach), uma estudante de música com alma de artista, ele passa a sentir a urgência por mudanças em sua própria vida.

A Coleção Invisível 

Sinopse: A família de Beto (Wladimir Brichta) é dona de uma tradicional loja de antiguidades em que está passando por uma crise financeira. Para tentar solucionar este problema ele se lança numa viagem até a cidade de Itajuípe, interior da Bahia, atrás de uma coleção raríssima de gravuras que foi adquirida há 30 anos por um antigo cliente, o colecionador Samir (Walmor Chagas). Entretanto, logo ao chegar Beto enfrenta uma forte resistência da esposa dele e de sua filha Saada (Ludmila Rosa).

O Ataque 

Sinopse: White House Down conta a história de como a residência oficial do presidente dos Estados Unidos a Casa Branca é atacada por um grupo paramilitar. O agente (Channing Tatum) do Serviço Secreto dos EUA decide resgatar o Presidente (Jamie Foxx).

Casa da mãe Joana 2 

Sinopse: Depois de despejados do apartamento em Copacabana nossos heróis de Casa da Mãe Joana 1 Juca PR e Montanha seguiram rumos diferentes. PR voltou a investir em coroas ricas Juca resolveu tirar um período sabático em busca da Cannabis perfeita e Montanha finalmente escreveu um livro de sucesso e ficou rico. Hoje ele mora numa antiga mansão no Alto da Boa Vista e vai receber os amigos Juca e PR que se envolveram em confusões pelo mundo. Novamente reunidos os três amigos viverão situações hilárias fugindo de duas irmãs em busca de uma herança e terão que contar com ajuda de mediuns para conviver com assombrações que rondam a casa como o fantasma Zazzie um dedicado camareiro da Rainha da França Maria Antonieta que por descuido baixa na casa e decide ficar.


A filha do meu melhor amigo 


Sinopse: A família Walling e a família Ostroff sempre foram muito próximas. Durante as férias a jovem Nina Ostroff volta para a casa depois de passar cinco anos distante dos pais. Para a surpresa de todos ela se apaixona por David Walling homem muito mais velho do que ela. Esta nova relação afeta a amizade entre as famílias.



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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cine Especial: Mestres & Dragões: Parte 9

Na minha 30ª participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é sentida até hoje.
   
O  Grande Mestre Beberrão 

Sinopse: Uma perigosa quadrilha de bandidos sequestra um jovem oficial para exigir a libertação de seu líder. Vespa Dourada (Pei-pei Cheng), extremamente habilidosa nas artes marciais e irmã da vítima, é incumbida de fazer o resgate. Ela conta com a ajuda de Gato Bêbado (Hua Yueh), um mestre do kung fu disfarçado de mendigo, para executar o arriscado plano.

Considerada um dos maiores clássicos de todos os tempos no cinema de artes marciais, esta é a produção que inaugurou uma linha que até hoje é explorada em filmes como O Tigre e o Dragão e O Clã das Adagas Voadoras, a dos vôos alegóricos. O filme foi realizado por King Hu, considerado o melhor do gênero e que em mais de uma ocasião trouxe inovações e influenciou toda uma geração de cineastas, tanto orientais quanto do Ocidente.

O ESPADACHIM DE UM BRAÇO SÓ

Sinopse: One-Armed Swordsman conta a história de Fang Gang (interpretado por Wang Yu, uma das grandes estrelas lançadas por Chang Cheh). Seu pai morreu para salvar o mestre, que então adotou o pequeno Fang para criar e treinar. Já mais velho, ele sofria as provocações dos discípulos-irmãos por ser filho de um servente; estes acabam desafiando-o num acerto de contas que termina em tragédia.

Pei-er, a filha do mestre, num gesto de raiva insensata, corta o braço direito de Fang. Delirante em sua dor, ele se afasta pela floresta, até uma ponte sobre um riacho; cambaleante, desmaia e cai num barco que ali passava naquele exato instante. Xiaoman, a moça que remava, leva Fang para casa e se ocupa dele. Logo cresce entre os dois um profundo afeto e a decisão de morarem juntos e ajudarem um ao outro. A mágoa de Fang pela perda do braço e conseqüentemente de sua vida como espadachim é duramente rebatida por Xiaoman, que também perdeu o pai em sacrifício pelo mestre. Com a mãe, ela aprendeu que as artes marciais se interpõem entre o homem e sua vida, que não devem ser louvadas porque sempre acarretam morte, em geral pela obrigação de honrar preceitos e responder a juras de lealdade. Todo esforço de Fang por desenvolver suas habilidades para seu braço restante com intuito de auto-proteção é visto com maus olhos pela moça, que defende firmemente sua posição de camponesa pacífica. Através de uma série de qüiproquós e movido por seu senso de vingança em nome da honra e de justiça, Fang acaba envolvido numa armação que visava destruir o clã do seu mestre e todos os seus discípulos. Contrariando Xiaoman, ele parte para defender o que acredita, em gesto notadamente humanitário. Com a espada cortada herdada do seu pai, Fang escapa da geringonça criada pelo clã inimigo para bloquear as longas espadas forjadas por seu mestre, salvando a este e a seus discípulos do extermínio. Mas tal ato de heroísmo não é seguido, ao contrário do que se poderia esperar, por uma volta ao seio da casa que lhe acolheu e fez dele um exímio espadachim, e sim por uma partida para o campo, ao lado de Xiaoman. São as regras do coração que comandam o filme; o afeto dispensado pela moça a Fang, sua dedicação em salvar sua vida e cuidar dele, mesmo com poucos meios, é o na verdade o grande ato heróico que merece admiração. E pelo reconhecimento de Fang, enorme é o peso que Xiaoman ganha no desenrolar da trama. Suas preocupações, seus sentimentos, suas palavras, são na verdade o motor que articula as ações do herói e o sentido do filme. É para protegê-la que ele incansavelmente treina seu braço esquerdo e desenvolve uma técnica própria e é por sua relação com ela que ele se vê enredado com o clã que ameaça o do seu mestre. Optando por seguir se envolvendo, como que absorto em obrigações que depassam sua vontade, Fang – e nós também – carrega consigo as preocupações de Xiaoman, de forma que toda a batalha travada parece uma batalha travada pela preservação de um amor.


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Cine Dica: MAIS DE TRÊS FOI O DIABO QUE FEZ no 7º festival CineMúsica

A produção do documentário “MAIS DE TRÊS FOI O DIABO QUE FEZ” orgulhosamente anuncia que o filme terá a sua estreia em festivais na noite de hoje, no 7º Festival CineMúsica, na cidade de Conservatória, no Rio de Janeiro.
O CineMúsica é o único festival de cinema do Brasil dedicado ao som, e  traz mais de 50 filmes, alguns em pré- estreia nacional! Um grande evento que reúne produtores, diretores e artistas do mundo do cinema e da cultura. Espetáculos de dança, concertos sinfônicos, filmes inéditos, sessões e oficinas infantis, palestras e gastronomia, movimentam o Festival CineMúsica.
O tema desse ano é o BRock. Por isso, o documentário estará abrindo o festival. Quem quiser acompanhar tudo sobre o evento, pode clicar no site  www.festivalcinemusica.com.br.
E quem quiser acompanhar as novidades sobre o filme, pode clicar no site www.maisdetres.com.


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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cine Especial: Mestres & Dragões: Parte 8

Na minha 30ª participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é sentida até hoje. 

Arrebentando em Nova York 

Sinopse: Keung (Jackie Chan) é um perito em artes marciais de Hong Kong que viaja para o casamento do seu tio em Nova York. Durante sua estada no Bronx, ele compra briga com motoqueiros e mafiosos, causando um verdadeiro terremoto de pancadaria na cidade. Para piorar, os policiais não conseguem controlar a situação e o lutador vai ter que resolver a situação pelas próprias mãos.

Quando Jackie Chan estrelou esse filme, ele já era veterano em filmes de artes marciais na China, mas essa produção onde a trama se passa em Nova York é especial por dois motivos: uma porque foi o filme no qual eu o conheci e fez me interessar em conhecer os outros filmes que ele estrelou na China como o divertidíssimo  Dragões em dose Dupla. O outro motivo é que essa foi à primeira produção de Hong Kong ao estrear em primeiro lugar nas bilheterias dos EUA. Com isso, as portas se abriram para Jackie Chan no cinema americano e fez com que ele estrelasse franquias de sucesso como á Hora do Rush, Bater ou Correr e Karatê Kid.  
O filme é divertidíssimo, pois coloca Jackie Chan como um cara comum (embora talentoso nas artes marciais), mas que acaba se metendo com gangues barra pesada e criminosos sem escrúpulo. Isso tudo é mera desculpa para colocar Chan em fazer o que faz de melhor: lutar kung fu ao máximo, mas ao mesmo tempo auxiliado com tudo que está ao redor, desde as cadeiras, mesas, garrafas, varas etc.
Claro que embora seja um mestre nisso tudo, Chan não é infalível e muitas vezes ele já se machucou seriamente em seus filmes e aqui não foi diferente. Durante as filmagens ele quebrou seriamente o tornozelo e se você assistir os créditos verá não só os erros de gravação, como também as inúmeras cenas em que o ator se ralou feio durante as cenas. Com um final divertidíssimo, lutas e perseguições adoidado, Arrebentando em Nova York pode ser resumido como uma espécie de melhor representante do que já rolou em toda a carreira de Jackie Chan. 

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: DENTRO DA CASA


Sinopse: Um pouco cansado da rotina de professor, Germain (Fabrice Luchini) chega a atormentar sua esposa Jeanne (Kristin Scott Thomas) com suas reclamações, mas ela também tem seus problemas profissionais para resolver e nem sempre dá a atenção desejada. Até o dia em que ele descobre na redação do adolescente Claude (Ernst Umhauer) um estilo diferente de escrever, que dá início a um intrigante jogo de sedução entre pupilo e mestre, que acaba envolvendo a própria esposa e a família de um colega de classe.

Vi pouco, ou quase nada da filmografia de François Ozon, sendo que o ultimo que me lembro que vi foi 8 mulheres e vendo esse seu ultimo trabalho, faz me arrepender bastante por não ter o acompanhado mais de perto. Baseado na obra do dramaturgo espanhol Juan Mayorga, o filme não só mergulha no universo da literatura, como também é uma espécie de estudo da alma humana, que vai desde as suas obsessões, sonhos, desejos e vidas frustradas. Tudo isso acontece, no momento que o jovem Claude (Ernst Umhauer) se infiltra na família do seu melhor amigo, para então fazer uma analise detalhada do dia a dia deles, escrevendo no seu papel e fazendo ganhar confiança e respeito do seu professor Germain (Fabrice Luchini).
O que começa como uma simples curiosidade e admiração de professor para o seu aluno, acaba se tornando em um verdadeiro jogo de gato e rato, mas que jamais desce para o gênero de suspense, mas que faz com que o espectador tema pelo pior a cada momento que passa. No momento que o jovem invade o universo dessa família, acaba por então descascando as suas verdadeiras personalidades, onde se encontra de tudo um pouco: desejos reprimidos, frustrações, alienações e a quebra da imagem da família perfeita internamente. Tudo isso pelo olhar do jovem, que vai da curiosidade, para o surgimento de um interesse mais sério que começa a sentir por cada um deles, principalmente pela dona da casa (Emmanuelle Seigner).
Na  medida em que a obsessão toma conta do jovem, ao mesmo tempo desperta um desejo de curiosidade e obsessão também no seu professor, desejando então que o seu aluno vá mais ao fundo disso. No decorrer da trama, ficamos nos perguntando quais são os motivos para o professor desejar tanto que o aluno prossiga com isso, que vai de teorias de um possível desejo homossexual, paternidade que nunca chegou ou simplesmente vê nele alguém que ele jamais foi um dia. Além de uma direção agiu de Ozon, o filme conta também com um desempenho incrível de cada um do elenco, principalmente da dupla central Germain (Fabrice Luchini) e Claude (Ernst Umhauer), onde ambos nos rendem momentos inspirados tanto quando estão juntos em cena, como também quando estão separados durante á historia.
Atenção também para o ótimo desempenho de Kristin Scott Thomas, que embora sua personagem seja um tanto que secundaria, se torna peça fundamental no ato final da trama. Um agiu, imaginativo filme e que nos faz querer conhecer mais a filmografia de François Ozon.

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Cine Especial: Mestres & Dragões: Parte 7

Na minha 30ª participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é sentida até hoje.  

Lutar ou Morrer 

Sinopse: O chinês Chen Zhen (Jet Li) estuda engenharia em Kyoto e está apaixonado por Mitsuko Yamada, a filha do diretor. Ele retorna para Shangai, ocupada pelos japoneses, após descobrir que o seu mestre de kung fu morreu em uma luta contra o campeão japonês Ryuichi Akutagawa. Zhen tenta provar que o guerreiro morreu envenenado, começando uma disputa que vai colocar a honra da China e do Japão em teste.


Ao fazer um remake do clássico de Bruce Lee A Fúria do Dragão, Jet Li fez o seu próprio clássico. Embora não tenha ido tão bem no mercado asiático, no Ocidente sempre aparece nas listas dos melhores filmes de kung fu de todos os tempos. O filme enfoca o tema clássico da rivalidade entre chineses e japoneses, o que rende lutas espetaculares entre Chen Zen e lutadores japoneses, incluindo uma escola inteira (referência à cena mais conhecida do filme de Lee), um honrado mestre de karatê e um perigoso militar (o responsável pela morte do mestre). A lenda viva Yasuaki Kurata é o mestre que luta com Li e o ensina a se adaptar ao estilo do adversário para vencer, o que será crucial na luta final com Billy Chau, o general assassino. Reunindo algumas das mais insanas lutas de todos os tempos, Lutar ou Morrer é, na humilde opinião (ao lado de Herói), um dos melhores filmes de Jet Li.  


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