Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Apesar
de estar na moda atualmente, o 3D já é uma ferramenta antiga na historia do
cinema, mais precisamente, foi há exatos 60 anos (completados ontem), quando
foi lançado o filme Museu de Cera (estrelado por Vincent Price). De lá pra cá,
muita coisa mudou, como o famigerado óculos de papel (com as lentes verdes e
vermelhas) substituído por óculos de plástico resistentes e que não cansam
(dizem) os olhos.
Após
o sucesso retumbante de Avatar, o 3D atual já sofreu altos (A invenção de Hugo
Cabret) e baixos (Fúria de Titãs). Resta saber, se essa ferramenta antiga, mas
aperfeiçoada atualmente, irá resistir nos próximos anos, ou até mesmo nos próximos
meses. Confiram abaixo, a minha primeira impressão que eu tive, sobre Museu de Cera.
Nos dias 14 e 15 de abril, estarei participando
do curso “Cinema Japonês: Do Clássico
ao Contemporâneo”, realizado no
Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui,
estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do
outro lado do mundo.
A Marca do Assassino (1967)
Sinopse: Um assassino quer subir de cargo na máfia, nem que para isso tenha que
destruir todos os outros.
Ao fim de quarenta longa metragens como cineasta, em
pouco mais de dez anos de trabalho, Seijun Suzuki foi dispensado da Nikkatsu, cultuada
produtora niponica. Os motivos foram justamente por sua obra prima, este A
Marca do Assassino (KOROSHI NO RAKUIN), que pela visão da crítica, era uma obra
prima, mas visto como incompreensível e não aceito pelo presidente da
companhia, Kyusaku Hori. O filme valeu-lhe uma saga no processo judicial pela
luta dos direitos das suas obras. Ao fim de três longos anos, Suzuki, mais do
que uma vitória merecida, conquistou o estatuto de cineasta de culto no Japão e
despertou inúmeras atenções pelo mundo afora. Infelizmente nos anos seguintes,
ficou reduzido a trabalhos menos para a televisão.
Revendo Marcas do Assassino, percebesse que Seijun Suzuki, não só bebeu muito da fonte da Nouvelle
vague francesa, como também do gênero gangster do cinema americano do inicio dos
anos 30. Injetando momentos de humor negro, erotismo e situações incomuns (como
a obsessão do protagonista pelo arroz), não é a toa que muitos não compraram a
idéia que o diretor quis passar, mas felizmente o tempo provou que estavam errados, e
não me surpreenderia que o filme tivesse servido de inspiração para outros
cineastas futuramente, como no caso de Tarantino.
Elogiado
documentário do ano passado, ganha nova chance de exibição no Cinebancários.
Sinopse:
O dia a dia de
cinco jovens músicos em suas audições, estudos e ensaios para orquestras de
Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, incluindo os conflitos, a paixão e
a disciplina que precisam ter para seguir a vocação artística.
Curiosidade: José
Joffily pesquisou nas principais orquestras sinfônicas do país para encontrar
os personagens do documentário.
Mais informações, você confere na pagina da sala
clicando aqui.
Nos
dias 14 e 15 de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinemaFrancis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui,
estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do
outro lado do mundo.
Contos da Lua Vaga (1953)
SINOPSE: No Japão do século 16, dois oleiros, um
ambicionando ficar rico, o outro obcecado por se tornar samurai, levam à
perdição suas esposas devotadas por causa de seus sonhos insensatos.
Obra prima do diretor
Kenji Mizoguchi (O Intendente Sansho), que embora se vereda para o gênero do fantástico,
a trama por vezes soa simples, mesmo quando a trama adentra em situações inexplicáveis.
É bem da verdade, que o filme é uma espécie de conto de fadas sombrio nipônico,
onde se coloca dois homens em busca de seus sonhos, mas a tal busca, faz com
que eles se ceguem de tal forma, que faz esquecer-se de suas mulheres, que
ficam a beira da ruína e em meio a uma guerra sem sentido. De um lado, tem o ingênuo
homem em busca de realizar o seu sonho de ser samurai, nem que para isso largue
tudo, inclusive sua esposa. Do outro, temos um artesão, que na busca de
sustentar sua mulher e filho, acaba adentrando num universo cheio de riquezas e
luxurias.
Esse segundo alias, é
o melhor da historia, onde a trama se encarrega de levantar várias perguntas que
ficam no ar, para pessoa que for assistir: Seria os acontecimentos com o
personagem algo real? Ou seria tudo fruto de sua imaginação febril? As
respostas podem soar um tanto que fáceis, dependendo é claro, se a pessoa que
for assistir, tiver uma mente aberta para as inúmeras possibilidades!
Se formos aceitar
facilmente tais acontecimentos mostrados na tela, o filme seria muito bem
aceito nos dias de hoje, principalmente para aqueles que seguem a doutrina espírita.
Ou então, podemos ir para outro caminho, se levarmos em conta que tais
acontecimentos, seriam somente momentos abstratos ou algo mais. Podemos ir por
esse lado, se lembrarmos dos primeiros segundos da trama, onde a câmera foca um
plano aberto, para daí focar um lago, para segundos depois desaparecer sem mais
nem menos, dando prosseguimento ao movimento, que termina na família
protagonista.
Com
essas e outras interpretações, o filme também possui um dos mais belos visuais
do cinema japonês de antigamente. Onde a fotografia de produção fala por si,
com tons em preto e branco, que podem muito bem ajudar em momentos líricos de
paz, como também em momentos de apreensão e suspense sutil.
Curiosidade:
Vencedor do Leão de Prata no Festival de Veneza.
O cineasta Theo Solnik
estará presente, nas duas únicas sessões de seu filme, Anna Pavlova Vive em
Berlim, na mostra Arte Doc, que ocorre na Sala P.F Gastal da Usina do Gasômetro.
Anna Pavlova Vive em
Berlim
Sinopse: Anna Pavlova, rainha russa da
noite, incorpora como ninguém a felicidade e a tragédia das intermináveis
festas da Berlim de hoje. Perdida no limiar entre a insanidade e uma rara
lucidez poética, caminhando sozinha pelas ruas da cidade, ela nos leva para o
lado escuro da lua da vida noturna. Anti-heroína da civilização, a sua
existência é uma tentativa desesperada de viver numa felicidade sem fim,
fugindo do mundo que começa quando a festa termina.
Mais informações da mostra, você encontra
na pagina da sala clicando aqui.
Nos dias 14 e 15
de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao
Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e
ministrado pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E
enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei,
sobre grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo.
VIVER
Sinopse: Kanji
Watanabe é um burocrata de longa data que não liga para nada que não o
interesse. Quando descobre que está com câncer, decide construir um playground
em seu bairro, tentando descobrir um sentido para sua vida. Desengavetando o
projeto de anos atrás, ele enfrenta diversos problemas para conseguir construir
o parquinho, começa a se envolver mais com os habitantes do local, inclusive
brigando com sua família e superiores, por terem considerado que ele
enlouqueceu com a notícia.
Em 1952, o mestre
Akira Kurosawa, faz um retrato fiel dos últimos dias de vida de um homem, que na
realidade já estava morto em vida. Pungente e doloroso, tem um lirismo acentuado, isso graças a atuação de Takashi Shimura. Exige certa atenção especial, mas não
cansa em nenhum momento, isso graças a direção segura de Akira Kurosawa.
Curiosidades: Takashi
Shimura se tornou um dos mais queridos atores de Akira Kurosawa. Além de
“VIVER” atuou em outros filmes do diretor como Sete Samurais, Cão Danado, Barba
Ruiva e etc..
No ocidente Takashi Shimura se tornou mais
mundialmente conhecido por ter atuado no primeiro filme de Godzilla.
Chegamos a um feriadão de Páscoa,
e com isso, muitos pessoas irão viajar, mesmo com esse tempo instável. Devido
ao feriado, poucas estreias chegam ao circuito, mas pelo menos, são
significativas, como a aguardada produção brasileira Xingu, que já havia sido
exibida, numa sessão especial, do ultimo festival de verão de Porto Alegre.
Lembrando, que durante esse feriadão,
estarei descansando e revendo alguns clássicos do cinema japonês, para então
postar no meu blog e me preparar para o próximo curso do CENA UM, que será todo
voltado ao cinema oriental. Para todos um ótimo feriadão e uma feliz Páscoa.
Confiram as estreias.
: XINGU
Sinopse: Três irmãos decidem
viver uma grande aventura. Orlando (Felipe Camargo), 27 anos, Cláudio (João
Miguel), 25, e Leonardo (Caio Blat), 23, Villas-Bôas alistam-se na expedição
Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga
começa com a travessia do Rio das Mortes e logo os irmãos se tornam chefes da
expedição e se envolvem na defesa dos índios e de sua cultura, registrando tudo
num diário batizado de “Marcha para o Oeste”. Numa viagem sem paralelo na
história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, 1.000 quilômetros
de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas
e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos
Villas-Bôas conseguem fundar o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e
reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país
como a Bélgica. Na aventura, os irmãos Villas-Bôas conseguem passar pelo
território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem nenhuma baixa de ambos
os lados. Ao recontar a saga dos irmãos, o longa acompanha essa grande luta
pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os
Villas-Bôas em heróis brasileiros.
O PORTO
Sinopse: "O PORTO"
conta a história de Marcel Marx, um escritor aposentado que se exilou
voluntariamente na cidade portuária de Le Havre, onde exerce a profissão de
engraxate de sapatos. Ele abandonou toda e qualquer ambição literária e vive em
um mundo reduzido, formado pelo restaurante da esquina, seu trabalho e sua esposa
Arletty. Inesperadamente, o destino coloca bruscamente em seu caminho um jovem
imigrante africano ao mesmo tempo em que sua esposa fica gravemente doente.
Novamente Marcel deve combater o muro frio da indiferença humana para tentar
ajudar o jovem imigrante.
Espelho Espelho Meu
Sinopse: A Rainha Má precisa
casar com o rico Príncipe para salvar seu reino que está indo à falência. Mas o
Príncipe está apaixonado por Branca de Neve e para conquistá-lo a Rainha
expulsa Branca de Neve para floresta. Lá ela encontra e recebe a ajuda dos
divertidos anões para lutar e reconquistar seu trono e o amor de sua vida.
Nessa releitura do clássico conto dos irmãos Grimm você descobrirá um mundo
cheio de magia e comédia para toda a família.