Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, criado pelo CENA UM, intitulado “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.
O MELHOR DA FASE INGLESA
O Pensionista
Sinopse: Um serial killer inicia uma série de assassinatos em Londres, tendo como elemento comum o facto das sua vítimas serem todas mulheres loiras. Um novo hóspede, Jonathan Drew, chega ao hotel do casal Bounting, em Bloomsbury, e aluga um quarto. O homem tem estranhos hábitos, como o de sair em noites de nevoeiro. Ele também guarda a foto de uma mulher loira no seu quarto. Daisy, a filha dos Bouting, também é loira, é modelo e está noiva de Joe Chandler, um detetive. Incomodado com a presença de Jonathan, Joe prende-o, acusando-o de ser o terrível assassino.
Foi o primeiro filme de suspense da carreira de Hitchcock, e o maior sucesso da fase inicial. Hitchcock pretendia dar um final ambíguo ao filme, mas o estúdio não deixou. Na rodagem de uma cena, um figurante faltou e o próprio Hitchcock assumiu o seu lugar. Ele gostou tantou que a partir daí fez isso em todos os seus filmes. Imperdível.
Os 39 Degraus
Sinopse: Richard Hannay está de férias em Londres e conhece uma mulher misteriosa que lhe fala al- guma coisa sobre o caso de um homem que está sendo perseguido por envolvimento em uma trama de espionagem. Porém, a mulher é assassinada e Richard, mesmo sabendo dos riscos que corre, de- cide tentar resolver o mistério.
Grande clássico da fase inglesa do diretor. Baseado no romance de John Buchan, ele mistura, com uma incrível habilidade e nas doses certas, suspense, comedia e romance. Donat e Carroll conseguem uma química perfeita como o casal de perseguidos. Refilmado duas vezes, em 59, com Kenneth Moore e direção de Ralph Thomas, e em 78, com Robert Powell e direção de Dom Sharp (ambas produções inglesas, como o original).
A Dama Oculta (1938)
Sinopse: Em um pequeno recanto da Europa os passageiros de um trem ficam retidos em virtude de uma nevasca e são obrigados a pernoitar em uma pequena estalagem. Lá uma rica jovem conhece uma velha governanta e ambas combinam de se encontrarem no dia seguinte no trem. Entretanto, logo após o início da viagem a governanta desaparece e ninguém, por motivos diversos, afirma ter visto a pessoa desaparecida. Ela persiste em suas investigações e acaba convencendo um musicólogo, com quem ela tinha se desentendido na véspera.
Deliciosa mistura de comedia e suspense, traz muitos personagens e situações chaves dos seus filmes posteriores. É deste filme a famosa cena da freira com saltos altos. Um dos últimos e melhores filmes do diretor na sua fase inglesa.