Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Capitão América: Admirável Mundo Novo'

Sinopse: Sam se vê no meio de um incidente internacional após se encontrar com o Presidente Thaddeus Ross.

Desde que atingiu o seu teto com "Vingadores - Ultimato" (2019) o estúdio Marvel transitou entre qualidade e mediocridade, com pontos positivos como "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (2022) e muitos negativos como "Thor: Amor e Trovão" (2022). Por conta disso, o público e a crítica começaram a ter a sensação que o gênero de heróis para o cinema entrou em declínio, principalmente pelo fato que tanto a Marvel, como também a sua concorrente Warner/DC, não estão se arriscando em tentar criar algo novo. "Capitão América: Admirável Mundo Novo" (2025) é um filme que tinha o potencial para colocar o estúdio de volta aos trilhos, mas é somente um bom passa tempo que nos faz perguntar se irá ser relembrado ou não no seu devido tempo.

Dirigido por Julius Onah, a trama mostra Sam (Anthony Mackie) assumindo de forma definitiva a responsabilidade de ser o novo Capitão América aos olhos do mundo. Ao mesmo tempo Thaddeus Ross (Harrison Ford) assume como novo Presidente dos EUA e tendo ambição de explorar o adamantium que se encontra no gigantesco corpo celestial localizado no oceano. Porém, alguém nas sombras começa armar contra o Presidente e fazendo com que ele perca o controle e revelando a sua nova face.

"Capitão América - Soldado Invernal" (2014) é para mim um dos melhores filmes do estúdio, cuja trama é um grande jogo de espionagem político e alinhado com as melhores cenas de ação e luta até o momento. Ao meu ver o estúdio tentou resgatar essa atmosfera neste novo filme, mas que infelizmente a promessa fica mais na superfície, já que me passou aquela sensação que boa parte disso foi limado e dando a entender que a Marvel está com medo de se arriscar em algo novo. Na abertura, por exemplo, parece que teríamos um paralelo entre a ficção com os fatos políticos reais que os EUA estão vivendo atualmente, mas logo vemos que o filme somente dá continuidade ao que já foi apresentado neste universo compartilhado.

Se por um lado é positivo eles reconhecerem que "O Incrível Hulk" (2008) existe dentro deste universo, por outro, há explicações demais para o público, como se fosse essencial sabermos sobre os diversos eventos ocorridos em outros títulos como "Eternos" (2021) e fazendo com que o filme perca a sua identidade como um todo. Ou seja, o filme se torna apenas outra peça para os próximos eventos do estúdio e diminui o seu valor do qual poderia ter sido positivo. Para piorar, personagens como aquele interpretado por Giancarlo Esposito são jogados de qualquer jeito dentro da trama, como se algo tivesse ficado de fora da montagem final, mas que, felizmente, isso não acontece com o vilão Líder, novamente interpretado por Blake Nelson e que se torna peça principal da trama.

Começando como coadjuvante nestas produções, o ator Anthony Mackie se sai bem como o novo Capitão América, principalmente ao se distanciar da imagem conhecida de Steve Rogers e sendo um herói mais humano e frágil em alguns momentos. Harrison Ford, por sua vez, teve a missão ingrata de interpretar um personagem que um dia pertencia a William Hurt, mas estamos falando do eterno Indiana Jones e, portanto, o papel não é um desafio para o intérprete, mas sim mais um trabalho acumulado em sua extensa carreira. É uma pena, portanto, que a sua transformação como Hulk Vermelho tenha sido revelada pelos trailers, já que o momento é de pura tensão e culminando em um bom embate entre ele e o Capitão.

Em termos de ação o filme é eficaz, principalmente com relação ao embate entre os aviões e o protagonista diante do Gigante Celestial. Infelizmente o estúdio, mais uma vez, cria efeitos visuais precários, principalmente nas cenas ao fundo que são claramente falsas e só faltando surgir do nada o fundo verde. Ou seja, o estúdio não aprendeu com os erros do que foi visto no já citado "Thor: Amor e Trovão".

Em suma, o filme diverte, dá continuidade ao que já foi visto e abrindo as portas para os possíveis novos eventos do estúdio. Porém, é aquele mesmo problema de sempre, do estúdio não arriscar, não dar personalidade própria ao longa e nos passando aquela sensação que poderia ter sido mais do que deveria. Se dependermos só da Marvel a falta de originalidade dentro do gênero irá perdurar ainda por um longo tempo.

"Capitão América: Admirável Mundo Novo" é um curioso exemplo de como a Marvel tem medo de se arriscar e lançar algo que poderia se diferenciar de suas contrapartes. 

 Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

ZineClube: https://linktr.ee/ccpa1948

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok 

Nenhum comentário: