Sinopse: Jessica é uma jovem que trabalha em uma loja de antiguidades. Um dia, no trabalho, ela se depara com um medalhão idêntico ao que foi deixado para ela pela mãe falecida.
Diferente do que os desinformados pensam, o cinema brasileiro oferece todos os gêneros, desde os filmes dramáticos ao mais puro terror. Porém, desde a partida de Paulo Gustavo, me parece que há um esforço da parte dos realizadores em querer fazer comédias para atrair o grande público, mas não obtendo o resultado esperado. "Viva a Vida" (2025) é um desses casos em que os realizadores procuram nos apresentar uma trama engraçadinha, mas que ainda não encontraram o equilíbrio perfeito como se deveria.
Dirigido por Cris D'Amato, o filme conta a história de Jessica (Thati Lopes), uma jovem dedicada ao trabalho e às responsabilidades, que leva uma vida regrada e cheia de contas a pagar. Ela trabalha em uma loja de antiguidades e parece não ter tempo para si mesma, sempre colocando suas obrigações à frente de seus desejos e sonhos. No entanto, sua rotina monótona sofre uma reviravolta quando, um dia, no trabalho, ela encontra um medalhão idêntico à jóia deixada para ela por sua mãe, que faleceu quando ela era ainda muito jovem.
A trama em si é um verdadeiro roadie movie, só que ao invés da protagonista atravessar ao Brasil ela chega justamente em Israel para conhecer as suas raízes, assim como também a sua avó. Logicamente, o filme se destaca ao apresentar cenários reais do país, ao ponto de testemunharmos o famoso Mar Morto. Claro que o longa foi rodado tempos antes de Israel ser atacado e desencadear uma guerra que persiste até hoje.
Thati Lopes se sai bem como protagonista, ao saber transitar entre momentos de humor pastelão para momentos que exijam um pouco mais de dramaticidade. O mesmo não se pode dizer de Rodrigo Simas que está mais canastrão do que nunca mesmo se esforçando em cena. Felizmente, o elenco de veteranos salva o longa em alguns momentos, como no caso Jonas Bloch e Regina Braga.
Mas eu acho que o principal problema desse filme é termos uma noção de como ele terminará já na abertura da história. Por conta disso, temos que acompanhar a jornada desses personagens tentando descobrir como lidar com sentimentos, incertezas e aprender a saber se aproximar das pessoas que realmente valem a pena. Lição de moral muito bem vinda, mas que soa bobinha e que pouco nos emociona.
"Viva a Vida" é só mais uma comédia brasileira bobinha e que nos esquecemos dela após o término da sessão, o que é uma pena.
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