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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Love Lies Bleeding – O Amor Sangra'

Sinopse: Lou é uma garota solitária que trabalha como gerente de uma academia. Após conhecer a a fisiculturista Jackie, que pretende viajar até Las Vegas para realizar seu sonho, as duas acabam se apaixonando em meio a violência do local. 

O bom gênero policial mescla elementos em torno de investigação, violência e paixão. Tudo isso começou especificamente com o subgênero noir pelos anos quarenta e servindo de inspiração para demais filmes que foram lançados ao longo das décadas. "Love Lies Bleeding – O Amor Sangra" (2024) segue a linha desse meu raciocínio, mas mesclando com elementos vistos nos bons tempos dos anos oitenta.

Dirigido por Rose Glass, do filme "Saint Maud" (2020), a trama se passa na década de oitenta, onde acompanhamos a vida da gerente de academia Lou (Kristen Stewart), que acaba se apaixonando por Jackie (Katy M. O'Brian), uma fisiculturista que viaja da cidade até Las Vegas para concorrer em uma disputa. Porém, a violência do local faz com que essa relação entre em desiquilíbrio, principalmente pelo fato de que o pai de Lou é o principal suspeito de inúmeros crimes não resolvidos.

Rose Glass capricha na reconstituição da época, que exala puramente os anos oitenta, mas não de uma forma mais colorida da qual sempre nos lembrando, mas sim mais opressora, claustrofóbica e pouco acolhedora. É uma cidade violenta, da qual os que não tem nada se sustentam com o tráfico de drogas, armas e outros trabalhos ilícitos que surge toda hora. Neste cenário Lou procura sobreviver com o que tem, mesmo tendo que cair em certos vícios que a fazem lutar contra as suas próprias dores emocionais o tempo todo.

Já Jackie é uma sobrevivente vinda de uma cidade conservadora, que faz dela se tornar uma andarilha e assim exercitando o seu físico para que vá enfrentar o mundo. Uma vez que ambas se conhecem na academia se nasce uma grande paixão, já que elas dão a entender que são dois lados da mesma moeda, pois o mundo as construiu para serem assim em vida. A química entre as duas atrizes é certeira, ao ponto que é bastante verossímil o nascimento da paixão entre as duas personagens e fazendo com que as cenas de amor entre elas se tornem ainda mais incríveis para os nossos olhos.

Kristen Stewart novamente surpreende em um papel desafiador, onde ela nos passa cada vez maior amadurecimento e não se limitando diante de novos desafios, pois já a vimos em quase todos os gêneros. Já Katy M. O'Brian é um novo talento para mim, já que a vi somente no recente "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" (2023), mas já posso adiantar que ela não se limita em ter somente um grande e belo porte físico, mas sim sabendo construir uma personagem já carregando diversas feridas emocionais e pronta para a qualquer momento transbordar. Curiosamente, é neste ponto que vose Glass me parece querer que a gente intérprete isso com a mente aberta, mas disso eu falo mais adiante.

Como não poderia deixar de ser, essa relação começa a sofrer desiquilíbrio quando a violência ronda o casal central e fazendo com que uma delas cometa uma ação que as levará para um caminho sem volta. É a partir daí que o filme adentra em uma realidade que mais parece um puro pesadelo, onde as emoções ficam a flor da pele e fazendo com que ambas as personagens percam a razão em alguns momentos. Neste último caso, por exemplo, isso é ´muito bem representado por Jackie, que busca de todas as maneiras abraçar os seus sonhos, mas tendo consequências devido ao uso de drogas para obter mais músculos.

Porém, é neste ponto que Rose Glass decide criar uma liberdade mais poética com relação a Jackie, já que o seu corpo reage até mesmo de uma forma bem inverossímil e podendo dividir a opinião do público. Isso se intensifica ainda mais na reta final, onde cada um levantará a melhor interpretação sobre o que irá testemunhar. A meu ver, o que vemos é toda aquela força que a mulher deseja obter para eliminar o pior do machismo, muito embora o resultado acaba se tornando até mesmo cartunesco, mas que funciona se seguir esse meu pensamento.

Com interpretação assombrosa de Ad Harris como antagonista, "Love Lies Bleeding – O Amor Sangra" é um filme policial sedutor, violento e ao mesmo tempo surpreendente mesmo nos momentos mais absurdos. 


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