Sinopse: As lendas se enfrentam em "Godzilla vs. Kong", quando esses adversários míticos se encontram em uma espetacular batalha, na qual o destino do mundo entrará em jogo.
Gareth Edwards teve a missão ingrata de realizar "Godzilla" (2014), sendo que o projeto era uma nova tentativa de Hollywood em fazer uma versão americana do monstro japonês após o fiasco de "Godzilla" (1998). Porém, o filme não só foi um grande sucesso, como também abriu as portas para o universo de monstros do cinema, sendo que "Kong - A Ilha da Caveira" (2017) não só dava uma nova roupagem para o gorila clássico, como também a possibilidade de ambos os gigantes se encontrarem. Eis que, finalmente, chega "Godzilla vs Kong" (2021), filme que mostra o embate dos super monstros e cujo o encontro é um grande passatempo.
Dirigido por Adam Wingard, conhecido pela versão recente de "A Bruxa de Blair" (2016), o filme fala sobre o embate de duas entidades que vão se enfrentar em uma grande batalha. Enquanto a organização científica secreta Monarch caça, investiga e estuda a origem dos Titãs, uma conspiração tem a intenção de acabar com todas as criaturas, sejam elas ameaçadoras ou não. O mundo sobreviverá ao duelo de monstros?
Talvez o maior problema desse filme seja o mesmo visto lá no filme de 2014, onde se há um enfoque aos protagonistas humanos enquanto os protagonistas monstros ficam em segundo plano. Claro que há um artificio engenhoso em se criar uma empatia pela menininha que tem amizade por Kong, sendo que é a única personagem humana vista na tela que realmente nos levamos em conta. O mesmo não se pode dizer da personagem interpretada pela jovem talentosa Millie Bobby Brown, sendo que ela foi apresentada com elevada importância em "Godzilla - O Rei dos Monstros" (2019), mas aqui ficando em segundo plano.
Os primeiros quarenta minutos, talvez, sejam o verdadeiro calcanhar de Aquiles do filme, já que existe uma perda de tempo na apresentação desses personagens e dos quais estão ali somente para gerar o conflito dos grandes seres. Porém, uma vez sendo apresentado o primeiro confronto de gigantes o filme não para mais, sendo que é impressionante os efeitos visuais dos dois monstros e cujo o realismo faz com que sentimos até mesmo a sensação de peso deles como um todo. Vale destacar a genial edição, cujo os movimentos de câmera fazem um verdadeiro passeio pelas partes dos gigantes e dando uma dimensão de suas magnitudes.
Vale destacar que o filme não cai na artimanha da fotografia escura e da qual nos incomodava um pouco no filme de 2014. Tudo é muito claro, onde vemos cada detalhe como, por exemplo, dos pelos de Kong, ou do verdadeiro mosaico de detalhes que são apresentados no momento em que ele conhece o seu verdadeiro local de origem. Aliás, vale destacar esse grande momento, principalmente para quem é fã do escritor Júlio Verne e que irá encontrar referências ao clássico "Viagem ao Centro da Terra" em abundância.
Não tem muito do que dizer sobre o ato final, já que ele é dedicado a tudo o que os fãs dos dois monstros estavam esperando, desde muita pancadaria, destruição e situações, por vezes, pra lá de absurdas. Não é preciso também ser gênio para adivinhar que há algo muito além dos dois monstros vistos na tela e quando isso acontece os fãs de HQ irão identificar a fórmula já muito usada nesta arte e vista até mesmo em "Batman vs Superman" (2016). Quem é entendedor do assunto já sabe o que eu estou falando.
Com menos de duas horas de duração, "Godzilla vs Kong" é entretenimento escapista, tanto para os fãs desses dois monstros clássicos, como também para aqueles que procuram algo para degustar e não levar nada a sério.
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