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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 10 de março de 2021

Cine Dica: Cine Dica: Streaming: 'Raya e o Último Dragão'

Sinopse: Há muito tempo, no mundo de fantasia de Kumandra, humanos e dragões viviam juntos em harmonia. Mas quando uma força maligna ameaçou a terra, os dragões se sacrificaram para salvar a humanidade. 

A Disney atual está em sintonia com relação ao que passa no mundo, ao ponto de agradar todos os povos, mas cuja as histórias nos identificamos como um todo. Não é de hoje, por exemplo, que o estúdio olhou para o oriente, mais especificamente para China e criar pequenas pérolas como no caso de "Mulan" (1998). Em "Raya e o Último Dragão" (2021) o estúdio novamente direciona o seu olhar para o oriente, mas para contar uma história ainda mais antiga, rica e pegando em assuntos que devem ser vistos e ouvidos por todos hoje em dia.

Dirigido por Don Hall, Carlos Lopez Estrada e Paul Briggs, o filme se passa em um reino habitado por uma vasta e antiga civilização conhecida por ter passado gerações veneradas os dragões, seus poderes e sua sabedoria. Porém, com as criaturas desaparecidas, a terra é tomada por uma força obscura. Quando uma guerreira chamada Raya, convencida de que a espécie não foi extinta, decide sair em busca do último dragão, sua aventura pode mudar o curso de todo o mundo.

Embora o estúdio tenha abraçado por anos animação computadorizada, por outro lado, é notório que algumas vezes os mesmos tentam resgatar como se fazia uma boa animação como antigamente. Na abertura, por exemplo, aquele universo mágico e suas origens são contadas através do traço tradicional, remetendo uma época mais simples em que se fazia animação somente com o lápis, mas não escondendo uma grandeza quando são perfeccionistas com relação aos detalhes. A partir desses minutos somos facilmente fisgados pela trama, uma vez que ela se torna uma grande aventura.

Aventura essa liderada por Raya, princesa, heroína e lutadora, que tenta de todas as formas encontrar um meio para dar vida e união ao reino dividido devido a ganância do ser humano. Ao longo de sua jornada, a protagonista vai ganhando aliados, alguns até bem interessantes, como no caso do último dragão Sisu e que é, talvez, seja o personagem mais interessante e divertido do conto e que dará uma lição de moral, tanto para a protagonista, como também para sua antagonista chamada Namaari, pertencente ao reino da garra e causadora do conflito.

Como sendo um produto Disney o filme possui um belíssimo visual, cuja a fotografia e edição de arte prestam uma grande homenagem ao oriente. Como sempre, o filme possui personagens fofos e engraçadinhos e que, embora não tenham um total aprofundamento em suas personalidades, por outro lado, são essenciais para a trama como um todo. Aliás, cada personagem se torna uma pedra fundamental para trama, da qual debate a questão da falta de confiança entre as pessoas de hoje em dia.

Em determinado momento, por exemplo, fica claro que a peste que assola aquele mundo, transformando as pessoas em pedra, surgiu através da desunião, ambição e falta de confiança entre as pessoas. Obviamente os realizadores decidiram criar um conto que dialogasse com o mundo atual em que vivemos, onde ele se encontra dividido devido a diversas crises, mas que caberá a confiança entre os povos se a intenção for em continuarem sobrevivendo. Em tempos nebulosos, em que vivemos de pandemia e crise financeira, o filme vem para nos dar uma animada e nos dizer que sempre haverá esperança.

"Raya e o Último Dragão" é uma bela aventura mágica, mas que também nos ensina a nunca desistir de confiar nas pessoas. 

Onde Assistir: Disney+

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Cine Dica: Streaming: 'MULAN'

Sinopse: Mulan, uma jovem chinesa que não se encaixa na sociedade, teme que seu pai, um homem doente, seja convocado para lutar na guerra que se aproxima. A garota então se disfarça de homem e assume o posto de seu pai no exército chinês.  

O grande problema de algumas versões Live action da Disney é delas ficarem presas a sua fonte original e com isso perderem em termos de qualidade se formos compará-los aos grandes clássicos do estúdio. Porém, títulos como "Mogli: O Menino Lobo" (2016), ou "Malévola" (2016) são exemplos de como essas versões podem sim ter luz própria. "Mulan" talvez seja o filme mais maduro do estúdio até aqui dessa leva, ao construir uma trama baseada no clássico, mas fugindo de repetecos.

Dirigido por Niki Caro, do filme "Terra Fria" (2006), o filme conta a história de Hua Mulan (Liu Yifei), uma espirituosa e determinada filha mais velha de um honrado guerreiro. Quando o Imperador da China emite um decreto que um homem de cada família deve servir no exército imperial, Mulan decide tomar o lugar de seu pai, que está doente. Assumindo a identidade de Hua Jun, ela se disfarça de homem para combater os invasores que estão atacando sua nação, provando-se uma grande guerreira.

Fui assistir ao filme de mente aberta e separando essa nova versão do clássico do estúdio de 1998. O resultado acabou sendo mais do que satisfatório, pois "Mulan" é o filme mais pé no chão dessa leva de versões, ao respeitar a cultura Chinesa e criando um visual fantástico como um todo. Tanto a edição de arte como a fotografia são de encher os olhos e faz a gente somente lamentar que este espetáculo não pode ser visto nas telas do cinema.

Curiosamente, as passagens da trama se comparadas ao clássico são quase iguais, mas mantendo um grau verossímil e quase nunca cartunesco. O lado fantástico, por exemplo, é limitado somente na imagem da Fênix protetora de Mulan e da feiticeira Xian Lang, interpretada pela atriz Gong Li. Aliás, Cian Lang é uma personagem inédita dentro da trama, da qual se torna uma espécie de outro lado da moeda com relação ao papel de  Mulan na história e se tornando a personagem mais interessante da trama.

Já Liu Yifei como Mulan pode-se dizer que ela cumpre bem o fardo de interpretar uma personagem tão conhecida pelo público. Ao interpretar a personagem, ela insere a imagem da garota independente, que luta pela igualdade e fazendo com que muitas jovens se identifiquem quando as mesmas forem assistirem ao filme. Claro que alguns detratores irão dizer que esse discurso feminista está começando a ficar cada vez mais chato, mas em tempos retrógrados nunca é demais discutirmos sobre isso e fazer com as jovens tenham um símbolo para se inspirarem e lutarem pelos seus direitos.

"Mulan" é um salto positivo das versões Live action dos clássicos da Disney e provando que nunca é tarde para se arriscar e criar algo que impressione o nosso olhar. 

Onde Assistir: Disney +   

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