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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 14 de julho de 2020

Cine Especial: 'X-Men: O Filme - 20 anos depois'

Sinopse: Em um futuro não tão distante, mutantes são hostilizados pela humidade. Cabe um grupo de jovens mutantes combater esse preconceito, mas para isso terão que enfrentar diversas adversidades ao longo do caminho.         

Em tempos atuais em que o cinema ano após ano é invadido por diversas franquias baseadas em HQ, é curioso relembrar que houve um tempo que isso era um tanto raro de ser visto. O final do século vinte trouxe inovações para o cinema, desde ao gosto apurado do cinéfilo como também novas tecnologias que possibilitaram em recriar histórias que antes pareciam impossíveis de serem levadas para as telas. Talvez o ápice dessas mudanças ocorreu justamente com a chegada de "Matrix" (1999), filme de ficção que provou que um roteiro complexo poderia sim se casar com incríveis cenas de ação e efeitos visuais inovadores para a época.
O filme das irmãs Wachowski serviu para abrir um leque de novas possibilidades ao levar determinadas histórias que antes só ficavam por anos a fio na prancheta. Até o ano 2000, por exemplo, diversas adaptações de HQ ainda se encontravam no limbo, mas o filme do "escolhido" serviu para os realizadores terem mais coragem de se arriscar. É então que surgiu "X-Men - O Filme" (2000), obra que deu um ponta pé inicial para que diversas novas adaptações de HQ chegassem ao cinema e dali em diante o mundo cinematográfico jamais seria o mesmo.
A tarefa não era das mais fáceis, principalmente que adaptações HQ estavam sendo vistas com maus olhos após o problemático "Batman e Robin" (1997). Porém, coube ao cineasta Bryan Singer, na época conhecido pelo ótimo "Os Suspeitos" (1996), abraçar a missão de revitalizar esse gênero e para isso recorreu olhar mais para o passado. Esperto como ninguém, Singer bebeu da ideia de Richard Donner, quando o mesmo realizou o primeiro "Superman" (1978), sendo que o filme se tornou um marco da época unicamente pelo fato de o realizador transitar entre a realidade e a fantasia e criando assim um alto grau de verossimilhança.
Singer usou a mesma ideia na realização do seu filme dos mutantes, ao apresentar uma ficção que transita em nossa realidade e cujo tema sobre o preconceito em que os mutantes sofrem pudessem ser identificados pelo público facilmente. Além disso, o cineasta foi perfeccionista com relação atuação de cada um do elenco, sendo que a sua câmera foca diversas vezes as expressões dos atores e um enquadramento que se diferenciava dos outros filmes naqueles tempos. A união entre boa direção e atuação do elenco se torna sublime principalmente no momento em que Patrick Stewart e Ian McKellen, ambos professor Xavier e Magneto, contracenam juntos pela primeira vez.
Em termos de ação e efeitos visuais o filme é econômico, mas não menos do que perfeito. Com um orçamento de 75 milhões para época, as cenas de ação apresentadas na tela jamais são gratuitas, mas sim onde cada uma delas é pensada em se casar com a proposta principal da trama. Em tempos atuais em que o CGI domina de forma absoluta esse gênero, é curioso observar que a falta de grandes recursos da época fez do filme o mais pé no chão quando revisto hoje em dia.
Claro que o filme é também muito lembrado por ter consagrado o ator Hugh Jackman que, de um completo desconhecido, se tornou em um grande astro ao interpretar o popular personagem Wolverine. Atualmente é difícil imaginar outro ator interpretando o personagem, já que Jackman levou bem a sério ao encarnar Wolverine e a sua primeira cena dentro de um ringue já nos convence que ele nasceu para o papel de imediato. Destaco as cenas dele contracenando com a jovem atriz da época Anna Paquin (Vampira) e fazendo a relação de amizade dos dois o coração pulsante do filme.
O filme acabou se tornando um grande sucesso de público e crítica e sendo algo muito raro de se conseguir obter o melhor dos dois mundos naquela época. O filme abriu as portas para realização de diversas continuações, além de fazer com que outros estúdios tivessem coragem de investir no que acabou se tornando até hoje em algo bem lucrativo. Nada mal para um pequeno filme que acabou mudando a cara do cinema de ficção, aventura e fantasia dali em diante.
Vintes anos já se passaram, mas "X-Men: O Filme" jamais envelhece e isso graças a coragem dos seus realizadores que ousaram se arriscar e nos brindar com um filme que mudaria os rumos do mercado cinematográfico como um todo.  

Onde assistir: DVD, Blu-ray, Google Play Filmes e Youtube.  

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