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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: ‘O Chão sob os meus pés’

Sinopse: Aos 30 anos de idade, Lola (Valerie Pachner) controla sua vida pessoal com a mesma eficiência implacável que usa para otimizar os lucros em seu trabalho como consultora de negócios de alta potência. Ninguém sabe sobre a história de doença mental de sua irmã mais velha, Conny (Pia Hierzegger), ou de sua família.

Devido as inúmeras situações complexas que acontecem em nosso mundo real isso faz com que os realizadores fiquem atraídos cada vez mais por esses tempos atuais para buscar inspiração na realização dos seus filmes.  Em um mundo em que tudo é movido para obter lucro, por exemplo, é notório que isso acabe gerando ideias em que se explore os limites do ser humano perante situações em que sua mente, por vezes, fragmentada acabe se tornando o seu principal inimigo. "O Chão Sob os Meus Pés" explora mais ou menos isso, onde pessoas são movidas para obter os seus tão sonhados sonhos, mas não escapando das consequências durante esse percurso.
Dirigido por Marie Kreutzer, o filme conta a história de Lola (Valerie Pachner). Aos trinta anos de idade, ela controla sua vida pessoal com a mesma eficiência implacável que usa para otimizar os lucros em seu trabalho como consultora de negócios de alta potência. Ninguém sabe sobre a história de doença mental de sua irmã mais velha, Conny (Pia Hierzegger), ou de sua família. Mas quando um evento trágico força Conny de volta a sua vida, o domínio de Lola pela realidade parece desaparecer.
O primeiro ato do longa mostra uma apresentação gradual de sua protagonista e fazendo a gente se perguntar qual é sua real natureza dentro da história. Na medida em que a trama avança, constatamos que ela possui problemas familiares, mas ficamos na dúvida se esses problemas se restringem somente a sua irmã ou algo a mais vindo dela. Por conta disso, os realizadores nos colocam na dúvida sobre o que acontece na história, mas até certo ponto.
Infelizmente o filme se perde um pouco com relação a que tipo de gênero ele pertence e isso acontece um pouco principalmente em seu primeiro ato. É nele, por exemplo, que sentimos que o filme irá se enveredar por uma espécie de suspense psicológico, já que a protagonista sofre por estar, ou não, sendo perseguida pela sua própria irmã que está internada dentro do sanatório. Porém, o filme muda de tom e se torna um drama psicológico e como se aquele suspense jamais tivesse existido.
Se por um lado isso possa parecer um ato falho, do outro, isso é contornado quando constatamos que os roteiristas começam a explorar os males de uma mente prejudicada e de como ela pode afetar a pessoa e seu próximo. Ao mesmo tempo, o filme explora as consequências da pessoa presa as engrenagens do capitalismo, onde a própria deseja chegar ao ponto mais alto, mas correndo sério risco de fazer um grande estrago consigo própria. Isso acaba se tornando ainda mais verossímil graças ao desempenho de Valerie Pachner como Lola, pois sua personagem mantém a imagem de total controle, mas não escondendo em seu olhar uma certa confusão mental pronta para explodir devido aos problemas pessoais vindos de sua irmã.
Falando nela, Pia Hierzegger rouba a cena mesmo nos poucos momentos que surge na tela e fazendo de sua personagem e Lola se tornarem dois lados da mesma moeda. Quando as duas se encontram se percebe um jogo de persuasão uma contra a outra e fazendo a gente se perguntar sobre quem quer dominar quem nessa história. Ao final dela, constatamos que ambas acabam se tornando vítimas de suas próprias escolhas ao longo da vida, sendo que a própria Lola terá que conviver com as cicatrizes que obteve ao querer chegar a um poder que, talvez, não pudesse exatamente controlar.
"O Chão sob os meus pés" fala sobre os desafios de adquirir bons status ao longo da vida, mas pagando um alto preço ao longo dessa jornada. 

Onde assistir: Em breve no Now.  

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