Sinopse: Marianne (Noémie Merlant) é uma jovem pintora que recebe a tarefa de pintar um retrato de Héloïse (Adèle Haenel) para seu casamento sem que ela saiba.
Recentemente ocorreu neste mês de janeiro na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre o curso "Cinema e Pintura" e ministrado pelo jornalista Milton Prado. Durante atividade, além do ministrante explicar a ligação profunda entre as duas artes, explicou que o cinema já existia muitos séculos antes da sua criação em 1985. Através dos desenhos antigos das cavernas, por exemplo, temos os primeiros indícios da história sendo contada, mesmo quando ela ainda não havia adquirido o seu movimento que seria visto posteriormente nas telas do cinema.
A pintura nada mais é do que uma representação de uma época, ou até mesmo do estado de espirito que se encontrava o artista. Através de pequenos detalhes, por exemplo, constatamos que há sempre um simbolismo escondido e do qual representa algum significado. "Retrato de Uma Jovem em Chamas" não somente fala de uma delicada história de amor, como também é uma pequena e bela homenagem as artes simbólicas e cheias de significados para serem analisados.
A pintura nada mais é do que uma representação de uma época, ou até mesmo do estado de espirito que se encontrava o artista. Através de pequenos detalhes, por exemplo, constatamos que há sempre um simbolismo escondido e do qual representa algum significado. "Retrato de Uma Jovem em Chamas" não somente fala de uma delicada história de amor, como também é uma pequena e bela homenagem as artes simbólicas e cheias de significados para serem analisados.
Dirigido pela cineasta Céline Sciamma, do filme "Tomboy" (2011), a trama se passa na França do século XVIII. Marianne (Noémie Merlant) é uma jovem pintora que recebe a tarefa de pintar um retrato de Héloïse (Adèle Haenel) para seu casamento sem que ela saiba. Passando seus dias observando Héloïse e as noites pintando, Marianne se vê cada vez mais próxima de sua modelo conforme os últimos dias de liberdade dela antes do iminente casamento se veem prestes a acabar.
Além de belas cenas onde testemunhamos a construção de determinadas pinturas, a cineasta Céline Sciamma constrói o nascimento da relação das duas protagonistas de forma gradual, sem pressa e fazendo com que a gente desfrute de cada detalhes, na maioria das vezes, bem interessantes. A princípio há um jogo entre as duas, onde os olhares falam mais do que as próprias palavras ditas e fazendo com que fiquemos ansiosos para o que acontecerá logo em seguida. Tanto Noémie Merlant como Adèle Haenel estão ótimas em seus respectivos papeis, onde suas expressões, gestos e olhares sintetizam todos os sentimentos em ebulição que vai acontecendo no decorrer dessa história de amor.
Além de testemunharmos as pinturas sendo construídas em cada detalhe, a fotografia do filme é mais uma pincelada de gênio criada pela cineasta e que torna a sessão ainda mais prazerosa. As cores dos ambientes, por exemplo, representam o estado de espirito das personagens e fazendo a gente adentrar pelos seus mais profundos sentimentos: a cena em que vemos as protagonistas, além de outras várias mulheres cantando em volta de uma chama, sintetiza muito bem esse meu pensamento com relação a fotografia.
Acima de tudo, o filme fala sobre a união entre as mulheres em tempos mais conservadores, onde as opções durante a vida eram limitadas, mas que viviam umas com as outras em harmonia. Não deixa de ser singelo, por exemplo, as cenas em que as duas, além de uma empregada em cena, se ajudam nos afazeres e desfrutam de momentos descontraídos que aqueles tempos ofereciam. São momentos gostosos de serem assistidos e fazendo a gente lamentar quando o filme chega em sua reta final.
Falando nisso, o ato final é poderoso pelos seus simbolismos que, embora pequenos, carregam toda uma história da qual foi vivida. Entre as lagrimas e promessas ficam as lembranças, das quais algumas são representadas por uma pintura, e outras pelos olhares cheios de lagrimas. Pode não ter um final feliz que a maioria deseja, mas que também simboliza a dura realidade das paixões verdadeiras.
"Retrato de Uma Jovem em Chamas" é sobre o começo e o fim de uma surpreendente história de amor e da união de mulheres que fazem a diferença quando estão unidas perante uma realidade não muito acolhedora.
Falando nisso, o ato final é poderoso pelos seus simbolismos que, embora pequenos, carregam toda uma história da qual foi vivida. Entre as lagrimas e promessas ficam as lembranças, das quais algumas são representadas por uma pintura, e outras pelos olhares cheios de lagrimas. Pode não ter um final feliz que a maioria deseja, mas que também simboliza a dura realidade das paixões verdadeiras.
"Retrato de Uma Jovem em Chamas" é sobre o começo e o fim de uma surpreendente história de amor e da união de mulheres que fazem a diferença quando estão unidas perante uma realidade não muito acolhedora.
NOTA: Filme exibido no último sábado (18/01/20) para os associados do Clube de Cinema de Porto Alegre.
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