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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: NOÉ

SUPER PRODUÇÃO ÉPICA AGRADA GERAÇÃO "VÍDEO GAME", MAS TENTA NÃO SE   ESQUECER DOS RELIGIOSOS DE PLANTÃO.   

Sinopse: Noé é uma adaptação da história bíblica da Arca de Noé. Em um mundo devastado pelo pecado humano Noé recebe uma missão divina: construir uma arca para salvar a criação do dilúvio.

É necessidade do cinema americano reciclar certos gêneros já esquecidos, para assim conquistar o publico atual. Pelo visto, os épicos religiosos, que tanto fizeram sucesso no passado (vide Os Dez Mandamentos) parecem serem a bola da vez, mas a pergunta que fica no ar é como conquistar a atenção de um publico jovem cada vez mais descrente de certos temas pregados pela bíblia?  A resposta é simples: exagere!
Não que o trabalho do genial Darren Aronofsky (Cisne Negro) tenha se transformado num verdadeiro vídeo game com teor bíblico, mas ta na cara do começo ao fim que o filme foi moldado para atrair um publico acostumado a grandes espetáculos: Noé (Russell Crowe) está longe de ser aquela imagem de um velho sábio, mas sim com um visual de herói forte e que não mede esforços em seguir o que acredita (através de visões e sonhos). E se muitas pessoas duvidam que esse filme não é para o publico jovem inquieto, o que dizer dos anjos caídos, que defendem a arca, transformados em gigantes de pedra, que parecem mais saídos de um filme do Senhor dos Anéis. 
Embora com essas apelações forçadas, Aronofsky sabe no vespeiro que se meteu e quis então, tanto agradar o publico pipoca, como também as pessoas que seguem cegamente a bíblia. Bom exemplo é a sequencia que Noé conta a origem da vida, através de belas imagens com desenhos tradicionais e que sintetizam a maneira que os povos da antiguidade enxergavam as escrituras.  Não há como negar que o filme em si segue a risca a maneira que certas religiões gostaria de ver no filme, mas fica a pergunta se eles engoliriam o fato do filme tentar agradar tanto eles, como o publico interessado somente num grande espetáculo.
Embora gordura lá e gordura cá, felizmente o elenco também é outro ponto que salva o filme da negatividade completa: Russell Crowe não está muito diferente de seus desempenhos como herói visto em filmes como Gladiador e O Homem De Aço, mas se por um lado não existe originalidade em sua interpretação como Noé, felizmente isso não prejudica o resultado final, principalmente em momentos chaves que exigem mais do seu talento. Embora estando em segundo plano, Jennifer Connelly está a vontade ao interpretar a esposa de Noé e a química de ambos funciona muito bem, pois afinal ambos os atores já haviam trabalhado juntos em Uma Mente Brilhante. Emma Watson (Harry Potter) surpreende num papel dramático, ao interpretar a filha adotiva de Noé e que fara com que o protagonista teste a sua propia fé e lealdade perante Deus. 
Em suma, NOÉ é um exemplo do desespero de Hollywood  ao tentar agradar todos os públicos, seja ele novo ou velho. Embora o resultado seja mais positivo do que qualquer outra coisa, resta saber se essa formula durará por muito tempo.  


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