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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 1 de abril de 2014

Cine Dica: UM ESTRANHO NO LAGO




Sinopse: Em pleno verão, um lago é usado como praia nudista por vários homens homossexuais. Eles sentem-se à vontade no local e usam o bosque ao lado do lago para ter relações sexuais. Um dos frequentadores mais assíduos é Franck (Pierre Deladonchamps), que um dia faz amizade com Henri (Patrick d'Assumção), um homem solitário que vai ao lago em busca de paz, sem ter qualquer interesse em outros homens. Com o desenrolar dos dias e as conversas constantes, eles se tornam amigos. Só que Franck se apaixona por Michel (Christophe Paou), um novato no lago, sem saber que ele é uma pessoa perigosa.

 

Colocado como o melhor filme de 2013 pela revista Cahiers du Cinema, Um Estranho no Lago é um  filme que retrata as relações e os riscos que elas podem trazer para a pessoa. Na trama, Franck (Pierre Deladonchamps) é um jovem que vai todo dia num lago rodeado por um bosque, aonde homens vão para se relacionar sem compromisso com outros homens. Enquanto curtia a água do lago, Franck da de encontro com um homem solitário, Henri (Patrick d'Assunçao) numa  parte do lago e vai conversar, se tornando apenas amigos e conhece também Michel (Christophe Paou), um homem com atitudes ambíguas por qual Franck se apaixona e inicia uma relação, mal sabendo o que está prestes a se meter.

Utilizando a câmera como uma espécie de olhos que observam o tempo todo, o diretor Alain Guiraudie, mesmo que lide com uma história onde atos terminam com as suas consequências, opta por um olhar que contempla, seja sobre o cenário nu e cru do bosque e do lago, seja pela nudez do homem e as cenas de sexo de Franck com outros homens trazem natural e cru que ao olhar do espectador, pode incomodar inúmeros, mas deixa em pratos limpos que o homem pode sim encontrar prazer no corpo de outro homem e para um público que ainda tenha certos tabus não admitidos em sua cabeça, pode ser difícil, mas é de se reconhecer tamanha coragem, seja do diretor ou dos atores.

Se na questão imagética, o filme trás um certo olhar poético, onde se foca nos corpos se encontrando e se ofegando no puro prazer do corpo e também, um suspense que dispensa uma trilha musical, porque não depende e é se preciso entender gravidade de uma cena ou seu lado dramático, pois o olhar do diretor tem uma mão mais pesada do lado  mais natural e nem tanto teatral, e o que sobra é a excelente captação de som, que atenua toda a natureza por qual os personagens vivem em volta, a narrativa é sutil, tem ótimo diálogos) e constrói a história de modo que as coisas ficam cada vez mais perigosa ao longo dos minutos que passa.

Contando com atores talentosos, que senão são homossexuais, já que o teor de muitas cenas de relação sexual é explicita, não poupando o espectador até mesmo de uma cena em que possui sexo oral ou o sêmen disparando, demonstra então uma coragem que se encontra apenas naqueles comprometidos e que amam realmente a 7ª arte.


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