Sinopse: Este
documentário segue a trajetória do artista Marcelo Yuka, bateirista da banda O
Rappa, cuja vida se transformou ao levar nove tiros em um assalto no Rio de
Janeiro. Desde o acidente, ele se movimenta com uma cadeira de rodas e luta
para reencontrar o equilíbrio físico e espiritural, ao mesmo tempo em que busca
novas formas de continuar com a carreira de músico.
Eu não tinha
conhecimento sobre o trabalho de Marcelo Yuka, tanto como compositor, baterista
e tão pouco sobre o trágico evento que o fez ficar paraplégico. Mas o documentário
rodado pela cineasta Daniela Broitman é
um convite bem convidativo, tanto para os fãs, como também para o publico em
geral, pois do inicio ao fim, nos simpatizamos com Yuka pela sua sinceridade
com relação a situação que enfrentou ao longo dos anos e por também sempre
tocar tudo no bom humor, mesmo em momentos nos quais tudo parece tão mórbido.
Como todo artista que se preze, Yuka cria o seu trabalho com amor, o que acaba se tornando bem prazeroso
assistir as seqüências que ele fica compondo as suas musicas e passando para os
cantores que trabalharam ao longo desses anos com ele. Antes desses momentos, o
filme foca um pouco sobre os desentendimentos dele com o grupo O Rappa, mas não
os detalha profundamente, pois essa não é a questão principal do documentário,
mas sim o que leva uma pessoa seguir em frente, mesmo com tamanha dificuldade
que passou ao longo desse período. Entretanto, Yuka sempre preocupado com o que
o publico irá ver no documentário, exige sempre em não haver lagrimas durante o
desenrolar do filme, rendendo assim momentos divertidos onde ele divide a cena
com os seus pais, que sempre se emocionam quando se lembram dos primeiros e difíceis
anos da recuperação do seu filho. A parte em que eles lêem cartaz para Yuka,
dos fãs que haviam sido enviadas na época que estava hospitalizado, é um
momento bem descontraído, no qual a mãe briga com ela mesma o tempo todo para não
chorar, mas então Yuka sempre solta um perola para animar o clima, que alias,
vem ao embalo das palavras do seu pai, que surpreende pela sua sinceridade e de
não ter medo em colocar para fora certos segredos saídos do armário.
Com pouco mais de uma
hora e meia de projeção, o filme é um pequeno exemplo de coragem e fé de uma
pessoa, que mesmo com as dificuldades de locomoção, jamais quis parar em seguir
os seus sonhos, mesmo quando a realidade crua batia em sua porta.
Em Cartaz: Cinebancários: Rua General da Câmera 424, Porto Alegre.
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