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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cine Especial: O melhor de 2001 a 2010: CIDADE DOS SONHOS (Mulholland Drive)

UM DOS MAIS INIGMATICOS FILMES DA ULTIMA DECADA 
Sinopse: Um acidente automobilístico na estrada Mulholland Drive, em Los Angeles, dá início a uma complexa trama que envolve diversos personagens. Rita (Laura Harring) escapa da colisão, mas perde a memória e sai do local rastejando para se esconder em um edifício residencial que é administrado por Coco (Ann Miller). É nesse mesmo prédio que vai morar Betty (Naomi Watts), uma aspirante a atriz recém-chegada à cidade que conhece Rita e tenta ajudar a nova amiga a descobrir sua identidade. Em outra parte da cidade o cineasta Adam Kesher (Justin Theroux), após ser espancado pelo amante da esposa, é roubado pelos sinistros irmãos Castigliane.
Para David Lynch os filmes não precisam fazer sentido, pois a própria vida não faz. Com essa desculpa, e dentre muitas, é o que serve de impulso para ele criar filmes um tanto que inusitados e diferentes de tudo que se vê por ai e o publico a de gostar ou odiar. Quando Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive) estreou no inicio dessa primeira década do século 21, acabou não só gerando debates como inúmeras teorias levantadas em diversas mídias como a internet por exemplo. Se muitos ficam admirados com número de buscas para entender os mistérios da série Lost, pode-se dizer que foi Lynch que começou com essa mania, isso graças ao fato de, não somente esse filme como também outros de sua filmografia, deixar mais perguntas do que respostas nas mentes das pessoas. Só para se ter uma idéia, houve muitas salas de cinema que faziam campanha para que nenhuma pessoa, que saísse da sala após o filme, contasse ao publico que veria a sessão seguinte, revelasse segredos da trama.
Contudo, Cidade Sonhos visto por uma segunda ou terceira vez notasse que a grande charada da trama é pelo fato que estamos presenciamos um sonho, mas porque esta acontecendo esse sonho somente será revelada no ato final, mas jamais é explicado explicitamente como a maioria do publico quer, e sim prestar o maximo de atenção a determinadas cenas e objetos (piano??) no decorrer do filme.
Na época o filme acabou consagrando a atriz Naomi Watts (King Kong) num papel que exigiu trabalho em dobro, e para aqueles que já viram o filme sabem do que estou falando.
Curiosidades: Originalmente, Cidade dos Sonhos foi realizado para a TV. Prova disso é a cena de uma seqüência de tiros sem nenhum sinal de sangue e a não utilização de palavrões. Mas, como a rede ABC rejeitou o projeto por achá-lo pesado demais, David Lynch decidiu levá-lo ao cinema. A idéia do filme surgiu quando ele visualizou a placa Mulholand Drive, a mítica estrada de Los Angeles, que atravessa as colinas de Santa Mônica, passando por Hollywood até a praia de Malibu, na Costa Oeste. Durante o último Festival de Cannes, Lynch disse que se inspirou na visão da placa sendo iluminada pelos faróis dos carros que passam pela estrada à noite, permeada pela inocência perdida de seus fantasmas que queriam conquistar Hollywood. "Que as pessoas entrem, então, nesta viagem por Mulholand Drive e sintam algo que não se explica", disse o cineasta à rede ABC de televisão.
Cidade dos Sonhos rendeu-lhe indicação ao Oscar de Melhor Direção em 2002 e a conquista da Palma de Ouro na mesma categoria no Festival de Cannes 2001, cujo júri foi presidido pelo próprio Lynch. O filme também foi indicado a quatro Globos de Ouro (Filme-Drama, Direção, Roteiro e Trilha Sonora) e venceu na categoria Melhor Fotografia o Independent Spirit Award, além de ter sido eleito o Melhor Filme de 2001 pelas Associações de Críticos de Cinema de Nova York, Boston e Chicago.

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