Sinopse: Erika Kohut (Isabelle Huppert) trabalha como professora de piano no Conservatório de Viena. Ela não bebe nem fuma, vivendo na casa de sua mãe (Annie Girardot) aos 40 anos. Quando não está dando aulas Erika costuma frequentar cinemas pornôs e peep-shows, em busca de excitação. Logo ela inicia um relacionamento com Walter Klemmer (Benoît Magimel), um de seus alunos, com quem realiza vários jogos perversos.
Um pequeno exemplo do que o diretor Michael Haneke (Fita Branca e CACHE) faria no resto da década. Da para perceber que em sua filmografia, o diretor gosta de mexer em um vespeiro sobre o mundo de pessoas no mínimo desajustadas e neste filme a personagem da vez foi Erika Kohut interpretada com intensidade por Isabelle Huppert. Durante todo o filme seguimos o dia a dia dessa personagem solitária e misteriosa, que aos poucos vai se revelando com suas atitudes no mínimo sado masoquistas, principalmente quando surge um aluno que se tornara um possível amante dos seus jogos estranhos nos quais é o único meio de prazer dela. Não faltam momentos fortes de sexo explicito e desagregação mas é contrabalançado com momentos de execução de música clássica absolutamente belíssimos.
Cru e simples do inicio ao fim, o filme é foi um dos grandes ponta pés iniciais do cinema Frances no inicio da década que passou.
Isabelle Huppert realmente tocou piano em cena. Ela estudou piano por 12 anos, sendo que para se preparar para A Professora de Piano voltou a praticar o instrumento cerca de um ano antes do início das filmagens.
Um comentário:
Escolha certeira. Um filme duro, difícil, mas poderoso.
E a Huppert está em sua melhor forma.
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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