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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cine Dicas: Lançamentos em DVD e Blu-Ray:

E ai gente, saudade? Bom, andei ocupado com o meu serviço e fiquei muito cansado nos últimos dias e quando chego em casa, não quero nem pensar em digitar mais no resto do dia. Mas estou aqui porque consegui finalmente um tempinho hoje e solto abaixo umas ótimas dicas para quem procura algo de novo nas locadoras, confiram:


Almas à Venda
Sinopse: Em meio a uma crise existencial, Paul (Paul Giamatti), um famoso ator, procura solução num laboratório particular conhecido como Armazém das Almas, que oferece aos nova-iorquinos alívio para suas almas cansadas. Ele decide extrair sua alma e, depois de uma tentativa fracassada de viver e atuar sem uma alma, aluga a suposta alma de um poeta russo. As coisas tomam um rumo inesperado quando ele encontra Nina (Dina Korzun), uma russa contrabandista de almas.

A alma humana é um mistério até hoje para muitos, mas não para o cinema. Tanto que a diretora e roteirista Sophie Barthes teve a idéia bizarra e genial apartir de um sonho que ela mesma teve, para a criação desse filme. Mas não a como negar que filmes como Adaptação e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças serviram de base na criação da historia.
Em ambos os filmes a muita semelhança, como unir humor negro com umas pitadas de drama e ficção, aliado a um roteiro esperto e com um elenco cativante. Paul Giamatti (fazendo aqui ele próprio) convence do inicio ao fim como uma pessoa cheia de neurose ao ponto de vender a sua alma, para descarregar o peso que sente na vida, mas mau imagina o erro que esta cometendo.
Não faltam momentos inspiradores quando o protagonista da de cara com a sua própria alma e de outra pessoa. É neste momento que o filme apresenta um retrato exato do tom do filme onde o humor e o drama se unem para apresentar algo incomum e misterioso ainda hoje para o ser humano. Um filme genial e  incomum  para poucos, mas que buscam algo de inovador em termos de conteúdo.

Curiosidades: A diretora e roteirista Sophie Barthes teve a ideia para o filme após um sonho estranho no dia em que acabara de ler "O Homem Moderno em Busca de uma Alma", de C.G. Jung;
No sonho da cineasta, Woody Allen descobria que sua alma parecia uma pequena semente amarela, como um grão-de-bico;
A opção de Barthes por Paul Giamatti se deu após conferir Anti-Herói Americano;


O Escritor Fantasma
Sinopse: Quando um escritor fantasma britânico de sucesso concorda em completar as memórias do ex-primeiro-ministro britânico Adam Lang, seu agente lhe assegura que é a oportunidade de uma vida. Mas o projeto parece condenado desde o início - até porque o seu antecessor no projeto, o assessor de Lang de longa data, morreu em um infeliz acidente. Ressonante com temas da atualidade, este atmosférico e político suspense é uma história de enganos e traição em todos os níveis – sexual, político e literário. Em um mundo em que nada e ninguém são o que parece, O ESCRITOR FANTASMA logo descobre que o passado pode ser fatal – e que a história é decidida por quem permanece vivo para escrevê-la.

Apesar dos problemas com a justiça recentemente, Roman Polanski conseguiu de todas as formas concluir seu ultimo filme e o resultado é um suspense policial moderado mas engenhoso. Ao começar pelo fato do filme começar e terminar repentinamente e sem dar muita explicação do que realmente aconteceu ali, o diretor simplesmente entrega as cartas e deixa o espectador se perguntando do que acabou de ver.
Do inicio ao fim, o diretor consegue prender o espectador numa trama que traz mais perguntas do que respostas e com isso nos identificamos com o personagem de Ewan McGregor (voltando aos trilhos na carreira) em não ter certeza em quem confiar, muito menos no ministro britânico Adam Lang ( Pierce Brosnan no seu melhor papel em anos) mas nem tudo é o que parece.
Com uma bela fotografia e um belo movimento de câmera (os minutos finais são geniais) Roman Polanski consegue criar seu melhor filme desde O Pianista, só resta saber se sua vida pessoal perante a justiça irá se estabilizar e ficar livre para fazer filmes bons como esse.

Curiosidades: Baseado na obra de Robert Harris.

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