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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cine Clássicos: NO CALOR DA NOITE

FILME POLICIAL CLÁSSICO DE UMA ÉPOCA QUE RETRATAVA O AMERICANO AINDA SE ACOSTUMANDO COM A IDÉIA DOS DIREITOS IGUAIS.

sinopse:
Quando Philip Colbert (Jack Teter), o principal empresário de Sparta, uma cidade do Mississipi, é morto, o policial Sam Wood (Warren Oates) tenta achar o culpado. Ao ver na estação de trem um negro bem vestido, Virgil Tibbs (Sidney Poitier), ele é preso como suspeito sem chance de argumentar. Quando Sam vê que Tibbs tinha uma incomum quantidade de dinheiro para um negro de Sparta, o policial fica certo que encontrou o assassino. Mas o xerife Bill Gillespie (Rod Steiger) descobre, para seu espanto e constrangimento, que Virgil é um detetive da polícia da Filadélfia, que visitava sua família. Ironicamente Virgil é um expert em homicídios e recebe recebe ordens do seu superior para ajudar no caso. Isto o desagrada e também a Gillespie, que não gosta de ter um policial negro ajudando nas investigações. Para deixar mais tensa a situação Leslie Colbert (Lee Grant), a viúva da vitima, vê a ineficiência da polícia de Sparta e exige a presença de Virgil. Gillespie odeia a idéia, mas há uma grande pressão para o caso ser solucionado, assim aceita a colaboração de Virgil. Aos poucos vai surgindo um respeito entre eles. Virgil reconhece que Gillespieé uma pessoa bem decente, que está tentando fazer o melhor possível, e Gillespie passa a admirar Virgil por sua experiência e profissionalismo. Mas um detetive negro comandar uma investigação em uma região muita racista pode não dar certo.

Assistir a esse filme é no mínimo curioso. Em um tempo que vivemos onde toda a raça e credo são aceitos, assistir O Calor da Noite é nos dar conta que já ouve tempos bem piores, em que o preconceito era lá e aqui, onde qualquer um poderia ser suspeito de um crime tudo por causa da cor da sua pele.
Norman Jewison (Jesus SuperStar) retrata bem isso com o policial de  Sidney Poitier que sofre com o terrível preconceito mas jamais se deixa cair (a cena que recebe um tapa e logo em seguida responde com outro tapa é digna de nota) e vai até o fundo sobre o misterioso crime que aconteceu nesta cidade. Atenção para ótima perfomasse de Rod Steiger que interpreta o chefe de policia preconceituoso mas que terá que aprender aos poucos a viver neste novo mundo livre.

Curiosidades:
No Calor da Noite foi o 1º filme com classificação de censura PG a ganhar o Oscar de melhor filme.
Rod Steiger recebeu a sugestão do diretor Norman Jewison de mascar chiclete sempre que estivesse em cena. Inicialmente Steiger relutou à idéia, mas terminou por aderi-la. Durante as filmagens ele mascou 263 chicletes.
A cena feita na casa do xerife Bill Gillespie foi feita de improviso pelos atores Sidney Poitier e Rod Steiger.
O orçamento de No Calor da Noite foi de US$ 2 milhões.

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