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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Cine Especial: Cine Debate: 'Takara - A Noite em que Nadei'

Sinopse: Um peixeiro vai ao mercado na cidade nas montanhas nevadas do Japão. Despertado por sua partida, seu filho de seis anos não pode voltar a dormir.  

O cinema começou sem som, onde somente os movimentos de seus protagonistas vistos na tela falavam sobre a trama em si. Claro que sempre existia um letreiro sobre o que os personagens diziam, mas a arte dos gestos e do olhar é que davam ação ao filme como um todo. Ação essa muito bem representada pelos mestres da época, vide Charles Chaplin ou Buster Keaton.

Já nos tempos do cinema falado não faltou diretores que decidiram usar um mínimo de recurso possível, inspirado no que se fazia nos tempos do cinema mudo, para fazer com que pequenos gestos e olhares dos protagonistas falassem mais por si do que meras palavras já há muito tempo ditas em uma tela de cinema. O mestre iraniano Abbas Kiarostami, por exemplo, usou uma criança como protagonista em "Onde Fica a Casa do Meu Amigo?" (1987), onde a expressão da mesma dizia muito sobre a sua jornada em busca da casa de um amigo da escola. "Takara - A Noite em que Nadei" (2017) é sobre um universo particular de uma criança dentro de sua bolha, mas que está muito mais próximo de nós do que a gente imagina.

Coprodução entre Japão e França e dirigido por Damien Manivel e  Kohei Igarashi, o filme se passa nas montanhas cobertas de neve no Japão, onde toda noite um pescador parte em direção ao mercado da cidade. Em uma dessas, seu filho de 6 anos é acordado por sua partida e não consegue voltar a dormir. Logo depois, no caminho para a escola, ainda sonolento, ele se afasta do caminho e decide vaguear sozinho pela neve.

Dividido em três atos, o filme possui uma imagem quadrada, quase estreita, como se intenção fosse a gente ser obrigado em adentrar na história de uma forma restritiva ou que entrássemos na bolha particular do pequeno protagonista. Uma vez acordando no primeiro ato da trama, o menino não consegue mais dormir, como se houvesse em seu interior um desejo de fazer algo de diferente, uma vez que vê o seu pai partir para o trabalho. Se percebe que ambos não têm contato ao longo do filme, já que os horários deles são diferentes devido as suas atividades. 

De forma inconsciente, talvez esse seja o mote principal da trama, onde a criança vai para escola, mas devido a sua falta de sono ele toma um novo rumo e desfrutando um pouco da realidade branca da neve em sua volta. Porém, mesmo de uma forma não explícita, se percebe nas entrelinhas que há um desejo vindo da criança em querer se encontrar com o pai, mesmo correndo um sério risco de se perder. Por alguns momentos, por exemplo, tememos pela segurança dele, já que o seu contato com as demais pessoas da cidade é quase nulo e partindo para uma jornada de autoconhecimento mesmo em poucas horas.  

Os realizadores, portanto, criam uma análise sobre o olhar inocente de uma criança perante a sua realidade em volta, observando como ela é rica e, infelizmente, não mais percebida pelas outras pessoas da fase adulta. Como eu expliquei acima, o filme não possui diálogos algum, mas somente pequenos barulhos do mundo em volta, assim como a expressão e olhar do protagonista que fala e representa ação da história. Um filme simples, mas com uma força positiva e que supera qualquer superprodução maniqueísta. 

"Takara - A Noite em que Nadei" é uma síntese do que foi o melhor do cinema do passado, onde os diálogos eram zero e os movimentos e expressões dos protagonistas diziam tudo. 

NOTA: O filme será debatido na próxima live do Cine Debate. Para participar entre em contato com Maria Emília Bottini clicando aqui.   

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (03/12/20)

NOTA: Devido a nova onda do Coronavírus muitos cinemas pelo país estão novamente  fechando. Confira a lista de estréias e veja se o cinema de sua cidade ainda está aberto. Confira os sites como, por exemplo, Cinemark, Itau Cinema, GNC Cinemas, Cinesystem e dentre outras. 

Belle Époque

Sinopse: Em Belle Époque, Victor (Daniel Auteuil) é um sexagenário desiludido com o casamento em crise. Quando ele conhece Antoine (Guillaume Canet), um empreendedor de sucesso, que o sugere uma atração de parque de diversões diferenciada, que une encenação teatral com recriação histórica, sua vida vira de cabeça para baixo. 


10 Horas para o Natal

Sinopse: Três irmãos formam um plano para reunir seus pais novamente após a separação e assim salvar suas noites de Natal em família.


M8 - Quando a Morte Socorre a Vida

Sinopse: Um estudante de medicina tenta desvendar o mistério de um cadáver que serve de estudo nas aulas da anatomia.



Trolls 2

Sinopse: A rainha Poppy (Anna Kendrick) e Branch (Justin Timberlake) descobrem que há outros mundos Troll além do seu, e suas diferenças criam grandes confrontos entre essas diversas tribos. No entanto, uma ameaça misteriosa faz com que eles tenham que criar harmonia entre os rivais.


All My Life

Sinopse: Os planos de casamento de um casal estão por um fio quando o noivo é diagnosticado com câncer terminal.


Soldado Estrangeiro

Sinopse: Três soldados brasileiros decidem se aventurar em guerras internacionais.

Amizade Maldita

Sinopse: Um casal passa a desconfiar que o amigo imaginário de seu filho pode ser algo que não esteja apenas em sua imaginação.


Sibyl

Sinopse: Uma psicoterapeuta encontra em uma de suas pacientes a possibilidade perfeita pa escrever seu novo romance.


New Life S.A.

Sinopse: Augusto (Renan Rovida) é um arquiteto bem-sucedido, no comando da construção de um novo condomínio de luxo em Brasília. Seu sogro, o diretor financeiro da empreitada, garante todas as vantagens ao genro, porém esconde uma realidade: o empreendimento é construído graças à compra de políticos e juízes, à desocupação de habitantes.

Niède

Sinopse: A história de Niède Guidon, a arqueóloga brasileira mundialmente reconhecida por seu trabalho de preservação na Serra da Capivara, no Piauí. A partir de depoimentos da própria Guidon, o documentário relembra sua vida pessoal e sua frutífera carreira.


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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: ‘Babenco - Alguém tem que ouvir o Coração e Dizer: Parou’

Sinopse: Bárbara Paz faz um registro sobre os últimos dias de Hector Babenco e fazendo assim uma homenagem ao seu cinema como um todo.  

Eu conheci Bárbara Paz assistindo ao reality Show "Casa dos Artistas" em 2001, em que durante o percurso do programa ela colocava para fora o seu passado difícil, desde a uma infância pobre, como também pelo fato de ter perdido muito cedo o seu pai. Já na adolescência conviveu com as doenças de sua mãe, onde Bárbara ficou ao lado dela até o amargo fim e sentindo na pele o lado vulnerável do ser humano como um todo. Após isso tentou a carreira artística, mas um acidente de carro interrompeu temporariamente os seus sonhos e lhe provocando sérias cicatrizes em seu rosto.  

Curiosamente, eu nunca enxerguei essas cicatrizes em seu rosto, mas sim as cicatrizes em seu olhar, onde ela carregava as passagens de uma vida em que lhe exigiu força, tanto psicológica, como também física. Com essa bagagem da qual carregou sozinha ao longo de sua vida, ela estava portanto mais do que preparada para encarar os tempos de enfermo que o seu até então marido Hector Babenco passou até em seus últimos momentos. "Babenco - Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou" (2020) não é somente uma declaração de amor que Bárbara fez ao seu marido, como também uma forma de exorcizar as suas dores internas do seu passado e de prestar uma bela homenagem a sétima arte como um todo.  

Hector Babenco foi um cineasta que viveu e morreu (devido a um câncer) realizando o que fazia sua vida ter algum sentido: A sétima arte. Em relatos marcantes sobre as memórias, amores, reflexões, intelectualidade e a frágil condição de saúde do artista, o documentário revela o quanto seu amor pelo cinema o manteve vivo por tantos anos. Por conta disso, há diversos momentos em que seus clássicos invadem a tela, que vai desde a "Pixote" (1980), "O Beijo da Mulher Aranha" (1985) e "Carandiru" (2003).  

Assim como o documentário "Cinema Novo" (2016), de Eryk Rocha, a diretora Bárbara Paz cria um mosaico de imagens com relação aos filmes citados acima e que transita entre as imagens de Hector Babenco, tanto nos dias em que ele vivia no hospital, como também nos seus anos de trabalho por detrás das câmeras. Com uma bela fotografia em preto e branco, a cineasta não coloca nenhum filtro e tão pouco esconde a imagem de um Babenco abatido devido a sua doença, mas que transmitia a sua força de vontade através da criação de seu cinema. O filme também faz um paralelo com a última obra do cineasta, "Meu Amigo Hindu" (2015), onde Willem Dafoe interpreta o cineasta e Bárbara interpreta si mesma.  

Curiosamente, embora não possua o mesmo brilho dos seus clássicos, "Meu Amigo Hindu", ao menos, serviu para nos brindar com uma cena que foi introduzida neste documentário: a cena em que Bárbara Paz dança na chuva com a música referente ao clássico "Cantando Na Chuva" (1952). Se naquele filme essa cena não passou despercebida, aqui ela se torna ainda mais relevante, ao sintetizar o amor que o cineasta tinha pela sétima arte e Barbara criou, portanto, uma passagem que nos transmite a essência primordial que o cineasta tinha em seu interior.  

Acima de tudo, é um filme que não só nos passa como foram os últimos momentos de vida do cineasta, como também nos transmite como Bárbara Paz soube lidar com o fim da vida de um ser humano. Cumprindo o desejo do seu marido, a cineasta cria um dos finais mais simbólicos do cinema brasileiro deste ano, do qual pode ser interpretado de inúmeras maneiras, principalmente devido a um ano tão complexo e exaustivo em que vivemos. Um sopro de vida para o nosso cinema e que nos dá esperança para o que virá em seguida.  

"Babenco - Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou" não é somente uma declaração de amor a um cineasta, como também um exemplo na forma de melhor lidar com as adversidades que não nos mata e nos torna mais fortes na reta final da vida. 


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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Cine Especial: Cine Debate: 'Maudie - Sua Vida e Sua Arte'

Sinopse: Maudie conta a história luminosa do sucesso e reconhecimento de uma artista popular a despeito da dor e do preconceito. 

O clássico "Meu Pé Esquerdo" (1989) contava a emocionante história de  Christy Brown (Daniel Day‑Lewis), um jovem com paralisia cerebral, mas que usava os seus pés para pintar obras magníficas. Esse é um de vários exemplos de superação e do qual os realizadores da sétima arte sempre fizeram questão de levar as suas histórias para as telas do cinema. "Maudie - Sua Vida e Sua Arte" (2017) é mais um que se destaca entre vários exemplos de superação e fará muitos se apaixonarem pelo universo das artes.

Dirigido pela cineasta Aisling Walsh, do filme "O Inferno de São Judas" (2003), o filme conta a história de Maud Lewis, interpretada pela atriz Sally Hawkins do filme "A Forma da Água" (2018), que sofre com problemas de artrite reumatoide, que causa inflamações e deformações nas articulações do seu corpo. Apesar disso, possui incríveis habilidades artísticas. Passada para trás pelo irmão e incomodada com a vigilância exagerada da tia, ela busca independência trabalhando para um rabugento e pobre vendedor de peixes, interpretado pelo ator Ethan Hawke e visto recentemente no filme "A Verdade" (2019).

Só pela situação inicial em que a protagonista se encontra ela já obtém a nossa total atenção. Porém, na medida em que o primeiro ato avança, conhecemos a sua personalidade complexa e da qual não pode ser subestimada somente pelo seu problema físico. Além de ter um dom próprio pela arte, Madie enxerga o que os outros não veem e observa as qualidades do bronco Everett Lewis e do qual vê nele a chance obter mudanças em sua vida, mesmo quando elas parecem distante de acontecer.

Visualmente, o filme é um colírio para os nossos olhos, onde a fotografia destaca as estações de ano que vão ocorrendo durante a história e mostrando gradualmente as mudanças que o cenário principal vai sofrendo de forma positiva. Vale destacar como a cineasta dá o devido destaque as janelas do cenário principal, como se aquele fosse uma forma da protagonista enxergar a realidade de sua maneira e assim obter primorosas pinturas vindas de suas lembranças. É um mundo esquecido por Deus onde se passa a história, mas logo vai criando vida de uma forma jamais vista.

Mas se por um lado o visual nos surpreende, do outro, a atuação do casal principal da história é de uma força única. Sally Hawkins entrega o que é, talvez, a melhor atuação de sua carreira, onde ela se transforma fisicamente e transmitindo para nós toda a fraqueza de sua personagem, mas que encontra forças através de sua arte. Porém, é preciso reconhecer que Ethan Hawke não fica muito atrás e sua atuação de uma pessoa que guarda para si uma carga de sentimentos jamais liberados me fizeram me lembrar muito a atuação de Heath Ledger no filme "O Segredo de Brokeback Mountain" (2005).

Ambos juntos em cena nos fazem criar sempre uma expectativa com relação ao que virá em seguida, já que Everett é em alguns momentos uma entidade da natureza prestes a explodir e fazendo a gente temer pelo que irá acontecer a Maudie. Porém, gradualmente, nasce ali uma improvável história de amor e que fará muitos suspirarem em momentos singelos em que os protagonistas desfrutam em situações em que harmonia transborda fora da tela. O final irá arrancar as lagrimas de alguns, mas fará muitos quererem revisitar o filme sempre quando for possível.

'Maudie - Sua Vida e Sua Arte' é uma reconstituição sobre a vida de um grande talento e do qual foi longe mesmo quando o mundo lhe dizia ao contrário. 

NOTA: O Filme será o próximo tema da Live "Cine Debate". Mais informações você encontra pelo Psicóloga Maria Emília Bottini clicando aqui.

Onde Assistir: Netflix. 

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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Cine Dica: Streaming: 'A Maldição da Mansão Bly'

Sinopse: A história principal acompanha Dani Clayton, um dos vários rostos de "Residência Hill" no elenco), americana vivendo há seis meses em Londres que, em 1987, aceita uma posição como babá para dois órfãos, os irmãos Miles e Flora.

"A Maldição da Residência Hill" foi uma grata surpresa para os que acompanham o catálogo da Netflix. Transitando entre o horror fantasmagórico e psicológico, a série caiu no gosto do popular e surpreendendo até mesmo os donos da plataforma. Eis então que chega "À Maldição da Mansão Bly", com um mesmo elenco, mas com uma nova e fresca história. 

A trama conta a história da jovem Dani Clayton (Victoria Pedretti), que é contratada por Henry Wingrave (Henry Thomas) para trabalhar numa enorme e antiga mansão, cuidando de seus dois sobrinhos órfãos. Mas tudo se complica quando os irmãos Flora (Amelie Bea Smith) e Miles (Benjamin Evan Ainsworth) começam a apresentar um comportamento estranho. A história se passa na Inglaterra de 1987 e é inspirada no conto "A Volta do Parafuso" de Henry James.  

Dirigido por Mike Flanagan, o mesmo de "A Maldição da Residência Hill", pode-se dizer que essa série é uma espécie de segunda temporada, pois o elenco é o mesmo, mas com uma nova história. A ideia não é nova, já que ela foi usada em séries antológicas como "American Crime Story" e "American Horror Story" e pelo visto a fórmula rendeu frutos. Embora com um início meio arrastado, a trama nos fisga logo em seguida, principalmente por possuir personagens curiosos e dos quais queremos conhecê-los mais de perto.  

Vale salientar que a série em si não é exatamente puro terror, já que ela transita por momentos dramáticos e até mesmo românticos. Assim como a primeira temporada, essa série transita também para momentos de terror mais psicológico e fazendo a gente se perguntar se as situações em que os personagens passam não são apenas frutos de suas mentes. A situação somente fica sobrenatural mesmo na reta final, onde as raízes de origem do cenário principal são destrinchadas e revelando uma trágica verdade. 

Com um final que mexe com as nossas emoções com relação ao destino de alguns personagens principais, " Maldição da Mansão Bly" é um produto de qualidade, do qual não deve nada a sua antecessora a e fazendo a gente aguardar pela próxima história de uma casa mal assombrada. 

Onde Assistir: Netflix 


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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (26/11/20)

 Babenco, Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou

Sinopse: Documentário sobre o cineasta Hector Babenco. Através de relatos marcantes sobre as memórias, amores, reflexões, intelectualidade e a frágil condição de saúde, o filme revela o quanto seu amor pelo cinema o manteve vivo por tantos anos.


Pacarrete

Sinopse: Pacarrete é uma bailarina idosa do interior do Ceará que, na véspera da festa de 200 anos da cidade, decide presentar a população com uma apresentação de dança, mas ninguém parece se importar.


Invasão Zumbi 2: Península


Sinopse: Quatro anos após o surto de zumbis, a Coreia do Sul está isolada com os sobreviventes tentando escapar da Península abandonada para Hong Kong. Nesse contexto, o ex-soldado Jun-seok, que conseguiu sair e vive como refugiado, retorna ao local infectado para cumprir uma missão.


Boni Bonita

Sinopse: Após a morte de sua mãe, Beatriz decide se mudar para o Brasil e conhece um músico intenso.


Mulher Oceano

Sinopse: A vida de duas mulheres, aparentemente desconexas, começa a interferir uma na outra.

Meu "Querido" Elfo

Sinopse: Uma família compra um flat em que um elfo doméstico habita, que se recusa a sair. Entretanto, eles precisam da ajuda da criatura para proteger a casa.


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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Cine Dica: Streaming: 'O que Ficou Para Trás'

 Sinopse: A trama segue um casal que deixa o Sudão e passa a viver no Reino Unido. Porém, a vida não é fácil no novo país. 

Em meio a tantos problemas traumatizantes do nosso mundo atual, seja eles vindos da pandemia ou de questões políticas, faz com que os monstros clássicos do cinema de horror se tornem apenas uma brincadeira para ser curtida em uma tarde descompromissada. Há, porém, aqueles filmes que transitam entre a realidade e a fantasia e nascendo assim uma obra que assusta, mas que dialoga com o que acontece no nosso mundo a fora. "O que Ficou Para Trás" parece em um primeiro momento aquela típica trama de casa mal assombrada, mas a questão se encontra muito mais embaixo e surpreendendo os nossos olhos.

Dirigido pelo estreante Remi Weekes, o filme conta a história de um casal de refugiados, que faz uma fuga angustiante do Sudão do Sul, devastado pela guerra, lutando para se ajustar à sua nova vida em uma cidade inglesa. O que eles não contavam é que essa cidade possui um terrível mal escondido sob a superfície, esperando apenas o momento certo para ascender.

Embora seja vendido como uma obra de terror, o filme se inicia com questões familiarmente dramáticas que testemunhamos nos nossos telejornais do dia a dia, que vai desde aos refugiados que fogem de seus países devido as guerras, como também da maneira como os donos das terras estrangeiras os tratam no momento em que pisam o pé no novo mundo. Aliás, o cenário principal da trama nada mais é do que o descaso do estado perante a essas pessoas que precisam de ajuda, mas cujo os mesmos são jogados a própria sorte e tendo que enfrentar uma nova realidade.

Gradualmente, o filme vai adentrando ao cenário típico dos filmes de terror, desde aos jogos de luz e sombras, como também os famigerados vultos que se misturam com o escuro tenebroso. Porém, na medida em que trama avança, o realizador Remi Weekes coloca em nós a semente da dúvida, pois a trama transita por momentos tanto verossímeis, para situações Fantasmagórica, mas que podem ser vindas de uma mente fragmentada devido ao passado cheio de horror e angustia. Por conta disso, o filme entra facilmente para a lista do subgênero "pós-terror" e cuja as obras dialogam muito bem com os nossos principais temores do mundo real.

O casal central, interpretados pelos atores Wunmi Mosaku e Sope Dirisu se saem muito bem em cena, sendo que esse último protagoniza os momentos de maior tensão dentro da trama. Com efeitos visuais práticos para construir um clima de pura tensão claustrofóbica, o filme gira em torno principalmente da questão da culpa, de como ela nos corrói e de como ela então faz criar fantasmas que tentam nos assombrar. Atenção para cena em que um dos protagonistas dá de encontro com o seu passado traumático e se tornando o melhor momento da história como um todo.

Desde já, "O Que Ficou Para Trás" é o melhor filme de terror do ano, cuja a sua proposta e simplicidade se tornam os principais ingredientes para se tornar uma obra indispensável para os nossos olhos. 

Onde Assistir: NETFLIX 


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