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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (13/11/25)

 EDDINGTON

Sinopse: Um impasse entre um xerife e um prefeito de uma pequena cidade gera um conflito entre vizinhos, em maio de 2020, em Eddington, Novo México.


TRUQUE DE MESTRE - O 3º ATO

Sinopse: Os Quatro Cavaleiros estão de volta com uma nova geração de ilusionistas e uma trama cheia de reviravoltas, mágicas e surpresas, em um truque que envolve a joia mais valiosa do mundo.


QUANDO O CÉU SE ENGANA

Sinopse: Após uma troca de vidas causada por um anjo desajeitado, dois amigos com rotinas opostas precisam enfrentar verdades inesperadas sobre si mesmos. Uma comédia sobrenatural cheia de surpresas!


O BAD BOY E EU

Sinopse: Dallas (Siena Agudong) sonha em entrar para a melhor escola de dança do país e honrar a memória de sua mãe. Tudo parecia sob controle… até Drayton Lahey (Noah Beck), o bad boy mais popular do colégio, cruzar seu caminho. Entre passos de dança, provocações e segredos que ninguém imagina, os dois vão descobrir que às vezes o amor chega justamente quando você menos espera, e que alguns encontros podem mudar tudo. Baseado no sucesso de Tay Marley.


SOMBRAS NO DESERTO

Sinopse: No Egito antigo, uma família vive escondida, tentando escapar de um passado que não pode ser revelado. O Carpinteiro (Nicolas Cage), sua esposa (FKA twigs) e o Menino (Noah Jupe) sobrevivem entre a fé e o medo de serem encontrados. Quando uma presença sombria cruza seu caminho, o Menino começa a questionar tudo o que acredita, despertando forças que nem ele é capaz de compreender. À medida que seu dom cresce, o confronto do sagrado com o desconhecido se inicia.


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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Frankenstein'

Sinopse: Um cientista brilhante, mas egoísta, traz uma criatura monstruosa à vida em um experimento ousado que, em última análise, leva à ruína tanto do criador quanto de sua trágica criação.     

Guillermo del Toro construiu a sua carreira através do que leu e assistiu em sua vida. Através dos seus filmes testemunhamos seres que mais parece que saíram de um velho armário, mas todos moldados com coração e perfeccionismo. "'Frankenstein" (2025) é a realização de um sonho antigo do cineasta e que obtém aqui com certo êxito.

Na trama, acompanhamos o cientista Victor Frankenstein (Oscar Isaac) que decide criar vida através de corpos de falecidos durante a guerra. Da tragédia nasce a sua criatura (Jacob Elordi), mas da qual é abandonada pelo seu criador a partir do momento que ela não corresponde com as suas expectativas. O monstro, por sua vez, irá assombrá-lo por tê-lo abandonado no passado.

É notório que Guillermo del Toro é um grande fã dos filmes de horror clássicos, principalmente aqueles do início dos anos trinta lançados pelo estúdio Universal. Mesmo não sendo exatamente fiel a obra de Mary Shelley a versão de 1931, dirigida por James Whale e protagonizada por Boris Karloff, se tornou um dos maiores clássicos da história do cinema e que com certeza moldou a mente do cineasta e fazendo surgir dentro de si a ideia de realizar uma adaptação de sua autoria. O resultado é um filme que possui todos os ingredientes do que já tínhamos visto em seus longas anteriores, mas ao mesmo tempo sendo fiel a obra literária da escritora Mary Shelley.

Visualmente o filme é um verdadeiro espetáculo, onde a fotografia de cores vibrantes é algo que não via em sua filmografia desde "A Forma da Água" (2017) e cuja edição de arte remete, não somente o seu lado perfeccionista, como também o melhor do que se testemunhava nos filmes de horror de antigamente, seja eles feitos nos EUA, como também daqueles feitos na Itália e dirigidos por Mario Bava e Dario Argento. É impressionante testemunharmos uma história tão conhecida pelo público sendo adaptada por um outro ângulo, onde o visual e até mesmo objetos a gente reconhece que já tínhamos presenciado em seus outros projetos. Quem acompanhou a carreira do diretor desde o início irá reparar referência de seus outros longas, que vai desde "A Espinha do Diabo" (2001), como também o próprio "O Labirinto do Fauno" (2006).

Porém, o realizador também faz pequenas, porém significativas homenagens às outras adaptações do conto como um todo. Se a já citada versão de 1931 é homenageada em algumas passagens do longa, por outro lado, até mesmo a versão da Hammer, "A Maldição de Frankenstein" (1957) é homenageada em uma rápida, porém significativa cena. Em suma, é um prato cheio para cinéfilos atentos, mas ao mesmo tempo um convite para despertar a curiosidade daqueles que não assistiram as outras versões do clássico literário.

Moldado com grandes talentos, cada intérprete se entrega ao máximo em cena e se alinhando com o lado obsessivo do cineasta com relação à adaptação. Oscar Isaac cria para si um Frankenstein obsessivo em derrotar a morte, ao ponto de ser alguém animalesco, porém, não caricato e despertando em nós admiração e ódio. Já a criatura ganha vida através de uma ótima atuação de Jacob Elordi que, mesmo sob uma pesada maquiagem, consegue nos passar confusão, doçura e raiva em todas as medidas. É a versão do monstro mais humana que eu já assisti desde a adaptação de 1994 comandada por Kenneth Branagh e talvez a mais próxima da ideia primordial da versão literária de Mary Shelley.

Curiosamente, Mia Goth nos brinda com uma versão de Elizabeth que ressoa diferente de todas as outras adaptações. Visualmente se casando com perfeição com a visão autoral de Guillermo del Toro, a atriz se sobressai com uma Elizabeth complexa sobre as questões sobre a paixão, vida e morte e cujo encontro com a criatura se torna simbólico e posteriormente trágico. Não posso também deixar de mencionar como é ótimo rever Christoph Waltz em cena, cujo seu personagem desperta ainda mais a obsessão de Frankenstein e o levando por um caminho sem volta.

Embora seja uma versão nova de um conto tão conhecido, por outro lado, é curioso observar que Guillermo del Toro dá espaço para a visão dos fatos, tanto aquela feita por Frankenstein, como também dita pela própria criatura. A passagem do homem cego, por exemplo, ganha ainda maior relevância ao ser narrada pelo monstro e explorando ainda a possibilidade que Mary Shelley tenha se inspirado, tanto no mito Prometeu, como também até mesmo com relação às passagens do velho testamento. Ou seja, um conto que levanta o debate sobre até que ponto o homem pode brincar de Deus e cujo esse debate ainda funciona até nos dias de hoje, onde a humanidade cada vez mais se perde na tecnologia e perdendo aos poucos a sua real essência.

Eu só acho uma pena que Guillermo del Toro tenha se apressado por demais em seu ato final, cuja algumas passagens foram resumidas por demais e culminando no mesmo cenário em que a trama havia começado. Além disso, o perdão visto nos minutos finais da trama poderá talvez soar forçado por alguns, principalmente depois de tudo o que a criatura passou. Isso, porém, não diminui o impacto visual e emocional que a obra passa e que, para mim ao menos, foi um prato cheio do mais puro cinema.

"Frankenstein" é um dos maiores feitos da carreira de Guillermo del Toro e cujo feito tardou, mas não falhou em seu propósito principal. 


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Cine Dica: Progamação da Cinemateca Capitólio 13 a 19 de novembro de 2025

Cidade Pássaro


CURTAS INTERNACIONAIS EM EXIBIÇÃO

A Cinemateca Capitólio apresenta programações especiais com exibições de curtas-metragens internacionais contemporâneos. Nos dias 12 e 13 de novembro, sempre às 19h, o Panorama do Novo Cinema Francês. Produzida pelo Festival Curta Cinema, a programação conta com a exibição de oito curtas-metragens do cinema francês contemporâneo, com entrada franca.

Nos dias 14 (19h30) e 15 (17h) de novembro, a Cinemateca Capitólio e o Instituto Cervantes apresentam o programa Isto é cinema-curta argentino, com filmes de diretores como Martín Rejtman, Paola Buontempo, e Nicolás Prividera.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9417/isto-e-cinema-curta-argentino-sessao-2/


O ÚLTIMO EPISÓDIO EM CARTAZ

O Último Episódio, nova produção da Filmes de Plástico, dirigida por Maurílio Martins, entra em cartaz nesta quinta-feira, 13 de novembro. The Mastermind, de Kelly Reichardt, segue em exibição.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9419/o-ultimo-episodio/


CINE ESQUEMA NOVO + KINO BEAT

De 15 a 18 de novembro, a Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, recebe a Mostra Mundificação, uma seleção de nove filmes brasileiros escolhidos entre quase 600 inscritos de todas as regiões do país. A mostra é fruto da parceria entre o Festival Kino Beat e o Cine Esquema Novo, integrando o projeto Portos Conectados: Construindo Mundos Digitais e Encontros em Porto Alegre e Liverpool, que aproxima artistas e pesquisadores do Brasil e do Reino Unido para refletir sobre arte, tecnologia, cidades e outras formas de habitar o mundo.


Mais informações: https://kinobeat.com/mostra-de-filmes-br-uk_/


GRADE DE HORÁRIOS

13 a 19 de novembro de 2025


13 de novembro (quinta-feira)

15h – The Mastermind

17h – O Último Episódio

19h – Panorama do Novo Cinema Francês – Sessão 2


14 de novembro (sexta-feira)

15h – The Mastermind

17h – O Último Episódio

19h30 – Isto é cinema-curta argentino – Sessão 1


15 de novembro (sábado)

15h – The Mastermind

17h – Isto é cinema-curta argentino – Sessão 2

19h – Futuro Futuro


16 de novembro (domingo)

15h – A Menina e o Pote + Cavaram uma Cova no Meu Coração + Quando Meu Mundo era Mais Mundo

17h – Rapacidade

19h – PX Origens + Ouvidor


18 de novembro (terça-feira)

15h – PX Origens + Rapacidade

17h – A Menina e o Pote + Cavaram uma Cova no Meu Coração + Quando Meu Mundo era Mais Mundo

19h – Cidade Pássaro


19 de novembro (quarta-feira)

15h – The Mastermind

17h – O Último Episódio

19h – Cometa - Escambau no Teatro Paiol

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - ''Predador: Terras Selvagens"

Sinopse: Expulso do seu clã, um caçador alienígena e um aliado improvável embarcam em uma jornada traiçoeira em busca do adversário supremo.  

Dan Trachtenberg fez o que parecia impossível ao revitalizar a franquia "Predador", já que desde o clássico de 1987 nenhum outro filme chegou ao mesmo patamar que havia chegado àquele longa protagonizado por Arnold Schwarzenegger. Foi a partir de "O Predador: A Caçada" (2022) que tivemos uma noção de sua revitalização, mas foi no longa animado "Predador: Assassino de Assassinos" que tivemos uma melhor noção das verdadeiras raízes desses alienígenas. "Predador: Terras Selvagens" (2025) é mais um novo passo em termos de criatividade que o diretor obtém ao explorar o universo desses seres, mesmo quando corre o risco de falhar em alguns momentos diga-se de passagem.

A trama se inicia em um planeta alienígena de um determinado futuro e do qual um jovem predador chamado Dek foi rejeitado por seu clã. Para obter respeito e seu lugar ele decide pousar em um planeta onde vive uma criatura difícil de caçar, mas lá obtém uma ajuda inesperada de um androide chamada Thia (Elle Fanning). Juntos eles iniciam uma cruzada perigosa naquele cenário e descobre certas coisas com relação a eles mesmos.

Se nos primeiros filmes a gente tinha pouca noção das origens do Predador, aqui temos finalmente uma dimensão ainda maior sobre a sua cultura e como a fraqueza pode levá-los a ruína. Uma vez que o jovem Predador, ou Yautja, se vê em uma encruzilhada para obter o seu lugar no clã é então que temos a chance de vermos pela primeira vez esse ser alienígena como protagonista, sendo que nos filmes anteriores quase sempre era apresentado como antagonista implacável. Dek é um ser que leva a honra acima de tudo, mesmo que isso lhe custe a própria vida durante o percurso.

Em termos visuais Dan Trachtenberg caprichou ao não somente construir o cenário desses principais acontecimentos, como também soube escolher o seu elenco a dedo. Dek é interpretado pelo dublê neozelandês Dimitrius Schuster-Koloamatangi, sendo que aqui ele nos brinda com uma boa atuação ao trazer vida e personalidade para um personagem que poderia soar um mero boneco feito em CGI, mas que aqui sentimos vida a cada cena sua sendo apresentada na tela. Porém, o seu personagem somente aumenta graças a sua interação com a androide Thia, e cuja atuação dinâmica de Elle Fanning faz com que a interação da dupla se torne o coração e alma do longa.

Curiosamente, é através dessa interação que o filme ganha contornos até mesmo de humor e do qual pode ser visto por todas as idades. Por incrível que pareça, essa suavização para atrair um público maior não diminui a qualidade do filme, mas sim ganha uma outra dimensão com relação a esse universo destes alienígenas e abrindo um leque de diversas novas possibilidades. O filme chega a um ponto em que há elementos não muito diferentes do que é visto na franquia Star Wars e fazendo a gente se perguntar se é para temer ou abraçar essa proposta inusitada.

Ao mesmo tempo, a participação da personagem Thia é outro fator que nos faz a gente se perguntar até onde irá essa franquia, já que ela foi construída por uma empresa tecnológica vista na franquia Alien. As duas criaturas já haviam se encontrado em filmes do passado que já não haviam dado muito certo, mas que agora podem obter uma segunda chance que poderá, ou não, obter certo significado. São diversas perguntas que são levantadas no decorrer da trama, mas que sendo apreciadas de forma independente a gente gosta do longa até o seu último minuto.

Com começo, meio e fim bem amarrados, o filme só derrapa um pouco quando começa algumas cenas de ação desenfreadas que parecem ter o intuito de encher os nossos olhos do que ter algum significado dentro da história. Ao menos o filme se encerra com certo êxito, mas deixando um grande gancho para uma eventual sequência. Será que a criatividade Dan Trachtenberg continuará para mais alguns filmes ou cairá na vala comum de outras diversas franquias?

"Predador: Terras Selvagens" é um belo entretenimento para os fãs da franquia, mesmo quando ela corre o risco de decair nos próximos capítulos.  


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 06 A 12 DE NOVEMBRO

 Consciência Negra: Estreia de “Neirud” e sessão especial de “A Melhor Mãe do Mundo” são destaques de 13 a 19 de novembro no CineBancários

A MELHOR MÃE DO MUNDO


“O Agente Secreto” e “O Filho de Mil Homens” também estão em cartaz

Na semana de 13 a 19 de novembro, dentro da programação alusiva ao mês da Consciência Negra do SindBancários, o cinema da Casa dos Bancários exibe a estreia de “Neirud”, documentário que parte de uma investigação pessoal da diretora, Fernanda Faya, sobre uma figura enigmática de sua infância: uma tia negra que cresceu com sua família circense, mas cuja origem era cercada de silêncios. Na segunda-feira, 17, às 18h30, o CineBancários promove sessão especial de “A Melhor Mãe do Mundo”, seguida de debate com a deputada estadual Bruna Rodrigues e a ativista e catadora Maninha Medeiros. A atividade tem entrada franca.


“O Agente Secreto”, novo filme de Kleber Mendonça Filho, e “O Filho de Mil Homens”, baseado no livro homônimo de Valter Hugo Mãe, seguem em cartaz.

Após uma premiada trajetória em festivais nacionais e internacionais, o documentário Neirud, dirigido por Fernanda Faya, chega ao CineBancários. Com distribuição da Descoloniza Filmes, o filme parte de uma investigação pessoal da cineasta sobre uma tia negra que cresceu com sua família circense, mas cuja origem era cercada de silêncios. A partir da morte dessa mulher, Fernanda inicia uma jornada documental para reconstruir sua história.

Descobre então que Neirud foi uma criança preta que fugiu de um lar abusivo nos anos 1930, encontrou abrigo no circo e, décadas mais tarde, tornou-se lutadora em uma trupe feminina vinda da Argentina, além de ter vivido uma história de amor e companheirismo que atravessou décadas e localidades. Uma história potente de coragem e resistência em espaços marginais.

Com cinco anos de montagem, em colaboração com o editor Yuri Amaral, Neirud se desdobra entre memória familiar, herança circense e a presença de mulheres lésbicas no Brasil popular das décadas de 1950 a 1970. “É um filme que começou como um resgate familiar e se revelou uma história de amor e sobrevivência entre duas artistas queer que viajaram o Brasil em meio ao mundo do circo”, afirma a diretora.


A Melhor Mãe do Mundo ganha sessão e debate com participações especiais

Depois de emocionar a plateia em festivais internacionais como o Festival de Berlim, onde fez sua estreia mundial, A Melhor Mãe do Mundo, dirigido por Anna Muylaert, chega ao CineBancários para uma sessão especial em 17 de novembro. O longa, que acompanha a jornada de uma mãe e seus filhos pelas ruas de São Paulo depois de ser agredida pelo marido, é estrelado por Shirley Cruz, atriz de séries como “3%” e “Carcereiros” e longas como “A Vida Invisível” (2019).

No filme, Shirley vive Gal, mulher preta e catadora de materiais recicláveis, mãe de Rihanna (Rihanna Barbosa) e Benin (Benin Ayo). Determinada a dar uma nova vida e buscar um lugar seguro para criar os dois filhos pequenos, Gal decide abandonar a casa da família, levando as crianças na carroça com que trabalha. Para preservar os pequenos da dura realidade de não ter um teto, ela cria uma aventura imaginária pelas ruas da metrópole.

Após a exibição, haverá debate com a deputada estadual Bruna Rodrigues e a ativista e catadora Maninha Medeiros. A atividade tem entrada franca.


PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE NOVEMBRO


ESTREIAS:


O AGENTE SECRETO

Brasil/França/Holanda/Alemanha /Drama/2024/ 158 min.Direção: Kleber Mendonça Filho

Sinopse: O longa é um thriller político, que acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

Elenco: Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Roberto Diogenes.

EM CARTAZ:

O FILHO DE MIL HOMENS

Brasil/Drama/ 2025/126min.

Direção: Daniel Rezende

Sinopse: Primeira adaptação do romance de Valter Hugo Mãe, o filme conta a estória de Crisóstomo, pescador solitário de 40 anos que sonha em ser pai e encontra o menino órfão Camilo. Unidos pelo destino, formam uma família não convencional e descobrem juntos o amor.

Elenco: Rodrigo Santoro, Johnny Massaro, Miguel Martines e Rebeca Jamir


SESSÃO ESPECIAL DIA 17 DE NOVEMBRO, ÀS 18H30, ALUSIVA AO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA:


A MELHOR MÃE DO MUNDO

Brasil/Drama/2024/105 min.

Direção: Anna Muylaert

Sinopse: Batalhadora e de personalidade solar, Gal ganha a vida como catadora de materiais recicláveis em São Paulo. Vítima de um relacionamento abusivo, ela decide prestar contra o marido Leandro, mas não encontra ajuda nem proteção. Determinada a dar uma nova vida e buscar um lugar seguro para criar os dois filhos pequenos, Gal decide abandonar a casa da família, levando as crianças na carroça com que trabalha. Para preservar os pequenos da dura realidade de não ter um teto, ela cria uma aventura imaginária pelas ruas da metrópole.

Elenco: Shirley Cruz, Seu Jorge, Rihanna Barbosa, Benin Ayo, Luedji Luna, Katiuscia Canoro


ENTRADA FRANCA

DEBATE APÓS A SESSÃO COM AS CONVIDADAS: Deputada estadual Bruna Rodrigues e ativista e catadora Maninha Medeiros.


HORÁRIOS DE 13 A 19 DE NOVEMBRO

Não há sessões nas segundas

15h: O FILHO DE MIL HOMENS

17h15: NEIRUD

18h40: O AGENTE SECRETO


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Agente Secreto'

Sinopse: Em 1977, Marcelo trabalha como professor especializado em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida.   

No ano de 1977 os meus pais saíram do interior para morar em Porto Alegre. Segundo eles, era comum naquela época pegar um ônibus para logo em seguida ser parados por policiais militares que vinham com a desculpa que estavam procurando determinado meliante, mas a realidade era bem diferente. Assim era o Brasil do final dos anos setenta, onde se fazia tudo do jeitinho brasileiro, mas de um modo para ocultar um país em declínio moral e civilizado.

Kleber Mendonça Filho viveu boa parte de sua vida em Recife e por lá testemunhou as metamorfoses do país como um todo. Isso é sentido, por exemplo, no seu documentário "Retratos Fantasmas" (2023), longa que não somente fala sobre a juventude do diretor, como também sobre uma Recife que estava mudando aos poucos e cujo certos símbolos culturais foram ficando no passado. "O Agente Secreto" (2025) não é somente um dos melhores filmes do diretor, como também sintetiza o calor do momento de um Brasil sem rumo em tempos incertos.

A trama se passa no Brasil de 1977 onde Marcelo (Wagner Moura), que trabalha como professor especializado em tecnologia, sai da movimentada São Paulo e vai para Recife. Ele tenta fugir de algo que, em um primeiro momento, não sabemos ao certo e tendo como objetivo de recomeçar a sua vida. Em Recife ele chega em pleno calor do Carnaval, onde a calmaria dá lugar ao mistério e investigações sobre o seu passado e fazendo se perguntar se Recife se tornou um refúgio ou um beco sem saída.

Abertura do filme já é simbólica, onde o cineasta joga na tela fotos sobre tudo que estava acontecendo naquele período, desde aos filmes, como também a música, televisão e a cultura geral como um todo. Com uma fotografia de cores quentes, alinhada com uma edição de arte que impressiona, é como se voltássemos no tempo ao nos depararmos com um Brasil onde a terra sem lei não era vista nos noticiários, mas que rolava constantemente fora de nossa vista. A figura do corpo vista nos primeiros minutos do filme simboliza muito bem isso, onde o protagonista se torna o nosso guia para nos levarmos em uma realidade opressora nas entrelinhas.

Kleber Mendonça Filho não tem pressa para revelar a premissa principal da trama, sendo que nem precisa, pois, essa realidade vista na tela já nos encanta e desperta a nossa curiosidade sobre o que acontecia nela. Além disso, o diretor presta uma bela homenagem com relação a uma determinada sala de cinema de Recife, da qual exibia filmes de sucesso da época como "A Profecia" (1976), "Tubarão" (1975) e "Dona Flor e Seus Maridos" (1976). É curioso, por exemplo, ver as reações das pessoas diante do filme, assim como também os seus determinados comportamentos e que sendo colocados em prática hoje seriam politicamente incorretos.   

Falando em "Tubarão", é notório que o clássico de Steven Spielberg talvez seja um dos filmes favoritos de Kleber, pois só mesmo desta forma para explicar a aparição de um Tubarão em uma determinada cena e que trazia consigo uma perna decepada. Aliás, esse membro decepado é simbólico, pois pertence a uma época que os jornais usavam histórias surreais para tentar fugir da censura. Portanto, a sequência que mostra a perna atacando pessoas em plena madrugada sintetiza o folclore que havia se enraizado naquele período através de um jornalismo picareta e cujo sistema ditatorial somente agradecia por isso.

Curiosamente, essa sequência da perna sintetiza o quanto Kleber sabe explorar elementos de horror do gênero fantástico. Porém, o sangue jorrando em momentos que representam a violência que ocorria naquele período simboliza uma realidade muito mais assustadora do que qualquer filme de terror da época. E se determinada cena por sua vez não é explícita, por outro lado, a sugestão se torna algo ainda mais angustiante, principalmente na cena de um camburão que diz tudo mesmo não mostrando nada diante dos nossos olhos.

O horror que não se vê acaba se tornando um elemento relevante do filme como um todo, principalmente nas passagens que é revelado que a trama é apresentada através de duas estudantes do nosso tempo atual que estão ouvindo relatos de Marcelo através de fitas cassetes. É neste momento, portanto, que não só descobrimos a cruzada em que o protagonista está enfrentando, como também é o momento em que Wagner Moura mais brilha na tela como um todo. Vale destacar que neste flashback dentro de flashback é que conhecemos uma personagem importante dentro da trama que é a esposa do protagonista e que mesmo em pouco tempo de cena a atriz Alice Carvalho dá um verdadeiro show de atuação e digno de nota.

O filme é uma visão autoral de Kleber Mendonça Filho, onde cada cena moldura uma parte íntima de sua pessoa, mas que realmente funciona também graças ao seu grande elenco. Maria Fernanda Cândido, Hermila Guedes, Thomas Aquino, Carlos Francisco Udo Kier e dentre outros brilham em seus respectivos papéis, mesmo quando seus momentos são de pequenas passagens da trama, mas de grande relevância. Mas da ala de coadjuvantes se destaca realmente Tânia Maria, Artesã potiguar que começou atuar ao fazer uma rápida, porém, significativa participação em "Bacurau" (2019) e que aqui rouba a cena ao interpretar uma personagem não muito diferente de sua pessoa, mas sendo o suficiente para nos conquistar de forma imediata.

A maioria dos personagens centrais da história acabam por sua vez se cruzando em um ato final digno de nota, onde o cineasta dá uma verdadeira aula de como se faz um verdadeiro filme de suspense e culminando em elementos imprevisíveis. Tudo se direciona para minutos finais simbólicos, onde nos diz que todo o começo tem o seu final, mas o que foi de relevante a história nunca apagará. Resta, porém, saber se essa geração atual está disposta a conhecer a verdade dos fatos como é visto na tela, pois assim como os livros de história o cinema também é uma janela para o conhecimento e que é preciso abri-la para abraçarmos os fatos.

"O Agente Secreto" não é somente a obra prima de Kleber Mendonça Filho, como também uma representação genuinamente histórica de um Brasil que não existe mais, mas que é necessário essa geração atual conhecer. 

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Cine Dica: Clube de Cinema de Porto Alegre: “Historietas Assombradas – O Filme” (11/11) na Sala Redenção

Na próxima TERÇA-FEIRA, 11 de novembro, às 19h, o Clube de Cinema de Porto Alegre realiza mais uma sessão do Ciclo de Cinema de Animação, em parceria com a Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS.


O filme da vez é “Historietas Assombradas – O Filme” (2017), dirigido por Victor-Hugo Borges, uma animação brasileira cheia de humor, imaginação e pitadas de terror.

Baseado na série de sucesso exibida no Cartoon Network, o longa acompanha Pepe, um garoto que vive com sua avó bruxa e descobre ser adotado. A partir daí, ele embarca em uma jornada maluca e sombria para descobrir suas origens, enfrentando criaturas esquisitas, cientistas doidos e muitas situações sobrenaturais. Com uma estética marcante e um humor que mistura fantasia, crítica social e o macabro, o filme confirma o talento inventivo de Victor-Hugo Borges — um dos nomes mais originais da animação brasileira contemporânea.

Após a exibição, teremos um bate-papo com o diretor Victor-Hugo Borges, mediado pelos associados do Clube de Cinema de Porto Alegre.


Confira os detalhes da sessão:


📅 Data: Terça-feira, 11/11/2025, às 19h

📍 Local: Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS

Rua Eng. Luiz Englert, 333 – Campus Central da UFRGS

🎟️ Entrada gratuita


Historietas Assombradas – O Filme

Brasil, 2017, 90 min, classificação livre

Direção: Victor-Hugo Borges

Produção: Glaz Entretenimento / Copa Studio


Sinopse: Pepe vive com sua avó, uma bruxa que vende poções mágicas pela televisão. Quando descobre que foi adotado, parte em uma jornada cheia de mistérios e criaturas sobrenaturais para encontrar seus pais biológicos. Misturando humor ácido, estética do grotesco e uma boa dose de crítica social, o filme revela o lado mais divertido (e assustador) do universo criado por Victor-Hugo Borges.

Nos vemos lá!

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