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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - ''Predador: Terras Selvagens"

Sinopse: Expulso do seu clã, um caçador alienígena e um aliado improvável embarcam em uma jornada traiçoeira em busca do adversário supremo.  

Dan Trachtenberg fez o que parecia impossível ao revitalizar a franquia "Predador", já que desde o clássico de 1987 nenhum outro filme chegou ao mesmo patamar que havia chegado àquele longa protagonizado por Arnold Schwarzenegger. Foi a partir de "O Predador: A Caçada" (2022) que tivemos uma noção de sua revitalização, mas foi no longa animado "Predador: Assassino de Assassinos" que tivemos uma melhor noção das verdadeiras raízes desses alienígenas. "Predador: Terras Selvagens" (2025) é mais um novo passo em termos de criatividade que o diretor obtém ao explorar o universo desses seres, mesmo quando corre o risco de falhar em alguns momentos diga-se de passagem.

A trama se inicia em um planeta alienígena de um determinado futuro e do qual um jovem predador chamado Dek foi rejeitado por seu clã. Para obter respeito e seu lugar ele decide pousar em um planeta onde vive uma criatura difícil de caçar, mas lá obtém uma ajuda inesperada de um androide chamada Thia (Elle Fanning). Juntos eles iniciam uma cruzada perigosa naquele cenário e descobre certas coisas com relação a eles mesmos.

Se nos primeiros filmes a gente tinha pouca noção das origens do Predador, aqui temos finalmente uma dimensão ainda maior sobre a sua cultura e como a fraqueza pode levá-los a ruína. Uma vez que o jovem Predador, ou Yautja, se vê em uma encruzilhada para obter o seu lugar no clã é então que temos a chance de vermos pela primeira vez esse ser alienígena como protagonista, sendo que nos filmes anteriores quase sempre era apresentado como antagonista implacável. Dek é um ser que leva a honra acima de tudo, mesmo que isso lhe custe a própria vida durante o percurso.

Em termos visuais Dan Trachtenberg caprichou ao não somente construir o cenário desses principais acontecimentos, como também soube escolher o seu elenco a dedo. Dek é interpretado pelo dublê neozelandês Dimitrius Schuster-Koloamatangi, sendo que aqui ele nos brinda com uma boa atuação ao trazer vida e personalidade para um personagem que poderia soar um mero boneco feito em CGI, mas que aqui sentimos vida a cada cena sua sendo apresentada na tela. Porém, o seu personagem somente aumenta graças a sua interação com a androide Thia, e cuja atuação dinâmica de Elle Fanning faz com que a interação da dupla se torne o coração e alma do longa.

Curiosamente, é através dessa interação que o filme ganha contornos até mesmo de humor e do qual pode ser visto por todas as idades. Por incrível que pareça, essa suavização para atrair um público maior não diminui a qualidade do filme, mas sim ganha uma outra dimensão com relação a esse universo destes alienígenas e abrindo um leque de diversas novas possibilidades. O filme chega a um ponto em que há elementos não muito diferentes do que é visto na franquia Star Wars e fazendo a gente se perguntar se é para temer ou abraçar essa proposta inusitada.

Ao mesmo tempo, a participação da personagem Thia é outro fator que nos faz a gente se perguntar até onde irá essa franquia, já que ela foi construída por uma empresa tecnológica vista na franquia Alien. As duas criaturas já haviam se encontrado em filmes do passado que já não haviam dado muito certo, mas que agora podem obter uma segunda chance que poderá, ou não, obter certo significado. São diversas perguntas que são levantadas no decorrer da trama, mas que sendo apreciadas de forma independente a gente gosta do longa até o seu último minuto.

Com começo, meio e fim bem amarrados, o filme só derrapa um pouco quando começa algumas cenas de ação desenfreadas que parecem ter o intuito de encher os nossos olhos do que ter algum significado dentro da história. Ao menos o filme se encerra com certo êxito, mas deixando um grande gancho para uma eventual sequência. Será que a criatividade Dan Trachtenberg continuará para mais alguns filmes ou cairá na vala comum de outras diversas franquias?

"Predador: Terras Selvagens" é um belo entretenimento para os fãs da franquia, mesmo quando ela corre o risco de decair nos próximos capítulos.  


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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Cine Dica: Streaming - 'O Predador: A Caçada'

Sinopse: Uma habilidosa guerreira Comanche tenta proteger seu povo de um predador alienígena altamente evoluído que caça humanos por esporte. Ela luta contra a natureza, colonizadores perigosos e essa criatura misteriosa para manter sua tribo segura. 

Se o filme "O Predador" (1987) ainda segue sendo o melhor filme da franquia até hoje é porque muito se deve ao fato de que os realizadores posteriores tentaram beber muito da fonte do original, mas sem tentar ao menos ter personalidade própria. Após "O Predador" (2018) eu sinceramente achava que era o último prego para o caixão, mas estamos falando de Hollywood e que sempre a mesma insiste em ressuscitar franquias para obter algum lucro futuro. Surpreendentemente, "O Predador - A Caçada" (2022), não é uma mera continuação, mas sim um filme que fala por si e tendo a sua própria luz do começo ao fim.

Dirigido por Dan Trachtenberg, do filme "Rua Cloverfield, 10" (2016), o longa conta a história não contada de Naru (Amber Midthunder), uma jovem guerreira qualificada, que deseja proteger seu povo do perigo. Criada entre os maiores caçadores que vagavam pelas Grandes Planícies e confiante de que é tão capaz quanto os outros jovens caçadores, ela se propõe a proteger seu povo quando seu acampamento Comanche é ameaçado por uma criatura misteriosa. Começa então uma verdadeira caçada e que somente um sobreviverá a ela.

Diferente das continuações anteriores o filme não se prende na tarefa de ser obrigado a fazer alguma referência ao clássico, mas sim em se preocupar em nos apresentar um cenário novo e cuja a protagonista é apresentada de uma forma gradual e fazendo com que simpatizemos com ela facilmente. Naru é uma jovem curandeira, mas que deseja ser uma caçadora assim como é o seu irmão e nos surpreendendo pela sua persistência na medida em que a trama avança. A jovem atriz Amber Midthunder se sai muito bem no papel da jovem protagonista, ao passar para nós determinação e uma fúria contida que se encontra em seu profundo olhar.

O cenário si é outro grande atrativo do filme, já que a trama se passa nas planícies no mundo da Nação Comanche no início de 1700 e quando o homem branco a recém estavam chegando. Neste último caso, eles acabam sendo retratados como os verdadeiros caçadores selvagens da trama e cuja a cena dos búfalos mortes não é muito diferente do que foi debatido no já clássico "Dança com Lobos" (1990). Em tempos atuais, nada mais lógico em colocar em pauta sobre quem eram os verdadeiros donos da terra, muito embora esse assunto deveria vir à tona já desde sempre.

Dan Trachtenberg, por sua vez, capricha na alta tensão em diversas passagens do filme, cujo o suspense nos faz temer pelo que irá acontecer a cada momento e fazendo a gente respirar mais fundo. Se em uma cena de uma determinada arvore a gente já teme pelo pior, o que dizer no momento em que a jovem protagonista tenta de todas formas se salvar para não morrer na areia movediça e sendo uma das melhores e mais tensas cenas do filme. Mas e o Predador si?

Bom, o original ainda é insuperável, muito embora esse não seja muito diferente em termos de ser implacável e que não medirá esforços para caçar a sua presa. Curiosamente, é interessante observar o seu equipamento de caça, parecendo antecessor ao que vimos nos filmes anteriores, mas não menos que mortíferos. Com uma presença imponente parece até mesmo forçado a gente pensar que a pequena jovem protagonista tenha alguma chance contra esse caçador.

Porém, o roteiro colabora para que todas as situações soem verossímeis, ao ponto dos efeitos visuais quase não parecem tão artificiais e não prejudicando na verossimilhança que é incrementada nas cenas de ação. O ato final, por exemplo, é implacável, sangrento e até mesmo cru em alguns momentos. Para a minha surpresa, um pequeno detalhe ao final do filme responde uma pergunta que existe desde o final de "O Predador 2" (1990) e cuja a sua resposta contradiz ao que a gente imaginava, mas não menos do que satisfatória.

"O Predador - A Caçada" é desde já um dos melhores filmes da franquia desde o clássico original, mas obtendo esse feito por construir para si uma luz própria e sabendo nos passar um verdadeiro cenário de tensão e até mesmo claustrofóbica. 

Onde Assistir: Star+  

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