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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 09 A 15 DE OUTUBRO

 Estreia de "Aldo Baldin" e relançamento em 4K de "Amores Brutos" são destaques do CineBancários em 9 de outubro

A programação da sala contempla também o filme "Malês", de Antonio Pitanga

Documentário de Yves Goulart apresenta a surpreendente história de Aldo Baldin, um dos principais tenores brasileiros a ganhar o mundo e um prêmio Grammy (1981), embora o artista seja desconhecido no Brasil

A produção, que soma 23 prêmios nacionais e internacionais e conta com a participação de grandes nomes da música como o maestro Isaac Karabtchevsky, a pianista Lilian Barretto, o compositor Edino Krieger e os cantores Maria Lucia Godoy e Fernando Portari, estreia na sessão das 15h no CineBancários. De Urussanga, pequena cidade catarinense onde cresceu entre paisagens rurais e uma vida simples, até os palcos mais cobiçados da Europa, a trajetória do tenor Aldo Baldin é um capítulo brilhante – e pouco conhecido – da música de concerto brasileira. No dia 31 de julho, essa história ganha as telas do cinema nacional com o documentário "Aldo Baldin, uma vida pela música", dirigido por Yves Goulart e distribuído pela Bretz Filmes.  

Premiado em mais de 20 festivais pelo Brasil e no exterior, o filme desvenda a ascensão de um artista que, com sua voz límpida e técnica impecável, gravou mais de cem discos e se tornou uma figura reverenciada no meio musical internacional – especialmente na Alemanha, onde fixou residência e construiu parte significativa de sua carreira. A narrativa acompanha desde os primeiros anos de Baldin, mergulha em suas raízes familiares e na paixão precoce pelo canto, até o reconhecimento global, quando passa a dividir o palco com lendas como o maestro alemão Helmuth Rilling, seu parceiro em 45 gravações, e o britânico Sir Neville Marriner, com quem conquista o Grammy em 1981 pela interpretação de "A Criação", de Haydn.  

O longa conta com depoimentos emocionados de quem conviveu com o tenor: o maestro Isaac Karabtchevsky, a pianista Lilian Barretto, o compositor Edino Krieger e os cantores Maria Lucia Godoy e Fernando Portari compartilham memórias que revelam não apenas o músico excepcional, mas o homem por trás da arte – dedicado, amigo, generoso e profundamente ligado às suas origens.  

Mais do que um tributo, o documentário é um reencontro com um legado artístico que merece ser redescoberto. Para os amantes da música de concerto, é uma chance única de entender a dimensão de um brasileiro que elevou o nome do país no cenário erudito internacional. Para o público geral, uma oportunidade de se encantar com a história de um menino do interior que, com talento e persistência, tornou-se artisticamente imortal.    

Trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=crpT64hQwSk


Restauração de "Amores Brutos" foi exibida pela primeira vez em Cannes, com presença do diretor Alejandro G. Iñárritu e de Gael García Bernal, em homenagem aos 25 anos do filme

Em celebração aos 25 anos do lançamento de “Amores Brutos”, a Retrato Filmes - distribuidora brasileira - e a MUBI - distribuidora global, serviço de streaming e produtora - relançam a obra em 4K nos cinemas dia 9 de outubro. A restauração do clássico do mexicano Alejandro G. Iñárritu foi exibida pela primeira vez no Festival de Cannes, mesmo evento onde a versão original teve sua estreia mundial e conquistou o Grande Prêmio da Semana da Crítica. Em 2000, também participou da disputa por Melhor Filme Estrangeiro no Oscar®. Considerado um dos grandes clássicos contemporâneos, o longa-metragem rodado na Cidade do México é ramificado em três histórias, que se entrelaçam a partir de um acidente de carro. 

O filme marcou o primeiro grande papel do mexicano Gael García Bernal (“Diários de Motocicleta”, de Walter Salles), que voltou a trabalhar com Iñárritu posteriormente, em “Babel”. Os dois participaram da reestreia em Cannes, este ano, onde relembraram o início do projeto. Na época, Iñárritu era apresentador de rádio, e Bernal, estudante de artes cênicas de uma escola em Londres. Hoje, ambos são nomes de destaque do cinema latino-americano e de Hollywood. A restauração foi realizada sob a supervisão da Criterion Collection, Estudio Mexico Films e Altavista Films, com supervisão de cor de Iñárritu e do diretor de fotografia mexicano Rodrigo Prieto, além de uma nova mixagem de som surround 5.1, por Jon Taylor no NBCUniversal StudioPost. 


PROGRAMAÇÃO DE 09 A 15 DE OUTUBRO


ESTREIAS:


ALDO BALDIN – UMA VIDA PELA MÚSICA

Brasil/ Documentário/74min

Direção: Yves Goulart

Sinopse: A trajetória do talentoso tenor brasileiro Aldo Baldin desde um início humilde no interior do país até se tornar um dos maiores tenores líricos do mundo em sua época. Aldo cantou com os maiores maestros, se apresentou nas mais famosas salas de concerto e gravou mais de 100 álbuns. 



AMORES BRUTOS (RELANÇAMENTO – Restaurado em 4K))

Mexico/ Drama/2000/154min

Direção:Alejandro González Iñárritu 

Sinopse: Um trágico acidente de carro. Três vidas colidem e nos revelam o lado mais bruto da natureza humana. Um triângulo amoroso entre irmãos, um homem que abandona tudo por uma supermodelo e um assassino de aluguel com um passado prestes a ser desenterrado. O circulo nunca se fecha: a dor é, também, um caminho para a esperança.

Elenco: Álvaro Guerrero, Emilio Echevarría, Gael García Bernal, Goya Toledo, Jorge Salinas, Marco Pérez, Vanessa Bauche.



EM CARTAZ: 

MALÊS

Brasil/Drama/2024/ 113min.

Direção: Antonio Pitanga

Sinopse: O filme retrata uma jornada de resistência e coragem, ambientada na vibrante Salvador de 1835. Durante seu casamento, dois jovens muçulmanos são arrancados de sua terra natal na África e vendidos como escravos no Brasil. Separados pelo destino cruel, ambos lutam para sobreviver e se reencontrar, enquanto se veem envolvidos na maior insurreição de escravizados da história do Brasil: a Revolta dos Malês.

Elenco: Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Antonio Pitanga, Samira Carvalho, Patricia Pillar, Edvana Carvalho, Bukassa Kabenguele



HORÁRIOS DE 09 A 15 DE OUTUBRO

15h: ALDO BALDIN – UMA VIDA PELA MÚSICA

17h: MALÊS

19h: AMORES BRUTOS (RELANÇAMENTO)


Não há sessões nas segundas-feiras


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405

ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Paraíso em Chamas'

Sinopse: Abandonadas pela mãe, Laura e irmãs desfrutam brevemente da liberdade até receberem ameaça de separação pelo serviço social.  

Quando se fala sobre o cinema sueco imediatamente a maioria de nós cinéfilos irá se lembrar dos filmes de Ingmar Bergman, pois o realizador foi responsável por obras primas como "O Sétimo Selo" (1957). Porém, é preciso reconhecer que neste início de século já surgiram inúmeros longas que foram apontados como novos clássicos daquele país, como no caso de "Deixe ela Entrar" (2008) de Tomas Alfredson.  "Paraíso em Chamas" (2023) revela que a Suécia ainda pode nos render belas pérolas cinematográficas na medida em que o tempo passa.

Dirigido pela estreante Mika Gustafson, a trama se passa em um bairro da Suécia, onde três irmãs cuidam de si mesmas após a mãe ausente sumir por completo, deixando-as sozinhas. Laura é a mais velha, com 16 anos, Mira é a do meio, com 12 anos, e Steffi é a caçula, com 7 anos. Enquanto se preparam para o verão, divertido e despreocupado sem supervisão adulta, o trio lida com a ausência materna e a ameaça do conselho tutelar, que pede uma reunião com a parente responsável. Laura tenta encontrar alguém para se passar pela mãe com os assistentes sociais, caso contrário as três serão levadas para um lar adotivo e separadas.

A informação de que a mãe não se encontra naquele cenário ocorre de forma gradual, já que a história começa de forma imediata, onde a irmã mais velha procura manter o equilíbrio do dia a dia dentro daquele lar e procurar sobreviver com o que tem. Mika Gustafson, por sua vez, realiza cenas dinâmicas, cuja sua câmera frenética acompanha aquelas meninas a todo momento, fazendo ter uma dimensão de suas situações e fazendo a gente se perguntar o que virá a seguir. Ao mesmo tempo há momentos descontraídos, onde elas e demais jovens da região buscam aproveitar ao máximo música, bebida e ao mesmo tempo invadindo determinadas casas para aproveitar as piscinas.

O filme por si só é uma espécie de representação de uma geração perdida e desprovida dos laços familiares, já que esses últimos se encontram perdidos nesta realidade e optando por escapar das responsabilidades. Não conhecemos os pais destas irmãs, mas temos uma dimensão do que eles podem ter sido através de outros adultos, como no caso Hanna (Ida Engvoll), vizinha próxima de Laura e Sasha (Mitja Siren) um homem bêbado de um bar que deseja ser o melhor no ramo da música. Enquanto Hanna procura manter as raízes de sua juventude perdida através de Laura, por outro lado, Sasha se torna uma alma cansada daquele cenário, mas que obtém certa sobrevivência através de Mira, que vê nele o lado paternal há muito tempo esquecido.

Não há como negar que a força matriz se encontra na presença de Laura, interpretada com intensidade pela atriz Bianca Delbravo e cuja sua personagem procura buscar o equilíbrio em meio a uma realidade em que os adultos se encontram mais perdidos do que as próprias crianças vistas na tela. Mika Gustafson realiza, portanto, uma análise delicada e mais atual do que nunca sobre uma geração perdida, mas que procura se manter unida, mesmo quando o sistema lhe diz o contrário. Embora o final termine de uma forma pessimista, ao mesmo tempo deixa em aberto sobre o futuro das jovens protagonistas e fazendo a gente desejar com que os seus laços de amor não se desprendam tão facilmente.

"Paraíso em Chamas" é mais uma pérola do cinema sueco, onde o retrato de uma realidade nua e crua de uma geração perdida vinda de lá não é muito diferente do que se vê do lado de cá da tela.   

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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 09 a 15 de outubro de 2025

Os Filhos dos Medo

RAÚL RUIZ NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 10 de outubro, às 19h30, o Projeto Raros apresenta na Cinemateca Capitólio um dos filmes mais desconcertantes do chileno Raúl Ruiz: O Teto da Baleia (1982). Com entrada franca, a sessão marca o encerramento da mostra Alucinação dos Mapas.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9247/projeto-raros-o-teto-da-baleia/


CRIANÇAS MONSTRUOSAS NA SESSÃO DA VINGANÇA

Neste domingo de Dia das Crianças, 12 de outubro, às 18h, a Sessão da Vingança fará uma exibição especial do clássico body horror da década de 1970, Os Filhos dos Medo, de David Cronenberg. Com entrada franca, a sessão será comentada por Cristian Verardi, idealizador da mostra A Vingança dos Filmes B.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9299/sessao-da-vinganca-os-filhos-do-medo/


SEU CAVALCANTI EM CARTAZ

Dirigido por Leonardo Lacca, o filme Seu Cavalcanti entra em cartaz na Cinemateca Capitólio nesta quinta-feira, 09 de outubro. No sábado, dia 11, às 19h, o diretor participa de um debate após a projeção. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9297/seu-cavalcanti/


POADOC APRESENTA FILME DE BARBARA MARCEL

Barbara Marcel será o nome do mês de outubro das sessões especiais do POADOC. Suraras, lançado em 2024, será exibido na Cinemateca Capitólio no dia 15, quarta-feira, às 19h. A diretora conversa com o público após a sessão. Entrada franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9303/sessao-poadoc-suraras/


GRADE DE HORÁRIOS

09 a 15 de outubro de 2025


09 de outubro (quinta-feira)

15h – Jornada ao Oeste

17h – Os Garotos de Fengkuei

19h – Seu Cavalcanti


10 de outubro (sexta-feira)

15h – Os Malditos

17h – 7 Mulheres (entrada franca)

19h30 – Projeto Raros: O Teto da Baleia


11 de outubro (sábado)

15h – Jeanne Dielman

19h – Seu Cavalcanti + debate


12 de outubro (domingo)

15h – Os Malditos

18h – Sessão da Vingança: Os Filhos do Medo


14 de outubro (terça-feira)

15h – Jeanne Dielman

19h – Seu Cavalcanti


15 de outubro (quarta-feira)

15h – Jeanne Dielman

19h – POADOC: Suraras

domingo, 5 de outubro de 2025

Cine Dica: Ciclo discute perda do sentido e limite da ficção no Cinema da UFRGS

Debater a censura às artes, os limites e a atual perda do sentido da ficção é a proposta do ciclo “Ficções Libertas”, que estreia na Sala Redenção no dia 8 de outubro, quarta-feira, e segue até o dia 29 de outubro. As três primeiras sessões contam com bate-papo com Paula Luersen, pesquisadora e proponente do ciclo.

O ciclo integra o projeto “Interdições do sensível, ficções libertas” do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS (PPGAV), desenvolvido por Paula e orientado pela artista e pesquisadora Mônica Zielinsky. Os encontros acontecem nas quartas-feiras de outubro, com exibições às 13h30. Haverá certificado de extensão de 9h para quem participar de pelo menos 75% das atividades.

Inscreva-se entre 22 de setembro e 7 de outubro através do formulário.

“Close Up” (1990) de Abbas Kiarostami, é o filme que dá início à programação no próximo dia 8 de setembro. A obra debate a responsabilização das imagens e da ficção por ações criminosas e violentas.

Na quarta-feira seguinte, dia 15, é a vez de “Estás vendo coisas” (2017), de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, e “Fotograma” (2016), de Luís Henrique Leal e Caio Zatti. As produções refletem sobre como as linguagens da arte podem propor formas de reconfigurar a nossa experiência de mundo.

Já no dia 22, a Sala Redenção exibe “A liberdade é azul” (1993) de Krzysztof Kieślowski, obra que pensa a atuação da ficção no tratamento simbólico de questões traumáticas.

O ciclo encerra com “Warhol – Vijande: Mais que pistolas, facas e cruzes” (2025), de Sebastián Galán. A produção narra a história da lendária visita do artista Andy Warhol a Madri, em 1983, a convite do galerista espanhol Fernando Vijande.

Confira a programação completa no site oficial da sala clicando aqui. 

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Cine Especial: Revistando 'Paris Texas'

Apontado por muitos como um dos melhores filmes da década de oitenta, o longa já começa dando um show mostrando o contraste do céu azul com a paisagem sílica dos desertos texanos e o boné vermelho do personagem principal que está a vagar por ele. E em consonância com a fotografia, a trilha sonora é marcada por solos bem arranhados de guitarra que nos inebria e cativa nossa concentração durante todo o longa.

Esse personagem que vagava pelo deserto é Travis (Harry Dean Stanton). Vagou durante quatro anos sem dá notícias a ninguém por onde andava, depois de acontecimentos no seu casamento que só são revelados no fim do filme. Quando resolveu sumir, fora de si, deixou esposa e filho para trás. Daí ele encontra um posto em meio ao deserto e passa mal. É atendido por um médico que encontra um número de telefone em seu bolso. A ligação cai em Walt (Dean Stockwell, que está ótimo no filme), seu irmão. Fazendo o papel de família – e esse é um tema bem abordado no longa –, Walt vai buscar seu irmão. Ele encontra Travis em maltrapilhos e “mudo”. Após um bom tempo de viagem é que ele consegue arrancar algumas palavras do irmão, e elas foram: Paris… Paris, Texas.

Travis tinha em mãos a foto de um lote que diz ele ter comprado na cidade de Paris, Texas. Ele lembra ao irmão que foi lá onde o pai dele dizia tê-lo concebido com sua mãe e que ele tinha orgulho de dizer que sua esposa havia nascido na capital francesa para todos. Mentia tanto a respeito, que até ele acreditava (uma breve crítica feita à sociedade e seus padrões de aceitação). Já vencido o silêncio, conversa vai e vem e Walt resolveu perguntar a Travis que motivos o levaram a abandonar sua família. Mas, dizendo ele, não lembrava. O que havia restado em Travis era apenas um imenso vazio alimentado e metaforizado pelos desertos por onde vagou (parabéns à direção de arte).

Chegando a Los Angeles, onde Walt e sua esposa Anne moravam e criavam Hunter, o filho de Travis, começa a tentativa de reaproximação entre pai e filho, e surge a esperança de unir a família novamente. Travis então resolve ir atrás de Jane (Nastassja Kinski), sua esposa e mãe de seu filho e, este último, por vontade própria, também decide juntar-se ao pai na busca. Aqui fica clara a luta pela família. Depois de idas e vindas, encontram-na. Nastassja está maravilhosa no papel de Jane, no que talvez seja uma das melhores atuações femininas da história do cinema.O que me resta dizer agora é que Wenders faz jus a sua aclamação como cineasta e termina o filme da melhor maneira possível.

Esse longa é belíssimo. Cheio de belas metáforas e ricas falas, o filme encanta como a cidade de Paris (França) e comove como os desertos do Texas (lembrando que Paris no Texas existe mesmo! Mas, no filme, ela é mais metafórica). Possui um final que deixa alguns porquês tirando, dessa forma, a obviedade do filme (que nem precisava), mas, mesmo assim, não causa curiosidade no espectador. A obra por si só convence. Enfim, sentar em frente de uma tela de cinema e assistir a essa obra de Wim Wenders é mais do que um programa, é uma viagem até Paris. E não me refiro à cidade das luzes. Refiro-me à cidade obscura e deserta que está no interior do ser humano sem amor e sem família.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (02/10/25)

 Coração de Lutador - The Smashing Machine

Sinopse: Com direção de Benny Safdie e produção da A24, o filme traz a poderosa e real história de uma lenda do UFC que, no auge da fama, precisa enfrentar seus maiores combates fora do octógono: o vício, a pressão pela vitória, o amor e a lealdade.


Os Estranhos: Capítulo 2

Sinopse: Após descobrirem que sua vítima, Maya, ainda está viva, três maníacos mascarados retornam para terminar o serviço. Sem ter para onde correr e sem ninguém em quem confiar, Maya se vê em uma luta pela sobrevivência contra psicopatas.


Dora e o Mundo Mágico Das Sereias

Sinopse: Em DORA E O MUNDO MÁGICO DAS SEREIAS, Dora e Botas se transformam em sereias após tocarem um instrumento mágico, embarcando em desafios subaquáticos para salvar a Enseada das Sereias. Acompanha um episódio especial de aniversário da Dora.


Goa

Sinopse: Tyriq Withers interpreta Cameron Cade, um promissor quarterback universitário que dedicou sua vida - e sua identidade - ao futebol americano.


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Cine Dica: Sessão dupla CCPA: Circuito Metropolitano Audiovisual RS (Cine Bancários + Cinemateca Paulo Amorim).

Cida Tem Duas Sílabas (Giovanna Castellari)

Neste final de semana teremos uma sessão dupla especial do Clube de Cinema, com exibições no Cine Bancários e na Cinemateca Paulo Amorim (CCMQ) de curtas-metragens que integram o Circuito Metropolitano Audiovisual RS.

A mostra reúne uma diversidade de olhares e linguagens, com filmes que transitam entre o documentário, a ficção, a animação e o experimental. As obras abordam temas sociais relevantes, como violência contra a mulher, memória cultural, ditadura, diversidade de gênero e crise ambiental. Há espaço também para o fantástico, o terror e a comédia, em curtas-metragens que exploram desde tradições culturais até reflexões filosóficas e existenciais.

Além disso, a sessão contará com a presença de diversos realizadores, que irão compartilhar com o público os bastidores e os processos de criação de suas obras, enriquecendo ainda mais a experiência.


Confira os detalhes das sessões:


🎬 PROGRAMAÇÃO

📅 Sábado – 04/10/2025

🕙 10h

📍 Cine Bancários – Rua Gen. Câmara, 424, Centro Histórico, Porto Alegre

Filmes em exibição:

A Borda da Vida (Fabiane Severo)

Cida Tem Duas Sílabas (Giovanna Castellari)

Dias de Camus (Cecília Schroeder Catarino)

O Espelho (Fernanda de Menezes Nunes)

Outro Lado (Jackson Reis)


📅 Domingo – 05/10/2025

🕙 10h

📍 Cinemateca Paulo Amorim – Sala Eduardo Hirtz, Casa de Cultura Mario Quintana

Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre


Filmes em exibição:

A Pior Dor que Há (Ana Clara Miranda Lucena)

Memórias Enferrujadas – Ressonâncias (Tayhú Durigon Wieser)

O Terceiro Híbrido (Eric Pedott)

Porto a Drag (Mel Eichler)

Reset (Gabriela Nataly)


Esperamos por você!


CONFRATERNIZAÇÃO DO CCPA

A Diretoria do Clube de Cinema tem a alegria de convidar você para um momento especial de confraternização, pensado para aproximar ainda mais nossos associados.


📅 Data: 29 de novembro, sábado

⏰ Horário: a partir das 10h30

📍 Local: Associação do Pessoal da Caixa Econômica – Av. Cel. Marcos, 627 – Pedra Redonda

Começaremos a manhã com um café preparado pela organização, em clima de partilha. Quem quiser, pode levar seu chimarrão para irmos mateando juntos. Ao meio-dia, será servido um almoço – o cardápio será confirmado em breve. Importante: O encontro será por adesão, e o valor será informado mais próximo da data. No momento, precisamos apenas da sua confirmação de interesse para calcularmos o número de participantes. Será uma ótima oportunidade para nos encontrarmos fora das sessões, em um ambiente acolhedor e descontraído. Contamos com sua presença!


Atenciosamente,

Equipe diretiva do Clube de Cinema de Porto Alegre

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