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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de maio de 2023

Cine Dica: 100 Anos de Cultura e Conflitos

100 Anos de Cultura e Conflitos: série dirigida pelo cineasta João Batista de Andrade estreia dia 29 de maio no SescTV

O lançamento também inclui première no CineSesc e um encontro com o diretor da série, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc


Assista ao teaser: https://www.youtube.com/watch?v=EuS3RbX3BxY


São Paulo, maio de 2023 – No dia 29, às 21h, estreia no SescTV a série “100 Anos de Cultura e Conflitos”, uma produção da PaleoTV, com direção de João Batista de Andrade, cineasta, produtor de cinema e televisão, roteirista e escritor brasileiro. Na mesma data de estreia no canal, o SescTV promove no CineSesc um evento de lançamento que acontecerá a partir das 20h30. Na ocasião, o diretor João Batista vai comentar sobre as motivações e desenvolvimento da produção, e o primeiro episódio “A Revolta dos Tenentes” será exibido. A atividade será aberta ao público, mediante retirada de ingressos na bilheteria do CineSesc (R. Augusta, 2075 - Cerqueira César),  a partir das 19h.

A série “100 Anos de Cultura e Conflitos” explora, ao longo de 16 episódios e a partir da análise de importantes historiadores e pensadores contemporâneos, os eventos históricos que moldaram a política e a cultura brasileira atuais. Movimentos como a Semana de Arte Moderna e o Tenentismo, ambos ocorridos em 1922, são investigados, assim como outros marcos fundamentais na história do Brasil. A partir do dia 29, a série também estará disponível sob demanda pelo sesctv.org.br/100anos.

Na semana seguinte à estreia, o SescTV realizará um encontro com o diretor João Batista. O evento será aberto ao público e acontecerá no dia 5 de junho, a partir das 16h, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista). Além do cineasta, participa da conversa a atriz Naruna Costa. Os convidados vão abordar temas como o tenentismo, a insistente presença dos militares na história do Brasil, revoluções como a Guerra do Paraguai, a Revolução de 1924 e a Coluna Prestes, a Semana de Arte Moderna, Questão Indígena, entre outros. 


Sobre a série:

Para o diretor João Batista de Andrade, a produção busca investigar o emaranhado de contextos históricos que constituem a cultura brasileira e o funcionamento da sociedade. A série guia o espectador em um diálogo sobre uma sequência de eventos que sofreram a influência das ideologias disponíveis no início do século XX e que se moldaram a partir da herança cultural do século XIX, definindo a trajetória incerta da República e da Democracia.

“Claramente ‘100 anos de cultura e conflitos’ diferencia-se dos bons trabalhos que abordam exclusivamente o centenário da Semana de Arte Moderna”, conta o cineasta. “Nesta série, decidimos falar desses 100 anos, por meio de uma conjunção histórica. São 100 anos de uma afirmação cultural moderna e, ao mesmo tempo, da ascensão do militarismo com a revolta dos "tenentes" no Forte de Copacabana”. Para o diretor, a produção explora como as esferas da política e da cultura puderam conviver em um período tão marcado pelas contradições da vida política brasileira e pela presença militar, em meio a luta na construção de um país moderno e democrático, saído tão recentemente do escravismo.

Os 16 episódios da série 100 anos de Cultura e Conflitos, abordam, respectivamente, os seguintes temas: A Revolta dos Tenentes; a Revolução de 24 e a Coluna Prestes; A Semana de Arte Moderna; A Guerra do Paraguai; A “libertação” dos escravizados; Primeira República – partes 1 e 2; 1930, enfim a Revolução; A Rádio Nacional e o Cinema Sonoro; A revolução de 32; A intentona comunista; O Plano Cohen; Getúlio, o Eterno Retorno; JK, Jango e o Golpe de 64; A Questão Indígena no Brasil; 100 Anos de Política e de Golpes.


Sobre o diretor:

João Batista de Andrade iniciou sua carreira no cinema em 1963 e, desde então, dirigiu mais de 30 produções, atuou, escreveu doze livros e recebeu diversas premiações por suas obras em alguns dos principais festivais do planeta. Foi secretário da Cultura do Estado de São Paulo, quando criou o PROAC - Programa de Ação Cultural. Foi também Presidente do Memorial da América Latina e Ministro Interino do Ministério da Cultura e assumiu interinamente o Ministério da Cultura em 2017.


SERVIÇO:

100 Anos de Cultura e Conflitos

Estreia no canal: 29/5, segunda, a partir das 21h

Classificação indicativa: 10 anos

Duração: Aproximadamente 26 min. cada

Direção: João Batista de Andrade

Produção: Paleo TV

Evento de lançamento no CineSesc

Data e hora:  29/5, segunda, a partir das 20h30

Local: CineSesc - rua Augusta, 2075 - Cerqueira César, São Paulo

Retirada de ingressos a partir das 19h, na bilheteria do CineSesc


Bate Papo com João Batista de Andrade no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (CPF)

Evento aberto ao público com entrada gratuita mediante inscrição no site do Centro de Pesquisa e Formação, em sescsp,org,br/cpf (vagas limitadas)

Data e horário: 05/06/2023, às 16h

Local: Centro de Pesquisa e Formação (CPF): rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista, São Paulo

Convidados: historiadora Maria Cecília Forjaz e atriz Naruna Costa


Sobre o SescTV:

O SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua grade de programação é permeada por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com grandes nomes da música e da dança. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras artes também estão presentes na programação.


Para sintonizar o SescTV:

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Assista também online em sesctv.org.br/noar 

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terça-feira, 23 de maio de 2023

Cine Dica: Streaming - 'Shazam! Fúria dos Deuses'

Sinopse: Deuses antigos chegam à Terra em busca da magia roubada deles há muito tempo. Shazam e seus aliados são lançados em uma batalha por seus superpoderes, suas vidas e o destino do mundo. 

Eu gosto de comparar o gênero das adaptações das HQ de Super Heróis para o cinema com o gênero de faroeste. Neste último caso, por exemplo, ele foi levado tantas vezes para o cinema no período do século vinte que ele se viu praticamente morto nos anos oitenta, mas tendo uma breve ressurreição no início dos anos noventa através de títulos como "Os Imperdoáveis" (1992) e "Dança com Lobos" (1990). Por enquanto, não estamos diante da revitalização de um gênero, mas sim de sua possível queda.

Enquanto Marvel/Disney deixou a sua máquina de fazer filmes e séries no piloto automático, por outro lado, Warner/DC não sabem ao certo em que direção estão tomando, mesmo tendo a promessa através do James Gunn de que tudo será novo e melhor. O problema não é o quanto irão investir, mas sim até onde poderão obter uma trama que realmente possa empolgar o público hoje em dia. Em tempos de pós pandemia em que a população sentiu na carne a força da natureza é preciso que os gêneros cinematográficos como esse se reinventem para esse novo mundo, ou então cairão por tempo indeterminado no buraco do esquecimento.

Neste cenário indefinido, ao menos, um ou outro personagem tem chamado atenção por suas aventuras despretensiosas e bem típicas de filmes do melhor período da Sessão da Tarde. "Shazan" (2019) era aventura deliciosa para se assistir com toda a família, mas que quase perdeu os holofotes, pois estava ao mesmo tempo estreando "Vingadores - Ultimato" (2019) e o resto da história todo mundo sabe. Como alguém que não quer nada eis que chega   "Shazam! Fúria dos Deuses" (2022), filme que não promete revolucionar a roda, mas não significa que seja algo para se jogar fora.

Dirigido novamente por David F. Sandberg o filme é uma sequência do primeiro filme do herói que apresenta as aventuras do adolescente órfão Billy Batson (Asher Angel). Basta gritar uma palavra – SHAZAM! – para que o jovem se transforme no super-herói adulto Shazam (Zachary Levi), dom que recebeu de um antigo mago. Um menino dentro de um corpo de herói, Shazam se diverte com seus superpoderes e começa a testar os limites de suas habilidades, mesmo que precise dominar estes poderes rapidamente para lutar contra as forças do mal. Nessa nova aventura, agraciado com os poderes dos deuses, Billy Batson e seus companheiros ainda estão aprendendo a conciliar a vida adolescente com os álter egos de super-heróis adultos. Quando um trio vingativo de deuses antigos chega à Terra em busca da magia roubada deles há muito tempo, Shazam e seus aliados são lançados em uma batalha por seus superpoderes, suas vidas e o destino do mundo.

Novamente o filme vai a fundo com relação aos Deuses do passado e fazendo da trama até mesmo ter alguns pontos sombrios para dizer o mínimo. Porém, tudo é suavizado com a presença da família super heroica que, além de defender o mundo, precisam lidar com o dia a dia da vida adolescente e que com ela vem sempre mudanças para terem que lidar na medida em que o tempo passa. Neste contexto, o filme ganha pontos ao fazer dos personagens mais humanos e falhos, sendo uma fórmula que já havia funcionado com Homem Aranha e aqui é sempre bem-vinda. De todos dessa inusitada família heroica quem se sobressai é justamente Freddy e interpretado sublimemente por Jack Dylan Grazer.

Ele, aliás, obtém uma aliança inusitada com o mago Shazan e que é interpretado pelo ótimo ator Dijimon Houson. Ambos possuem aquela velha fórmula de sucesso com relação ao professor e aluno. sendo que isso já foi também usado a exaustão no cinema, mas que aqui ainda funciona como uma luva. Vale destacar que as versões adultas dos personagens têm maior destaque, especial justamente a Billy Batson.

Se no filme anterior era difícil a gente acreditar que o herói e o garoto eram a mesma pessoa, aqui essa sensação diminui, pois Asher Angel acaba tendo menos tempo em cena enquanto Zachary Levi possui um tempo maior e obtendo a chance de desenvolver melhor o personagem que foi muito apontado no filme anterior como bem bobalhão. Não que o humor tenha diminuído, mas aqui ele acontece nos momentos quando devem e sendo a maioria protagonizados pelo ator que se entregou ao personagem muito bem diga-se de passagem.

Quanto ameaça em si não traz nenhuma novidade, nem pelo fato de as antagonistas serem interpretadas por veteranas como Helen Mirrem, Lucy Liu e a jovem talento Rachel Zegler. Se essa última possui um conflito ao ficar dividida entre a herança dos Deuses a raça humana, as duas primeiras possuem um conflito sobre como irão usar os seus poderes uma vez que reconquistaram novamente. Mas isso não é o suficiente para as personagens serem interessantes, já que tudo isso fica muito na superfície e deixando com que ação se sobressaia em meio a qualquer dilema.

Falando em ação, do segundo ao terceiro ato o filme se entrega novamente aos inúmeros efeitos visuais que, ao menos, se casam com a proposta principal da obra e não se tornam meros enfeites. Mas o problema principal do filme talvez esteja novamente com relação a repetição, do qual há o desafio, há o dilema e, por fim, a redenção que é consumada. É familiar e tudo que podemos é somente aceitar e poder curtir.

Ao menos, o final do filme nos brinda com duas situações inesperadas, sendo que uma nos cria uma certa aflição e surpresa, para logo em seguida ser resolvida com outro fator surpresa e do qual ninguém esperada. Pode soar forçado, mas no fundo eu vibrei muito com essa solução que para alguns irá parecer uma verdadeira piada, porém, para mim se tornou bem divertida. Como não poderia deixar de ser, o filme nos dá pistas sobre uma eventual continuação, mas que ficamos na dúvida se realmente irá acontecer um dia.

"Shazam! Fúria dos Deuses" é um ótimo passatempo para toda a família, mas que vem em um momento em que o gênero heroico cinematográfico talvez esteja se encaminhando para o seu inevitável esgotamento. 

Onde Assistir: HBO Max. 

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Cine Dica: Sala Redenção apresenta programação de cinema africano

Anualmente, durante a Semana da África da UFRGS, a Sala Redenção organiza uma programação com filmes produzidos no continente. A edição de 2023, intitulada “Narrativas Africanas”, exibe oito documentários, de seis diferentes países, realizados entre 2016 e 2021. Em cartaz de 22 a 31 de maio, a programação busca abordar como as questões socioeconômicas da região impactam, transformam e motivam as personagens de cada uma das obras cinematográficas.

Dentro da programação oficial da Semana da África na UFRGS e em parceria com o Departamento de Educação e Desenvolvimento Social (DEDS), a Sala Redenção exibe dois filmes. O primeiro, “Kemtiyu, Cheikh Anta”, retrata o homenageado do evento, Cheikh Anta Diop, importante figura intelectual e política do Senegal. O segundo, “Système K”, consiste em um documentário congolês sobre um grupo de artistas de rua da capital Kinshasa.

Complementando a programação, a mostra recebe mais um filme do Congo (“Navegando até Kinshasa”), além de obras do Lesoto (“Mãe, Eu Estou Sufocando. Este é o Meu Último Filme Sobre Você), do Níger (“Zinder”) e do Egito (“Amal”). Da República Centro-Africana, são exibidos dois documentários que tratam a temática da educação, “Nós, Estudantes!” e “Makongo”.

“Narrativas Africanas” prevê sessões de segunda a sexta-feira, às 16h e às 19h, com entrada franca e aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus central da UFRGS, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.

A mostra é uma realização do cinema da UFRGS em parceria com a Aliança Francesa de Porto Alegre e a Cinemateca da Embaixada da França.


Confira a programação completa na pagina oficial da sala clicando aqui. 

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Guardiões da Galáxia Vol. 3'

Sinopse: Peter Quill deve reunir sua equipe para defender o universo e proteger um dos seus. Se a missão não for totalmente bem-sucedida, isso pode levar ao fim dos Guardiões. 

James Gunn havia feito o seu dever de casa quando lançou o seu primeiro "Guardiões da Galáxia" (2014), sobre um grupo de anti-heróis espaciais e cuja aventura era embalada com uma boa trilha sonora e que remetia aos anos dourados da década de oitenta. Essa nostalgia se fortaleceu ainda mais no segundo filme, mas os rumos dos personagens ficaram em aberto após os eventos de "Vingadores - Ultimato" (2019). Mas eis que chega "Guardiões da Galáxia Vol.3" (2023), filme que encerra a jornada desses desajustados de forma digna e emocional na medida certa.

Na trama, o grupo busca se estabelecer em "Lugar Nenhum", mas não demora muito para que suas vidas sejam reviradas pelos ecos do passado turbulento de Rocket (Bradley Cooper). Ainda se recuperando da perda de Gamora (Zoe Saldana), após os acontecimentos de "Vingadores: Ultimato", Peter Quill (Chris Pratt) reúne sua equipe para defender o universo e um companheiro de equipe. Mas esta missão pode significar o fim dos Guardiões como conhecemos, se ela não for bem-sucedida.

James Gunn sabe onde tocar profundamente em nós quando o assunto é criar um elo emocional que nos faz nos identificarmos facilmente com os personagens. Se na abertura do primeiro filme isso já havia dado certo aqui a situação não é diferente, pois em poucos minutos conhecemos a origem trágica de Rocket e para logo em seguida ser embalada com a música "Creep" da banda Radiohead. Todo esse momento não é somente para nos simpatizarmos com o personagem, como também nos darmos conta que a sua jornada estava sendo construída aos poucos no decorrer dos filmes e aqui sendo finalizada de uma forma tão bem amarrada que fará qualquer marmanjo deixar de escorrer uma lagrima.

O que mais impressiona é que estamos falando de um personagem criado digitalmente, mas que nos passa vida e emoção na medida certa. Aliás, é nas cenas entre Rocket, Lylla, Dentes (Asim Chaudhry) e Chão (Mikaela Hoover) que nós encontramos o verdadeiro coração pulsante do filme como um todo. São personagens expressivos, com alma e que nos faz até mesmo esquecer que foram feitos digitalmente.

Nada mal para um estúdio que até a pouco tempo estava sendo duramente criticado pelos seus trabalhos de efeitos visuais duvidosos, mas que aqui é tudo feito com o maior carinho. As cenas de ação, tanto do espaço como dentro das espaçonaves são um verdadeiro colírio para os nossos olhos, sendo que a cena em plano-sequência do corredor onde os protagonistas encaram diversos vilões é um dos grandes momentos do filme em termos de ação muito bem filmada. Vale destacar que o humor se faz novamente de corpo presente dentro do filme, mas jamais de forma boba e que surge na hora certa ao invés de involuntariamente.

Embora seja um filme que se apresente com algumas pontas soltas devido aos eventos de outros longas da Marvel, os realizadores se concentraram para tornar o filme único e olha que estamos falando de um capítulo de uma trilogia, mas cuja trama pode até mesmo ser compreendida mesmo para aqueles que não assistiram aos filmes anteriores. É uma aventura que muitas plateias irão se identificar, que vai desde a questão sobre o significado de ter uma família, como também com relação o quanto é importante preservar a vida. Neste último caso ela é ameaçada pelo "Alto Evolucionário", que é interpretado pelo ator Chukwudi Iwuji e que com certeza fará muitos desejarem ele ter um destino trágico, pois o personagem nos fascina e ao mesmo tempo sentimos total desprezo contra ele e de forma justa.

Ao final, cada personagem encontra a sua redenção e da qual talvez estivesse procurando desde o primeiro filme. Por conta disso há despedidas, discursos emocionantes e assuntos a serem resolvidos e que foram adiados por muito tempo. Não significa que esses queridos personagens estejam nos dando Adeus, mas simplesmente um até breve e fazendo com que a gente deseje revê-los de novo em uma nova fase. As últimas palavras de Groot dentro da trama sintetizam muito bem isso e fazendo que nos sintamos mais do que satisfeitos.

"Guardiões da Galáxia Vol.3" é um dos melhores filmes da Marvel desde "Vingadores Ultimato", onde James Gunn encerra a sua trilogia de forma emocional e que nos pega de jeito em nossos corações em todos os sentidos.  


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Cine Dica: Programação 23 a 31 de maio de 2023 da Cinemateca Capitólio

Hiroshima, Meu Amor


FILMES ROTEIRIZADOS POR MARGUERITE DURAS EM CARTAZ

De 25 de maio a 2 de junho, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra A Roteirista Duras, com cinco filmes roteirizados pela autora Marguerite Duras entre 1959 e 1966, incluindo Uma Tão Longa Ausência, de Henri Colpi, vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 1961, e Hiroshima, Meu Amor, inesquecível parceria com o diretor Alain Resnais lançada em 1959, o ano da explosão da Nouvelle Vague. O valor do ingresso é R$ 10,00.

No domingo, 28 de maio, às 17h30, a programação apresenta uma sessão especial de Hiroshima, Meu Amor, seguida de debate com a crítica de cinema Carla Oliveira e o programador Leonardo Bomfim. A sessão é uma realização da Aliança Francesa de Porto Alegre e da livraria Baleia.

A mostra tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6274/a-roteirista-duras/


CINEMA DO RS EM DESTAQUE

Na quarta-feira, 24 de maio, a Cinemateca Capitólio apresenta a sessão de pré-estreia de Monumental! O Restauro de um Símbolo, documentário de Jaime Lerner. A partir de 25 de maio, quinta-feira, o longa-metragem A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio. No dia 30 de maio, às 19h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial da webserie Confessionário – Relatos de Acordar, de Deborah Finocchiaro e Luiz Alberto Cassol.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/6272/monumental-o-restauro-de-um-simbolo/

http://www.capitolio.org.br/eventos/6298/a-primeira-morte-de-joana/

http://www.capitolio.org.br/eventos/6296/confessionario-relatos-de-acordar/


ÚLTIMA SEMANA PARA VER CINEMA DA RD CONGO

A Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Retratos de Kinshasa, com sete filmes que revelam diferentes aspectos do cotidiano vivido na capital da República Democrática do Congo, até o dia 28 de maio. A programação tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.  O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6267/retratos-de-kinshasa/   


GRADE DE HORÁRIOS

23 a 31 de maio de 2023


23 de maio (terça-feira)

15h – Felicidade

17h30 – Système K

19h – Maki'la


24 de maio (quarta-feira)

15h – Caminho para Kinshasa

17h – Victoire Terminus

19h – Monumental! O Restauro de um Símbolo (pré-estreia)


25 de maio (quinta-feira)

15h – Système K

17h – A Primeira Morte de Joana

19h – Uma Tão Longa Ausência


26 de maio (sexta-feira)

15h – A Vida é Bela

17h – A Primeira Morte de Joana

19h – Eu Quero Falar Sobre Duras


27 de maio (sábado)

15h – Caminho para Kinshasa

17h – A Primeira Morte de Joana

19h – Maki'la


28 de maio (domingo)

15h – Felicidade

17h30 – Hiroshima, Meu Amor + debate


30 de maio (terça-feira)

15h – Corações Desesperados

17h – A Primeira Morte de Joana

19h – Confessionário – Relatos de Acordar


31 de maio (quarta-feira)

15h – Eu Quero Falar Sobre Duras

17h – A Primeira Morte de Joana

19h – Chamas de Verão

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Cine Especial: Conhecendo 'Tucker - Um Homem e Seu Sonho'

Sinopse: Preston Tucker cria um carro excêntrico de três faróis, que ele vislumbra como o "carro do futuro". Naturalmente, os grandes empresários não toleram a competição e, com a ajuda de vários políticos, esmagam o carro e o homem que o construiu. 

Francis Ford Coppola desceu do céu ao inferno na entrada dos anos oitenta. Após o estupendo sucesso de "Apocalypse Now" (1979) ele viu o seu "O Fundo do Coração" (1982) naufragar injustamente nas bilheterias. A partir disso o realizador optou em pequenos projetos como no caso, por exemplo, do inesquecível "O Selvagem da Motocicleta" (1983). "Tucker - Um Homem e Seu Sonho" (1988) é um filme curioso dentro de sua filmografia, do qual sintetiza a persistência do cineasta através de um personagem sonhador que almejava mudar o curso da história da indústria de carros populares.

A trama se passa nos anos quarenta, logo após a segunda grande guerra, onde Preston Tucker (Jeff Bridges) ambiciona produzir um carro revolucionário, batendo de frente com grandes empresas que monopolizam o mercado de automóveis, ele percebe a missão quase impossível da sua proposta diante de adversários industrialistas gigantes que farão de tudo para derrubá-lo a fim de que mantenham a hegemonia comercial. Boicotado por todos os lados e sendo processado por empresários do ramo que querem destruí-lo, Tucker faz de tudo para não deixar o seu sonho morrer. Safar-se, no entanto, será o bastante para se colocar em pé de igualdade com modelos de produção já estabelecidos no mercado?

Sinceramente eu tinha pouco conhecimento desse filme até então. Quando eu soube que pertencia ao Coppola logo fui procurá-lo e acabei comprando em DVD pela Classicline. Após uma tarde apreciando o filme concluo que é um dos filmes menos ambiciosos da carreira do diretor, pois estamos falando de alguém que criou uma das maiores obras primas do cinema que foi "O Poderoso Chefão" (1972).

A meu ver, o cineasta optou por ir em direção ao que os demais realizadores da época estavam fazendo, ao realizar filmes para as massas onde a trama simboliza de que os EUA era a terra das oportunidades e que abraçariam a sua utopia. Embora a trama se passe nos anos quarenta a ideia do paraíso norte americano já era colocada em prática naqueles tempos, muito embora o sistema capitalista mastigava aqueles que diziam ao contrário. Tucker era uma espécie de estranho no ninho deste cenário, pois acreditava que poderia revolucionar a indústria através de seus pensamentos mirabolantes, mas mal tendo a ideia do que viria em seguida.

Embora não seja uma obra prima é preciso reconhecer que é um dos filmes mais dinâmicos da carreira do diretor, pois sempre está acontecendo alguma coisa para manter a nossa atenção, ao ponto que as passagens do tempo ocorrem em um único plano-sequência e o realizador usa os melhores recursos da época para obter essa magia. Com uma bela edição de arte, o filme ainda possui uma fotografia que nos transmite tempos mais dourados em solo norte americano, mas que não escondiam as ambições daqueles que viviam nos andares de cima. É um jogo contra o tempo e que somente o mais ambicioso e esperto é o que sai ganhando.

Neste caso Tucker caminhava entre os dois mundos, dos quais não conseguia esconder certa inocência com relação ao que estava se metendo, mas ao mesmo tempo tendo uma persistência quase assustadora e fez com que seguisse adiante. Vindo da consagração de "A Última Sessão de Cinema" (1971) Jeff Bridges soube como jogar dentro do cinemão norte americano, ao atuar em filmes mais autorais como o ambicioso "O Portal Do Paraíso" (1980) como também os blockbusters como "Tron - Uma Odisseia Eletrônica" (1982). Aqui, o seu personagem Tucker transita entre a ambição e a virtude, das quais fazem dele uma pessoa imprevisível, mas tendo a consciência sobre o que está fazendo.

Curiosamente, o filme possui a presença de dois intérpretes que marcariam presença durante a década de noventa. Conhecida pelos seus papeis intensos como "A Outra Face da Raiva" (2004) Joan Allen obtém aqui o seu primeiro grande desempenho da carreira ao interpretar a esposa do protagonista e aqui ela não faz feio, principalmente quando ela bate de frente contra os homens que querem arruinar Tucker. Por outro lado, temos aqui um jovem Christian Slater, que estava vindo do sucesso "O Nome da Rosa" (1986), mas que aqui faz um papel esquecível como o filho mais velho do protagonista.

Como não poderia deixar de ser, o ato final possui todo aquele discurso de positividade, onde o protagonista luta contra o próprio sistema e sai ganhando e entrando para a história. Se revisto hoje possa parecer um tanto que piegas, ao menos, o filme é uma prova que Coppola até que tentou jogar conforme as regras impostas por hollywood naquela época. Porém, assim como o protagonista deste filme, o mesmo optou em dar o bom exemplo de como se faz filmes de verdade e não somente para vende-los e serem consumidos de forma desenfreada e que, infelizmente, acontece muito hoje em dia.

"Tucker - Um Homem e Seu Sonho" é o filme mais convencional da carreira de Francis Ford Coppola, mas que também simboliza a luta do cineasta contra o sistema cheio de regras do cinemão norte americano e cuja essa batalha ainda perdura.  

Onde assistir: Locação e venda pelo Youtube, Google Play Filmes, Prime Vídeo, Apple tv e mídia física em Blu-Ray e DVD. 


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Cine Dica: Mostra Retratos de Kinshasa

 RETRATOS DE KINSHASA

De 16 a 28 de maio, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Retratos de Kinshasa, com sete filmes que revelam diferentes aspectos do cotidiano vivido na capital da República Democrática do Congo. A programação tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.  O valor do ingresso é R$ 10,00.  


Programação completa: http://www.capitolio.org.br/novidades/6267/retratos-de-kinshasa/ 


SOBRE A MOSTRA

A cidade de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, vibra com as histórias de seus habitantes: de jovens estrelas da música eletrônica a aspirantes a boxeadoras, de cantoras talentosas que precisam conciliar a arte e com as responsabilidades familiares a gangues que reivindicam seu território através da moda, de grupos dedicados a street art aos parentes que buscam os direitos das vítimas de guerras. A realidade multifacetada do país situado na África Central, independente desde 1960, é iluminada a partir dos retratos criados nas ficções e nos documentários. O cinema dá cor aos sonhos de um Congo intenso e às memórias dolorosas do antigo Zaire, que se entrelaçam nos caminhos percorridos por mulheres e homens nas ruas de Kinshasa.

A mostra Retratos de Kinshasa apresenta sete filmes entre ficções contemporâneas, como Felicidade, dirigida pelo franco-senegalês Alain Gomis, e Maki’la, longa de estreia da congolesa Machérie Ekwa Bahango; e documentários reveladores como Victoire Terminus e Sistème K, dirigidos por Renaud Barret, e Caminho para Kinshasa, de Dieudo Hamadi, grande revelação do cinema do país.

A programação também apresenta a cópia restaurada de um clássico do cinema africano, A Vida é Bela, realizado em 1987 por Mweze Ngangura e Benoit Lamy, com foco na vibrante vida noturna de Kinshasa, e uma sessão especial do documentário Quando Éramos Reis, de Leon Gast, que narra o célebre evento “The Rumble in the Jungle”, a luta entre os boxeadores George Foreman e Muhammad Ali promovida pelo ditador Mobutu Sese Seko, que comandou o país entre 1965 e 1997.          


GRADE DE HORÁRIOS

Retratos de Kinshasa


16 de maio (terça-feira)

15h – Système K

17h – Maki'la

19h – Felicidade


17 de maio (quarta-feira)

15h – Caminho para Kinshasa

17h – Victoire Terminus

19h – Système K


18 de maio (quinta-feira)

15h – Victoire Terminus

17h – Caminho para Kinshasa

19h – A Vida é Bela


19 de maio (sexta-feira)

15h – Maki'la

17h – Felicidade


20 de maio (sábado)

NOITE DOS MUSEUS


21 de maio (domingo)

15h – Victoire Terminus

17h – A Vida é Bela

19h – Quando Éramos Reis


23 de maio (terça-feira)

15h – Felicidade

17h30 – Système K

19h – Maki'la


24 de maio (quarta-feira)

15h – Caminho para Kinshasa

17h – Victoire Terminus


25 de maio (quinta-feira)

15h – Système K

26 de maio (sexta-feira)

15h – A Vida é Bela


27 de maio (sábado)

15h – Caminho para Kinshasa

28 de maio (domingo)

15h – Felicidade