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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 9 a 14 de maio de 2023

PINK FLOYD – THE WALL 

MELISSA DULLIUS DEBATE ORÁCULO

A Cinemateca Capitólio apresenta na sexta-feira, 12 de maio, às 19h30, uma sessão especial de Oráculo, novo longa-metragem do duo Distruktur, composto por Melissa Dullius e Gustavo Jahn. A diretora participa de um debate após a exibição. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/6210/oraculo-debate-com-melissa-dullius/


SEGUNDA SEMANA PARA VER SAURA

A mostra Carlos Saura: Goya de Honra segue em exibição até o dia 14 de maio. A programação é uma realização do Instituto Cervantes de Porto Alegre, com apoio da Academia de Cine e do Ministerio de Asuntos Exteriores, Unión Europea y Cooperación. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6212/carlos-saura/


PINK FLOYD – THE WALL EM EXIBIÇÃO

Em sintonia com o evento CineFloyd, a Cinemateca Capitólio apresenta três sessões especiais do filme Pink Floyd - The Wall, de Alan Parker, nos dias 9 (19h), 10 (17h) e 14 (17h) de maio. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/6245/pink-floyd-the-wall/


GRADE DE HORÁRIOS

9 a 14 de maio de 2023


9 de maio (terça-feira)

15h – Mamãe Faz 100 Anos

17h – Cria Corvos

19h – Pink Floyd – The Wall


10 de maio (quarta-feira)

15h – Elisa, Vida Minha

17h – Pink Floyd – The Wall

19h – Goya


11 de maio (quinta-feira)

15h – Cria Corvos

17h – Elisa, Vida Minha

19h – Aquece Noite dos Museus


12 de maio (sexta-feira)

15h – Goya

17h – Mamãe Faz 100 Anos

19h30 – Oráculo + debate


13 de maio (sábado)

17h – CineFloyd (ingressos esgotados)

19h – CineFloyd (ingressos esgotados)


14 de maio (domingo)

17h – Pink Floyd – The Wall

19h – Cria Corvos

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Inventor da Mocidade'

 Segue a programação do Clube de Cinema nesta terça-feira.

CICLO COMÉDIA ROMÂNTICA


Sessão comentada Clube de Cinema

ENTRADA FRANCA

Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 09/05/2023, terça-feira, às 19:00 horas


"O Inventor da Mocidade" (Monkey Business)

EUA, 1952, 97 min, legendado, 12 anos

Direção: Howard Hawks

Elenco: Cary Grant, Ginger Rogers, Marilyn Monroe, Charles Coburn

Sinopse: Um professor e sua mulher desenvolvem uma pílula que retarda o processo de envelhecimento. Eles testam a droga em si mesmos e o efeito é inesperado: começam a agir como adolescentes inconsequentes e aprontam muitas confusões.


Sobre o filme:

Howard Hawks não possuia exatamente uma visão autoral na realização dos seus filmes, mas é peciso reconhecer que ele movimentou o cinema norte americano na medida em que ele abracava determinado gênero. O seu "Scarface, a Vergonha de uma Nação" (1932),  foi um filme que, infelizmente, foi um dos responsáveis para a criação do O código Hays, fazendo com que o diretor decidisse se enveredar para outros gêneros como a comédia e realizando, por exemplo, "Levada da Breca" (1938). Em "O Inventor da Mocidade" (1952) ele turbina o termo "comédia" para o puro pastelão e onde os personagens se envolvem em uma montanha russa sem freios do começo ao final dela.

Barnaby Fulton (Cary Grant) é casado com Edwina (Ginger Rogers) e é um cientista obcecado em descobrir uma fórmula de rejuvenescimento. O projeto é acompanhado com atenção por Oliver Oxley (Charles Coburn), seu chefe, que prevê lucros imensos caso o produto funcione. Barnaby realiza testes com alguns Chimpanzés que mantêm em seu laboratório, sem sucesso até o momento. Um deles consegue escapar de sua jaula e mistura aleatoriamente os produtos químicos da bancada de Barnaby, jogando a fórmula no bebedouro local. Ao chegar Barnaby faz uma pequena alteração na fórmula em que trabalhava e, logo em seguida, bebe um copo d'água. A partir de então ele se sente cada vez melhor, passando a fazer brincadeiras com todos à sua volta e deixando o laboratório para se divertir. Para encontrá-lo Oxley envia Lois Laurel (Marilyn Monroe), sua bela secretária, que tem uma queda por Barnaby.

Na abertura do filme o diretor já nos deixa bastante claro para não levarmos a sério em nenhum momento a trama que virá em seguida. Sempre há erros de gravação ao longo do percurso para a realização de um filme, mas acredito que quando Cary Grant abre a porta antes do previsto o diretor deve ter gostado tanto que ele decidiu manter em sua abertura. Claro que nos dá aquela sensação da quebra da quarta parede, mas também é uma dica para não exigirmos nada do filme além de altas doses de humor pastelão. Mas é exatamente isso o que acontece, porém, de maneiras mais imprevisíveis e surreais possíveis.

Para começo de conversa, eu nunca achei Cary Grant exatamente um bom ator, mesmo tendo atuado em grandes clássicos como "Intriga Internacional" (1959). Porém, é preciso reconhecer que ele está mais do que a vontade ao interpretar um cientista meio distraído e com óculos que mais parecem que saíram do fundo de uma garrafa. Não me surpreenderia, por exemplo, se o seu personagem serviu de inspiração para que Jerry Lewis criasse o seu "O Professor Aloprado" (1966).

Howard Hawks também tem a proeza de sempre criar algo em cena para manter a nossa atenção, mesmo com a não presença de humanos e dando destaque aos  Chimpanzés dentro da trama. É nesse momento que ficamos de boca aberta, pois o Chimpanzé visto na tela parece ter consciência sobre o que está fazendo, ao misturar os produtos químicos e coloca-los no bebedouro. O seu sorriso, por exemplo, nos deixa claro que ele quer aprontar e despertando em nós facilmente a nossa rizada.

A partir daí o filme se torna uma verdadeira montanha russa de humor desenfreado, com o direito de termos um Cary Grant agindo como um jovem rapaz e fazendo todas as loucuras ao lado da secretária interpretada por  Marilyn Monroe. Curiosamente, não deixa de ser espetacular as cenas em que ambos se encontram correndo nas avenidas da cidade, com direito de quase sofrerem um acidente espetacular e não devendo nada aos filmes de ação. Bons tempos em que se fazia os filmes com a mão na massa e não deixando somente com o CGI como se faz hoje em dia.

O ato final nos reserva momentos em que tudo é jogado para o alto, principalmente pelo fato da personagem de Ginger Rogers também beber a fórmula e se transformar em uma verdadeira pirralha. Daqui em diante tudo perde a sua lógica, devido aos desencontros, Cary Grant brincando de índio com crianças e sendo confundido com um bebê na reta final da história. Em meio a tudo isso, temos uma Marilyn Monroe perdida sobre tudo o que está acontecendo, mas cuja a sua personagem serviria de modelo para a construção de sua carreira e entrando, enfim, para a história.

"O Inventor da Mocidade" é aquele clássico pastelão ingênuo em que você precisa desligar o seu cérebro para se divertir perante aos diversos absurdos que acontece na tela e cujo o humor inocente nos conquista. 


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sexta-feira, 5 de maio de 2023

Cine Especial: 'A Guerra dos Mundos - 70 Anos Depois'

"A Guerra dos Mundos" original é o suprassumo dos clássicos de ficção científica. Baseado no livro de H.G. Wells escrito em 1898, ganhador do Oscar de efeitos especiais e indicado a outros dois, este é sem dúvida o mais importante filme sobre invasão alienígena já feito até hoje. O produtor George Paul, com a colaboração de Cecil B. DeMille como produtor executivo não creditado, e o diretor Byron Haskin trazem a história assustadora sobre a invasão marciana em nosso planeta. Com suas terríveis naves espaciais em formato de cisne, que misturam beleza e medo, em uma sinfonia de destruição de escala sem precedentes no cinema, "A Guerra dos Mundos" é responsável por definir diversos padrões e clichês utilizados nos filmes de ficção científica até os dias de hoje.

E apesar de ser datado e do visual dos alienígenas serem bastante toscos e até cômicos, "A Guerra dos Mundos" não é um filme que envelheceu tão mal quanto tantos outros produzidos na mesma época. As naves, criadas por Gordon Jennings, continuam sendo obras fantásticas, hoje de um design vintage, e as cores vivas em Technicolor ajudam muito também o fato do longa ter se tornado uma obra imortal.

A história se transporta da Londres que H.G. Wells publicou nas páginas de seu livro para a Califórnia, abrindo com uma belíssima narração de Sir Cedric Hardwicke, já plantando as primeiras sementes do pavor nos espectadores, contando sobre a ganância do povo marciano em conquistar um novo planeta para si, e durante muito tempo ficaram em silêncio apenas observando a terra e nos estudando, para nos atacar indefesos e sem a menor chance de sobrevivência para a raça humana. Em uma noite qualquer, o primeiro meteoro que camufla as naves destruidoras chega à terra para dar início a uma invasão de escala global.

O Dr. Clayton Forrester (interpretado por Gene Barry, o Bat Masterson da série de TV) é o mocinho do filme, um cientista brilhante que junto com a doce Sylvia Van Buren, precisa ajudar o exército americano e outros cientistas a tentarem encontrar uma forma de impedir a invasão alienígena e o extermínio humano em massa. Só que nenhuma arma terrena é capaz de sequer fazer cosquinha na poderosa frota extraterrestre. Nem mesmo a temida bomba atômica surte efeito após ser lançada contra as naves. Fora que o poderio militar marciano é infinitamente superior ao nosso, com suas rajadas capazes de desintegrar pessoas e objetos e seus devastadores raios que explodem tanques e cidades.

Dois momentos chaves para mim representam distintos sentimentos de terror nesse filme, que me levaram a coloca-lo nesta lista (além do fato de ser uma história de invasão alienígena, poxa vida). O primeiro é sem dúvida a aterradora sequência onde as naves atacam a fazenda onde o Dr. Forrester e Sylvia estão escondidos, e os alienígenas começam uma caçada humana, procurando-os pelos escombros. É um clima de tensão crescente, de arrepiar os pelos da nuca, enquanto sorrateiramente um alienígena entra no local para tentar encontrá-los. Como se não fosse o bastante, é a primeira vez que vemos as criaturas fora da nave, com sua pele avermelhada, longos braços com ventosas e seus olhos de três cores que esquadrinham todo o local a procura de humanos para destruir.

O segundo momento é quando as naves estão destruindo Los Angeles e se forma um caos imensurável, com a população saqueando lojas e casas, e dando o menor valor para a vida do próximo, procurando apenas garantir a sua sobrevivência, atacando todo e qualquer civil ou militar que possua um veículo. Isso pode ter condenado toda a humanidade, quando os equipamentos criados pelos cientistas como última esperança para conter a invasão, são destruídos pela turba enfurecida e irracional. O Dr. Forrester então, desesperado, atravessa a cidade em ruínas enquanto os visitantes de Marte engendram a destruição final, procurando por Sylvia em todas as igrejas da cidade.

Aí infelizmente é enfiada em nossa goela abaixo uma ladainha religiosa, com todos orando, ou rezando por suas vidas, para que Deus misericordioso acabe com a guerra (outro subterfúgio religioso fora usado anteriormente na figura do pastor Matthew Collings, tio de Sylvia, quando ele diz que quer fazer contato com os marcianos porque se eles são mais evoluídos que nós, estão mais próximos do Criador. Por isso leva um raio desintegrador na fuça). Quando rezar é a última salvação, a prece é atendida quando misteriosamente as naves perdem sua força e se estatelam no chão. Um moribundo marciano tenta sair do seu interior esticando seu longo braço com três dedos em forma de ventosas, mas acaba morrendo, vítima das bactérias existentes no ar, as quais somos imunes, mas que se mostraram mortais para os alienígenas depois de um tempo em nossa atmosfera. Ou como disse meu saudoso pai para me explicar quando criança a derrota dos extraterrestres: “eles morreram de gripe”.

E claro que não se pode falar em "A Guerra dos Mundos" sem lembrar de Orson Welles e de sua famosíssima transmissão radiofônica de Halloween em 30 de outubro de 1938, quando o programa Merucry Theatre in the Air, da CBS, levou ao ar a dramatização do livro de H.G. Wellse, e espalhou um surto de histeria em massa pelos Estados Unidos. Com a narração de Wells, ele contou em detalhes vívidos a invasão alienígena começando por Nova Jersey e os ouvintes, que não prestaram atenção nos avisos da rádio que alertava para o caráter ficcional da transmissão, entraram em pânico achando que aquilo tudo era verdade e começaram a ligar para a rádio, estações de TV, jornais, polícia e tudo mais, para relatar a invasão e solicitar mais informações sobre o ataque de mentira. Dá para ouvir a transmissão original aqui.

E vale terminar o texto espinafrando a refilmagem de Steven Spielberg lançada em 2005, com o canastra Tom Cruise no papel principal. Preocupado em mostrar a mais cruel das invasões, investindo milhões nos espetaculares efeitos especiais dos alienígenas e seus terríveis Tripods (como no livro original de Wells), o diretor entrega um filme regular, canhestro, com atuações péssimas e um desenvolvimento dramático raso e desinteressante. Isso sem contar aquele final à La Spielberg que é de dar nojo. Vi nos cinemas e detestei do fundo da minha alma. "A Guerra dos Mundos" original, de 1953, continua sendo imbatível.


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Cine Dica: Próximas Sessões Do Clube de Cinema de Porto Alegre

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO DE SÁBADO CLUBE DE CINEMA


Local: Espaço de Cinema, Bourbon Shopping Country

Data: 06/05/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Jair Rodrigues - Deixa que Digam"

Brasil, 2020, 90 min, 10 anos

Direção: Rubens Rewald

Elenco: Hermeto Pascoal, Jair Oliveira, Jairo Rodrigues, Lady Lu, Luciana Mello

Sinopse: A trajetória musical de Jair Rodrigues (1939 – 2014) é revista por meio de imagens que marcaram a música brasileira, como a parceria com Elis Regina no programa “O Fino da Bossa” nos anos 1960 ou a interpretação da vitoriosa “Disparada”, no Festival da TV Record. Mas é nos depoimentos de amigos e familiares que se revela a alma deste paulista sorridente, que trabalhou na roça até os 10 anos, foi alfaiate e engraxate e soube marcar posição como artista nos anos da ditadura militar.

* * * * * 

SESSÃO DE DOMINGO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Norberto Lubisco, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 07/05/2023, domingo, às 10:15 da manhã


"O Colibri" (Il Colibri)

Itália, 2023, 125 min, 14 anos

Direção: Francesca Archibugi

Elenco: Pierfrancesco Favino, Kasia Smutniak, Bérénice Bejo

Sinopse: Adaptação do romance homônimo de Sandro Veronesi, o filme segue a jornada de Marco Carrera, mais conhecido como Colibri. Sua vida, como a de muitas pessoas, é marcada por grandes desafios e adversidades, conquistas e paixões. A história é contada por meio de memórias que conduzem o espectador de um período para outro, num tempo que vai do início dos anos 1970 ao futuro próximo. 



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quinta-feira, 4 de maio de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (04/05/2023)

GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 3

Sinopse: Agora já conhecidos como os Guardiões da Galáxia, os guerreiros viajam ao longo do cosmos e lutam para manter sua nova família unida. Enquanto isso tentam desvendar os mistérios da verdadeira paternidade de Peter Quill (Chris Pratt).


DANÇANDO NO SILÊNCIO

Sinopse: Uma jovem apaixonada por balé passa por um trauma, conhece outras mulheres que passaram por situações semelhantes e encontraram uma forma criativa de perseguir sua paixão.


DEIXADOS PARA TRÁS: O INÍCIO DO FIM

Sinopse: Seis meses atrás, milhões de pessoas desapareceram sem deixar vestígios e o caos tomou conta do mundo. Muitos acreditam que o governo está por trás de tudo, outros defendem que a Bíblia já havia previsto os desaparecimentos há milhares de anos. Desesperado por respostas em um mundo cheio de medo e mentiras, o jornalista Buck Williams (Greg Perrow) decide ir até o fim em busca da verdade e de salvação.


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 4 A 10 DE MAIO DE 2023

PROGRAMAÇÃO DE 4 A 10 DE MAIO DE 2023

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES


A semana de 4 a 10 de maio destaca a estreia do longa gaúcho A PRIMEIRA MORTE DE JOANA, segundo filme da diretora Cristiane Oliveira. O Brasil também está representado em duas outras produções que chegam às nossas salas: o documentário DOS 3 AOS 3, de Pablo Lobato, e a coprodução com Argentina BEM-VINDA, VIOLETA, de Fernando Fraiha. A dobradinha música e cinema continua com três filmes em cartaz: o drama russo A ESPOSA DE TCHAIKOVSKY, o documentário sobre JAIR RODRIGUES e o sucesso BELCHIOR - APENAS UM CORAÇÃO SELVAGEM, que chega à sua décima semana de exibição.

Até o dia 17 de maio, segue na Sala Paulo Amorim o Festival Filmelier no Cinema, com duas dezenas de filmes inéditos e representativos da produção de vários países. 


SALA PAULO AMORIM

FESTIVAL FILMELIER NO CINEMA

Programação com 20 filmes inéditos, de vários países, apresentado por distribuidoras independentes.


QUINTA, DIA 4

15h – QUERIDA ZOE

(Dear Zoe, Estados Unidos, 2022, 94 min.) Direção de Gren Wells, com Sadie Sink, Theo Rossi, Jessica Capshaw. Drama. 16 anos.

Sinopse: Quando Tess e sua família sofrem uma perda inimaginável, ela encontra apoio de onde menos esperava: seu pai biológico, que sempre está do lado errado dos trilhos, e o jovem delinquente que mora na casa ao lado.


16h45 – A SINDICALISTA

(La syndicaliste, França, 2022, 121 min.) Direção de Jean-Paul Salomé, com Isabelle Huppert, Grégory Gadebois, François-Xavier Demaison. Drama.

Sinopse: A história real de Maureen Kearney, uma representante sindical que denunciou acordos secretos e abalou a indústria nuclear francesa. Quando ela é violentamente agredida em casa, a investigação a transforma de vítima em suspeita.


19h30 – UMA NOVA PAIXÃO

(Dirt music, Austrália, Reino Unido, 2019, 105 min.) Direção de Gregor Jordan, com Kelly Macdonald, Garrett Hedlund. Drama, Romance. 14 anos.

Sinopse: Presa em um casamento e uma vida vazia, uma mulher se entrega a um intenso romance com um músico misterioso recém-chegado a uma pequena cidade australiana.


SEXTA, DIA 5

15h – OS FILHOS DOS OUTROS

(Les enfants des autres, França, 2022, 103 min.) Direção de Rebecca Zlotowski, com Virginie Efira, Roschdy Zem, Chiara Mastroianni, Roschdy Zem, Frederick Wiseman. Comédia dramática. 16 anos.

Sinopse: Quando a professora de 40 anos Rachel conhece seu namorado, não imagina que entrará também em sua vida a pequena Leila, filha dele. As duas criam um profundo laço e isso desperta em Rachel um já esquecido desejo pela maternidade. Únicas exibições em cinemas no Brasil durante o Festival Filmelier.


17h – TESLA – O HOMEM ELÉTRICO

(Tesla, Estados Unidos, 2020, 102 min.) Direção de Michael Almereyda, com Ethan Hawke, Eve Hewson, Eli A. Smith. Biografia, Drama. 14 anos.

Sinopse: O roteiro é baseado na história do inventor e cientista Nikola Tesla, mostrando sua rivalidade com Thomas Edison, seus experimentos com a eletricidade e a criação de um novo sistema mundial de transmissão de energia sem fio.


19h - A NOITE DO DIA 12

(La nuit du 12, França, 2020, 105 min.) Direção de Dominik Moll, com Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Théo Cholbi. Comédia dramática. 16 anos.

Sinopse: Existe um ditado que diz que todo investigador tem um crime que o persegue por mais tempo, um caso que o machuca mais do que os outros, sem que ele necessariamente saiba o motivo disso. Para o detetive Yohan, este é o caso do assassinato da jovem Clara Royer.


SÁBADO, DIA 6

15h - SEM URSOS

(Khers nist, Irã, 2022, 106 min.) Direção de Jafar Panahi, com Jafar Panahi, Naser Hashemi, Vahid Mobasheri. Drama. 12 anos.

Sinopse: Duas histórias de amor paralelas nas quais os parceiros são frustrados por obstáculos ocultos e inevitáveis, a força da superstição e a mecânica do poder. Este é o quarto filme que Panahi dirige clandestinamente, já que foi condenado à prisão e impedido de sair do Irã por conta de seu posicionamento político contra o governo.


17h – HERÓI DE SANGUE

(Tirailleurs, França, Senegal, 2022, 98 min.) Direção de Mathieu Vadepied, com Omar Sy, Alassane Diong, Jonas Bloquet. Drama histórico. 14 anos.

Sinopse: Baseado no passado que a França gostaria de esquecer, um pai senegalês fará de tudo para salvar seu filho de 17 anos, que foi recrutado à força para lutar pelos franceses na Primeira Guerra Mundial. Ele, inclusive, se oferece para lutar no mesmo pelotão do garoto.


19h - QUERIDA ZOE

(Dear Zoe, Estados Unidos, 2022, 94 min.) Direção de Gren Wells, com Sadie Sink, Theo Rossi, Jessica Capshaw. Drama. 16 anos.

Sinopse: Quando Tess e sua família sofrem uma perda inimaginável, ela encontra apoio de onde menos esperava: seu pai biológico, que sempre está do lado errado dos trilhos, e o jovem delinquente que mora na casa ao lado.


DOMINGO, DIA 7

14h50 - A SINDICALISTA

(La syndicaliste, França, 2022, 121 min.) Direção de Jean-Paul Salomé, com Isabelle Huppert, Grégory Gadebois, François-Xavier Demaison. Drama. 16 anos.

Sinopse: A história real de Maureen Kearney, uma representante sindical que denunciou acordos secretos e abalou a indústria nuclear francesa. Quando ela é violentamente agredida em casa, a investigação a transforma de vítima em suspeita.


17h05 – UMA NOVA PAIXÃO

(Dirt music, Austrália, Reino Unido, 2019, 105 min.) Direção de Gregor Jordan, com Kelly Macdonald, Garrett Hedlund. Romance. 14 anos.

Sinopse: Presa em um casamento e uma vida vazia, uma mulher se entrega a um intenso romance com um músico misterioso recém-chegado a uma pequena cidade australiana.


19h - UMA NOITE EM HAIFA

(Laila in Haifa, Israel, França, 2020, 99 min.) Direção de Amos Gitai, com Maria Zreik, Khawla Ibraheem, Bahira Ablassi. 14 anos.

Sinopse: O premiado diretor israelense Amos Gitaï nos leva em uma noite pelas ruas agitadas de Haifa, onde testemunhamos as histórias entrelaçadas de cinco mulheres desafiando rótulos em seus relacionamentos e identidades pessoais. Únicas exibições em cinemas no Brasil durante o Festival Filmelier.


TERÇA, DIA 9

15h - TESLA – O HOMEM ELÉTRICO

(Tesla, Estados Unidos, 2020, 102 min.) Direção de Michael Almereyda, com Ethan Hawke, Eve Hewson, Eli A. Smith. Drama biográfico. 14 anos.

Sinopse: O roteiro é baseado na história do inventor e cientista Nikola Tesla, mostrando sua rivalidade com Thomas Edison, seus experimentos com a eletricidade e a criação de um novo sistema mundial de transmissão de energia sem fio.


16h55 – O FALSIFICADOR

(Der Passfälscher, Alemanha, Luxemburgo, 2022, 116 min.) Direção de Maggie Peren, com Louis Hofmann, Jonathan Berlin. Drama biográfico. 14 anos.

Sinopse: Cioma Schönhaus é um jovem judeu em Berlim nos anos 1940. Como os melhores lugares para se esconder parecem óbvios demais, ele decide se expor para escapar à deportação pelos nazistas. Usando a identidade de um oficial da marinha criado por ele mesmo, Cioma falsifica identidades com apenas um pincel, um pouco de tinta e uma mão precisa — e acaba salvando a vida de muitas pessoas.


19h - OS FILHOS DOS OUTROS

(Les enfants des autres, França, 2022, 103 min.) Direção de Rebecca Zlotowski, com Virginie Efira, Roschdy Zem, Chiara Mastroianni, Roschdy Zem, Frederick Wiseman. Comédia dramática. 16 anos.

Sinopse: Quando a professora de 40 anos Rachel conhece seu namorado, não imagina que entrará também em sua vida a pequena Leila, filha dele. As duas criam um profundo laço e isso desperta em Rachel um já esquecido desejo pela maternidade. Únicas exibições em cinemas no Brasil durante o Festival Filmelier.


QUARTA, DIA 10

15h – 99 LUAS DE PAIXÃO

(99 Moons, Suíça, 2022, 110 min.) Direção de Jan Gassmann, com Dominik Fellmann, Danny Exnar, Katerina Stoykova. Drama erótico. 18 anos.

Sinopse: Neste retrato do amor atual, um casal com vidas muito diferentes luta contra uma atração obsessiva, tão forte que abala suas convicções e destrói a imagem dos relacionamentos que eles imaginaram para si mesmos. Únicas exibições em cinemas no Brasil durante o Festival Filmelier.


17h – BARRACO DE FAMÍLIA

(Brasil, 2023, 85 min.) Direção de Maurício Eça, com Cacau Protásio, Lellê, Péricles, Jenifer Nascimento, Nany People. Comédia. Livre.

Sinopse: Depois de ser cancelada por causa de um vídeo vazado, uma funkeira famosa arma o maior barraco ao tentar voltar às suas origens e precisará da ajuda da mãe para desenrolar sua carreira.


19h – ALÉM DO TEMPO

(Zee Van Tijd, Holanda, 2022, 116 min.) Direção de Theu Boermans, com Sallie Harmsen, Elsie de Brauw, Gijs Scholten van Aschat. Drama. 14 anos.

Sinopse: Lucas e Johanna vivem nos anos 1970 e 80, perdidamente apaixonados, em um mundo cheio de sonhos e ideais – mas um acidente os separa. Trinta e cinco anos depois, os dois se reencontram e seu amor profundamente enraizado ainda é muito forte. Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival de Milão 2021.


SALA EDUARDO HIRTZ


14h45 – A ESPOSA DE TCHAIKOVSKY Assista o trailer aqui.

(Zhena Chaikovskogo – Rússia/ França/ Suíça, 2022, 143min). Direção de Kirill Serebrennikov, com Alyona Mikhailova, Odin Lund Biron e Miron Fedorov. Imovision, 16 anos. Drama.

Sinopse: Antonina Miliukova é uma jovem bonita e inteligente que pertence a uma família da aristocracia russa. Apesar de ter o mundo a seus pés, seu maior sonho é se casar com o compositor Pyotr Tchaikovsky (1840 – 1893). O músico aceita o casamento para acabar com os rumores sobre sua sexualidade, mas, à medida em que o tempo passa, a relação fica insustentável. O filme é baseado no livro “Antonina Tchaikovsky: História de uma Vida Esquecida”, de Valeri Sokolov, e destaca o trabalho de Serebrennikov - que também é diretor de ópera e teatro – à frente de um filme de época.


17h15 – BELCHIOR – APENAS UM CORAÇÃO SELVAGEM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 90min). Documentário de Natália Dias e Camilo Cavalcanti. Clariô Filmes. 14 anos.

Sinopse: Antonio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes (1946 – 2017), mais conhecido como Belchior, ganha um autorretrato que mergulha no coração selvagem do poeta, cantor e compositor cearense. Com suas canções geniais e suas ideias cortantes, ele marcou e ainda marca a vida de muita gente.


19h15 – A PRIMEIRA MORTE DE JOANA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 91min). Direção de Cristiane Oliveira, com Letícia Kacperski, Isabela Bressane, Joana Vieira, Lisa Gertum Becker. Lança Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joana, de 13 anos, quer descobrir por que sua tia-avó morreu sem nunca ter namorado ninguém. Os questionamentos e descobertas da adolescente mexem com a comunidade tradicional onde ela vive, no sul do Brasil, ao mesmo tempo em que o lugarejo acompanha a construção de uma usina eólica nas proximidades. Com locações nas cidades de Osório e Santo Antônio da Patrulha, este é o segundo longa da diretora gaúcha e foi visto em mais de dez festivais internacionais.


SALA NORBERTO LUBISCO


14h30 - JAIR RODRIGUES – DEIXA QUE DIGAM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 100min). Documentário de Rubens Rewald, com as participações de Hermeto Pascoal, Jair Oliveira, Jairo Rodrigues, Lady Lu, Luciana Mello. Elo Filmes, 10 anos.

Sinopse: A trajetória musical de Jair Rodrigues (1939 – 2014) é revista por meio de imagens que marcaram a música brasileira, como a parceria com Elis Regina no programa “O Fino da Bossa” nos anos 1960 ou a interpretação da vitoriosa “Disparada”, no Festival da TV Record. Mas é nos depoimentos de amigos e familiares que se revela a alma deste paulista sorridente, que trabalhou na roça até os 10 anos, foi alfaiate e engraxate e soube marcar posição como artista nos anos da ditadura militar.


16h15 – BEM VINDA, VIOLETA - ESTREIA Assista o trailer .aqui

(Brasil/Argentina, 2023, 110min). Direção de Fernando Fraiha, com Débora Falabella e Darío Grandinetti. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Para escrever seu próximo romance, que vai se chamar “Violeta”, a escritora Ana ingressa em um famoso laboratório literário na Cordilheira dos Andes. Lá ela conhece Holden, criador de um método no qual os escritores abandonam suas próprias vidas para viver como seus personagens. O roteiro foi inspirado na novela “Cordilheira", de Daniel Galera, e as locações foram em Ushuaia, na Patagônia argentina.


18h15 – DOS 3 AOS 3 - ESTREIA Assista o trailer aqui.

Documentário de Pablo Lobato. Embaúba Filmes, Livre.

Sinopse: O documentário acompanha o crescimento de Ravi dos três meses aos três anos de vida, período em que sua mãe coloca em prática os ensinamentos da pediatra vienense Emmi Pikler. Ela prega o respeito à individualidade dos bebês, a promoção da autonomia através do livre brincar e a presença amorosa nos momentos de cuidados como estímulo ao desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social da criança.


19h30 – CLOSE Assista o trailer aqui.

(Bélgica/França/Holanda, 2022, 105min). Direção de Lukas Dhont, com Eden Dambrine, Gustav De Waele, Émilie Dequenne. O2 Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Léo e Rémi, de 13 anos, são inseparáveis - melhores amigos e próximos como irmãos. Mas, quando começam um novo ano escolar, as pressões da adolescência desafiam este vínculo tão fraterno, gerando consequências inesperadas e de longo alcance. O filme é um dos cinco indicados ao Oscar de melhor longa internacional.

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA QUINTA, DIA 4)


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Cine Especial: 'As Bestas'

Sinopse: Depois de se mudar para uma vila na Galícia, comunidade autônoma no noroeste da Espanha, um casal francês leva uma vida sossegada, ainda que não tenha boa relação com os vizinhos. É então que as animosidades se acentuam. 

O ser humano é um animal evoluído, mas que nos últimos tempos tem regredido para o lado da bestialidade e revelando o pior do seu ser na medida em que não é detido. Independente de qual patamar se encontra o ser humano revela o pior do seu ser na medida em que é contrariado, ou quando as suas ideias são dispensadas e não aceitando nenhuma justificativa. "As Bestas" (2022) é a síntese do lado selvagem do ser humano quando o mesmo se acha no direito de pisar no seu semelhante.

Dirigido por Rodrigo Sorogoyen, o filme conta a história de Antoine (Denis Ménochet) e Olga (Marina Foïs), um casal francês que vive em uma aldeia no interior da Galícia. Lá, eles levam uma vida tranquila, cultivam vegetais e reabilitam casas abandonadas, embora sua convivência com os moradores locais não seja tão amistosa quanto desejam. Sua recusa em concordar com a implementação de um parque eólico acentuará os desentendimentos com os vizinhos, especialmente com os irmãos Xan (Luis Zahera) e Loren (Diego Anido).

A cena de abertura já nos avisa sobre o que iremos presenciar ao longo da projeção, onde vemos determinados personagens domando um cavalo até ele não ter força alguma para poder escapar. Logo em seguida a história é jogada no cenário de um bar, onde determinados personagens ficam jogando conversa fora e começam a fazer comentários preconceituosos com relação aos franceses. Imediatamente percebemos que não é somente um caso de xenofobia ocorrendo naquele momento, como também uma forma de ameaça contra o protagonista Antoine e do qual o mesmo não aceita as mudanças que poderiam acontecer naquelas terras.

Se em "Aquarios" (2016) ali havia uma representação da elite em querer tomar um pequeno terreno para transformar em um imenso arranha céu, aqui vemos os dois lados da mesma classe se digladiando por interesses próprios. Se Antoine e Olga querem somente viver tranquilamente com o que tem, por outro lado, os irmãos Xan Loren começam a usar jogos de intimidação contra o casal, ao ponto que cada movimento se torna momentos de pura tensão. Para piorar eles são vizinhos, onde o perigo mora ao lado e fazendo com que cada saída dos personagens em seu terreno se torne um temor na medida em que vão caminhando.

Rodrigo Sorogoyen procura criar um cenário claustrofóbico mesmo em planos abertos, pois os dois irmãos vão se tornando cada vez mais ameaçadores e se distanciando cada vez mais da lógica e se entregando a bestialidade. Já Antoine possui uma força de vontade que o fará não desistir do lar em que vive, mesmo que para isso lhe custe muito. Desde "Bastardos Inglórios" (2009) o ator Denis Ménochet tem me surpreendido com a sua atuação, cujo a sua expressão ele consegue nos passar os mais diversos sentimentos e usando isso na construção dos seus respectivos personagens que ele vai abraçando.

Porém, Luis Zahera não fica muito atrás, ao entregar o que talvez seja a melhor atuação de sua carreira, ao criar para si um ser bestial movido por sonhos nunca alcançáveis e que acredita que uma fatia de dinheiro pode mudar a sua vida. já Marina Foïs cresce na medida em que a trama avança, ao ponto de se tornar a protagonista da metade para o final da trama e protagonizando diversos momentos tensos e que tememos pela sua vida. Falando nisso, pode-se dizer que o filme possui dois atos e cujo final do primeiro é um dos mais angustiantes do ano.

O filme chega em um momento em que o cinema não se sustenta mais através dos monstros clássicos, pois no mundo real o que nos dá mais medo é o próprio lado sombrio do ser humano. Portanto, uma vez que os homens se entregam a besta selvagem dentro de si tudo que nos resta é não recuar, mas sim tratá-los como cães raivosos que muito em breve serão abatidos e sem que tenhamos que fazer muito esforço, pois eles já perderam as suas almas há muito tempo. O filme termina em aberto, mas nós o levamos conosco, pois a luta continua perante horror vinda do próprio ser humano.

Vencedor de nove prêmios Goya, incluindo melhor filme, "As Bestas" é desde já um dos filmes mais impactantes do ano, ao nos jogar de frente com o comportamento selvagem do homem e nos ensinando a termos que o enfrentar de frente.   

Nota: Filme exibido no último Fantaspoa de Porto Alegre.  

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