Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM – PROGRAMAÇÃO 26 DE JANEIRO A 1 DE FEVEREIRO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

GAROTO DOS CÉUS 


SALA EDUARDO HIRTZ


ESTREIA:

GAROTO DOS CÉUS (Boys from Heaven – Suécia/França/ Finlândia/Dinamarca, 2022, 120min). Direção de Tarik Saleh, com Tawfeek Barhom, Fares Fares, Mohammad Bakri. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Adam é filho de um pescador de uma pequena província que consegue uma bolsa de estudos para a conceituada Universidade Al-Azhar, no Cairo. A morte do Grande Imã, principal líder religioso do lugar, transforma completamente a vida do estudante. Adam só pensava em ajudar sua família, mas acaba envolvido em uma teia de intrigas entre os religiosos egípcios e a elite política. O filme foi o indicado pela Suécia ao Oscar internacional. 

Sessões:  14h10min


AFTERSUN (Reino Unido/EUA, 2022, 100min). Direção de Charlotte Wells, com Frankie Corio e Paul Mescal. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente.

Sessões:  16h20min


ME CHAMA QUE EU VOU (Brasil, 2021, 70min). Documentário de Joana Mariani. Vitrine Filmes, 10 anos.

Sinopse: O próprio Sidney Magalhães protagoniza os depoimentos que dão conta da sua trajetória de cinco décadas – ou melhor, de Sidney Magal, um ícone da música popular brasileira. Ao completar 70 anos, segue sendo um homem simples, sorridente e apaixonado e que ainda brilha como cantor, dançarino, ator e dublador. Além de mostrar o homem por trás do ídolo, o filme mostra os bastidores de sucessos como “Sandra Rosa Madalena”, “Tenho” e “Me Chama que eu Vou”. O documentário recebeu o Kikito de melhor montagem no Festival de Gramado 2020.

Sessões:  18h10min


REGRA 34 (Brasil/França, 2022, 100min). Direção de Julia Murat, com Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato. Imovision, 18 anos. Drama.

Sinopse: Simone é uma jovem advogada negra que pagou a faculdade de Direito fazendo performances online de sexo. Seu sonho é defender mulheres em casos de abuso, mas seu passado volta à tona quando seus interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo. O filme foi o vencedor do Leopardo de Ouro no 75º Festival Internacional de Cinema de Locarno.

Sessões:  19h30min (não haverá exibição na quinta-feira, dia 26)


CICLO VISIBILIDADE TRANS – programação do Janeiro Lilás, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura. Entrada franca

Dia 26/01 (quinta), às 19h30min – exibição da videoarte ABEBÉ 2021, de Fayola Ferreira.


SALA NORBERTO LUBISCO


MARTE UM (Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O longa foi o indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.

Sessões: 15h


CORSAGE (Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.

Sessões: 17h10min


ESTREIA:


GAROTO DOS CÉUS (Boys from Heaven – Suécia/França/ Finlândia/Dinamarca, 2022, 120min). Direção de Tarik Saleh, com Tawfeek Barhom, Fares Fares, Mohammad Bakri. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Adam é filho de um pescador de uma pequena província que consegue uma bolsa de estudos para a conceituada Universidade Al-Azhar, no Cairo. A morte do Grande Imã, principal líder religioso do lugar, transforma completamente a vida do estudante. Adam só pensava em ajudar sua família, mas acaba envolvido em uma teia de intrigas entre os religiosos egípcios e a elite política. O filme é o indicado pela Suécia para a disputa ao Oscar internacional. 

Sessões:  19h15min (não haverá exibição neste horário na quinta-feira, dia 26)


NOS SONS DO LITORAL (Brasil, 60min) – documentário do grupo Chão de Areia, realizado com recursos da lei Aldir Blanc. O filme integra o projeto Cinema Musical Gaúcho, que apresenta filmes sobre a música do RS.

Sinopse: Conduzido pelo grupo Chão de Areia (dos músicos Mário Tressoldi, Chico Saga e Flávio Júnior), o documentário reúne artistas e compositores convidados que valorizam os elementos do Litoral Norte em seus trabalhos e representam as diferentes inspirações étnicas dos municípios da costa do Rio Grande do Sul.


Sessão: Quinta (dia 26), às 19h30min. Entrada franca.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).


CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

https://linktr.ee/cinematecapauloamorim

Cine Dica: Cinemateca Capitólio faz repescagem da Sessão Plataforma

Dias

Entre os dias 26 e 29 de janeiro a Cinemateca Capitólio recebe a repescagem da Sessão Plataforma 2022, reunindo em uma pequena mostra seis dos oito longas-metragens internacionais exibidos no evento ao longo do ano passado. Dentre os títulos da programação, estão obras de grandes nomes do cinema mundial como o malaio Tsai Ming-liang, com sua mais nova experiência sensorial, Dias, exibido na competição do Festival de Berlim 2020, até estreias de jovens promessas que ganharam destaque nos grandes festivais internacionais como Payal Kapadia, diretora indiana do documentário político Uma Noite Sem Saber Nada, exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes 2021, e os irmãos Esiri, duo nigeriano do drama social Eyimofe - Esse é Meu Desejo, destaque da seção Forum do Festival de Berlim 2020. Completam a programação Crime Culposo, labiríntico drama político do iraniano Shahram Mokri, lançado no Festival de Veneza em 2020, Întregalde, ácido drama social romeno com toques de cinema de gênero do aclamado Radu Muntean, exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes 2021, e ainda Mutzenbacher documentário da austríaca Ruth Beckermann, grande vencedor da mostra competitiva Encontros do Festival de Berlim em 2022.


Em todas as sessões será praticada a meia entrada, no valor de R$ 8,00.


A Sessão Plataforma tem curadoria e produção de Davi Pretto e Paola Wink, e é realizada em parceria com a Coordenação de Cinema e Audiovisual da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura de Porto Alegre. Entre 2013 e 2016, a Plataforma apresentou, em sessões programadas na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro, filmes inéditos na cidade, de diversas nacionalidades, sem distribuição garantida no Brasil. Foram exibidos filmes de realizadores como Pedro Costa, Pascale Ferran, Mati Diop, Nadav Lapid, Jem Cohen, Miguel Gomes, Dominga Sotomayor, Sergei Loznitsa, Corneliu Porumboiu, entre muitos outros.


Em 2022, a Plataforma apresentou oito novos longas-metragens na Cinemateca Capitólio, incluindo filmes de Apichatpong Weerasethakul, Tsai Ming-liang e Frederick Wiseman.


PROGRAMAÇÃO


Dias, de Tsai Ming-liang (Taiwan, 2020, 127 minutos)

Kang mora sozinho em uma casa grande. Através de uma fachada de vidro, ele olha para as copas das árvores açoitadas pelo vento e pela chuva. Sente uma dor estranha de origem desconhecida que mal consegue suportar e que se espalha por todo o seu corpo. Non vive em um pequeno apartamento em Bancoc, onde prepara metodicamente pratos tradicionais de sua aldeia natal. Quando Kang encontra Non em um quarto de hotel, os dois homens compartilham sua solidão. Ambos esquecem o lado duro da realidade por uma noite, e talvez até se aproximem da verdade, antes de retornarem ao seu cotidiano. Foi exibido no IndieLisboa e no Festival de San Sebastián, e recebeu a menção especial do Prêmio Teddy no Festival de Berlim.


Întregalde, de Radu Muntean (Romênia, 2021, 104 minutos)

Maria, Dan e Ilinca realizam sua habitual viagem humanitária de fim de ano, dirigindo um SUV pelas estradas de terra nas montanhas da vila romena de Întregalde. No caminho, acabam ajudando um velho solitário a chegar à serraria onde ele supostamente trabalha. Porém, o carro fica preso em uma vala no meio da floresta e eles descobrem que a serraria está abandonada. Forçados a passar a noite com esse homem senil, a noção dos três sobre empatia e caridade será seriamente questionada.


Mutzenbacher, de Ruth Beckermann (Áustria, 2022, 100 minutos)

Com um anúncio em um jornal, a diretora Ruth Beckermann convoca o teste de elenco para um filme baseado em um conhecido texto pornográfico, Josefine Mutzenbacher ou A História de uma Prostituta Vienense, publicado anonimamente em 1906. O filme mostra uma centena de homens confrontados com excertos desse romance, numa época em que o sexo é mais onipresente do que nunca, ao mesmo tempo em que nos encontramos em um ambiente cada vez mais moralista.


Crime Culposo, de Shahram Mokri (Irã, 2020, 139 minutos)

Na noite de 19 de agosto de 1978, quatro homens incendiaram o Cinema Rex, na cidade de Abadan, matando mais de 400 pessoas que assistiam a uma projeção de The Deer, de Masoud Kimiai. Marco da revolta popular que meses depois derrubaria o governo monárquico, o episódio traumático é revisitado em um jogo ficcional labiríntico que imagina a repetição do crime na sala escura. Ao vislumbrar o risco do infinito na história iraniana, Crime Culposo circunscreve o cinema como um protagonista ao mesmo tempo incontornável e desconcertante.


Eyimofe – Esse é Meu Desejo, de Arie Esiri e Chuko Esiri (Nigéria, 2020, 116 minutos)

A rotina dos protagonistas Mofe, funcionário de uma fábrica, e Rosa, uma cabeleireira, em Lagos, na Nigéria. Depois que Mofe perde a sua família e Rosa não consegue cumprir uma promessa, os planos de viagem que eles tinham fracassam, forçando-os a reconsiderar a vida no exterior. Conforme o tempo passa e as feridas cicatrizam, os dois aprendem que o futuro que procuram desesperadamente pode ser construído em casa.


Uma Noite Sem Saber Nada, de Payal Kapadia (Índia, 2021, 97 minutos)

A estudante de cinema L. redige cartas para seu amante ausente, enquanto mudanças radicais ocorrem ao seu redor na Índia contemporânea. A diretora constrói um imersivo filme-ensaio com diferentes materiais, onde se encontram realidade, ficção, memórias e fantasias. Um fascinante testamento sobre a inseparabilidade da vida, cinema, política e sonhos.


GRADE DE HORÁRIOS

26 de janeiro a 29 de janeiro de 2023


26 de janeiro (quinta-feira)

19h – Dias


27 de janeiro (sexta-feira)

19h – Întregalde


28 de janeiro (sábado)

16h30 – Mutzenbacher

18h30 – Crime Culposo


29 de janeiro (domingo)

16h30 – Eyimofe – Esse é Meu Desejo

18h30 – Uma Noite sem Saber Nada

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Segredos de Guerra'

Sinopse: No auge da Guerra Fria, um soldado problemático forma um triângulo amoroso proibido com um piloto de caça e sua companheira em uma base da força aérea soviética.


Viver uma falsa vida é uma escolha de inúmeras pessoas, principalmente se sua nação onde vive criminaliza a sua real natureza. Em "Segredos de Guerra" (2021), um jovem soldado Sergey Serebrennikov (Tom Prior) enfrenta o dia a dia da realidade militar e todas as hesitações que vem de sua sexualidade através do surgimento do Tenente Matvejev (Oleg Zagorodmii) na base militar e dos antigos desejos começam aflorar.

O relacionamento de sexos iguais em solo Russo durante a Guerra Fria não era apenas um grande alvoroço para os olhares conservadores da época, como também ilegal e que poderia levar até mesmo a morte. Porém, frear o que realmente sente por dentro não é uma das tarefas mais fáceis para se dizer o mínimo. Enquanto os desejos entre Sergey e Roman vão aumentando, também há uma desconfiança cada vez mais crescente que os cercam e gerando diversos momentos de tensão e até mesmo perigo.

A inquietação ronda boa parte da história, pois não se sabe como e quando o casal será pego em fragrante pelos oficiais. Assim como a paixão dos dois é inquestionável, também é o temor pelo futuro de ambos. Sergey possui um posicionamento mais seguro de si, sendo uma força da natureza que não pode ser parada em hipótese alguma e gerando assim um verdadeiro contraste se for comparado ao Roman que não esconde o temor de ser descoberto e perder tudo o que ele havia criado ao longo de sua carreira. Ao final das contas é uma história de amor não muito diferente de outras grandes histórias e das quais são movidas por sentimentos e tragédias na medida certa.

Porém, mais do que uma história de amor, é também uma luta em resistir e ser o que você realmente é. Em 1993 anulou o artigo que criminalizava relacionamentos homossexuais em território Russo, mas que proíbe a “propaganda” homossexual em 2013. O filme, portanto, vem um momento em que o mundo observa de perto, não somente a Rússia guerreando contra a Ucrânia, como também a sua posição política perante a comunidade LGBT e que precisa ser protegida perante as famigeradas leis conservadoras e retrógradas.

O diretor Peeter Rebane teve acesso a história verdadeira de Sergey Fetisov (1952 – 2017) pela primeira vez há uma década. “Essa é uma história verdadeira, íntima e poderosa. Eu nunca tinha visto um filme sobre amor proibido nas forças armadas soviéticas. E ainda é tão relevante hoje, com tudo o que está acontecendo na Rússia e no mundo”, justifica Rebane.

O realizador conta também que o ator ucraniano Oleg Zagorodnii se encontra ainda na Ucrânia desde o princípio do conflito entre a Rússia e que seu maior sonho é que isso tudo acabe: “Temos nos falado regularmente, especialmente no início da guerra, o que foi um choque para todos da equipe. Todos os homens adultos com mais de 18 anos estão proibidos de deixar o país”. Já a russa Diana Pozharskaya, atriz do ótimo drama de guerra finlandês "O Soldado Desconhecido" (2017), também limitada em divulgar esse filme.

Baseado em fatos verídicos de Sergey, "Segredos de Guerra" é uma história de amor perante aos mais diversos tipos de obstáculos, preconceitos e dos quais precisam ser combatidos a todo custo. 


   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre 'Corsage'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 28/01/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Corsage"

Áustria/ França/ Alemanha, 2022, 113 min, 16 anos

Direção: Marie Kreutzer

Elenco: Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.


Sobre o Filme: "Spencer", do diretor Pablo Larraín, foi apenas uma representação da superfície sobre o que se passava na vida da Princesa Diana, mas sintetizando uma mulher que estava gritando por dentro e exigindo por socorro. Curiosamente, é um retrato de um conservadorismo retrógrado das Monarquias atuais, que se encontram definhando e que não tem o direito de fazer o palácio real uma prisão para a mulher atual. "Cosarge" (2022) é um retrato livre de amarras de tempos longínquos, mas que fala da mulher atual que sempre deseja ir muito além do que as pessoas esperam.

Dirigido pela cineasta Marie Kreutzer, do filme "O Chão Sob Meus Pés" (2019), o filme conta a história da Imperatriz Elizabeth (Vicky Krieps) da Áustria é idolatrada por sua beleza e conhecida por ditar tendências de moda. Mas, em 1877, a Imperatriz completa 40 anos e é oficialmente considerada velha. Ela inicia então uma cruzada para tentar manter sua imagem pública, em uma batalha contra o tempo e ao mesmo tempo de sua liberdade em risco.



Confira a minha crítica já publicada clicando aqui.  


Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.


    Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Os Banshees de Inisherin'

Sinopse: Em uma ilha remota na costa oeste da Irlanda, Pádraic e Colm são melhores amigos de longa data. Certo dia, Colm decide por fim na amizade repentinamente e a decisão gera consequências alarmantes para ambos. 

Martin McDonagh é um cineasta autoral que começa a carreira de forma mansa, porém, logo vai chamando atenção por onde passa. O ápice de sua jornada ocorreu em "Três Anúncios de Um crime" (2017), trama policial peculiar em que um crime do passado afeta diversos personagens ao longo do percurso e principalmente pelo fato de não ter sido solucionado. Em "Os Banshees de Inisherin" (2022) ele fala sobre os conflitos em que os seres humanos se envolvem e dos quais nem ao menos entendem como adentraram neles.

A trama se passa na ilha fictícia de Inisherin, em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa.  Pádraic (Colin Farrell) é um homem extremamente gentil cujo ser inteiro é abalado depois de experimentar a crueldade abrupta e casual de Colm (Breendan Gleeson), dois amigos de longa data cuja amizade é quebrada após o conflito surgir no país. Pádraic, confuso e devastado, tenta reatar o relacionamento com o apoio de sua irmã Siobhan (Kerry Condon), que junto com Dominic (Barry Keoghan), filho do policial local, tem suas preocupações dentro da pequena ilha. Mas quando Colm lança um ultimato chocante para tornar suas intenções realidade, os eventos começam a se intensificar.

Com belas paisagens das ilhas de Inishmore e Achill da Irlanda, a trama principal vai se desenrolando enquanto ocorre a Guerra Civil Irlandesa como pano de fundo. O atrito da dupla central, logicamente, é uma espécie de metáfora sobre o que está ocorrendo ao país naquele momento e cujo os motivos que desencadearam o conflito até hoje não fazem o menor sentido. Portanto, a trama fala sobre pessoas que são pertencentes da mesma terra, mas que começam a se matarem por motivações mesquinhas e desencadeando uma teia de eventos interminável e que não os levam para lugar algum para se dizer o mínimo.

Tudo orquestrado com doses de humor ácido, fazendo com que o pequeno vilarejo se torne uma panela de pressão a todo momento e fazendo com que qualquer fofoca se torne um grande assunto e até mesmo gerando um interminável conflito. Martin McDonagh capricha em um ritmo dinâmico em seu primeiro ato, onde o humor e piadas criativas fazem com que conquiste a nossa atenção e fazendo a gente desejar saber o quanto antes como será finalizado a trama desse cenário isolado do mundo. O ritmo se perde um pouco do segundo até o início do terceiro ato, mas nada que prejudique o resultado final e principalmente pelo fato do elenco principal ser a fórmula do sucesso.

Colin Farrell e Breendan Gleeson haviam trabalhado juntos com o diretor no ótimo "Na Mira do Chefe" (2008) e cuja a trama sobre dois assassinos profissionais que se veem em volta de uma trama recheada de situações imprevisíveis. Aqui não é diferente, principalmente pelo fato que as situações estranhas começarem a partir do personagem de Gleeson e cujo o seu desejo de não querer mais ser amigo do personagem de Farrell desencadeia uma situação chocante e que muda o tom do filme como um todo. A situação só não fica mais transloucada porque existe a presença do bom senso, do qual é muito bem representado pela personagem Siobhan, vivida com intensidade pela atriz Kerry Condon, mas cuja a mesma se torna uma representação de uma parcela de uma sociedade daquela época que desejava fugir do conflito daquele país e buscar uma nova oportunidade do outro lado do mundo.

Ao final, constatamos que não há como fugir de suas raízes, mesmo quando dois lados da mesma moeda se encontram em conflito. O conflito, aliás, talvez gire em torno do fato de um dos personagens enxergar a vida passar rápido demais enquanto uma guerra está bem próxima a ele e fazendo se perguntar o que fez em vida para ser lembrado algum dia. Tudo o que resta no final das contas são os atos e consequências desses personagens em cena enquanto longe dali os realizadores do real conflito ficam rindo à toa.

Com uma participação curta, porém, primorosa do jovem ator Barry Keoghan, "Os Banshees de Inisherin" é sobre os conflitos que não fazem o menor sentido e cujo o término somente acontece quando ambos os lados se darem conta o quanto estavam errados. 

NOTA: O filme entrará em Cartaz nos cinemas dia 02/02.


  Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Curiosidade: Indicados ao Oscar 2023

Tudo o que faltou nos filmes da Marvel o cultuado "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo o Tempo" complementa com relação ao multiverso e cria um dos filmes mais surpreendentes do ano e favorito para o Oscar. Porém, "Nada de Novo no Front" aparece como segundo maior indicado e surpreendendo o público e a crítica. Quem ganha essa?

Confira a lista completa dos indicados. A cerimônia acontece  dia 12 de Março. 


MELHOR FILME

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Os Banshees de Inisherin

Elvis

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo o Tempo

Os Fabelmans

Tár

Top Gun: Maverick

Triângulo da Tristeza

Entre Mulheres


MELHOR DIREÇÃO

Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin

Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Steven Spielberg, por Os Fabelmans

Todd Field, por Tár

Rubem Östlund, por Triângulo da Tristeza


MELHOR ATOR

Austin Butler, por Elvis

Colin Farrell, por Os Banshees de Inisherin

Brendan Fraser, por A Baleia

Paul Mescal, por Aftersun

Bill Nighy, por Living


MELHOR ATRIZ

Cate Blanchett, por Tár

Ana de Armas, por Blonde

Andrea Riseborough, por To Leslie

Michelle Williams, por Os Fabelmans

Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo


MELHOR ATOR COADJUVANTE

Brendan Gleeson, por Os Banshees de Inishering

Brian Tyree Henry, em Causeway

Judd Hirsch, em Os Fabelmans

Berry Keoghan, por Os Banshees de Inisherin

Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Hong Chau, por A Baleia

Kerry Condon, por Os Banshees of Inisherin

Jamie Lee Curtis, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Stephanie Hsu, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin

Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Steven Spielberg & Tony Kushner, por Os Fabelmans

Todd Field, por Tár

Ruben Östlund, por Triângulo da Tristeza


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Edward Berger, Lesley Paterson & Ian Stokell, por Nada de Novo no Front

Rian Johnson, por Glass Onion: Um Mistério Knives Out

Kazuo Ishiguro, por Living

Ehren Kruger, Eric Warren Singer & Christopher McQuarrie, por Top Gun: Maverick

Sarah Polley, por Entre Mulheres


MELHOR FOTOGRAFIA

James Friend, por Nada de Novo no Front

Darius Khondji, por Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades

Mandy Walker, por Elvis

Roger Deakins, por Império da Luz

Florian Hoffmeister, por Tár


MELHOR TRILHA SONORA

Volker Bertelmann, por Nada de Novo no Front

Justin Hurwitz, por Babilônia

Carter Burwell, por Os Banshees de Inisherin

Son Lux, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

John Williams, por Os Fabelmans


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Sofia Carson - "Applause" (de Tell it Like a Woman)

Lady Gaga - "Hold My Hand" (de Top Gun: Maverick)

Rihanna - "Lift Me Up" (de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)

"Naatu Naatu" (de RRR)

Son Lux - "This is a Life" (de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)


MELHOR EDIÇÃO

Mikkel E.G. Nielsen, por Os Banshees de Inisherin

Matt Villa & Jonathan Redmond, por Elvis

Paul Rogers, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Monika Willi, por Tár

Eddie Hamilton, por Top Gun: Maverick


MELHOR FIGURINO

Mary Zophres, por Babilônia

Ruth E. Carter, por Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Catherine Martin, por Elvis

Shirley Kurata, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Jenny Beavan, por Sra. Harris Vai a Paris


MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Babilônia

Elvis

Os Fabelmans


MELHOR CABELO & MAQUIAGEM

Nada de Novo no Front

Batman

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Elvis

A Baleia


MELHOR SOM

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Batman

Elvis

Top Gun: Maverick


MELHORES EFEITOS VISUAIS

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Batman

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Top Gun: Maverick


MELHOR ANIMAÇÃO EM LONGA METRAGEM

Pinóquio de Guillermo Del Toro

Marcel the Shell with Shoes On

Gato de Botas 2: O Último Pedido

A Fera do Mar

Red - Crescer é uma Fera


MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA METRAGEM

The Boy, the Mole, the Fox and the Horse

The Flying Sailor

Ice Merchants

My Year of Dicks

An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It


MELHOR CURTA METRAGEM EM LIVE-ACTION

An Irish Goodbye

Ivalu

Le Pupille

Night Ride

The Red Suitcase


MELHOR FILME INTERNACIONAL

Nada de Novo no Front (Alemanha)

Argentina, 1985 (Argentina)

Close (Bélgica)

EO (Polônia)

The Quiet Girl (Irlanda)


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA METRAGEM

All That Breathes

All The Beauty and the Bloodshed

Fire of Love

A House Made of Splinters

Navalny


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA METRAGEM

The Elephant Whisperers

Haulout

How do You Measure a Year?

The Martha Mitchell Effect

Stranger at the Gate

   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Corsage'

Sinopse: A Imperatriz Elisabeth da Áustria é idolatrada pela sua beleza e moda. Mas em 1877, ´Sissi´ comemora seu 40º aniversário e deve lutar para manter a sua imagem pública. Com um futuro de apenas deveres cerimoniais à sua frente, ela rebela-se contra a imagem hiperbolizada de si mesma e apresenta um plano para proteger seu legado. 

"Spencer", do diretor Pablo Larraín, foi apenas uma representação da superfície sobre o que se passava na vida da Princesa Diana, mas sintetizando uma mulher que estava gritando por dentro e exigindo por socorro. Curiosamente, é um retrato de um conservadorismo retrógrado das Monarquias atuais, que se encontram definhando e que não tem o direito de fazer o palácio real uma prisão para a mulher atual. "Cosarge" (2022) é um retrato livre de amarras de tempos longínquos, mas que fala da mulher atual que sempre deseja ir muito além do que as pessoas esperam.

Dirigido pela cineasta Marie Kreutzer, do filme "O Chão Sob Meus Pés" (2019), o filme conta a história da Imperatriz Elizabeth (Vicky Krieps) da Áustria é idolatrada por sua beleza e conhecida por ditar tendências de moda. Mas, em 1877, a Imperatriz completa 40 anos e é oficialmente considerada velha. Ela inicia então uma cruzada para tentar manter sua imagem pública, em uma batalha contra o tempo e ao mesmo tempo de sua liberdade em risco.

Um corpete ou espartilho, o "corsage" do título, é o objeto que além de marcar fisicamente o corpo da imperatriz Elizabeth da Áustria, representa a prisão em que ela passa a viver ao alcançar a velhice, aos quarenta anos. Prisão essa que não há grades que mantenham ela presa, mas que se vê obrigada em viver nas aparências, não somente para agradar o seu marido, como também diante de uma sociedade hipócrita que vive das aparências e não toleram alguém da ala aristocrática sair dos trilhos em hipótese alguma.

Porém, Elizabeth é uma entidade pronta para explodir a todo momento, onde cada cena da protagonista se revela algo angustiante através do seu olhar, pois lá encontramos toda a sua dor e o desejo de não pertencer a esse grande teatro, mas sim com a ambição de fazer algo mais além do que os outro propunham. No decorrer do filme há uma espécie de jogo com relação a expectativa dos demais da família, sobre qual será o próximo passo da protagonista, já que ela não esconde as suas armas e tão pouco se cala perante uma situação errônea. Não deixa de ser interessante, por exemplo, quando ela visita um manicômio, onde lá se encontram diversas mulheres enfermas, mas fazendo da situação um reflexo sobre a sua própria vida.

Mais conhecida pela sua atuação no filme "Trama Fantasma" (2017), Vicky Krieps dá um verdadeiro show de interpretação, onde ela consegue construir para si uma Elizabeth frágil fisicamente, mas não escondendo a sua força que vem através dos seus pensamentos e que disparam através de suas palavras que desconcertam os demais em cena. A interprete também se sai muito bem ao se misturar com a reconstituição da época, cuja a fotografia, figurino e edição de arte se alinham perfeitamente com a sua presença e fazendo da mesma uma peça central em cada cena. No geral, é um filme que fala sobre tempos em que aparência perfeita ditava as regras, mas não significa que não havia liberdade por detrás das cortinas.

Uma vez que a protagonista se encontra com as suas damas de companhia ela se vê na possibilidade de ser ela mesma, pois no universo dos homens há somente a disciplina e no direito de se achar que pode controlar tudo a distância. Transitando entre fatos verídicos e ficção, o ato final nos leva para um encerramento surpreendente, que nos dá mais perguntas do que respostas e fazendo a gente questionar onde começa e onde termina a nossa liberdade nos dias atuais. Como a protagonista disse em um determinado momento da trama, a Monarquia se encontra em declínio, pois ninguém no seu juízo perfeito aguentaria um universo sobrecarregado de formalismo e que não permite a liberação do nosso lado mais humano.

"Corsage" é um retrato corajoso de uma das mais famosas Imperatrizes da história, mas próximo da realidade nua e crua e que faz com que a gente cidadão comum nos identifique com ela. 


Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.