Sinopse: O cinegrafista Luke Shannon (Buster Keaton) faz pequenos trabalhos até que se apaixona por Sally Richards.
Embora seja um filme dirigido por Edward Sedgwick, “O Homem das Novidades” (1928) possui assinatura de Buster keaton como um todo. O seu típico personagem inocente, perante o dia a dia de uma cidade grande, é uma figura do qual nos simpatizamos facilmente. Ao lutar pela busca de um emprego por conta das cenas que ele filma pela cidade, isso acaba se tornando uma mera desculpa para que gente adentre na história do homem x a maré moderna e que já muito se alastrava naquela época.
O filme em si é sobre o progresso desenfreado do qual as cidades grandes daquele tempo se encontravam e faziam com que muitas pessoas corressem pela oportunidade que, por vezes, quase nunca alcançavam. O personagem de Keaton acaba sempre sofrendo percalços, mas jamais desistindo dos seus objetivos, seja para conseguir um emprego filmando, ou para conquistar o coração da mocinha, interpretada pela atriz Marceline Day. É aí que o astro coloca o filme no seu bolso e nos brindando com todos os ingredientes que o moldaram para abraçar o estrelato.
Revolucionário nas cenas de humor, Buster Keaton não tinha medo de se machucar, ao ponto de inúmeras cenas perigosas ele mesmo atuar. É impressionante quando ele próprio pega o ônibus pelo lado de fora, ou quando corre descendo as escadas de uma forma vertiginosa. É nessa cena, aliás, onde se sintetiza todo o lado criativo da produção e do qual se casa com o desempenho do ator de uma forma sem igual.
Vale destacar que muitas cenas vistas nesse clássico seriam posteriormente homenageadas em outros filmes que viriam a seguir. Se por um lado a cena da chuva entre o protagonista e a mocinha foi homenageada no clássico "Cantando na Chuva" (1952), do outro, a piada da piscina, onde ele perde o calção de banho, foi algo usado a exaustão por humoristas brasileiros, como no caso dos Trapalhões. Porém, o ato final reserva momentos emocionantes, movimentados e com a participação hilária de um mico de circo.
Curiosamente, "O Homem das Novidades" possui uma premissa até que similar com o clássico russo "O Homem com a Câmera" (1929) do diretor Dziga Vertov. A diferença é que, se por um lado o filme russo apresentava os inúmeros recursos que a câmera já naquela época proporcionava, em contrapartida, o filme de Buster Keaton nos diz que a magia proporcionada pelo cinema pode unir as pessoas de todas as formas. Os minutos finais sintetizam muito bem isso e de um jeito muito singelo.
"O Homem das Novidades" é um de muitos clássicos protagonizados por Buster Keaton e do qual merece todo o reconhecimento.
NOTA: O filme será na próxima atração para os associados e não associados do Clube de Cinema de Porto Alegre. Na próxima terça (06/08/19) as 19h na Sala Redenção da UFRGS.
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Revolucionário nas cenas de humor, Buster Keaton não tinha medo de se machucar, ao ponto de inúmeras cenas perigosas ele mesmo atuar. É impressionante quando ele próprio pega o ônibus pelo lado de fora, ou quando corre descendo as escadas de uma forma vertiginosa. É nessa cena, aliás, onde se sintetiza todo o lado criativo da produção e do qual se casa com o desempenho do ator de uma forma sem igual.
Vale destacar que muitas cenas vistas nesse clássico seriam posteriormente homenageadas em outros filmes que viriam a seguir. Se por um lado a cena da chuva entre o protagonista e a mocinha foi homenageada no clássico "Cantando na Chuva" (1952), do outro, a piada da piscina, onde ele perde o calção de banho, foi algo usado a exaustão por humoristas brasileiros, como no caso dos Trapalhões. Porém, o ato final reserva momentos emocionantes, movimentados e com a participação hilária de um mico de circo.
Curiosamente, "O Homem das Novidades" possui uma premissa até que similar com o clássico russo "O Homem com a Câmera" (1929) do diretor Dziga Vertov. A diferença é que, se por um lado o filme russo apresentava os inúmeros recursos que a câmera já naquela época proporcionava, em contrapartida, o filme de Buster Keaton nos diz que a magia proporcionada pelo cinema pode unir as pessoas de todas as formas. Os minutos finais sintetizam muito bem isso e de um jeito muito singelo.
"O Homem das Novidades" é um de muitos clássicos protagonizados por Buster Keaton e do qual merece todo o reconhecimento.
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