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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Cine Dica: CURTA NA CINEMATECA APRESENTA SESSÃO DISTRUKTUR



SENSAÇÃO COREANA ENTRA EM CARTAZ
SESSÕES DE TINTA BRUTA
Em Chamas 
 
No domingo, 16 de dezembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta A Sessão Distruktur, na última edição do projeto Curta na Cinemateca de 2018, com quatro filmes realizados por Melissa Dullius e Gustavo Jahn. Os diretores conversam com o público após a sessão. A entrada é franca.
O sul-coreano Em Chamas, de Lee Chang-dong, vencedor do prêmio da crítica do Festival de Cannes de 2018, entra em cartaz na quinta-feira, 13 de dezembro. Torre. Um Dia Brilhante, de Jagoda Szelc, e A Misteriosa Morte de Pérola, de Guto Parente e Ticiana Augusto Lima, ganham mais exibições durante a semana. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
O fenômeno gaúcho Tinta Bruta, de Márcio Reolon e Filipe Matzembacher, ganha sessões nos dias 13, 14, 18 e 19 de dezembro. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

CURTA NA CINEMATECA – SESSÃO DISTRUKTUR
O projeto Curta na Cinemateca é uma janela de exibição e debate para curtas-metragens brasileiros que muitas vezes acabam restritos ao circuito de festivais.

DISTRUKTUR
Movendo-se através das fronteiras entre arte e cinema, experimental e narrativo, fotografia e imagem em movimento, Melissa Dullius & Gustavo Jahn exploram diferentes níveis da experiência sensorial e intelectual. Desestabilizam as noções do real e do imaginário ao mesmo tempo em que fundem as camadas de passado, presente e futuro. Deslocamento e transposição acontecem aqui como estratégias para produzir transformações, e as narrativas instáveis a que dão vazão sugerem que há muitas outras maneiras de comunicação além das normalmente conhecidas. Combinando ficção com arquivo pessoal, reorganizam fantasticamente símbolos de diversas eras e lugares, denotando as veias profundas que unem os indivíduos e as culturas que os formam. Começaram a fazer filmes em Porto Alegre no ano 2000, primeiro em Super 8 e depois em 16mm. Depois de mudarem-se para Berlim em 2006 e juntaram-se ao grupo fundador do coletivo LaborBerlin e.V passaram a incorporar práticas experimentais de filmagem e revelação analógicas ao seu processo criativo. Além de conceber e produzir imagens em movimentos também trabalham como atores, músicos e técnicos de laboratório de cinema, realizando grande parte da pós-produção dos seus filmes. Seus trabalhos tomam forma como filmes, instalações, filmesperformance, fotografias, textos e materiais gráficos.

BLOCO 1

EL MERAYA
Egito/Brasil/Alemanha, 2018, cor/P&B, sonoro, 19min, 16mm transf. para vídeo
A máquina do tempo funciona sobrepondo enigmas, materializando o passado e projetando o futuro. Todas as imagens, anteriores e posteriores, encontram-se para sempre impressas, como os fotogramas em um rolo de filme.

NO CORAÇÃO DO VIAJANTE
Lituânia/Alemanha/Brasil, 2013, cor, sonoro, 20min, 16mm transf. para vídeo
Um viajante que leva consigo apenas o necessário adentra uma paisagem desconhecida onde é assombrado pela solidão e pela natureza selvagem. O seu duplo, o guardião do seu coração, acabará por destruí-lo ao fundir-se com ele. (Projeto comissionado pelo Contemporary Art Centre Vilnius, com o apoio da Nida Art Colony e do Goethe-Institut-Vilnius. Estreou em abril de 2013 na forma de instalação, uma projeção dupla, na exposição Ritual Room, no CAC Vilnius).

BLOCO 2

TRIANGULUM
Egito/Alemanha/Brasil, 2008, cor/P&B, sonoro, 22min,16mm transf. para vídeo
Um trio à beira do abismo encontra o destino, personificado em uma jovem mulher. São transportados para uma metrópole oriental onde o acaso irá conduzir cada um deles para uma jornada pessoal. Em movimento perpétuo, paranoicos, eles avançam em busca do equilíbrio.

ÉTERNAU
Brasil, 2006, cor, sonoro, 21min,16mm transf. para vídeo
Viajando por terra, mar e através do espaço-tempo em busca de riquezas e belezas, os extravagantes Arqueólogos Mercenários invadiram os limites do jardim ancestral, causando o descompasso do céu e do mar.

GRADE DE HORÁRIOS
13 a 19 de dezembro de 2018

13 de dezembro (quinta)
14h – Torre. Um Dia Brilhante
16h – Tinta Bruta
18h30 – Rafiki (Mostra de Cinemas Africanos)
20h30 – Em Chamas

14 de dezembro (sexta)
14h – Torre. Um Dia Brilhante
16h – Tinta Bruta
18h30 – No Ritmo do Antonov (Mostra de Cinemas Africanos)
20h30 – Em Chamas

15 de dezembro (sábado)
14h – A Misteriosa Morte de Pérola
15h45 – Programa de curtas: parceria FestiFrance (Mostra de Cinemas Africanos)
18h – Martha & Niki (Mostra de Cinemas Africanos)
20h30 – Em Chamas

16 de dezembro (domingo)
14h - Programa de curtas: filmes de Ekwa Msangi + Árvore sem frutos (Mostra de Cinemas Africanos)
16h - M de Menino (Mostra de Cinemas Africanos)
18h – Curta na Cinemateca: Sessão Distruktur
20h30 – Em Chamas

18 de dezembro (terça)
14h - Torre. Um Dia Brilhante
16h – Tinta Bruta
18h - 14ª Mostra Unisinos de Cinema (Documentários e Animações)
20h - 14ª Mostra Unisinos de Cinema (Ficção 1)

19 de dezembro (quarta)
14h – A Misteriosa Morte de Pérola
16h – Tinta Bruta
18h - 14ª Mostra Unisinos de Cinema (Ficção 2)
20h - 14ª Mostra Unisinos de Cinema (Ficção 3)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Cine Dicas: Em Blu-Ray - DVD – VOD:

Baronesa 
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 

Benzinho
Leia a minha crítica já publciada clicando aqui. 

Alguma Coisa Assim 
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 



Cine Dica: TINTA BRUTA EM DEBATE NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS





Na quarta-feira, 12 de dezembro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma sessão de Tinta Bruta, um dos grandes destaques do ano no cinema brasileiro, comentada pelos diretores Filipe Matzembacher e Márcio Reolon. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

TINTA BRUTA
Brasil, 2018, 118 minutos, DCP
Direção: Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Distribuição: Vitrine Filmes
Enquanto responde a um processo criminal, Pedro é forçado a lidar com a mudança da irmã para o outro lado do país. Sozinho no escuro do seu quarto, ele dança coberto de tinta neon, enquanto milhares de estranhos o assistem pela webcam.

GRADE DE HORÁRIOS
12 de dezembro (quarta)

14h – Torre. Um Dia Brilhante
15h45 – A Misteriosa Morte de Pérola  
17h – Rua da Vergonha
18h30 – Supa Modo (Mostra de Cinemas Africanos)
20h – Tinta Bruta + debate

Confira a minha crítica sobre o filme clicando aqui.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Rasga Coração


Sinopse: Manguari Pistolão é ao mesmo tempo um herói e um homem comum. Atuante na militância em boa parte da vida, agora terá que enfrentar o mesmo que seu pai: seu filho, Luca, pretende deixar a faculdade de Medicina e ingressar de vez no movimento hippie. Em um crescente conflito com as escolhas do garoto, verá seu passado sendo reinventado na figura dele.

O cinema brasileiro muda de acordo com as mudanças em que o país vai passando ao longo do seu tempo. Se Neville D'Almeida havia retratado um Rio de Janeiro em que se restringia os pobres das favelas do resto da cidade no clássico Rio Babilônia (1982) o mesmo, então, retorna ao cenário em 2015, onde a elite vai aos morros para usufruir da vista, drogas e bebidas em Esse Vento Frio que a Chuva Traz. É o mesmo cineasta autoral, mas cujo seus filmes seguem as mudanças vertiginosas de um país vivendo sempre na corda bamba.
Em tempos indefinidos, existem cada vez mais cineastas brasileiros olhando para o passado e tentando, ao menos, fazer uma analise sobre o que deu certo e errado ao longo desse percurso. Embora tenha se acertado melhor na área documental até recentemente, Jorge Furtado jamais escondeu em seus longas metragens a sua posição política com relação à crise atual em que assola o nosso país desde meados de Junho de 2013, onde ocorreram os grandes protestos elaborados por essa nova geração de brasileiros. É aí que ele usa isso como mote principal para a realização de Rasga Coração, onde num único filme ele visita duas épocas distintas uma da outra, mas com semelhanças que carregam em si alguns acertos, mas também inúmeros erros.
A trama se divide entre o início dos anos 80, época em que, aos poucos, estava ocorrendo à redemocratização, com o início dos primeiros movimentos de protestos do ano de 2013. Manguari Pistolão (Marco Ricca) foi um militante contra o sistema e que, após se acomodar em trabalhos de repartição, tenta de todas as formas em se manter estável com a sua família. Seu filho Luca (Chay Suede) adere aos movimentos de protesto contra as escolas, ganhando apoio do seu pai, mas até que ponto isso vem a valer?
Em um mesmo filme testemunhamos o mesmo país, mas de épocas diferentes e cujas causas soam familiares, mas tendo consequências diferentes. Pistolão lutou até onde pode no que ele acreditava, mesmo tendo consequências que, posteriormente, começariam a lhe assombrar. Se num primeiro momento ele deseja que o seu filho siga o mesmo caminho, por outro lado, os pensamentos e lutas desse último soam que indefinidos, mesmo ele sabendo que é preciso lutar por uma causa, mas não sabendo exatamente qual delas. No meu entendimento, Jorge Furtado, talvez, queira nos dizer que os movimentos de Junho de 2013 tenham sido inconsequentes, pois os mesmos não apontavam um caminho definido e se criando, então, um espaço aberto para se germinar os retrocessos elaborados por partidos políticos. 
Porém, o passado de Pistolão nos mostra que, tantos os erros como acertos, podem ter consequências que podem tardar, mas que não deixarão de vir. O jovem Pistolão (aqui vivido por João Pedro Zappa) seria, então, uma representação de um novo Brasil redemocratizado, mas aceitando as propostas que viriam a deixá-lo acomodado, não o fazendo entender as mudanças que viriam e culminando na formação do seu futuro filho. Um Brasil acomodado teria sido a causa de termos sofrido um segundo golpe do nosso tempo? 
Jorge Furtado lança essa, além de muitas perguntas para todos nós, mas que a maioria não obterá, por agora, respostas que nos faça compreender esse complexo mosaico de eventos que nos aflige. Porém, no plano final da trama, Pistolão e sua esposa (Drica Moraes) se dão conta que o ambiente em que vivem está mudando, sendo que onde havia sol, por exemplo, é agora coberto por sombras de arvores e edifícios. As mudanças vão acontecendo, conforme as nossas atitudes ou pensamentos do próximo. 
Rasga o Coração é sobre um Brasil que vive entre acertos e erros em sua história e cujo passado sempre nos causara consequências para o nosso futuro. 


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