Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: Em Ciambra,
uma pequena comunidade romana na Calábria, Pio Amato não vê a hora de virar
adulto. Aos 14 anos, ele já bebe, fuma e é um dos poucos a circular com
facilidade entre os grupos da região: os italianos locais, os refugiados
africanos e o grupo de ciganos Romani. Pio tem como referência seu irmão mais velho
Cosimo, mas quando ele desaparece, Pio vê uma chance de provar sua maturidade,
mas logo se encontra diante de uma decisão que coloca tudo à prova.
O cineasta Jonas
Carpignano (Mediterrânea) sabe que esta adentrando em temas delicados, que vai
desde a questão de refugiados, pobreza, crimes, delinquência na juventude e que
esse território complexo se encontra em Calábria. Porém, o cineasta é cuidadoso
ao entrar nesse cenário não julgando, mas sim somente usando a sua câmera como
observadora, ao criar uma síntese sobre um jovem protagonista que faz escolhas
questionáveis e o levando a esse caminho devido a escassa falta de
oportunidades melhores na realidade em que vive. Com isso, ao vermos o jovem
aprender a roubar, não quer dizer que ele goste necessariamente, mas sim
porque, talvez, ele acredite que não tenha outra opção para abraçar.
Como filme, há pontos
negativos a serem considerados, como fato dessa escolha do cineasta em fazer de
sua câmera, além de nós, como observadora da narrativa, torna tudo um tanto que
cansativo, principalmente ao sentirmos um perfeccionismo ao extremo em
determinados momentos. Porém, há de se destacar momentos humanos dos quais
facilmente nos identificamos, como a gradual relação de confiança entre o
personagens Pio e Aviva, onde se cria uma relação familiar, mesmo em meio em
situações das quais iremos questionar: a cena em que o protagonista
contrabandeia uma televisão para um grupo de refugiados sintetiza muito bem
essa observação.
São momentos como
esse que dão certa alegria para um ambiente moldado pela dor e da necessidade
de sucumbir para uma criminalidade que não haverá futuro algum para aqueles
personagens. Aqui não há vilões, mas sim uma ambiguidade, da qual os
personagens nos apresentam, onde se encontram sempre na corda bamba, mas não
escondendo o desejo pela busca de um ponto de fuga. Nos tornando, então,
questionadores, mas reconhecemos a humanidade de cada um deles.
Com isso, há uma
sensação de que, fora alguns momentos, de que há um lado primário na história,
fazendo com que as situações se enveredam por um caminho que, não
necessariamente, tenha uma linha reta e fazendo com que os destinos daquelas
pessoas não sejam concretos, mas sim fique em aberto. Curiosamente, o teor
dramático que, ao invés de melhorar, meio que se perde no caminho, devido a
momentos em que o duelo entre a moral é estraçalhado pela “causa e consequência” e não acrescentando muito aquela realidade da qual vai,
gradualmente, se consumindo. Porém, a sensibilidade no tratamento dado a Pio
nunca se perde ao longo do percurso. Nem mesmo em situações em que poderíamos
crucificá-lo, mas, como eu disse anteriormente, fórmula usada pelo cineasta em
apenas observar, faz com que torcemos
por ele em suas situações vividas de alto risco.
Embora com os seus altos e
baixos, Ciganos da Ciambra é uma síntese sobre a perda da inocência, onde jovens personagens embarcam na vida adulta de uma forma precoce e tendo consequências futuras
indefinidas.
Onde assistir: Guion Center: Rua Gen. Lima e Silva 776, Porto Alegre. Horários: Sala 1: 16h15. Sala 2: 20h55.
Nos dias 26 e 27 de
Maio eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde acontecerá o
curso DC x MARVEL, criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista e crítico
de cinema Matheus Bonez. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, eu
irei compartilhar para vocês os principais filmes que deram um passo a frente
para que esse gênero sempre continuasse vivo.
BLADE: O
CAÇADOR DE VAMPIROS (1998)
Sinopse: Seu nome é
Blade (Wesley Snipes, de U.S. Marshals - Os Federais). Um guerreiro que possui
a força sobre-humana e os instintos demoníacos de um vampiro. Porem é capaz de
andar à luz do dia como um ser humano normal. Seu passado esconde a verdade
sobre sua origem. Ele é o mais temido e perigoso caçador de vampiros de todos
os tempos.
Nem X-men, nem Homem Aranha, mas sim foi
Blade: quando em 1997 Batman e Robin fracassou nas bilheterias por ter sido
criado de maneira tão miserável, parecia que as adaptações de HQ para o cinema
iriam para o limbo de vez, mas coube a um diretor desconhecido (Stephen
Norrington) provar que essa teoria estava errada, pois se fosse feito de
maneira séria e coerente, poderia sim as adaptações ser boas e de grande
sucesso. Eis então que Blade, um semi desconhecido das HQ da Marvel se lançou
ao estrelato com um filme que mistura ação e terror de uma maneira nunca antes
vista e fez de Wesley Snipes o astro dos filmes de ação da vez. Com isso, a
Marvel usou todos os meios para que seus outros personagens da casa de idéias
fossem para o cinema, mas isso é outra historia.
X-MEN: O
FILME (2000)
Sinopse: Eles são
filhos do átomo superior, o próximo elo na corrente da evolução. Cada um nasceu
com uma mutação genética rara, que na puberdade se manifestou em poderes
extraordinários. Em um mundo cheio de ódio e preconceito, eles são temidos por
aqueles que não podem aceitar suas diferenças. Liderados por Xavier, os X-Men
lutam para proteger um mundo que os teme. Eles estão presos em uma batalha
contra um ex-colega e amigo, Magneto, que acredita que os humanos e os mutantes
não devem viver juntos.
Mesmo com baixo
orçamento e com cronograma apertado, Brian Singer fez na época um filme que,
não só soube respeitar a mentalidade dos fãs das HQ, como também soube atrair
pessoas que nunca na vida leram uma HQ antes na vida. A grande sacada do
roteiro foi tratar o assunto com pé no chão (algo que Richard Donner fez muito
bem em Superman em 1978) e ser levado mais para o lado da ficção científica sério,
mas ao mesmo tempo em que toca em assuntos espinhosos como o preconceito.
Apesar de um elenco
semi desconhecido, cada um ficou muito bem encaixado em seus respectivos
personagens, como no caso da dupla de veteranos Patrick Stewart e Ian McKellen,
respectivos Charles Xavier e Magneto, amigos de longa data, mas que se tornaram
inimigos devido suas idéias diferentes quanto ao futuro da raça mutante. As
cenas em que ambos contracenam estão entre as melhores do filme.
Contudo o grande
astro da trama fica mesmo nas costas de Hugh Jackman que parece que nasceu para
ser o tão popular Wolverine. De um completo desconhecido na época, o ator virou
astro da noite para o dia. Isso devido ao fato de, não interpretar somente um
personagem tão querido pelo público, mas porque também soube tirar melhor
proveito de cada momento que esta em cena, principalmente das cenas de ação em
que participa. Visto hoje, o filme é uma espécie de prólogo do que estaria por
vir nos filmes seguintes da franquia de sucesso.
Curiosidade: A
produção de X-Men - O Filme foi recheada de problemas. Além da troca de Dougray
Scott por Hugh Jackman no papel de Wolverine, a data de estréia do filme foi
antecipada pelos executivos da Fox em quase 6 meses, o que fez com que o filme
apenas fosse concluído poucas semanas antes da estréia oficial nos cinemas
americanos. Além disso, as 500 cenas que utilizaram efeitos especiais foram
encomendadas entre várias empresas, para que tudo ficasse pronto a tempo do
lançamento.
Homem
Aranha (2002)
Sinopse: Depois de
ser picado por uma aranha geneticamente modificada, Peter Parker ganha super
poderes e as habilidades da aranha para se agarrar a qualquer superfície. Ele
promete usá-los para combater o crime e começa a entender as palavras de seu
querido tio Ben: com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.
Durante muitos anos, foi um verdadeiro parto
levar as aventuras do popular herói Marvel para o cinema, mas graças ao sucesso
de Blade, além do primeiro filme dos X-Men, os produtores da Sony viram o
potencial desses heróis no cinema. O que levou então a produzirem adaptação
que seria o início da era de ouro das
adaptações do inicio do século 21. Com a direção de Sam Raimi, acompanhamos o
nascimento do herói gradualmente, sem pressa, para termos total simpatia por
ele e compreender as suas motivações. Há primeira hora é a montagem do palco,
para a criação tanto do herói como do vilão, que aqui é o Duende Verde,
interpretado por competência habitual de Willem Dafoe.
O filme se divide na
ação, com o amadurecimento do personagem perante as adversidades trágicas que o
fazem a se tornar um herói, com o amor impossível que ele sente pela personagem
Mary Jane (Kisten Dunst). Embora seja um filme que possua ótimas cenas de ação,
e efeitos especiais caprichados, os fãs habituais de Raimi podem se sentir um
tanto que desapontados, por não enxergarem em nenhum momento do filme as marcas
registradas habituais do cineasta, como movimento vertiginoso da câmera tão
usado na trilogia Uma Noite Alucinante. Mas nada que comprometa o resultado
final, que acabou se tornando tanto um sucesso de crítica, como de público e
que alavancou a grande leva de super heróis para o cinema desde então.
Nos dias 26 e 27 de
Maio eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde acontecerá o
curso DC x MARVEL, criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista e crítico
de cinema Matheus Bonez. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, eu
irei compartilhar para vocês os principais filmes que deram um passo a frente
para que esse gênero sempre continuasse vivo.
SUPERMAN (1978)
Sinopse:Jor-El
(Marlon Brando), um renomado cientista, prevê a destruição do seu planeta e
alerta o governo, que não lhe dá credito. Assim, decide salvar seu filho,
mandando-o para a Terra, onde terá superpoderes. Na Terra, ele usa o nome de
Clark Kent (Christopher Reeve) e já adulto e trabalhando como repórter em um
jornal, não demonstra ter superpoderes. Mas quando uma situação inesperada põe
em risco a vida de Lois Lane (Margot Kidder), uma colega de trabalho, ele
obrigado a se revelar para o público, ficando conhecido popularmente como
Superman. Descontente com o surgimento de um super-herói na cidade, Lex Luthor
(Gene Hackman), um gênio do mal, o obriga a se desdobrar para evitar a morte de
milhões de pessoas.
Filme que arrastou
multidões em todo o mundo na época e não é pra menos. Foi na verdade a primeira
superprodução baseada numa HQ a ser levada a sério do começo ao fim, e isso
graças a Richard Donner (A Profecia), que sempre via no projeto algo para ser
feito no modo verossimilhança. É difícil dizer qual a melhor parte: o início em Krypton onde Marlon Brando dá o seu show de interpretação, a chegada do seu
filho a terra, a descoberta da fortaleza da solidão, o passeio de voo do casal
e o ato final que termina num clímax angustiante e fantástico. Tanto Christopher
Reeve (Superman) como Margot Kidder (Lois Lane) ficaram marcados para sempre
com seus respectivos personagens e até hoje Christopher se tornou o melhor
interprete do ícone dos quadrinhos. Atenção para O ótimo desempenho de Gene
Hackman (no auge da carreira) interpretando o vilão Lex Luthor, da magistral
trilha sonora de John Williams que dá vida a cada cena do filme e dos
impressionantes efeitos visuais que, mesmo de 1978, convencem até hoje e provou
que um homem poderia voar.
Curiosidades: Para conseguir
uma musculatura convincente para ser nas telas Superman, o ator Christopher
Reeve fez um trabalho especial supervisionado por David Prowse, o ator que
interpretou Darth Vader em Guerra nas Estrelas; - Para aparecer por apenas 10
minutos em Superman - O Filme, o ator Marlon Brando recebeu um cachê de US$ 4
milhões;- O cabelo de Clark Kent e de Superman são repartidos para lados
diferentes.
Superman
2 - A Aventura Continua (1980)
Sinopse: Três
perigosos prisioneiros do extinto planeta Krypton, que estavam confinados na
Zona Fantasma, se libertam graças à uma explosão. O trio parte então para a
Terra, onde passam a ter os mesmos poderes do Super-Homem, mas o objetivo deles
é dominar o planeta.
Embora Richard Lester
esteja creditado como diretor, muitas cenas desse segundo filme foram rodadas
juntas com as do primeiro, mas, infelizmente, devido a divergências criativas
com os produtores, Richard Donner acabou sendo afastado e sem poder concluir o
trabalho que tinha em mente com relação à segunda aventura. Felizmente boa
parte do seu trabalho filmado está lá, sendo que até mesmo podemos diferenciar
quando são cenas rodadas do Donner ou de Lester, já que esse último sempre
queria criar alguma piada lá ou aqui em determinadas cenas. Bom exemplo disso
são algumas situações cômicas quando a trindade do mal sopra contra as pessoas
de Metrópoles, onde claramente vemos o dedo de Lester se metendo.
Apesar desses
deslizes, o filme chega há ser tão bom quando o primeiro, principalmente em
colocar o herói num dilema: querer continuar sua batalha contra o crime, ou
viver uma vida normal com Lois Lane. As cenas de Christopher Reeve e Margot
Kidder comprovam uma química perfeita de ambos, rendendo cenas bem românticas e
com direito até mesmo "cama" na Fortaleza da Solidão. Mas como
estamos falando de um filme Superman, sendo que os momentos de romance sedem
para os momentos certos para as cenas de ação, principalmente com há vinda do
trio vilanesco, liderado pelo General Zod. Para muitos até hoje, Terence Stamp
é sem sombra de dúvida a encarnação perfeita do personagem, onde sua presença e
falas (ajoelhe-se perante Zod) se tornaram marcantes para os fãs. O ponto alto
de toda a produção é quando os três vilões kryptonianos enfrentam o herói nos
céus e ruas de Metrópoles.
Por muito tempo (até
a chegada de X-men: O filme), a super briga que acontece em Metrópoles era
considerada o melhor exemplo de como se fazia uma boa cena de ação em uma
adaptação de HQ. E olha que estamos falando de um período que nem existiam
efeitos digitais ainda, sendo que tudo visto ali foi feito na raça e com o que
tinha de recursos na época. Não tem como não entrar em êxtase quando Superman
pega Zod, o rodopia e o joga num cartaz da Coca Cola de um prédio.
Embora com um final que
soluciona alguns pontos da trama de uma maneira forçada (super beijo??),
Superman II é ainda um bom exemplo de sequência que não deve nada ao filme
original. Uma pena que no terceiro filme, Richard Lester teve total liberdade
criativa em transformar o filme numa verdadeira comédia e que muitos fãs até
hoje tentam esquecer.
Conan: O
Bárbaro (1982)
Sinopse: Conan
(Arnold Schwarzenegger), ainda jovem, vê sua aldeia ser aniquilada por um
demoníaco feiticeiro chamado Thulsa Doom (James Earl Jones) e seus pais serem
assassinados na sua frente por ele. Disposto a vingar-se, desenvolve uma
incrível força física e parte em busca da liga de aço, que fará com que sua
espada se torne lendária.
Talvez o único filme
de uma HQ da Marvel nos anos 80 a ter sobrevivido com o tempo. Primeiro grande
sucesso da carreira de Arnold Schwarzenegger e sem duvida um dos melhores
trabalhos de John Milius. Conan foi o primeiro filme baseado em HQ com teor
mais adulto e explicito, sendo que não faltam cenas de violência e de sexo, o
que acabou causando o afastamento do público mais jovem e isso graças ao
roteiro mais adulto feito por Oliver Stone.
Mas o filme é sem
sombra de dúvida uma grande aventura épica na fictícia era Nórdica. Momentos
sublimes como o massacre de uma vila no início do filme e os primeiros minutos
de Arnold como Conan são apresentados de forma fantástica e inesquecível,
aliado a uma poderosa trilha sonora. Destaque para o extraordinário desempenho
de James Earl Jones como o vilão Thulsa Doom, que simplesmente rouba a cena a
cada momento que surge e de pontas curiosas como de Max von Sydow (O
Exorcista). Teve uma continuação inferior, mas nada que tire o brilho desse
grande filme.
Curiosidades: A
empresa Mattel era a responsável por produzir brinquedos em torno de Conan, mas
após assistir ao filme seus executivos acharam melhor não associar a empresa a
um filme com tanta violência e apelo sexual. Deste modo, a Mattel resolveu
criar um personagem próprio baseado em Conan, He-Man, criando também uma série
de desenhos animados baseado no personagem. Apesar de Conan e Valeria serem
vistos juntos durante grande parte de Conan, o Bárbaro, ele apenas fala a ela 5
palavras em todo o filme, sendo que isto ocorre logo nos 30 primeiros segundos
em que se encontram pela primeira vez.
BATMAN (1989)
Sinopse: Em Gotham City, um milionário
(Michael Keaton), que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos,
resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas o vilão Coringa
(Jack Nicholson) decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o
super-herói.
Um dos maiores
sucessos da Warner na época. Quando o filme foi lançado, o estúdio lançou uma
propaganda de proporções épicas que não se via desde Star Wars e com isso
arrastou mais e mais pessoas ao cinema. O filme foi a primeira superprodução de
Tim Burton que por sua vez, não teve 100% de sua liberdade criativa, contudo,
sua escolha de Michael Keaton para o protagonista foi preservada, apesar das
criticas que recebeu. Jack Nicholson brilha com sua versão de Coringa, apesar
de que é o próprio ator brincando de Coringa em alguns momentos. Visual e
trilha sonora arrebatadores que marcaram época, o filme gerou mais três sequências e serviu de inspiração para a criação de um desenho animado de muito
sucesso pelo canal Warner.
Curiosidades: A atriz
Sean Young era quem inicialmente interpretaria a personagem Vicki Vale.
Entretanto, Young fraturou a clavícula durante as filmagens, em uma cena em que
precisava montar um cavalo juntamente com Michael Keaton. Ela terminou sendo
substituída por Kim Basinger no filme e a cena em questão foi excluída do
roteiro.
Ao idealizar os
cenários que viriam a compor a cidade de Gotham City, a intenção do diretor Tim
Burton e sua equipe era dar cidade o clima mais gótico e desolado possível que
uma metrópole poderia ter.
BATMAN: O RETORNO
(1992)
Sinopse: Com o
objetivo de manipular Gotham City, um milionário (Christopher Walken) tenta
transformar o Pinguim (Danny DeVito), um ser deformado que tinha sido
abandonado ainda bebê nos esgotos, em prefeito da cidade. Como se isto não
bastasse, surge a Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer) que, apesar de ser linda e
sedutora, também tem dupla personalidade, em razão de problemas no passado.
Ambos se tornam verdadeiros pesadelos para Batman no presente.
Mais ação, mais
sombrio e mais com cara de Tim Burton. Após o sucesso do filme anterior, o
diretor teve total liberdade criativa e com isso criou um filme mais com sua
cara do que o próprio universo do Batman em si. Assim como anterior, os vilões
fazem a festa e Danny DeVito e, principalmente, Michelle Pfeifferroubam a cena a cada aparição (Pheiffer numa
atuação digna de Oscar) como os vilões Pinguim e Mulher Gato. Edição de arte
primorosa, além da trilha sonora de Danny Hellman espetacular, faz desse filme
uma sequência indispensável, sendo que é uma pena quando a cine série se perdeu
nos fiascos Batman Eternamente e Batman e Robin.
Curiosidades: A atriz
Sean Young tentou de todas as formas convencer o diretor Tim Burton e os
produtores do filme de que seria a atriz ideal para interpretar a Mulher-Gato
em Batman - O Retorno. Young chegou ao ponto de, por conta própria, aparecer no
estúdio de filmagens com a roupa da personagem, em mais uma tentativa de
convencê-los a ganhar o papel.- Durante as filmagens, Danny DeVito foi proibido
por contrato de contar a qualquer pessoa, inclusive sua própria família,
detalhes sobre a maquiagem utilizada na caracterização de seu personagem.
Sinopse: Gianfrancesco Guarnieri foi um dos nomes mais importantes da história do teatro brasileiro. Além de ter sido um grande ator na televisão, ele foi uma imagem-síntese do artista engajado brasileiro. Porém, seus filhos atores, escolheram por distanciar arte, trabalho e política em suas vidas. Agora, seu neto e diretor Francisco busca compreender o lugar de sua geração na história, nas artes e no mundo.
Embora atualmente eu quase não assista mais tv, ouve um tempo em que eu acompanhava, por exemplo, novelas e de lá conheci o ator Gianfrancesco Guarnieri. Com o tempo, fiquei sabendo que ele tinha um posicionamento politico de esquerda bem definido e sendo realizador da peça “Eles não usam Black-Tie” que, posteriormente, viria a se tornar filme e estrelado pelo mesmo. O documentário Guarnieri busca fazer uma pequena retrospectiva desse grande talento, do qual não descansou e tão pouco mudou ao longo da vida sobre os seus pensamentos.
Dirigido pelo seu neto Francisco Guarnieri, o prólogo faz um pequeno resumo da carreira do ator, onde granças as cenas de arquivo, ficamos conhecendo um pouco mais sobre Guarnieri e de sua causa em nome da cultura e da política. Após essa apresentação, ficamos conhecendo os motivos que levaram Francisco a querer investigar mais sobre a vida do seu avô. No decorrer do percurso, o jovem cineasta entrevista os filhos de Guarnieri, os atores Paulo e Flávio, onde ambos falam da relação de altos e baixos que tiveram com o seu pai e os motivos que os levaram a não seguir exatamente os seus mesmos passos.
Dono de opinião forte, Gianfrancesco Guarnieri era um esquerdista ferrenho, ao ponto de não se intimidar perante os tempos da ditadura e criando, então, peças de teatro cuja linguagem crítica contra o governo golpista daquele tempo era de forma sugestiva e engenhosa. Sua obra mais conhecida, "Eles não usam Black-Tie”, é algo que jamais envelhece, pois a sua mensagem soa forte nesses tempos pós-golpe 2016. Se estivesse ainda vivo, os tempos de hoje seriam prato cheio para ele continuar trabalhando e passando para essa nova geração pensamentos libertadores perante os obstáculos.
Francisco, por sua vez, constrói uma edição em que as imagens de arquivo, seja do teatro, das novelas ou do cinema, passem a pessoa que seu avô foi, independente dele, por exemplo, não ter sido muito participativo em sua vida. O mesmo vale para os seus dois filhos, os atores Paulo e Flávio Guarnieri que, embora tenham trabalho juntos em alguns projetos, a relação, por vezes, era muito mais profissional do que familiar. Com isso, testemunhamos dois atores que reconhecem o gênio que o seu pai foi, mas não escondendo o desconforto que a sombra dele fazia e fazendo com que ambos optassem pela distancia para obter uma luz própria. Com pouco mais de uma hora de duração, Guarnieri é uma pequena síntese sobre um artista e de sua pessoa, da qual usava a sua arte em defesa daqueles que buscavam conhecimento e contra aqueles que defendiam tempos retrocados.
Onde assistir: Cinebancários: Rua Gêneral da Câmara nº 424, Centro de Porto Alegre. Horários: 15h e 19h.