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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 18 de março de 2016

Cine Especial: Análise e Interpretação de Filmes: Parte 4



Nos dias 21, 22 e 23 de março eu estarei participando em Porto Alegre do curso Analise e Interpretação de Filmes, atividade criada pelo Cine Um e ministrada pela jornalista Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias da atividade não vêm, eu irei fazer por aqui uma pequena analise dos principais filmes que serão analisados no decorrer da atividade. 

Beleza Americana (1999)

Sinopse: Lester Burham (Kevin Spacey) não aguenta mais o emprego e se sente impotente perante sua vida. Casado com Carolyn (Annette Bening) e pai da "aborrecente" Jane (Tora Birch), o melhor momento de seu dia quando se masturba no chuveiro. Até que conhece Angela Hayes (Mena Suvari), amiga de Jane. Encantado com sua beleza e disposto a dar a volta por cima, Lester pede demissão e começa a reconstruir sua vida, com a ajuda de seu vizinho Ricky (Wes Bentley).
Logo nos primeiros minutos de filme, o personagem principal avisa: em menos de um ano, ele estará morto. O final realmente não é feliz, mas surpreende. Aliás, tudo surpreende. Afinal, as aparências enganam.
O título do filme, além de ter relação com as rosas, representa a ironia entre como as pessoas imaginam ser a vida da classe média nos Estados Unidos, e como ela é de verdade. Porque por trás da fachada de alguém que aparentemente é perfeito, como no caso da Angela, quase sempre existem problemas muito mais profundos, que a beleza física cumpre o papel de esconder. A relação de Jane com o vizinho Ricky mostra o típico caso de uma garota que namora com o primeiro garoto que repara nela, já que ela não está acostumada com esse tipo de atenção. Nem mesmo o pai repara nela, já que ele está tão ocupado odiando seu emprego e fantasiando com a própria amiga da filha.
Beleza Americana estuda antropologicamente o homem ocidental americanizado. O filme tem um olhar de compaixão e ternura sobre seus personagens perturbados com suas distâncias e estranhamento naturais. Ao mesmo tempo, ele trata de aproximar o exotismo dessa nossa sociedade à suposta esquisitice de viver verticalmente a vida. Trata-se de um estudo realista sobre a podridão e vazio da falta de sentido na vida. A sua mensagem é densa e dramática decorrente do ódio calado, da agressividade contida e da mediocridade da classe média consumista que busca satisfação e não consegue ser feliz dentro deste paradigma imposto, raso e cruel.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (18/03/16)

A Linguagem do Coração


Sinopse: Final do século XIX, França. Marie Heurtin (Ariana Rivoire) é uma moça que nasceu cega e surda. Vivendo em seu próprio mundo, sem conseguir se comunicar, o pai dela a manda para um convento que cuida de crianças surdas. Entretanto, devido à falta de condições para tratá-la, a madre superiora (Brigitte Catillon) a recusa. Graças à insistência da freira Marie Margueritte (Isabelle Carré), que diz que pode cuidar dela apesar de seu problema de saúde, a madre superiora volta atrás em sua decisão. Só que fazer com que Marie aprenda questões básicas de higiene e convívio com outras pessoas não é uma tarefa nem um pouco fácil.

 

O Cemitério do Esplendor


Sinopse: Em uma cidadezinha da Tailândia um grupo de soldados é acometido por uma estranha doença que o faz cair em sono profundo. Uma escola desativada se transforma num hospital para atender os militares e uma senhora voluntária se afeiçoa com um dos pacientes, um jovem que não recebe visitas.
  
Glauco do Brasil


Sinopse: Documentário conta a trajetória de vida do pintor Glauco Rodrigues, um dos grandes nomes da Pop Art da América Latina e que morreu em 2004. Em 1998, o diretor Zeca Brito, então com 12 anos, havia entrevistado o artista e anos depois decide retomar as filmagens para terminar de contar essa história.

 

Mundo Cão


Sinopse: Em 2007, o Centro de Controle de Zoonoses impõe o sacrifício de animais capturados. Santana (Babu Santana) é funcionário desse departamento e certo dia ele pega um cachorro grande e agressivo. O dono do bicho, o criminoso Paulinho (Lázaro Ramos), vai tirar satisfações com Santana, gerando uma série de desentendimentos.

 

Ressurreição


Sinopse: O soldado romano Clavius (Joseph Fiennes) investiga o desaparecimento do corpo de Jesus Cristo após ter sido crucificado. Ele vai até Jerusalém, guiado pelo ceticismo e com a missão de desmentir o fato de Jesus ter ressuscitado. Mas à medida em que a investigação evolui, Clavius passa a ter muitas dúvidas.


 

Zootopia - Essa Cidade É o Bicho


Sinopse: Na cidade de animais de Zootopia, uma raposa é condenada à morte por um crime que não cometeu e parte numa fuga. Um policial de Zootopia, um coelho hipócrita, persegue a raposa, mas ambos são forçados a se unir quando se tornam alvos de uma conspiração. Eles então, passam a perceber que inimigos naturais podem se tornar grandes amigos.


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quinta-feira, 17 de março de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: BOA NOITE MAMÃE



Sinopse: Uma família vive em uma residência isolada em meio a árvores e plantações de milho. Após dias afastada por conta de cirurgias plásticas, a mãe (Susanne Wuest) volta para casa e não é reconhecida pelos filhos gêmeos. As crianças, de nove anos, duvidam que a mulher de rosto coberto seja realmente sua mãe e a partir de então nada será como antes.

Estamos diante de um momento particularmente interessante do gênero de horror, do qual certos filmes estão conquistando boa parte da crítica exigente, pois esses longas (como o recente A Bruxa) fogem do lugar comum e ganhando merecido prestigio. No caso do austríaco Boa Noite Mamãe, o burburinho sobre o filme não se limitou apenas a internet como de costume, mas também ganhando elogios pelos festivais do qual foi exibido mundo a fora (como aqui no Fantaspoa) e ganhando agora exibição no circuito tradicional de uma forma merecida.
O filme foi criado pelos dois cineastas Severin Fiala e Veronika Franz que, embora tenha dividido a crítica no princípio, gradualmente se percebe que o longa ganha um brilho próprio no decorrer do tempo, independente se as pessoas gostem ou não do gênero. O gosto amargo e o prazer, ou até mesmo a sensação de incômodo, são essas e muito mais as sensações que as pessoas sentem quando assistem a esse filme. Isso pode também até ser um ponto negativo, já que essas sensações poderiam ser preservadas no seu ápice final da trama.
De qualquer forma, o que tem que se levar em conta é o ambiente tenso que surge na relação entre dois irmãos gêmeos com a mãe, que surge com o rosto enfaixado após uma cirurgia plástica e começa agir de forma estranha, como se não fosse ela, mas sim outra pessoa. Como ela começa agir de modo estranho, e até mesmo de forma ruim com os dois meninos, ambos começam a suspeitar que ela seja outra pessoa. A partir daí, se tem pistas sendo jogadas rapidamente na nossa frente e fazendo com que criamos inúmeras possibilidades sobre o que realmente está acontecendo na tela.
Talvez um dos pontos negativos do filme seja dele ser um pouco que arrastado em alguns momentos, principalmente quando se limita a mostrar os dois garotos como possíveis vitimas da situação. Mas a partir do instante da mudança da narrativa, Boa Noite Mamãe ganha momentos ainda mais interessantes, porém até mesmo mais explícitos, que vão de cenas de tortura explicita, mas não chegando perto de outros filmes como O Albergue. Isso faz com que agrade tanto o público interessado por uma trama engenhosa, como também aqueles que gostam de um terror mais tradicional.
Após o ato final, o filme deixa algumas perguntas no ar, demonstrando ser um exemplar de um cinema que vai por fora do convencional, mas ao mesmo tempo pode ser interpretado por alguns por ser um filme que possui furos no roteiro. Essa última possibilidade é fortalecida pelo surgimento de um tumulo cheio de ossos, mas que rapidamente é esquecido. Seria apenas para mostrar eles acharem um gato e dar um tom mais gótico a obra?
Também não fica claro se a mãe sofreu um acidente ou simplesmente fez uma cirurgia plástica para mudar o visual um pouco, mas chega um ponto que essa duvida já não tem mais importância. O ideal é que talvez não se achasse explicações para tudo, como o desejo doentio dos meninos por insetos que ao menos, serve de elemento de horror e gera alguns momentos de tensão, ou simplesmente uma representação do lado mais sombrio de um dos gêmeos. Assim como já citado A Bruxa, Boa Noite Mamãe é um filme que cresce de uma forma vertiginosa em nossas mentes após a sessão e faz com que até mesmo a gente discute sobre quais são os nossos limites perante uma situação da qual não conseguimos administrar e nos rendendo para a total insanidade particular. 




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Cine Curiosidade: "BEN-HUR" GANHA SEU PRIMEIRO TRAILER E CARTAZ

Com Rodrigo Santoro no elenco, o filme estreia 1º de setembro no Brasil

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A Paramount acaba de divulgar o primeiro trailer e cartaz de “Ben-Hur”, que chega em 1º de setembro no Brasil. O longa-metragem se passa nos tempos de Cristo, que é interpretado por Rodrigo Santoro. Na nova versão de um dos clássicos do cinema, o nobre Judah é injustamente acusado de traição (Jack Huston) e sobrevive a anos de escravidão para se vingar do irmão que o traiu, Messala (Toby Kebbell).
Com direção de Timur Bekmambetov, “Ben-Hur” também traz em seu elenco Morgan Freeman como Ilderim, Nazanin Boniadi como Esther, Sofia Black D’Elia como Tirzah, Ayelet Zurer como Naomi, Moises Arias como Gestas e Pilou Asbæk como Pôncio Pilatos.


TRAILER (YOUTUBE):
https://www.youtube.com/watch?v=bs043C7BSSw
TRAILER(DOWNLOAD):

CARTAZ:

FOTOS:
https://www.dropbox.com/sh/j91labsl0h7htqn/AABMuYLeCAVXR20OyYVooM-oa?dl=0

quarta-feira, 16 de março de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Série Divergente: Convergente



Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Pior (Shailene Woodley) acreditou um dia, desmoronou, destruída pela violência e por disputas de poder. Agora, Tris terá de lidar com novos desafios e se vê mais uma vez forçada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
Não tenho dúvidas que a série cinematográfica Divergente é talvez a mais regular das franquias juvenis do momento. Regular no sentido de, pelo menos, manter um pouco de qualidade em cada novo filme lançado e regular também no fato de jamais chegar à perfeição que talvez os fãs do livro quisessem. A série Divergente: Convergente, dirigido pelo mesmo Robert Schwentke do filme anterior, não foge dessa formula, muito embora eu ache esse o pior capítulo até o momento.
Tem-se esperança de que, após a mudança de cineasta (Schwentke saiu depois de uma discussão com a produção) a cine-série termine um tanto que melhor. Contudo, estamos falando da quarta e ultima parte que será lançada em 2017 e, portanto essa mudança não seria tarde demais?  De qualquer forma, o próximo cineasta será Lee Toland Krieger, de filmes interessantes como Celeste e Jesse para Sempre. Por enquanto, vamos analisar esse penúltimo filme.
Um dos pontos positivos desse terceiro capítulo é que ele pode ser visto por um marinheiro de primeira viagem, ou seja, não há problema dele não ter visto os filmes anteriores. Muito se deve a isso pelo fato da trama não mais se concentrar na trama das facções, da separação da população de Chicago em diferentes grupos conforme a capacidade de dons que cada pessoa possui. Porém, Convergente já começa no meio de um importante momento, que é o julgamento e execução daqueles considerados vilões da ordem.
Como o irmão de Tris (Shailene Woodley), Caleb, vivido por Ansel Egort, está preso e prestes a ser executado por tê-la traído, a trama inventa um jeito de tirá-lo de lá e fazê-lo juntar-se ao grupo de jovens que irão escalar e atravessar o muro para descobrir o que realmente existe do outro lado do mundo, embora a nova líder, Evelyn (Naomi Watts), tente persuadi-los com ajuda de seus soldados.
Vendo assim, o filme se assemelha a caverna de Platão, porém, também de outro capítulo de outra cine série juvenil similar, que é Maze Runner: A Prova de Fogo, exemplo, aliás, que se saiu muito melhor desde o seu primeiro filme. Vendo aqui, percebemos uma tentativa, por vezes, forçada em conquistar o cinéfilo que assiste, pois embora o visual futurista e efeitos especiais sejam bem eficientes, direção deixa e muito a desejar em alguns momentos, pois a apresentação de uma até então desconhecida Los Angeles futurística não empolga, não causando nenhum espanto e tão pouco provoca a sensação de dúvida.
Aliás, tudo que já havia sido apresentado antes do lançamento do filme, mostrava Tris dizendo aos seus colegas que eles deveriam escapar. Ou seja, desde o principio já sabemos que aquele novo mundo se trata na realidade de uma armadilha. Nesse novo cenário, ficamos sabendo que a protagonista é um ser puro (ou predestinado) e merecedora por estar naquele lugar.
Ela é quase persuadida pelas palavras do chefão David (Jeff Daniels), mas não demora muito para ela descobrir que os seus planos não foram muito bem arquitetados contra ela. Convergente se torna ainda mais previsível em sua conclusão, com uma maneira insípida de sua direção ao construir cenas de ação que soam para nós como um déjà vu. Somando a isso, temos diálogos ruins, dos quais são dependentes de palavras como “não separem as pessoas” etc. e os personagens de grande potencial são muito mal aproveitados.
Devido a tudo isso, o filme parece longo, mesmo tendo somente duas horas cravado. E nem vamos colocar a culpa do fato deles terem dividido o terceiro romance em dois filmes para ganhar um pouco mais, pois o mesmo problema já havia acontecido nos seus filmes anteriores. Finalizando, pelo menos estamos chegando ao fim dessa cine-série, mas resta saber se com a mudança de cineasta o capitulo final termine com alguma dignidade merecedora para ser lembrada daqui nos próximos anos.  
        


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