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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Cine Especial: COMO ASSISTIR A CINE-SÉRIE STAR WARS: Parte 2



Semana passada eu comecei um especial sobre a saga Star Wars, para a pessoa de primeira viagem e que nunca viu nada sobre as aventuras espaciais criadas por George Lucas. O problema de assistir a saga Star Wars é justamente assistir em ordem cronológica. Para aqueles que ainda não sabem, Star Wars foi lançado a partir de 1977, com o episódio IV: Uma Nova Esperança, seguido por episódio V: O Império Contra Ataca (1980) e episódio VI: O Retorno de Jedi (1983). 
Lucas só voltaria a filmar novos capítulos nos anos noventa e lançá-los a partir de 1999. Nessa nova trilogia, porém, não seria uma sequência de O Retorno de Jedi, mas sim retratariam histórias anteriores, mostrando a origem dos principais personagens da saga. Assim, foi lançado Star Wars: episódio I: Ameaça Fantasma (99), episódio II: O Ataque dos Clones (02) e episódio III: A Vingança dos Stith (05). Embora sejam tecnicamente os primeiros capítulos da saga, essa nova trilogia é inferior se comparado a primeira, principalmente episódio I que é considerado o pior de toda a saga.
Para o marinheiro de primeira viagem não começar mal assistindo Star Wars, então eu propus na matéria anterior começar assistir a saga a partir do episódio IV, seguindo com o episódio V, mas daí nesse ponto, assistir aos episódios II e III, como eles fossem um flashback e ignorar o episódio I. Abaixo continuo com essa proposta e vejam o que acham.      

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith

Sinopse: As Guerras Clônicas estão em pleno andamento e as diferenças entre o Conselho Jedi e o Chanceler Palpatine (Ian McDiarmid) aumentam cada vez mais. Anakin Skywalker (Hayden Christensen) mantém um elo de lealdade com Palpatine, ao mesmo tempo em que luta para que seu casamento com Padmé Amidala (Natalie Portman) não seja afetado por esta situação. Seduzido por promessas de poder, Anakin se aproxima cada vez mais de Darth Sidious (Ian McDiarmid) até se tornar o temível Darth Vader. Juntos eles tramam um plano para aniquilar de uma vez por todas com os cavaleiros jedi.
Embora não seja superior ao Império Contra Ataca, esse capítulo é o que possui um teor com mais seriedade e deixando ação mais para o segundo plano. Aqui os personagens secundários são deixados de lado, dando maior espaço para Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e sua relação com Padmé Amidala (Natalie Portman). Esse relacionamento será o grande X da questão que levará Anakin a ter a sua queda. Nós sabemos que ele havia caído no lado sombrio da força, mas nunca sabíamos como, até agora.
Na verdade tudo acaba sendo um verdadeiro jogo político em meio às sombras, onde Chanceler Palpatine (Ian McDiarmid, ótimo) arquitetou gradualmente a melhor forma para dar um golpe de estado, usando Anakin como fantoche e fazer da República Galáctica se transformar no seu império que veríamos na trilogia clássica. Muito embora, em parte, devemos considerar que os próprios jedis são culpados pela sua queda, pois devido a certa arrogância que os fez cegar e não viram realmente o verdadeiro mal que se encontravam entre eles.
A queda dos jedis é digna de nota e talvez um dos momentos mais tristes da saga. O ato final, onde vemos Anakin x Obi-Wan e Yoda x Palpatine (agora sendo Darth Sidious) é um verdadeiro espetáculo, uma verdadeira luta do bem contra o mal, mas o resultado de ambas as lutas é catastrófico. Os derradeiros momentos finais mostram as verdadeiras origens de Luke e Leia e o destino de ambos nos coloca a frente dos cenários dos quais a gente havia conhecido eles na trilogia clássica.
Um final digno para uma trilogia que havia começado tão mal com Ameaça Fantasma. 

Agora, terminando de ver os episódios II e III e tratar eles como forma de flashback retornamos agora com a trilogia clássica.  

Star Wars: Episódio VI - O Retorno de Jedi

Sinopse:O imperador (Ian McDiarmid) está supervisionando a construção de uma nova Estrela da Morte. Enquanto isso Luke Skywalker (Mark Hamill) liberta Han Solo (Harrison Ford) e a Princesa Leia (Carrie Fisher) das mãos de Jaba, o pior bandido das galáxias. Luke só se tornará um cavaleiro jedi quando destruir Darth Vader, que ainda pretende atraí-lo para o lado negro da "Força". No entanto a luta entre os dois vai revelar um inesperado segredo.
Muitos que assistiram O Império Contra Ataca acreditaram que O Retorno de Jedi seria novamente pesado e sombrio, mas não foi bem assim que aconteceu. Lucas preferiu encerrar a sua trilogia clássica de uma forma mais leve, em que o bem prevalece e o mal padece. Luke, além de ter descoberto no filme anterior que Vader é o seu pai, descobre que Leia é sua irmã gêmea. O início do filme está entre os melhores momentos da saga, pois mostra ação desenfreada na tentativa dos heróis em resgatarem Han Solo das mãos do criminoso alienígena Jaba.
Após esse ato, a aliança rebelde arquiteta uma forma de explodir a nova Estrela da Morte junto com o Imperador. Isso faz com que os heróis vão para o planeta Endor, onde ganham aliados dos pequenos habitantes Ewoks. Embora criticados pelos fãs, sinceramente simpatizo com os Ewoks, principalmente pelo fato de eu ter assistido Caravana da Coragem protagonizado por eles antes de eu ter assistido O Retorno de Jedi nos anos 80. Isso sem contar o fato de ter conhecido Ewoks até mesmo antes dos filmes, pois havia um desenho animado protagonizado por eles e que dava no horário da manhã.
Voltando ao filme, o embate entre os rebeldes e o império acontece, Luke tem o seu primeiro e último embate contra o imperador e ao mesmo tempo tenta convencer o seu pai a retornar a ser o Jedi Anakin Skywalker. O ato final nos deixa bem claro que Vader sempre foi desde o princípio o verdadeiro protagonista da saga. Um herói que acaba tendo a sua queda e se transformando num grande vilão, mas que através de sua própria escolha num momento crucial, acaba finalmente adquirindo a sua redenção e cumprindo o seu destino em trazer equilíbrio a força.
O final é só festa, com inúmeros planetas comemorando a queda do imperador e vemos então os heróis comemorando na aldeia de Endor. Um final colorido, para uma trilogia revolucionária.  
Bem, assistindo assim dessa forma a saga de Star Wars, você, caso for marinheiro de primeira viagem, estará mais do que pronto para assistir episódio VII que estreia dia 17 de dezembro. E caso ainda ache que vale a pena ainda assistir Ameaça Fantasma, fique com essa cena abaixo, a única que vale a pena ser assistida daquele filme. 

QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS.


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Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



Que Horas Ela Volta?

 

Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.

O Amuleto 
Sinopse: Ao se perderem numa mata fechada, um grupo de jovens acaba encontrando dois de seus amigos mortos. Diana (Bruna Linzmeyer), amiga deles, estava desacordada. Durante seu depoimento para a polícia, ela se lembra apenas que, na noite anterior, havia ido com os amigos para uma festa na floresta, mas eles se perderam no caminho.


Filme de terror, mas não de uma forma explicita, mas sim mais sugestiva e que explora o universo da bruxaria poucas vezes explorado no nosso cinema. Uma mistura de formulas vistas em filmes americanos como Sexta-Feira 13 e de filmes como A Bruxa de Blair em que cenas são filmadas e achada na mata. O final é pouco revelador e pode decepcionar aqueles que procuram emoções mais fortes, mas vale como curiosidade.

O filme conta com Bruna Linzmeyer (das novelas Meu Pedacinho de Chão e Viver a Vida) no papel de Diana; Maria Fernanda Cândido (da minissérie Felizes para Sempre), como Elisabete, mãe de Diana; e Michel Melamed (da minissérie A Teia), como o investigador Reginaldo.


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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Cine Clássico: A Marca Da Pantera (1982)



 NOTA: Filme exibido na ultima sessão Aurora da Sala P.F Gastal da Usina do Gasômetro de Porto Alegre.    

 

Sinopse: Após vários anos Irena Gallier (Nastassja Kinski), uma sensual e jovem mulher, encontra Paul (Malcolm McDowell), seu irmão, e descobre horrorizada que pertencem a uma tribo que, na hora do sexo, se transforma em panteras assassinas. Como está apaixonada, mas ainda é virgem, teme em se transformar quando estiver ao lado do diretor do zoológico Oliver Yates (John Heard), o homem que ama. Paralelamente é assediada pelo irmão, que diz que a única relação sexual possível que diz que ela pode ter um relacionamento incestuoso com ele, assim como aconteceu os pais deles, que também eram irmãos e carregavam a mesma maldição.


Embora seja uma refilmagem do Sangue de Pantera da década de 40, é preciso ter em mente que ambos os filmes são obras razoavelmente diferentes, que, no entanto possuem o mesmo ponto de partida. Isso ocorre muito em parte devido à diferença temporal entre as duas versões, aliada ao enfoque que cada diretor aplicou à sua visão de filme.
Na versão de 1982, o filme começa com a chegada da jovem Irena Gallier (Nastassja Kisnki) a New Orleans, quando ela é recepcionada pelo irmão Paul (Malcolm McDowell), o qual ela ainda não conhecia e em cuja companhia a moça irá começar uma nova vida. Os constantes desaparecimentos do irmão coincidem com o surgimento abrupto de uma pantera em plena área urbana, logo capturada e levada ao zoológico, cujo curador, Oliver (John Heard), acaba por conhecer e se apaixonar por Irena quando esta faz uma visita à ala dos animais selvagens e se vê fascinada pela pantera capturada. O envolvimento dos dois provoca uma reviravolta na vida de Irena, que é surpreendida por novas sensações, instintos e segredos inomináveis revelados por seu irmão, que remetem a uma maldição secular que a proíbe de se envolver com outra pessoa sem ser afetada por uma terrível transformação.
Enquanto no original a sugestão era a responsável pela construção do mistério e do suspense, agora é o horror gráfico, com direito a muito sangue, nudez e até mesmo um súbito desmembramento, que se encarrega de garantir o interesse na história, cujo aspecto fantástico é bem mais acentuado. No quesito suspense, quem sai perdendo nessa disputa é com certeza o filme de Schrader, que recorre ao choque, a alguns sustos e à índole voyeurística da plateia para imprimir uma combinação estranha de horror e sexo que de certa forma viria a se tornar a marca registrada do seu filme. Dúvidas quanto à natureza bestial dos humanos que se transformam em felinos após fazerem sexo e precisam matar para voltarem à normalidade? Nada disso, Schrader mostra tudo e mais um pouco, para falar a verdade. Quando o diretor tenta estabelecer um suspense mais sutil, como na famosa cena da piscina, que permaneceu nesta refilmagem e é protagonizada por Annette O'Toole (de topless, claro), o resultado soa nada menos que forçado e gratuito dentro do contexto da história.
O forte do filme está mesmo em sua produção mais caprichada, na presença simplesmente estonteante de Nastassja Kinski, ainda com rostinho de ninfeta, e na trilha sonora climática de Giorgio Moroder (David Bowie faz a canção-tema, que vai muito bem até a metade e, ainda bem, só toca completamente nos créditos finais). Tivesse a escolha da protagonista sido outra, com certeza o resultado desta refilmagem seria bem menos razoável, já que Nastassja Kinski e sua personificação de "pantera" praticamente seguram todo o filme. Principalmente devido à sua cena final, Kinski e sua personagem se converteram num dos maiores fetiches da história do cinema.


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