Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
O Curtas: “A Hora Do
Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, que tem por
objetivo incentivar e promover novos talentos na área cinematográfica e
estimular o desenvolvimento e a produção audiovisual de cunho educativo e cultural,
aberto a todos os Cineastas, porém dando prioridade aos amadores, e
possibilitando a criação, reflexão e difusão do cinema brasileiro “amador” com
a participação da comunidade, roteiristas, cineastas e pesquisadores do
audiovisual e da Educação.
Em seu 1º Dia o nosso
Festival Curtas: “A Hora Do Cinema” - teve um Público de 63 espectadores em
plena terça-feira (dia útil) no período da tarde, sim!!! Foi um Grande Público
que teve a oportunidade de conferir além dos bons Curtas exibidos, também a Grande
Abertura da Banda Jay Becker, e isso é só o começo! Amanhã abriremos com a tão
esperada palestra de Daniel Ramalho (Compositor da Trilha Sonora do Filme
Norte-Americano “Corpsing”), que venho diretamente do Rio de Janeiro, para
Palestrar sobre o seu Trabalho e também detalhar sobre “Corpsing”, que
brevemente estreará no Brasil.
Abaixo imagens do 1º Dia de
Festival
Mais informações sobre a
programação do festival vocês conferem na pagina A Hora do Cinema clicando
aqui.
Cansado de ver longas dispensáveis? Então venha desfrutar desse evento no Santander Cultural a partir de
hoje na capital, pois as melhores historias podem estar nos menores frascos!
Na próxima semana, a
Sessão Plataforma levará à tela da Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º
andar) uma dose dupla especial sobre a memória. Na terça-feira, dia 10 de
dezembro, às 20h30, será exibido Avanti Popolo, premiado longa de estréia de
Michael Wahrmann, sobre um homem que tenta reviver a memória de seu pai através
de imagens em Super-8. O filme tem a presença marcante do cineasta Carlos
Reichenbach, na última atuação antes de seu falecimento, em 2012. Após a
sessão, haverá um debate com o diretor. Na quinta-feira, dia 12 de dezembro, às
20h30, é a vez do cultuado documentário O Ato de Matar, de Joshua Oppenheimer,
com produção executiva de Werner Herzog, sobre o assassinato de mais de um
milhão de comunistas após o golpe militar na Indonésia em 1965.
AVANTI POPOLO
10 de dezembro
20h30
Direção : Michael
Wahrmann - 72min, BRA, 2012.
SINOPSE:
Através do resgate de
imagens Super-8mm captadas pelo seu irmão nos anos 70, André tenta reavivar a
memória do seu Pai que há 30 anos espera seufilho desaparecido.
FESTIVAIS E PRÊMIOS:
- Festival de Cinema
de Brasília 2013 - Melhor direção, prêmio da crítica, melhor ator coadjuvante e
prêmio Saruê.
- Rome International
Film Festival 2012 - CineMAXXI - Melhor Filme
- Rotterdam International Film Festival 2013.
- FIDMarseille 2013.
- FICUNAM – Melhor
diretor
Após a sessão, debate
com o diretor Michael Wahrmann e a distribuidora do filme Silvia Cruz da
Vitrine
Na Indonésia, o golpe
militar de 1965 levou um exército paramilitar a ser promovido a um autêntico
esquadrão da morte. Em menos de um ano, mais de um milhão de pessoas foram
executadas. Décadas depois, alguns membros desses esquadrões vivem como heróis
e desejam contar orgulhosamente sua própria versão da história. Eles concordam
não apenas em narrar seus assassinatos brutais, mas em reencená-los diante das
câmeras, inspirados pelos filmes americanos que tanto adoram. Com produção
executiva de Werner Herzog e Errol Morris, o filme levou dez anos para ser concluído.
FESTIVAIS E PRÊMIOS:
- Berlin
International Film Festival 2013 - Panorama - Prêmio do Público e Ecumenical
Jury Prize.
Encerrando a
programação de 2013 o CineBancários exibe, com exclusividade, de 10 a 29de
dezembro, o cultuado filme Doce Amianto, de Guto Parente e Uirá dos Reis e
produzido pela nada convencional produtora cearense Alumbramento.
"Ai... Sinto tanta pena de mim quando
penso sobre como nunca fui amada nem amamentada, Freud, tanta pena que fico de
quatro e com a porta aberta, abanando o rabo, esperando os cães..."
Amianto vive isolada num mundo de fantasia
habitado por seus delírios de incontida esperança, onde sua ingenuidade e sua
melancolia convivem de mãos dadas. Após sentir-se abandonada por seu amor (O
Rapaz), Amianto encontra abrigo na presença de sua amiga morta, Blanche, que a protegerá
contra suas dores ? ao menos até onde possa. Seu universo interior choca-se com
a realidade de um mundo que não a aceita, um mundo ao qual ela não pertence e
invariavelmente ela torna a debruçar-se sobre seus delírios jocosos, misturando
realidade e fantasia. Com a ajuda de sua Fada Madrinha, Amianto recolhe forças
para continuar existindo na esperança de ser feliz algum dia.
Em cartaz de 10 a 29
de dezembro
sessões às 15h, 17h e
19h, de terça a domingo
Ingressos:
Inteiras: R$ 6,00
Meias: bancários e
jornalistas sindicalizados, idosos, estudantes e clientes do banrisul
Ficha técnica:
Direção: Guto Parente
e Uirá dos Reis
70min . 2013 . CE .
Digital
Companhia Produtora:
Alumbramento Produção Executiva: Ticiana Augusto Lima Produção: Guto Parente e
Ticiana Augusto Lima Roteiro e Montagem: Guto Parente e Uirá dos Reis
Fotografia: Guto Parente Som: Pedro Diógenes Direção de Arte e Figurino: Lia
Damasceno Edição de Som: Érico Sapão Trilha Musical: Uirá dos Reis Com: Deynne
Augusto, Uirá dos Reis, Dario Oliveira, Rodrigo Fernandes, Rafaela Diógenes,
Reginaldo Dias, Bruno Rafael, Danilo Maia, Valentina Damasceno
Guto Parente
(Fortaleza, 1983), cineasta e membro da produtora Alumbramento, realizou quatro
longas ? Estrada para Ythaca (2010), Os Monstros (2011), No Lugar Errado (2011)
e Doce Amianto (2013) - e sete curtas - entre eles Espuma e Osso (2007), Flash
Happy Society (2009) e Dizem que os Cães Veem Coisas (2012). Seus três
primeiros longas foram realizados em parceria com Pedro Diogenes, Luiz e
Ricardo Pretti, no quarteto Irmãos Pretti & Primos Parente, e o último em
parceria com Uirá dos Reis. Seus filmes já foram exibidos em importantes
festivais internacionais - como Locarno, Rotterdam, Bafici, Viennale, FID
Marseille, Indie Lisboa - e nacionais, ganhando o prêmio de Melhor Filme em
festivais como Tiradentes, Ja nela e Panorama. Guto também trabalha como
montador.
Uirá dos Reis, poeta, compositor e cineasta
esporádico, reside em Fortaleza. Tem diversos discos lançados, livretos em
xerox, um livro publicado, dois inéditos, trilhas em diversos filmes, gosta de
um doce chamado 'espécie' e chora com 'Nuca fui beijada' até hoje. Ama a
diretora Ana Carolina, João Gilberto, Yoko Ono e o século XX. É de capricórnio
com capricórnio, o que significa dizer que não interessa a ninguém sua
verdadeira idade.
Mais informações vocês conferem
na pagina da sala clicando aqui.
Sinopse: Adele (Adle
Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre na cor azul dos cabelos de
Emma (Léa Seydoux) sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a
ninguém seus desejos ela se entrega por completo a este amor secreto enquanto
trava uma guerra com sua família e com a moral vigente.
Num determinado
momento da primeira hora deAzul é a cor mais quente, Adele (Adle Exarchopoulos)
esta tendo um sonho erótico com relação à garota que ela havia cruzado na rua,
Emma (Adele Exarchopoulos). No principio, o travesseiro que ela usava era todo
branco, mas bastou ela começar a ter o sonho, que ele começou a ficar manchado de
azul, ao ponto dele ficar diferente da primeira cena em que ele surgiu. Essa seqüência
representa muito bem inúmeros momentos do filme, em que objetos de cena, assim
como o fundo do cenário, possuem a cor azul, mas que talvez não estejam
exatamente desta cor, mas estão assim devido aos pensamentos de Adele que
transbordam na tela, principalmente com relação à pessoa que ela busca para amar.
Dirigido por Abdellatif
Kechiche (O Segredo do Grão), e baseado na HQ escrita por Julie Maroh, Azul é a
cor mais quente me fez sentir a mesma sensação de quando eu havia assistido O
Segredo de Brokeback Mountain de Ang Lee: não é sobre a relação de duas pessoas
do mesmo sexo, mas sim sobre uma historia de amor como qualquer outra, de altos
e baixos e que para o bem ou para o mal, lhe trazem sofrimento, mas amadurecimento
com relação a certos obstáculos da vida. Com isso, não tem como a pessoa não se
identificar com os personagens, seja ela hetero ou não.
Mais do que sobre uma
historia de amor, o filme também desvenda como por vezes é difícil a vida, com relação
ao saber o que realmente a pessoa quer pra ela, principalmente na fase da adolescência.
Nessa época, algumas vezes nós mesmos nos pegávamos de uma maneira deprimida,
mas não sabíamos por que, sendo que parece que falta algo para a gente ser
feliz ou que a gente não descobriu outro lado de nos. Adele é mais ou menos
assim: vivendo o dia a dia, indo e voltando para escola, mas com pensamentos e
dores internas nas quais ela mesma não pode explicar nem para ela mesma.
Tudo isso é mostrado
gradualmente pela câmera de Kechiche, onde ele consegue extrair cada gesto,
detalhes e pensamentos vindos dos olhos da protagonista, criando um verdadeiro
mosaico, tanto de imagens sugestivas, como também fazer com que a gente consiga
saber o que ela pensa através dos seus olhos. Isso muito se deve também a
estupenda interpretação de Adele Exarchopoulos, que carrega todo o filme nas
costas, mas de uma maneira surpreendente, segura e se transformando uma das
grandes revelações do ano.
Embora com suas três horas
de duração o filme desperta nossa curiosidade com relação ao destino da personagem
e fazendo com que nos tornemos parceiros ao lado dela nessa jornada. Bom exemplo
é a primeira hora do filme, que embora Adele tenha cruzado e trocado olhares
com Emma na primeira meia hora de filme, leva um bom tempo até elas se
reencontrarem. Até lá, vivenciamos as descobertas que a protagonista
experimenta, desde ao fato de fazer sexo pela primeira vez com um rapaz, como
também ter o seu primeiro beijo com outra garota.
Chega ao ponto, que sabemos
o que Adele quer: achar Emma e liberar o que ela quer soltar a todo custo,
mesmo demonstrando um comportamento um tanto que contido. O reencontro
finalmente acontece num bar, onde conhecemos Emma e descobrimos que ela não é somente
uma bela imagem Angelical que despertou os desejos da protagonista, como também
uma garota entendida e resolvida na vida como uma artista. Embora Léa Seydoux
não possua o mesmo tempo de cena de Adele Exarchopoulos, ela simplesmente
domina em cena quando ela surge, passando segurança de sua personagem,
protagonizando momentos fortes e que não deve nada para a sua colega de cena.
Com o reencontro e o inicio
de uma forte relação amorosa, surge a tão badalada e polemica cena de amor
entre as duas. Embora tenha causado furor no festival de Cannes devido a essa
cena, o que vemos não é nada gratuito, mas sim justificado, pois durante mais
de uma hora de filme, vimos à protagonista em uma cruzada para liberar os seus
desejos internos e o que vemos é o resultado mais do que justo. Graças Abdellatif
Kechiche e sua câmera, vemos uma cena de sexo de uma maneira bela, onde presenciamos
cada centímetro dos corpos das duas e passando para nos a sensação de fusão de
pele entre ambas as protagonistas, criando assim uma visão incomum, em sete
minutos que sintetiza muito bem o que ambas sentem uma pela outra naquele
momento forte e singelo.
Após isso, presenciamos
a construção dessa relação, onde elas conhecem aos poucos o mundo de cada uma
delas, desde os seus atrativos, como também suas imperfeições. Como em toda
relação que se preze, o que começa como uma bela historia de amor, acaba não
sendo exatamente o que se esperava. Não que ambas não se amem uma pela outra,
mas são suas personalidades distintas que coloca a relação delas em cheque.
Enquanto Emma sabe o
que realmente quer na vida, Adele ainda se encontra num redemoinho de incertezas,
que há faz descascar outras camadas de sua confusão de pensamentos e
sentimentos. A conseqüência disso faz com que elas se coloquem num desafio de
saber sobreviver numa realidade em que o amor, por mais que o desejamos,
machuca e nos faz nos levar num caminho sem retorno. Provocamos os nossos atos,
mas as conseqüências sempre será outra historia ser enfrentada.
Em seu ato final,
vemos as protagonistas sobrevivendo às conseqüências de suas escolhas, mas jamais
mudando o que ambas sentem uma pela outra. Não há um final feliz, mas também
não é nenhuma tragédia, e sim recomeço, no qual desejamos segui-lo e saber qual
seria o próximo passo delas.
Embora com suas três horas
de duração, Azul é a cor mais quente é um filme a ser degustado, saboreado
vagarosamente e ser visto com a mente aberta. Os que não entendem o que eu
quero dizer, que fiquem do lado de fora do cinema.
Com a chegada do aguardado filme Azul
é a cor mais quente nos cinemas brasileiros, vamos nos relembrar um pouco dos principais grandes
vencedores de anos anteriores no Festival de Cinema de Cannes e que levaram a cobiçada
Palma de Ouro.
A DOCE VIDA(1960)
Sinopse: Roma, início dos anos
60. O jornalista Marcello (Marcello Mastroianni em desempenho memorável) vive
entre as celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto.
Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, freqüenta
festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a
vida
O filme “La Dolce
Vita”, do famoso Federico Fellini é um clássico na história do cinema: além de
ter se tornado quase um sinônimo da Itália, um neologismo que nos remete a uma
época na rua Veneto em Roma, entre mesas dos cafés e os paparazzi a procura da
estrela da vez para ser fotografada.
Mas no começo o filme
não foi um sucesso, aliás: na estréia o diretor e os atores foram vaiados e
insultados pelo público, para o Marcello Mastroianni, por exemplo, um
espectador gritou “Vilão, vagabundo, comunista!”, outro até cuspiu no Federico
Fellini. Era o dia 5 de fevereiro de 1960, no cinema Capitol, em Milão.
Um filme que naquela
época era visionário, inimaginável, sem moralismo, só podia escandalizar as
hierarquias vaticanas e moralistas. Na Itália o ‘Osservatore Romano’, o jornal
da Santa Sé se posicionou contra o filme e o diretor, na Holanda, por exemplo,
foi censurado, apesar das bilheterias estarem arrecadando uma quantia recorde
em toda a Europa.
Na verdade, A Doce
Vida, não tinha mais nada de estranho: eram apenas sonhos em celulóides.
VIRIDIANA(1961)
Sinopse: Pouco antes
de ser ordenada freira, Viridiana faz uma visita ao seu solitário tio, que está
à beira da morte. O homem, pervertido e obcecado pela sua beleza, tenta
seduzi-la de todas as formas, antes de morrer repentinamente. Com a sua morte,
acaba desistindo de ser freira, passando a morar na casa deixada pelo tio.
Decide transformá-la em um albergue, movida pelo seu sentimento cristão de
piedade e solidariedade, mas os mendigos que lá abriga, acabam lhe mostrando as
verdadeiras facetas dos seres humanos.
Sempre dizendo que
era ateu “graças a Deus" Buñuel não poupou em nada em escandalizar com
esse filme na época. No governo Franco na Espanha, o filme foi proibido por
vários anos, sendo somente exibido em 1977, dois anos após a morte de Franco.
No geral, é um filme sobre a quebra de valores perante as tentativas
frustradas na ajuda ao próximo, que aqui na visão do diretor, não rende
exatamente frutos, principalmente se for seguindo as leis de Deus.
Apesar de tudo, a
polêmica não foi o suficiente para o filme deixar de ser um grande sucesso de critica
na época e ganhar a Palma de Ouro em Cannes naquele período. Destaco a ótimo
desempenho de Silvia Pinal como Viridiana.
O Leopardo(1963)
Sinopse: Sicília,
durante o período do "Risorgimento", o conturbado processo de
unificação italiana. O príncipe Don Fabrizio Salina (Burt Lancaster) testemunha
a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia, lutando para manter seus
valores em meio a fortes contradições políticas.
Em 1963, data do
filme, estamos num ano em que se pode finalmente discutir o cinema italiano
como dos mais importantes no mundo inteiro. Após a revitalização do cinema que
foi o neo-realismo, surgiram ao longo da década de 50, e nos primeiros anos da
seguinte, várias fitas e realizadores-autores que se impuseram como verdadeiros
vanguardistas do cinema ou excelentes contadores de histórias, colados à
tradição italiana. Aqui encontramos nomes como Michelangelo Antonioni e a sua
fantástica trilogia L'Avventura (1960), La Notte (1961) e L'Eclisse (1962),
Federico Fellini com I Vitelloni (1953), La Strada (1954), e sobretudo La Dolce
Vita (1960) e Otto e Mezzo (1963), Roberto Rossellini e Vittorio de Sica,
mestres do neo-realismo, já a servirem de inspiração, e finalmente Luchino
Visconti, com obras como Senso (1954), Le Notte Bianche (1957) e Rocco e i suoi
Fratelli (1960).
A obra seguinte de
Visconti é exatamente Gattopardo, um épico de três horas sobre o momento
mais marcante da história da Itália - naturalmente, a sua libertação e
unificação. Ao longo do filme seguimos este evento visto pela família, e
sobretudo, pelos olhos do príncipe Don FabrizioSalina, numa interpretação
fantástica de Burt Lancaster. Podemos ver como, apesar de tantas lutas, tantos
gritos, tanta vontade, o essencial fica na mesma. Os nomes continuam, a
essencial rotina da nobreza, como explica o genial padre Pirrone, não muda, as
classes não vão acabar, as ideias são ideias, mas o povo italiano, os seus
modos e tiques, e acima de tudo, o siciliano, esse, não quer mudança, ou
melhor, quer mudar tudo para ficar tudo na mesma - escondidos no seu cantinho,
lamentando-se diariamente pela tarefa inevitável do viver pesado.
E pela história de um
país, das suas personagens e cenas típicas genialmente interpretadas, vemos
cenários fabulosos, dignos da arte mais impressionista ou da arte mais
ricamente realista. Desde o forrado da sala, aos vestidos das senhoras, aos
pratos servidos, à disposição de cada um pelo ecrã scope, cada plano
aparece-nos como um quadro eterno, uma imagem digna de um sonho, vindo da maior
sensibilidade do belo de todas - a de Visconti.
Mesmo os choques
encaixam-se na fluidez da filmagem, as aparições geniais como a de Don Calogero
Sedara, novo burguês tosco pinto-calçudo, que se diverte ao calcular tanta
riqueza antiga que o rodeia por equivalências em hectares e propriedades, a
entrada da fabulosa Angelica, Claudia Cardinale no seu papel mais carnal e
fatal, ou as barulhentas tropas e o seu general de botas por dentro de um
último baile da mais alta e exclusiva classe. A mesma atriz é protagonista, com
Alain Delon, de uma das cenas mais eróticas da história do cinema, ao se
"passear", com o seu noivo, pela casa abandonada, já demasiadamente
vazia para poder controlar tanto desejo.
E no fim, o que temos, é a
morte do Leopardo, genialmente filmada por Visconti através, desta vez, de um
verdadeiro quadro, e de uma valsa, a pontuar o auge da decadência mais bela do
cinema. É ele que segue sozinho por entre os tiros de uma guerra inacabada, que
ele próprio aceitou naturalmente, uma guerra que já não travará totalmente, nem
precisará. Segue o seu sobrinho (Alain Delon), financeiramente equivalente a
uma suposta classe média, que protege a sua noiva burguesa, bela, e rica
(Claudia Cardiale) dos brutos sons vindos do exterior do seu coche.
Sinopse: Adle (Adle
Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre na cor azul dos cabelos de
Emma (Léa Seydoux) sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a
ninguém seus desejos ela se entrega por completo a este amor secreto enquanto
trava uma guerra com sua família e com a moral vigente.
Simone
Sinopse: Depois de
anos se relacionando somente com mulheres, Simone decide se envolver com um
homem.
Carrie a estranha
Sinopse: Uma releitura do
clássico conto de terror sobre Carrie White uma garota tímida rejeitada por
seus colegas e super-protegida por sua mãe profundamente religiosa que traz o
terror telecinético para sua pequena cidade após sofrer uma brincadeira de mal
gosto durante o baile de formatura.
À Procura do Amor
Sinopse: Eva uma mãe
divorciada e solteira passa seus dias trabalhando como massagista e temendo a
iminente partida de sua filha para a faculdade. Um dia ela conhece Albert um
homem gentil engraçado e parecido com ela. Ao mesmo tempo em que eles começam
um romance Eva se torna amiga de Marianne sua nova cliente. Marianne é uma bela
escritora que parece quase perfeita exceto por uma característica importante:
ela reclama demais do ex-marido. De repente Eva começa a duvidar de sua própria
relação com Albert quando descobre a verdade sobre o ex de Marianne.
Anita e Garibaldi
Sinopse: Anita e
Garibaldi é uma história de paixão aventura e afirmação da liberdade humana.
Giuseppe Garibaldi 32 anos italiano marinheiro comandante dos rebeldes
republicanos que invadem Laguna SC durante a Guerra dos Farrapos (1835 - 1845)
encontra sua alma gêmea em Anita 18 anos lagunense casada com o sapateiro
local. Entre a paixão e as batalhas eles definirão o rumo de suas vidas e
influenciarão o curso da revolução. A história se baseia na vida de Giuseppe e
Anita mas é uma obra de ficção com as licenças poéticas e dramáticas
necessárias para torná-la um filme cativante. Tão cativante quanto foi a vida
dos protagonistas.
Como Não Perder Essa
Mulher
Sinopse: Jon é
campeão absoluto na categoria levar para a cama as mulheres mais lindas da
noite. Ainda assim o conquistador não abre mão de sua verdadeira paixão: passar
horas em frente ao laptop se masturbando enquanto assiste a filmes eróticos.
Jon estava conformado com sua condição até conhecer a desafiadora Barbara que
em apenas uma noite traz à sua vida ares inéditos de normalidade.
Linha de Frente
Sinopse: Jason
Statham é um ex-agente do departamento de narcotráficos Phil Broker um homem de
família que sai de cena com sua filha para tentar fugir de seu passado
conturbado. No entanto o entorno de Broker se revela nada tranquilo quando ele
descobre que o submundo das drogas e a violência assombram a pequena cidade.
Logo um chefão sociopata do tráfico de metanfetamina Gator Bodine (James
Franco) coloca Broker e sua filha em perigo forçando o ex-agente a voltar à
ativa para salvar sua família e a cidade.
A última viagem a
Vegas
Sinopse: Quatro amigos
acabaram de se aposentar e quando o último de seus colegas que ainda estava na
ativa decide se juntar ao grupo todos eles vão se aventurar em Las Vegas.