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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: OS MISERÁVEIS

UM DOS MAIORES ESPETÁCULOS DO CINEMA RECENTE CHEGA A VENDA E LOCAÇÃO
 Leia a minha critica já publicada clicando aqui.

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Era Uma Vez Eu, Verônica


Sinopse: Verônica (Hermila Guedes) tem 24 anos e acaba de terminar o curso regular de Medicina. Mora com o pai, José Maria, muito mais velho que ela. A mãe morreu quando ela era ainda pequena. A casa é cheia de discos de vinil antigos. No momento, Verônica não tem mais tempo para discos, para cantar músicas ou mesmo para noitadas com as amigas, pois trabalha em um ambulatório de Psiquiatria de um hospital público. Em uma dessas noites de volta para casa, Verônica, já cansada de tanto ouvir problemas alheios, decide usar o gravador, fiel companheiro das provas da faculdade, para narrar, em forma conto de fadas, os próprios problemas. E começa: Era uma vez eu, uma jovem, brasileira...

Por mais que a gente se esforce em ser alguém na vida, às vezes sentimos uma sensação de angustia, na qual tem a terrível sensação de que nos não nos encaixamos no mundo e não encontramos nenhum sentido em prosseguir. No mais novo filme do diretor Marcelo Gomes (Cinema Aspirinas e Urubus) temos a representação dessas sensações através da personagem  Verônica (Hemila Guedes), que embora tenha se tornado médica de um hospital publico, ela se sente infeliz no que faz, mesmo se esforçando ao máximo para ajudar pessoas com diversos tipos de problemas, seja físicos ou psicológicos. Ao mesmo tempo, cuida de um pai enfermo e das idas e vindas de um possível futuro marido (João Miguel).
Por mais que tente administrar o seu dia a dia com tudo isso, sentimos a todo o momento que Verônica quer mais é jogar tudo para o ar, sendo que a cena de abertura (onírica e com muita nudez) e dos últimos minutos de projeção representa os seus desejos interiores que a qualquer momento podem explodir. Gomes passa ao máximo para o espectador essa sensação que a protagonista sente a todo o momento, pois sua câmera jamais a perde de vista, causando então uma sensação de apreensão em nos, sobre qual será as atitudes dela....virtuosas ou libertárias?  
Um filme sobre cada um de nos em algum momento na vida, em que procuramos uma razão de prosseguirmos em linhas retas e sem perdermos as esperanças.     

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Cine Dica: Lançamento de livro e exibição de UP! no Projeto Raros

PROJETO RAROS ESPECIAL CEMITÉRIO PERDIDO DOS FILMES B: EXPLOITATION- UP! O EROTISMO ANÁRQUICO DE RUSS MEYER 

Nesta sexta-feira, 7 de junho, às 20h, o Projeto Raros da Sala P.F.Gastal (3° andar da Usina do Gasômetro) faz o lançamento do livro Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation, seguido da exibição de UP!, de Russ Meyer. Após a sessão, haverá debate com os autores Cesar Almeida, Carlos Thomaz Albornoz, Marco A. Freitas e Cristian Verardi. Entrada Franca. Censura 18 anos.

UP!
 
Existe algo de anárquico na obra de Russ Meyer que eleva seu cinema além do erotismo fácil da exploração gratuita dos corpos. Na epiderme de seu trabalho corre um humor libertário, impregnado de violência, um deboche acurado que desestabiliza costumes e regras morais através de uma narrativa caótica que por vezes beira o nonsense. A profusão de corpos nus, de mulheres opulentas e homens priaprícos, serve como arma para desnudar desejos e perversões de uma sociedade castradora e hipócrita. A América de Russ Meyer clama secretamente por um gozo alucinante.
 ”Nada é obsceno desde que seja feito com mau gosto”, costumava dizer um provocativo Meyer.Um dos últimos trabalhos de sua carreira como diretor, Up! é uma obra crepuscular que somatiza características peculiares ao estilo de Meyer; para ele o sexo era um elemento superlativo. Mulheres de seios monumentais, homens brutos e apalermados ostentando ereções monstruosas, êxtase sexual constante, violência gráfica de tons cartunescos, tudo isso costurado por uma narrativa amalucada em prol da provocação e do deboche das convenções sociais e dos tabus sexuais.O olhar apurado de Meyer, que foi um notório fotógrafo da revista Playboy durante os anos 1950, capta planos inusitados, sempre valorizando os fartos seios de suas atrizes,  enquanto realiza com furor sequências de humor, violência e erotismo.

 Kitten Natividad, uma de suas atrizes fetiche, funciona como um coro grego para narrar a estranha trama whodunit que se desenrola em meio a maratona sexual promovida pelas personagens de Up!. Quem matou Adolf  Schwartz? Um Hitler genérico adepto de práticas masoquistas que é castrado por um peixe colocado criminosamente em sua banheira. Esse enigma pouco interessa às personagens, que preferem se dedicar a incessantes e divertidas aventuras sexuais invés de se preocupar com o assassinato. Enquanto Paul (Robert McLane) e Sweet Lil Alice (Janet Wood) gozam bucolicamente em meio aos campos, Margo Winchester (Raven De La Croix), a garçonete local, enlouquece os homens transformando-os em verdadeiros predadores sexuais, e o xerife Homer Johnson (Monty Bane), despreocupado com o crime, prega a lei a sua maneira, utilizando mais seu pênis do que sua arma.A cena de abertura com Adolf  Schwartz sendo alegremente sodomizado por um membro descomunal e submetido a sessões de sadomasoquismo, é uma verdadeira zoação de Russ Meyer (ex-combatente e fotógrafo da 2° Guerra Mundial), não apenas com a figura histórica de Hitler, mas com todas as autoridades morais que impestam nossa sociedade pregando de forma ditatorial éticas sexuais hipocritamente castradoras. A sequência histérica, onde um lenhador brutamontes de apetite sexual descontrolado tenta violentar Margo Winchester, culminando num hilário banho de sangue após uma luta envolvendo  machados e uma motoserra, é um exemplo da insanidade narrativa de Meyer, que mescla habilmente os gêneros, indo prontamente do erotismo ao mais puro grand guignol.
 Carl Jung disse que ”o cinema torna possível experimentar sem perigo, toda a excitação, paixão e desejo que deve ser reprimida numa humanitária ordem de vida”, e o erotismo libertário e provocador  proposto pelo cinema de Meyer tende a corroborar essa afirmação, tendo o sexo e o humor como as mais poderosas armas de subversão.

(Cristian Verardi - texto originalmente publicado no livro Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation. Ed. Estronho).



Mais informações, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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terça-feira, 4 de junho de 2013

NOTA: EM BREVE NO MEU BLOG...


Não importa se a pessoa for fanática ou não, Star Trek faz parte do imaginário de várias gerações, sendo aquelas que assistiram (ou deram uma espiada) a série de TV ou aquelas que assistiram aos filmes que deram continuidade as aventuras da tripulação da nave Enterprise. Com a proximidade de mais um novo capitulo das aventuras de Kirk, Spock e companhia chegando ao cinema, em breve postarei sobre cada filme que a tripulação original (e mais adorada) estrelou nas telonas.
Enquanto isso deixo abaixo o que é para mim a cena mais emocionante de todos os filmes já feitos ate aqui. 

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Mestre


Sinopse: Ao término da Segunda Guerra Mundial, o marinheiro Freddie Quell (Joaquin Phoenix) tenta reconstruir sua vida. Traumatizado pelas experiências em combate, ele sofre com ataques de ansiedade e violência, e não consegue controlar seus impulsos sexuais. Um dia, ao acaso, ele conhece Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman), uma figura carismática e líder de uma organização religiosa conhecida como A Causa. Reticente no início, ele se envolve cada vez mais com este homem e com suas ideias, centradas na ideia de vidas passadas, cura espiritual e controle de si mesmo. Freddie torna-se cada vez mais dependente deste estilo de vida e das ideias de seu Mestre, a ponto de não conseguir mais se dissociar do grupo.

Depois de Sangue Negro, todos estavam esperando novamente um projeto ousado vindo da mente de Paul Thomas Anderson e novamente este não decepciona. Alardeado como o filme que conta as origens da Citologia, a trama não se entrega as raízes dessa seita como um todo, mas sim em seus protagonistas cheios de intensidades e que são capazes de mudar a vida das pessoas próximas há elas. Quem necessita de uma mudança radical é Freddie (Joaquin Phoenix espetacular) que após o termino da Segunda Guerra Mundial, se vê perdido no mundo, com tendências explosivas e impulsos sexuais descontrolados (o inicio representa bem isso).
Tudo muda quando encontra Lancaster (Hoffman, ótimo como sempre), que é líder de uma organização religiosa chamada A Causa e passa ajudar Freddie para encontrar um caminho na vida. Pessoalmente, embora eu seja católico, sempre fui contra essas organizações religiosas que cada vez mais cresce no mundo, pois sempre há um dedo podre nos bastidores desses cultos. Porém, talvez querendo fugir de qualquer polemica, Thomas Anderson jamais deixa explicito os lados negativos que ocorre em A Causa, mas sim retrata como um movimento, onde o principal objetivo é fazer as pessoas se desprenderem do que as levam no fundo do poço. Porém, o cineasta é hábil na sutileza em retratar que as coisas não são bem assim, através de momentos explosivos do Mestre, principalmente quando se vê sendo julgado por aqueles que não entendem a sua causa. Ou então pela personagem de Amy Adams, que embora represente o lado maternal da trama, não esconde certo ar de loucura vindo de seus olhos e demonstrando total fanatismo, muito embora contido.
Com cenas espetaculares em que os protagonistas agem das formas mais imprevisíveis (principalmente vindas do personagem de Phonenix), O Mestre pode até não ser superior a obra anterior do diretor, mas entra facilmente na lista dos melhores filmes produzidos no inicio dessa nova década.     

Leia também tudo sobre as obras do diretor clicando aqui. 

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: O ABISMO PRATEADO


Sinopse: Violeta (Alessandra Negrini) é uma dentista de 40 anos, casada e com um filho adolescente, que está pronta para começar mais um dia em sua rotina, entre seu consultório, a academia e um novo apartamento em Copacabana. Parece ter uma vida dos sonhos, até que recebe um recado no celular, o que muda drasticamente seu cotidiano, fazendo com que ela passe por uma dolorosa experiência, durante a qual busca entender a situação, andando pelas ruas do Rio de Janeiro.

No mais novo filme do cineasta Karim Aïnouz, O Abismo Prateado traz Alessandra Negrini em sua melhor performance no cinema.O tema é o mesmo de outras obras já apresentadas pelo diretor como o  Céu de Suely (2005) em que o abandono é o que assombra os seus protagonistas. Violeta (Alessandra), uma dentista de 40 anos da Zona Sul do Rio, casada e com um filho adolescente, recebe um recado na secretária eletrônica. É o marido (Otto Jr.), com quem ela vinha mantendo uma relação aparentemente estável, do ponto de vista sexual inclusive (numa cena bem sensual), dizendo que não a ama mais e que vai embora para Porto Alegre.
O cineasta então foca o drama da protagonista, que num momento busca o paradeiro do seu amor, e em outro  momento segue caminhando sem rumo pelas ruas do Rio e caindo na balada. A câmera do diretor fisga com maestria o espírito em frangalhos de Violeta em sua jornada, sendo que dois  momentos impressionam: a que começa em uma boate e termina na beira da praia, com belas imagens das ondas do mar, simbolizando a idéia da protagonista buscar novas praias para melhorar a sua vida, ou pelo menos buscar algo para fazer algum sentido em sua jornada. 
No percurso para o aeroporto, para onde ela vai de carona com um pai (Thiago Martins) e sua filha pequena (Gabi Pereira), começa a se sentir melhor consigo mesma, em momentos singelos e se descobrindo um pouco, em novas camadas até então desconhecidas de sua pessoa. Embora pouco divulgado e distribuído em poucas salas, Abismo Prateado é mais um pequeno e belo filme do nosso cinema nacional que merece ser descoberto pelo grande publico. 

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Cine Dica: Mostra ANIMAÇÃO PORTUGUESA RUMA AO SUL

O CineBancários recebe, de 4 a 9 de junho, nas sessões das 15h, a mostra de animações portuguesas RUMA AO SUL, um panorama que reflete diferentes vivências e formas da alma portuguesa sentir o mundo, organizada pelo Cineclube Torres e a Casa da Animação. A mostra também acontece na Casa de Cultura Mario Quintana. Todos pagam meia entrada.
 Nas sessões das 17h, o CineBancários exibirá, até dia 9 de junho, o longa Abismo Prateado. O documentário Sibila, segue também em cartaz até dia 9, nas sessões das 19h.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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